Divisão Política da África
Característica gerais dos Conflitos
na África
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Na África do Norte ou África Saariana além dos
conflitos étnicos há a influência crescente do
fundamentalismo islâmico e mais recentemente a
chamada “primavera árabe”.
Na África Central e Austral ou África Subsaariana os
conflitos essencialmente étnicos e religiosos e têm
relação com o processo de artificialização de
fronteiras decorrente da descolonização de 1950 – 80.
A fome e a diminuição progressiva das terras
agricultáveis e dos recursos hídricos também são
fatores de conflito pois põe grupos étnicos rivais na
disputa por recursos naturais para sua sobrevivência.
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As origens dos conflitos na África
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Os conflitos na África eclodem no durante o imperialismo
europeu. Embora não tenha deixado de ocupar o continente
desde o escravismo, séculos antes, os europeus só
adentraram definitivamente no continente após a descoberta
de ouro e diamantes no fim do século 19. A conseqüência do
neocolonialismo foi a Partilha da África, a divisão dos
territórios africanos entre as principais potências européias
durante a Conferência de Berlim.
Nessa época e até o fim da segunda guerra mundial a África
era composta apenas por dois países independentes: Libéria
e Etiópia e por diversas etnias diferentes na língua, na
religião e nos costumes. A confecção artificial de 53 países(
hoje 54 com o Sudão do Sul) juntou diversos grupos
etnoculturais, muitos deles rivais, que foram forçados a
coexistir sobre a mesma fronteira. Tal fato acentuou os
conflitos tribais no continente, situação que se perpetua até
hoje.
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Com a Guerra Fria, emergiram nas políticas nacionais ditadores,
patrocinados ou pelos EUA ou pela URSS, que pouco
contribuíram para apaziguar as tensões na região. Ao invés
disso mantiveram as fronteiras herdadas do período colonial.
Tal iniciativa contribuiu para a eclosão de novos conflitos,
guerras civis e movimentos separatistas que mataram milhões
de pessoas, feriram outras tantas e formaram o maior número
de refugiados do mundo.
Ainda hoje, 15 países africanos estão mergulhados em guerras
civis. Angola, banhada de petróleo e diamantes, acaba de
finalizar uma guerra que durou 30 anos. O saldo foi de 1 milhão
e meio de mortos, centenas de milhares de refugiados e uma
terra regada com 14 milhões de minas terrestres, mais artefatos
enterrados do que habitantes. Ao final da guerra, cerca de 3
milhões de pessoas correm o risco de morrer de fome.
Na Ruanda, a disputa pelo poder político entre os grupos
étnicos tutsis e hutus matou mais de 1 milhão de pessoas. O
conflito, já encerrado, contabilizou ainda um número de 2
milhões de refugiados. A Nigéria, décimo produtor de petróleo
do mundo, vive dias tensos por causa de seus 250 grupos
étnicos e dos conflitos religiosos.
Localização de Ruanda
Mapa de Ruanda
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“Ruanda assim como o Burundi eram colônias da
Alemanha até o começo do século XX. Depois da
derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, o
protetorado foi entregue à Bélgica, por mandato da Liga
das Nações. O domínio belga foi muito mais direto e
duro que o dos alemães e, utilizando a Igreja Católica,
manipulou a classe alta dos tutsi para reprimir o resto da
população - majoritariamente hutus e demais tutsis incluindo a cobrança de impostos e o trabalho forçado,
criando um fosso social maior do que o que já
existia.Depois da IIGuerra Mundial, Ruanda tornou-se
novamente um protetorado, pelas ONU, tendo a Bélgica
como autoridade administrativa.
Os primeiros confrontos entre hutus e tutsis
aconteceram na década de 60. Mas foi em 1990 que a
tensão atingiu seu ápice, quando os hutus voltam ao
poder depois de décadas de domínio da minoria
privilegiada Tutsi com o início de uma guerra civil que
culminou em genocídio de um milhão de pessoas quatro
anos mais tarde.
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O estopim que provocou o massacre foi em 6 de Abril de
1994, quando o presidente Huti de Ruanda Juvénal
Habyarimana e Cyprien Ntaryamira, presidente do
Burundi, foram assassinados quando o seu avião foi
atingido por fogo quando ao aterrisar em Kigali. Durante
os três meses seguintes, os militares e milícianos
ligados ao antigo regime mataram cerca de 800.000
tutsis e hutus oposicionistas, naquilo que ficou
conhecido como o Genocídio de Ruanda Os hutus —
90% da população —, promovra o quase extermínio da
minoria tutsi — 9% dos habitantes —, que, contra todos
os prognósticos, conquistou o poder. Mas os hutus
moderados também foram cruelmente perseguidos
porque não concordavam com seus líderes.Homens,
mulheres e crianças foram exterminados a machadadas
e esquartejados. Uma das cenas que mais horrorizaram
o mundo foi a de centenas de corpos boiando pelo rio
Kagera, localizado na fronteira entre Ruanda e
Tanzânia. Os três meses de massacre provocaram o
êxodo de 2,3 milhões de pessoas aos países vizinhos.
