“O Impacto do Setor de Mineração , Metalurgia e Materiais no
Espírito Santo “
A CVRD anunciou no último dia 15 de novembro, na Bolsa de Valores de Nova
York, a previsão de investimento da empresa para o período entre 2008 e 2012.
A expectativa é de que sejam investidos cerca de US$ 59 bilhões neste período.
Entre 2003 e 2007, o estimado é de US$ 18 bilhões.
Os investimentos contemplam a execução de mais de 30 projetos localizados no
Brasil, Peru, Chile, Canadá, Austrália, Indonésia, Nova Caledônia, Moçambique
e Omã. No Brasil, ficarão 73% dos recursos orçados para 2008, cerca de US$ 8
bilhões, sendo 17% em logística.
A produção da CVRD está fortemente alavancada pelo crescimento do consumo
mundial de seus produtos, principalmente o mercado chinês que a partir de
2011 deve consumir mais de 30% de toda a produção mundial de níquel e
cobre, 40% da produção de alumínio e mais de 50% do minério de ferro.
A CVRD ampliará sua infra-estrutura logística e de energia como suporte a sua
expansão em projetos minerais (minério de ferro, pelotas, carvão, níquel,
cobre, bauxita e alumina). A expectativa é de que a produção de minério de
ferro alcance de 420 a 450 milhões de toneladas em 2012 (300 milhões em
2007) e a de níquel em 507 mil toneladas (260 mil toneladas em 2007).
Do montante a ser investido entre 2008 a 2012, US$ 4,2 bilhões serão
destinados a projetos sócio-ambientais (US$ 1,4 bi em programas sociais e US$
2,8 bi em programas ambientais).
A CVRD estima criar 62 mil empregos no mundo (passando de 140 mil para 202
mil neste período), sendo 70% dos mesmos no Brasil.
Para o ano de 2008, serão cerca de US$ 11 bilhões, equivalente ao maior
desembolso anual já feito por uma empresa de mineração no mundo.
Os principais desafios estão na capacitação de mão-de-obra, autorizações
ambientais, capacidade dos fornecedores de equipamentos e serviços e
disponibilidade energética.
2. Investimentos no ES
A CVRD deve investir cerca de US$ 4,5 bilhões no Espírito Santo entre 2008 e
2012. O total de postos de trabalho deve chegar a 17 mil em todo o estado
(atualmente são cerca de 14,4 mil empregos). Em 2010, ano de conclusão de
importantes projetos, o total de empregos chegará ao pico de 19,3 mil.
Os recursos previstos para os próximos cinco anos serão destindados
principalmente à oitava usina de pelotização, em Vitória, ao novo porto de Ubu,
em Anchieta, a mordernização de Tubarão e à Variante Ferroviária Litorânea
Sul.
Nestes valores não estão computado os relativos à implantação da Companhia
Siderúrgica Vitória (CSV), em Anchieta, projeto da Baoesteel em parceria com
CVRD.
Em 2008, o investimento social no ES será cerca de 52,3% maior do que o do
ano anterior, totalizando R$ 29,6 milhões. Ações ambientais também receberão
recursos, em um total de R$ 188,2 milhões entre 2008 e 2012.
2.1. Investimentos no Porto de Tubarão
A Companhia Vale do Rio Doce investirá mais de R$ 680 milhões, até 2009, na
modernização do Porto de Tubarão. Especializado no embarque de minério de
ferro e pelotas, o píer 1 de Tubarão receberá novos equipamentos, como o
quinto virador de vagões, dois modernos carregadores de navios e melhorias
operacionais no sistema de transporte desses granéis.
A previsão é que sejam gerados, aproximadamente, 600 empregos temporários
durante as obras. Também se estima que cerca de 40% do investimento seja
destinado a fornecedores locais, sobretudo nas fases de construção civil e de
montagem industrial.
As obras de modernização prevêem a substituição dos dois carregadores de
navio por equipamentos mais modernos, que garantirão o escoamento de 120
milhões de toneladas por ano de minério de ferro de Minas Gerais e das pelotas
produzidas no Complexo de Tubarão. Também contempla a troca de correias
transportadoras.
Além disto, já se encontra em obra a implantação do quinto virador de vagões,
equipamento responsável por receber e transferir o minério de ferro dos vagões
da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) ao pátio de estocagem. Com essa
obra, a Vale irá modernizar (melhorias operacionais) os quatro viradores
existentes.
