portfólio
O êxodo (para o
Bangladesh e para
a Tailândia) faz-se
em barcos feitos
de ramos e folhas.
Vão superlotados,
centenas morrem
antes de chegar
aos destinos
Mais de 250
mil Rohingyas
refugiaram-se no
sul do Bangladesh
para escapar
à perseguição
birmanesa. Na
Birmânia vivem
750 mil Rohingyas
e um milhão está
na diáspora
Rohingya
o povo que não existe
A Birmânia não os reconhece como uma das 135 nações deste país de maioria
budista. São muçulmanos. Para escapar à fome, à perseguição, aos trabalhos
forçados e à brutalidade das autoridades fogem. Mas em Kutupalong —
no Sul do Bangladesh — a morte continua: por fome, por asma, por malária.
Fotografia Wolf Böewig
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No campo de
Kutupalong não
há água potável,
electricidade,
escolas ou
medicamentos. Um
campo adicional
aloja mais 20 mil
pessoas — este
outro campo,
gerido pelo Alto
Comissariado
das Nações
Unidas para os
Refugiados, tem
água corrente e
outros serviços
básicos
38 • 20 Setembro 2009 • Pública
Às vezes os homens
conseguem um
trabalho ocasional
nas salinas ou
como carregadores
de tijolos
O campo de
refugiados já
foi atacado por
agricultores
locais
Pública • 20 Setembro 2009 • 39
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A maior parte
dos Rohingya
estão num
campo chamado
Kutupalong
Causas de morte
Eman, 40 anos:
fome; Mabia, 16
anos: malária;
Abu, 15 anos:
fome; Hossain,
2 anos: asma e
febre; Zahid, 4
meses: pneumonia;
Fatema, 2 anos:
pneumonia;
Anzuma, 3 anos:
febre tifóide;
Zaber, 50 anos:
fome e febre;
Kala, 60 anos:
hepatite C; Salam,
22 anos: morto
por agricultores
do Bangladesh;
Salima, 20 anos:
morreu a dar à luz
gémeos; Eman, 2
anos: pnaumonia
e febre; Sayed, 25
anos: morto por
agricultores do
Bangladesh
40 • 20 Setembro 2009 • Pública
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