Gorilas de Ruanda
Refugiados em rotas de migração
Campo de Refugiados em Ruanda
Refugiados de Ruanda
Massacre em Ruanda
Massacre em Ruanda
Resgate da ONU em Ruanda
Timor Leste
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O Timor Leste é um dos países mais jovens e pobres do
mundo. Foi ex-colônia portuguesa até 1975. A ascensão de um
governo socialista no Timor Leste provocou a invasão do país
pela Indonésia, governada pelo general Suharto, ditador de
direita.
Os timorenses iniciaram, então, uma guerrilha comandada por
João Alexandre (Xanana) Gusmão, líder da Fretilin. Xanana
Gusmão chegou a ser preso em 1992 e condenado à prisão
perpétua. O governo Suharto iniciou uma forte e violenta
repressão que resultou em mais de 200 mil timorenses
mortos.Começava aí o conflito entre as milícias indonésias e o
povo timorense que se arrastou até o ano 2000.
Na época do conflito a população de 800 mil habitantes, 200 mil
foram mortos. As forças de paz da ONU organizam um governo
provisório liderado pelo brasileiro Sérgio Vieira de Melo até as
eleições de 2003 na qual foi eleito Xanana Gusmão.
A população do Timor Leste hoje gira em torno de um milhão de
habitantes, que vive em uma área de 14.609Km2. Em sua
maioria, são católicos (84,8%) e morram na zona rural (cerca de
75%). A capital do país é Dili.
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Em 2006, 598 militares do exército timorense (o total é de 1250 soldados),
liderados por Alfredo Reinaldo, se rebelaram contra as normas de promoção
interna na instituição e pediram mudanças que diminuiriam os obstáculos de
ascensão para os soldados originários do setor oeste da ilha do Timor.
O Primeiro-ministro Mari Alkatiri expulsou das tropas os revoltosos e teve
início uma série de confrontos que levou à morte de 37 pessoas e o
deslocamento de 155 mil. Semanas depois, Alkatiri renunciou, para evitar o
acirramento do conflito. O presidente Xanana Gusmão indicou José RamosHorta como Primeiro-ministro.
Para conter a rebelião, o Timor Leste solicitou auxílio militar à Austrália,
Malásia, Nova Zelândia, Portugal, e Brasil que enviaram um total de
aproximadamente 1.900 homens. Após várias negociações, rendições
temporárias e fuga da prisão chegou-se a um impasse e o presidente Xanana
Gusmão determinou a intervenção no exército e a prisão definitiva de Alfredo
Reinaldo, em março de 2007.
Desdobramentos da rebelião
Em abril do mesmo ano, ocorreram eleições. José Ramos-Horta foi eleito
presidente e Xanana Gusmão tornou-se primeiro-ministro. O presidente teria
feito um acordo com o rebelde Alfredo Reinaldo que deporia as armas, seria
preso e receberia perdão presidencial.
Apesar dos acordos, em 10 de Fevereiro de 2008, Horta sofreu um atentado em
sua casa e foi hospitalizado. Os responsáveis pelo ataque também efetuaram
disparos contra a residência do primeiro ministro do país Xanana Gusmão. Na
ocasião, os guardas da casa do presidente mataram o rebelde Alfredo
Reinaldo.
O Parlamento declarou estado de emergência e as tropas internacionais e do
governo avançam em direção às montanhas onde estariam escondidos os
revoltosos. Ainda não se pode prever os desdobramentos dos fatos, mas,
aparentemente, a situação política e econômica do Timor Leste não deve sofrer
grandes alteraçõe
Imagem de satélite do Timor Leste
Localização do Timor Leste
Conflito no Timor Leste
Conflito no Timor Leste
Conflito no Timor Leste
O conflito nos Balcãs
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A Confederação Iugoslava foi formada em 1931 e
unificada sob o governo do Croata Josef Broz Tito
que governou até 1980 quando morreu.
A Iugoslávia era formada por 6 repúblicas
autônomas: Sérvia, Croácia, Bósnia-Herzegovina,
Macedônia, Eslovênia e Montenegro.
A separação começou em 1991 com o fim do
partido comunista da Iugoslávia.
O Sérvio Slobodan Milosevic passa a realizar o que
chamou de limpeza étnica. O conflito deixou 200 mil
mortos e cinco milhões de refugiados.