O projeto de modernização do Porto de Tubarão prevê a utilização de tecnologia
de ponta e de mecanismos que garantam melhorias no controle ambiental.
Além disso, a aquisição de carregadores de navio mais eficientes vão garantir o
embarque de minério de forma mais limpa e segura.
A Vale também desenvolve projeto para aumentar a cinturão verde no entorno
do Complexo de Tubarão com o plantio de vegetação nativa de Mata Atlântica.
O Píer 1 do Porto de Tubarão foi inaugurado em abril de 1966. Tem capacidade
para receber dois navios, simultaneamente, de até 200 mil toneladas por porte
bruto (tpb). É equipado com dois carregadores e o calado é de 17 metros de
profundidade.
2.2. Investimentos na Variante Ferroviária Litorânea Sul da FCA
A Variante Ferroviária Litorânea Sul é um projeto de interligação entre Cariacica
e Cachoeiro de Itapemirim, com 165 quilômetros. É de responsabilidade da
Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), concessionária do transporte ferroviário de
cargas controlada pela CVRD.
O projeto da Baosteel ajuda a viabilizar esta iniciativa, pois promove o
incremento de volume na matriz de carga original do projeto. No entanto, é
importante dizer que a Ferrovia Centro-Atlântica ainda busca viabilidade
econômico-financeira por meio de novos contratos com clientes, novos projetos
e desenhos de fomento com agentes financeiros e de governo.
O projeto básico de engenharia está concluído. O projeto executivo será
elaborado após a emissão da licença prévia por parte do Ibama.
A variante terá as mesmas características de engenharia concebidas para a
Estrada de Ferro Vitória a Minas. O trecho entre Vitória e o Porto de Ubu terá as
mais modernas características destinadas ao transporte de minério
de ferro. O mesmo vale para o trecho Ubu-Cachoeiro, destinado ao transporte
de carga geral. É importante afirmar que ao longo de toda a extensão da
variante não haverá passagens em nível (PN – cruzamento da ferrovia com
rodovias). A proposta prevê a construção de passagens subterrâneas para
animais silvestres e para o transporte de gado. Nas áreas urbanas, a ferrovia
será totalmente murada e, nas áreas rurais, será protegida com cerca de oito
fios.
A obra está prevista para iniciar no último trimestre de 2008, se a licença
prévia for concedida até janeiro próximo. O cronograma físico é de 30 meses e
custará aproximadamente US$ 450 milhões.
O traçado da ferrovia abrangerá Cariacica, Vila Velha, Guarapari, Anchieta,
Santa Leopoldina, Iconha, Piúma, Rio Novo do Sul, Itapemirim e Cachoeiro do
Itapemirim.
2.3. Investimentos na Oitava Usina de Pelotização
A oitava Usina de Pelotização terá capacidade de 7,5 milhões de toneladas de
pelotas de minério e tem investimento previsto de US$ 700 milhões. A obra,
depende da aprovação do conselho de administração da CVRD e tem previsão
de 36 meses após iniciada a obra.
3. A Logística CVRD
A CVRD provê serviços logísticos integrados incluindo ferrovias e terminais
portuários próprios. Atualmente operamos 10.179 quilômetros de ferrovia, com
alocação de mais de 1 mil locomotivas e quase 42 mil vagões.
Transportamos 16% da carga brasileira e movimentamos cerca de 30% do
volume portuário. A CVRD criou a empresa Log-in, focada no negócio
intermodal com base em contêineres.
Os investimentos nos últimos 5 anos (2003 a 2007), em logística, devem
chegar a US$3,3 bilhões com objetivo de suportar o crescimento do transporte
e do embarque portuário.
Na Estrada de Ferro Vitória a Minas foram implementados nos últimos 5 anos, a
aquisição de 110 locomotivas e 5,1 mil vagões, duplicação de trechos e
expansão de pátios. Estão em progresso aquisição de mais 28 locomotivas e
900 vagões.
A CVRD adquiriu em outubro deste ano o direito de concessão da Ferrovia Norte
Sul que interligará, ao final de suas obras, Palmas no Tocantins a Açailândia no
Maranhão, em conexão com a Estrada de Ferro Carajás, permitindo o
transporte de grãos até os portos de São Luis / MA. Serão 720 quilômetros de
ferrovia, dos quais 361 já foram entregues.
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