Composição étnico-religiosa dos Balcãs
Guerra na Iugoslávia
Crianças na guerra da Iugoslávia
Mulheres na Bósnia orando
Sarajevo destruída pelo exército Sérvio
Guerra em Sarajevo no inverno
Conflitos no Cáucaso
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O Cáucaso, uma zona geoestratégica, é considerado um verdadeiro barril de
pólvora com suas repúblicas separatistas e conflitos de múltiplos componentes
étnicos. Os Conflitos no Cáucaso são uma série de guerras civis, conflitos
separatistas e/ou conflitos étnicos, e até mesmo conflitos entre nações, que
ocorrem na região do Cáucaso desde o desaparecimento da URSS aos dias
atuais. Grande parte do traçado das fronteiras do Cáucaso é arbitrária e
artificial feitas entre 1922 e 1936 pelo ditador soviético Josef Stalin, governadas
com a mão-de-ferro pela URSS, essas repúblicas só teriam problemas étnicos
e religiosos aflorados após a desintegração da antiga potência comunista, que
permitiu a independência de três novos Estados e sendo que dois fazem parte
da CEI (Comunidade de Estados Independentes): Armênia e Azerbaijão na
porção sul do Cáucaso, e o outro é a Geórgia.
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A importância estratégica é sobretudo energética. Além do gás e do petróleo,
estão em jogo também a aliança que a Geórgia quer estabelecer com a OTAN
(Organização do Tratado do Atlântico Norte). O governo russo busca ampliar
sua influência na região, mostrando um certo saudosismo do tempo em que a
URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, mandava e desmandava
nas repúblicas do Cáucaso. “E não podemos deixar de citar a política que a
Geórgia tem com as minorias russas na Ossétia do Sul, que é muito truculenta
Na região norte do cáucaso, toda pertencente à Federação Russa,
é notória a questão da Chechênia, que se desenrola desde 1994,
ano do início da Primeira Guerra Chechena x Rússia, quando a
Chechênia se auto-proclamou independente, até 1999. Os
separatistas chechenos desejam fundar um estado islâmico nesta
república russa. Várias organizações clandestinas de chechenos ainda
continuam a lutar, através principalmente de atos terroristas de impacto na
opinião pública mundial, mas o governo russo vem cada vez mais
reprimindo toda e qualquer manifestação.
 A república russa da Inguchétia, vizinha à da Chechênia, e também de
população predominantemente islâmica, acabou atraída pelos conflitos em
sua fronteira. No fim da década de 90 e no fim dos anos 2000, vários
distúrbios civis ocorreram, necessitando da intervenção russa.
 Outra república russa vizinha, o Daguestão, que faz fronteira com a
Chechênia e também de maioria islâmica desenvolveu um movimento de
guerrilha desde o início da década de 00, que vem resistindo
sistematicamente à repressão russa que occorre com o mesmo rigor do que
nas outras repúblicas.
 Além das fronteiras russas, os conflitos continuam, como na Abecásia,
república que vem desafiando o governo central da Geórgia. Historicamente
ligada a esta país, a Abecásia tem um movimento ativo de independência. A
independência desta província georgiana é reconhecida pela Rússia, o que
ajuda a “azedar” as relações com seu viznho de fronteira. Por outro lado, a
Geórgia tem retalhado, reconhecendo frequentemente a autonomia de
Chechênia, Daguestão e Inguchétia.
Combate na neve em Chechenia
Crianças na guerra em Chechenia
Guerra na Chechenia
Guerra na Chechenia
Guerra na Chechenia
Guerra e Fome na Chechenia
REGIÃO HABITADA PELOS OS CURDOS:TURQUIA, SÍRIA, IRÃ
E IRAQUE
Porque o Oriente Médio é a zona
de maior tensão no globo?
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Localização geográfica estratégica entre Europa,
Ásia e África(com rotas, dutos e canais marítimos).
Grande diversidade étnica (árabes, persas,curdos).
É a área onde se originaram as três mais
importantes religiões monoteístas: judaísmo,
cristianismo e islamismo.
Possuem 65% das reservas de petróleo do mundo.
É o maior grupo étnico sem Estado no mundo. São mais de 25
milhões de pessoas descendentes de indo-europeus.
Aproximadamente 70 % vivem na Turquia, também no norte do
Iraque, Irã, Síria e em países da ex-URSS.
Reivindicam um Estado próprio: o Curdistão. Território com 530
mil km².
Em fevereiro de 1999 é preso no Quênia e conduzido a Turquia,
onde é enforcado, o líder curdo Abdullah Ocelan. Desde 1984 é o
principal líder do PKK (Partido dos Trabalhadores Curdos).
Os curdos são descendentes de indo-europeus e constituem o
maior grupo étnico sem Estado do mundo (mais de 25 milhões).
Eles reivindicam um Estado próprio e vivem na Turquia (cerca de
14 milhões), no Iraque, no Irã, na Síria e em países da antiga URSS.
Curdistão
O termo Curdistão (lugar dos curdo, em curdo) diz respeito à
região com maioria curda em parte da Turquia, do Irã, do Iraque, da
Síria, do Azerbaijão e Armênia. O território tem uma área de 530 mil
km2.
Mais de 20 caças iraquianos Migs e Mirages sobrevoaram a cidade de Halabja, 241
quilômetros a nordeste de Bagdá, em 16 de março de 1988. Testemunhas contaram ter
visto nuvens de fumaça cujas cores se intercalavam em branco, preto e amarelo,
subindo até 46 metros no ar. Pelo menos cinco mil curdos — 75% deles eram mulheres
e crianças — morreram na hora. Muitos dos dez mil feridos, transportados para Teerã,
desenvolveram sequelas após a exposição ao gás mostarda, inclusive problemas
visuais e respiratórios. Em longo prazo, as vítimas apresentaram cegueira; desordens
neurológicas e digestivas; leucemia, vários tipos de câncer e defeitos congênitos.
A ofensiva de Halabja foi o ápice de uma campanha de repressão contra os curdos,
denominada Al-Anfal, entre 1986 e 1989, na qual morreram mais de 182 mil civis no
Curdistão iraquiano. A operação foi dirigida por um dos primos de Saddam, Ali Hassan
al-Majid, conhecido como "Ali Químico". Os detalhes do massacre de Halabja só
sugiram dias depois. As primeiras imagens do massacre foram feitas e divulgadas por
jornalistas iranianos. Quando o fotógrafo Kaveh Golestan chegou à cidade, ficou
chocado com o que viu. "A vida congelou. Era um novo tipo de morte para mim. Você
vai a uma cozinha e se depara com o corpo de uma mulher segurando uma faca,
cortando uma cenoura", descreveu ao jornal Financial Times. Inicialmente, a Agência
de Inteligência do Pentágono culpou o Irã pelo ataque. No entanto, a maior parte das
pistas indicava que o ataque fez parte de uma ação do Iraque contra forças iranianas e
a população curda.
REFURGIADO CURDOS NO LESTE DA
TURQUIA
Histórico resumido do conflito
árabe-israelense
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O Estado de Israel nasceu em 14 de maio de 1948, a partir do plano de
partilha da ONU (Organização das Nações Unidas) de 1947 que propunha
a divisão da região sob domínio britânico em dois Estados, um árabe e um
judeu. A proposta surgiu devido à intenção do Reino Unido de retirar seu
domínio sobre os territórios palestinos após o fim da Segunda Guerra
Mundial (1939-1945).
Os árabes rejeitaram a proposta e a violência emergiu quase que
imediatamente naquela que foi a primeira de muitas guerras entre eles.: A
guerra de independencia de Israel em 1948. Desde então, a história de
Israel gira em torno de conflitos com palestinos e nações árabes vizinhas.
Foram sete principais guerras ao todo, depois da guerra de independência,
tivemos: A guerra de Suez (1952), A guerra dos seis dias (1967), A guerra
do Yom Kippur ( 1973), A guerra do Líbano (1982) e a primeira (1987) e
segunda (2000) intifada.Houve guerras com Egito, Jordânia, Líbano e Síria.
Nesse período, Israel ocupou a península do Sinai (Egito), a Cisjordânia, a
faixa de Gaza, as colinas de Golã (Síria) e o sul do Líbano.
Em 1979, Egito e Israel assinaram acordo de paz e os israelenses se
retiraram de Sinai no dia 25 de abril de 1982. As disputas territoriais com a
Jordânia foram resolvidas no dia 26 de outubro de 1994, com a assinatura
do tratado de paz Israel-Jordânia. Já no dia 25 de maio de 2000, Israel se
retirou do sul do Líbano, local que ocupava desde 1982. Mas a faixa de
Gaza e a Cisjordânia e Golã – áreas que pela partilha da ONU em 1947
deveriam estar com os palestinos continuam ocupadas ( através de
As intifadas e as negociações para paz
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A resistência palestina optou pela luta armada com ataques a alvos civis dentro
e fora de Israel. O resultado foi pouco alentador e o terrorismo até reforçou a
posição de Israel, que tem nos EUA seu principal aliado. Em 1987,explodiu uma
revolta popular contra os israelenses na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. A
rebelião ficou conhecida como intifada, sobressalto, em árabe.A reação violenta
do exército israelense, que matou centenas de pessoas em poucos dias,
desgastou a posição do país. Em seguida, Arafat, líder da OLP prometeu desistir
da luta armada em favor de negociações políticas que conduzissem à criação de
um Estado palestino. Em 1991, sob pressão dos EUA, o então primeiro-ministro
ultraconservador de Israel, Itzhak Shamir, aceitou iniciar tímidas negociações de
paz com os palestinos, na Conferência de Madrid.
Mas o sucessor de Shamir, Itzhak Rabin, levou as negociações à frente e, em
1993, assinou com Yasser Arafat os acordos de Oslo, com apoio da Casa
Branca. O acordo previa a criação da Autoridade Palestina, embrião de um
futuro governo palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Os limites
territoriais e a questão de Jerusalém - que é reivindicada como capital por
israelenses e palestinos - deveriam ser resolvidos nos anos seguintes. Israel
também assinou a paz definitiva com a vizinha Jordânia.
As negociações com os palestinos evoluíram, mas, no fim dos anos 90, parecia
que a paz estava próxima, em torno de uma proposta israelense que incluía uma
complexa equação para permitir a soberania compartilhada sobre Jerusalém.
Também parecia próximo um acordo sobre a troca de territórios entre Israel e
palestinos para resolver o problema dos quase 200 mil colonos judeus que
vivem na Cisjordânia.
Arafat, porém, acreditou que o momento era favorável para aumentar as
demandas e apresentou a exigência de realocação, no atual Israel, de milhões
de palestinos que haviam perdido suas terras e casas após 1948. O governo
israelense não aceitou, as conversações de paz foram por água abaixo.
O fracasso nas negociações de paz e o
poder na mão dos extremistas
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O processo de paz entre palestinos e israelenses nasceu no
governo de Shimon Peres em meados dos anos 1980, através de
encontros com Yasser Arafat. Porém num passado mais recente, as
atuais conversações de paz, congeladas com a radicalização da
repressão de Israel sobre a Intifada, iniciaram-se em 1993, em Oslo
(Noruega), sendo arquitetadas do lado judeu pelos líderes
trabalhistas Shimon Peres e Yitzhak Rabin (primeiro-ministro de
Israel na época, que acabou assassinado por um judeu de extremadireita) e por Yasser Arafat do lado palestino. Os três, inclusive logo
depois, seriam agraciados com o Nobel da paz.
Em julho de 2000, ocorreu a cúpula de Camp David nos Estados
Unidos (Camp David 2), já que no mesmo local em 1978 Israel
assinou o um acordo de paz com o Egito, que conseguiu ter de
volta suas terras no Sinai ocupadas por Israel desde a Guerra do
Yon Kippur. Nesse Camp David 2, Israel ofereceu pela primeira vez
soberania aos palestinos em certas áreas de Jerusalém Oriental,
representando um avanço muito pequeno para Yasser Arafat, para
quem os palestinos (muçulmanos e cristãos), não poderiam abrir
mão da soberania plena nos locais sagrados de Jerusalém.
No final de 2000 o ex-presidente norte-americano Bill Clinton
apresentou propostas para um acordo. Apesar de judeus e
palestinos não conseguirem chegar a um consenso e da
continuidade da onda de violência, ambos nunca estiveram
tão perto de um acordo mais consistente como nesse
período.
Atualmente, as negociações esbarram na questão do
governo palestino, que, liderado pelo movimento radical
islâmico Hamas (que assim como o moderado Fatah possui
braços armado e político) não reconhece o direito de
existência de Israel. Após a vitória do Hamas (considerado
pelos EUA e por Israel como um grupo terrorista) em 2006, a
comunidade internacional iniciou um bloqueio financeiro à
ANP que gera uma grave crise nos territórios palestinos.
CRONOLOGIA DO CONFLITO
- 29 de novembro de 1947: Assembléia Geral da ONU adota a resolução 181
sobre a partilha da Palestina, então sob mandato britânico, e a criação de
dois Estados, um judeu e outro árabe, deixando Jerusalém sob status
internacional. Resolução é rejeitada por países árabes.
- 14 de maio de 1948: É proclamado o Estado de Israel e começa a Primeira
Guerra Árabe-Israelense. Conflito termina em 24 de fevereiro de 1949, com
Israel ampliando seu território. Gaza fica sob controle egípcio, enquanto a
Jordânia passa a controlar a Cisjordânia.
28 de maio de 1964: Criação da Organização para a Libertação da Palestina
(OLP) durante o Primeiro Congresso Nacional palestino (CNP, Parlamento).
Adoção de uma Carta reivindicando o direito à autodeterminação e à
soberania para os palestinos e rejeitando a criação de Israel.
- 5-10 de junho de 1967: Guerra dos Seis Dias. Israel anexa Gaza, o Sinai
egípcio, a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e as colinas do Golan sírias.
- 6-26 de outubro de 1973: Guerra do Yom Kippur. A ONU adota a resolução
338, que estabelece um cessar-fogo e faz um apelo ao diálogo.
- 22 de novembro de 1974: A Assembleia Geral da ONU reconhece o direito
dos palestinos à autodeterminação e à independência e autoriza um status
de observador para a OLP.
- 27 de março de 1979: Israel e Egito assinam os Acordos de Camp David, e
Israel devolve o Sinai.
- 6 de junho de 1982: Israel invade o Líbano para expulsar a OLP e
estabelece uma presença militar no país durante 18 anos.
- 10 de novembro de 1987: Explode a Primeira Intifada (levante palestino).
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- 13 de setembro de 1993: Após seis meses de negociações secretas em Oslo,
Israel e a OLP se reconhecem mutuamente e assinam em Washington a
Declaração de Princípios sobre uma autonomia palestina transitória de cinco
anos, que outorga autonomia a Gaza e Jericó. O primeiro-ministro israelense,
Yitzhak Rabin, e o chefe da OLP, Yasser Arafat, apertam as mãos, um
acontecimento histórico.
- 1 de julho de 1994: Arafat chega a Gaza após 27 anos de exílio e cria a
Autoridade Palestina, da qual será eleito presidente em janeiro de 1996.
- 17 de maio de 1999: Benjamin Netanyahu não consegue ser reeleito após
derrota para o trabalhista Ehud Barak, o que permite recuperar a fórmula "paz
por territórios", cunhada por Rabin.
- Julho de 2000: Fracassam as conversas de Camp David II entre Arafat e
Barak, com a mediação do presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton.
- 28 de setembro de 2000: O líder opositor israelense Ariel Sharon visita a
Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, e explode a Segunda
Intifada. - Dezembro de 2001: Sharon, o novo primeiro-ministro, decreta o
confinamento de Arafat em Ramallah, capital da Cisjordânia, culpando-o por
onda de atentados.
- 12 de março de 2002: Resolução 1.397 do Conselho de Segurança menciona
pela primeira vez o Estado palestino.
- 16 de junho de 2002: Começa a construção do muro na Cisjordânia.
- 11 de novembro de 2004: Arafat morre em Paris.
- 9 de janeiro de 2005: Mahmud Abbas ganha as eleições para a presidência da
ANP.
- 15 de agosto de 2005: Israel inicia o plano de desligamento, pelo qual retira
de Gaza seus soldados e 8 mil colonos.
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- 25 de janeiro de 2006: Grupo islâmico Hamas ganha as legislativas por
maioria absoluta.
- Março de 2007: Hamas e partido laico Fatah, da ANP, formam um
governo de união nacional, que dura apenas três meses.
- 15 de junho de 2007: Hamas toma o controle de Gaza pela força. Abbas
dissolve governo e forma outro, com Salam Fayyad como primeiroministro.
- 27 de dezembro de 2008 a 18 de janeiro de 2009: Israel lança operação
contra Hamas em Gaza, sua maior ofensiva em 40 anos, e deixa 1,3 mil
mortos.
- 10 de fevereiro de 2009: Netanyahu ganha as eleições.
- 2 de setembro de 2010: Começam em Washington, sob a mediação do
presidente dos EUA, Barack Obama, as primeiras negociações diretas
com a participação de Abbas e Netanyahu, após 20 meses de
paralisação. Elas, porém, terminam sem sucesso, após Israel não
renovar moratória de construção de assentamentos na Cisjordânia.
- 19 de maio de 2011: Obama pede que fronteiras israelenses anteriores à
Guerra dos Seis Dias sejam base para formação de Estado palestino.
Netanyahu rejeita proposta, falando que divisas de 1967 são
'indefensáveis'.
- 16 de setembro de 2011: Abbas anuncia que pedirá a Conselho de
Segurança adesão plena à ONU, afirmando que Palestina precisa ser
aceita como membro da organização para negociar paz com Israel.
Ataque Israelense contra o Hamás na a Faixa de
Gaza entre Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009
MURO ENTRE FAIXA DE GAZA E ISRAEL
Mapa de Israel e da Palestina
Exército Palestino
Crianças Palestinas na Guerra
Palestinos x Israelenses
Ataque israelense a Cisjordânia
Grupos Terroristas
Hamás
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HAMAS (Harakat aL-Muqawamat aL-Islamiyyah), que significa
Movimento de Resistência Islâmica. Segundo o Cientista Político
Jorge Zaverucha, foi criado em 1987 com o beneplácito de Israel,
que via no Hamas um movimento de assistência social capaz de
enfraquecer a liderança de Yasser Arafat, líder da OLP.
Com o início da primeira Intifada, em 1987, o Hamas passou a
agir militarmente contra Israel, chegando nos dias atuais a se
utilizar de táticas de guerrilha e armamento típico de exércitos
nacionais como morteiros e foguetes.
O movimento é uma filial da Irmandade Muçulmana egípcia,
organização global fundada em 1928 por Hassan-al-Banna e que
se constitui em um dos maiores movimentos do fundamentalismo
islâmico dos tempos modernos.
O Hamas é o maior e mais influente movimento de militantes
palestinos, sendo responsável por mais de 350 atentados
terroristas distintos desde 1993, atentados estes que custaram a
vida de mais de 500 pessoas, dentre eles árabes.
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Em janeiro de 2006 o grupo ganhou as eleições para a Autoridade
Palestina, derrotando o partido rival Fatah ao conquistar 76 contra
43 assentos no Parlamento, de um total de 132. Isso gerou uma
onda de protestos internacionais e um boicote econômico aos
territórios palestinos, devido à plataforma política do Hamas, que
prega uma política de combate aos judeus.
No início de 2007, representantes do Fatah e do Hamas reuniramse na Arábia Saudita, onde chegaram a um acordo sobre a
constituição de um novo governo de união palestino que
assumiria em março de 2007. Entretanto, essa união durou pouco
tempo. Em junho de 2007, estourou a chamada batalha de Gaza,
que resultou na expulsão da Fatah da Faixa de Gaza e na morte
de 600 palestinos
Quem financia o Hamás?
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grande parte vem de doadores privados da Arábia Saudita e de
Estados ricos em petróleo do Golfo Pérsico. O Irã também
fornece um apoio significativo, que alguns diplomatas dizem que
pode atingir de US$20 a US$30 milhões por ano. Além disso,
algumas instituições de caridade muçulmana nos Estados
Unidos, Canadá e Europa Ocidental canalizam dinheiro para o
Hamas.
O Hamas é considerado uma organização terrorista pela União
Européia, Canadá, Japão, Estados Unidos e Israel. GrãBretanha e Austrália consideram terrorista apenas a facção
militar do grupo, as Brigadas Qassam. Possui vários líderes,
com alguns deles já tendo sido assassinados por Israel, como o
fundador do grupo, o Sheik Ahmed Yassin, em 2004. Seu
principal líder atualmente é Khalid Meshal, que dirige o grupo de
Damasco, na Síria e também do Golfo Pérsico, por razões de
segurança
Hez bolá
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Hezbollah, nome em árabe composto pelas palavras Hizb (partido) e Allah (Deus), foi
criado em 1982/83 por militantes xiitas e membros da Guarda Revolucionária iraniana, no
vale do Bekaa, leste do Líbano.
O objetivo à época era lutar contra a invasão israelense em 1982, conhecida como a
sexta guerra entre árabes e judeus. Sua criação foi inspirada na Revolução Iraniana,
sendo que o grupo recebeu treinamento da Guarda Revolucionária Iraniana e
financiamento por parte de Teerã. [17]
De fato, em seu manifesto, tornado público em fevereiro de 1985, apresenta-se como
"movimento jihadista com o objetivo de libertar o território libanês do domínio israelense".
A declaração também indica que pretendia adotar o modelo iraniano de revolução para
instituir a República Islâmica do Líbano e livrar o país de influência não- islâmica, até
mesmo opondo-se a presença das tropas da ONU então presentes no país –
majoritariamente francesas e americanas – tidas como "extensão do colonialismo". [18]
Além de muçulmanos xiitas, este grupo abriga também drusos, sunitas e cristãos. A
organização concentra sua atuação no sul do Líbano e em alguns subúrbios mais pobres
de Beirute. Conforme explica Eliane Schroder de Moura, da Agência Brasileira de
Inteligência, "a instância suprema da organização é o Conselho Consultivo de Decisão,
com onze membros, presidido por Hassan Nasrallah, secretário –geral, um radical
carismático que esteve envolvido em várias operações terroristas. Esse conselho elabora
a agenda político-militar no exterior, em cooperação com Teerã/Irã. O Conselho
Consultivo possui, em última instância, o poder de decisão e julga todos os assuntos em
razão de sua gravidade, em particular, as questões de segurança. O líder máximo da
organização é o aiatolá iraniano Ali Khamenei". [19]
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A participação do movimento na política libanesa é ativa. No ano de 1992, em sua primeira
disputa por vagas nas eleições libanesas, conquistou 12 das 128 cadeiras do Parlamento. Nas
eleições de 2005, das seis cadeiras que ainda possuía, o Partido de Deus passou a um total de
25 e, após uma aliança passou a contar com 35 deputados no parlamento libanês.
O grupo também tem forte atuação social na comunidade libanesa, provendo escolas,
hospitais, orfanatos, farmácias, mercados e clínicas dentárias para as comunidades xiitas,
majoritariamente concentradas no sul do país (fronteira com Israel), bem como na periferia ao
sul de Beirute, Interessante notar que o grupo mantém estreitos laços com a Síria e o Irã,
países acusados de financiar as atividades deste movimento. Outra questão intrigante acerca
desta organização é o seu poderio militar, que ao que tudo indica é superior ao do próprio
Estado libanês. O
O núcleo do Hamás é constituído por vários milhares de militantes e ativistas, sendo que o seu
arsenal de armas inclui entre 40.000 a 80.000 artefatos bélicos entre foguetes, morteiros e
mísseis de curto e longo alcance. Basta lembrarmos que na guerra travada entre a
organização e Israel em 2006, foram utilizados inúmeros foguetes Katiusha, de fabricação
russa, lançados pelo Hezbollah contra o norte do país.
Destaca-se ainda que o grupo mantém células em várias partes do mundo, com ampla infraestrutura no Oriente Médio, na África Ocidental e na Europa. Devido à existência de expressiva
colônia na América Latina, pode dispor de eventual apoio neste continente. Além das relações
externas com a Síria e o Irã, a organização mantém contatos com outros grupos radicais fora
do Líbano, como, por exemplo, o Hamas, existindo fortes evidências de coordenação entre as
ações dos dois movimentos. Por fim, temos que a organização é considerada terrorista por
diversos países tais como, Estados Unidos, Israel, Canadá, alguns países da Europa e pelo
Parlamento Europeu. Numerosas ações terroristas são atribuídas ao grupo, como os ataques
contra a Embaixada dos Estados Unidos e o acampamento do Corpo de Fuzileiros Navais dos
EUA em Beirute (outubro de 1993); o ataque ao anexo da Embaixada americana em Beirute
(setembro de 1984); os seqüestros de 17 estadunidenses e outros ocidentais (1984 a 1988) e
do vôo 847 da TWA (1985); os atentados à Embaixada de Israel na Argentina (1992); e à
Associação Mutual Israelita Argentina (1994
Primavera Árabe
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A onda começou em 17 de dezembro de 2010, quando um
comerciante tunisiano ateou fogo ao próprio corpo em protesto
contra o desemprego e condições de vida no país. Mais tarde
ele acabaria morrendo, desencadeando uma série de
manifestações, que logo se espalhariam para os países vizinhos.
A Primavera Árabe é uma das maiores revoluções já vistas na
História.
A imolação de Mohamed Bouazizi foi o ponto de partida para
uma revolta que derrubou a ditadura de Zine el-Abidine Ben Ali
na Tunísia, em janeiro. Menos de um mês depois, Hosni
Mubarak caía no Egito, levando consigo um regime que durava
três décadas. Em outubro, o líbio Muamar Kadafi foi morto por
opositores que travaram, ao longo de meses, uma violenta
guerra civil no país. E no Iêmen, Ali Abdullah Saleh transferiu o
poder em novembro após meses de protestos.
• Mas a revolução não acabou. A Síria, por
exemplo, tem sido palco de violentos
conflitos ao longo do ano. O regime de
Bashar al-Assad, que está no poder há 11
anos, desde a morte do pai, Hafez, se
mantém firme e é acusado de oprimir
violentamente as manifestações
populares. A ONU diz que mais de 30 mil
pessoas morreram nos conflitos e acusa o
regime de crimes contra a humanidade.
Bahrein, Kuwait e vários outros países da região vivem dias
conturbados. Em diferentes medidas, a onda de revolta se
espalha por países como Omã, Argélia, Marrocos e Jordânia.
As populações vão às ruas, organizam protestos com uso de
redes sociais, mas na maioria dos casos, governos respondem
com poucas reformas e muita brutalidade.
Em alguns casos, os regimes, para não cair, fazem
concessões, como ocorreu na Arábia Saudita.
Perspectivas sobre a primavera árabe
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Mais de um ano e meio após seu início, a “Primavera Árabe”, se encontra
em um impasse de violência, mortes, frustrações e dúvidas quanto a
mudanças práticas. Há três grandes fatores que fazem crer que o fim
dessas ditaduras pode não representar as grandes transformações que
reclama a rua árabe. Elas são: - Os revolucionários não chegaram ao
poder. O papel do Islã nessas sociedades que querem democracia - A
atuação das grandes potências em ingerência e intereses históricos na
região. Outro aspecto que é interessante e original nessa revolta é o papel
decisivo da internet e das redes sociais mesmo que nesses países elas
estejam sob regime de censura. Há um componente religioso na revolta,
principalmente ao se lembrar o contexto muçulmano. Os manifestantes
pararam para rezar durante os protestos na Praça Tahir, no Cairo, mas em
nenhum momento as questões religiosas se tornaram exigências dos
manifestantes. Para Teixeira, no Irã, o processo de recrudescimento da
religião já era claro antes mesmo da revolução, com atentados terroristas
a bomba em áreas consideradas ocidentais, como lojas que vendiam
vinis". O que realmente motivou as revoltas foi o estado de abandono da
população, mergulhada em uma profunda crise econômica, altos indicies
de desemprego – principalmente entre os mais jovens – e a ausência total
de democracia nesses estados policialescos. Os altos indicies de
urbanização, típicos dessa região do norte da África também foram
favoráveis, pois uma população que se urbaniza se aglomera e tem mais
acessos a informação o que torna mais fácil a disseminação de idéias e a
organização de grupos revolucionários.
Manifestação no Líbano
Manifestação no Assassinato do 1º Ministro
Atualmente, a questão entre a índia e o
Paquistão ganhou importância internacional, pois
envolve dois países que possuem bomba
atômica. O fato é mais preocupante, segundo a
visão ocidental do problema, diante da nova
ordem mundial, na qual as decisões sobre o que
deve e o que pode ser feito no mundo já não
dependem exclusivamente de Moscou e de
Washington.
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Ocupação da OTAN no Afeganistão
Refugiados no Chifre da África e Oriente Médio
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Conflitos na Modernidade II