Companhia Vale do Rio Doce PRESS RELEASE CVRD ANUNCIA O ORÇAMENTO DE DESPESAS DE CAPITAL PARA 2001 Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2001 – O Conselho de Administração da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) aprovou o orçamento de despesas de capital de 2001 no valor de US$ 1,057 bilhão, não incluindo provisões para eventuais aquisições. Coerente com as diretrizes estratégicas traçadas, o orçamento para 2001 dedica à mineração e transportes US$ 809,4 milhões, 76,6% dos gastos previstos, sendo US$ 574,2 milhões para minerais ferrosos, US$ 139,2 milhões para minerais não ferrosos e US$ 96,0 milhões para transportes. A maior parte dos recursos será investida em projetos, US$ 561,5 milhões, distribuídos principalmente nas áreas de minério de ferro, pelotas e energia elétrica. Mudanças estruturais nos processos de fabricação do ferro e do aço têm concorrido para a rápida expansão da demanda global por pelotas, bem como para a redução de seus padrões de ciclicalidade. A CVRD, acreditando que tal desenvolvimento se consolidará no curso dos próximos anos, tem realizado investimentos para explorar esse segmento mais dinâmico do mercado de minério de ferro. Desse modo, US$ 113,9 milhões serão absorvidos pela construção da pelotizadora de São Luiz, que terá suas obras intensificadas neste ano e finalizadas no primeiro trimestre de 2002, quando entrará em operação, com capacidade de produção anual de 6 milhões de toneladas. O custo do investimento total na planta de São Luiz é estimado em US$ 240,2 milhões, correspondente a US$ 40 por tonelada de pelotas. Em linha com essa visão, foi aprovada pela CVRD e seus sócios no complexo de pelotização de Tubarão a expansão de capacidade deste de 25 para 28,2 milhões de toneladas anuais, com conclusão prevista para 2003. O custo total da ampliação da capacidade das usinas é de US$ 97,6 milhões, US$ 30,50 por tonelada, mais baixo do que o de São Luiz por se tratar de um projeto “brownfield”. O dispêndio da CVRD em 2001 será de US$ 27,1 milhões. Serão destinados a projetos de mineração e logística de minério de ferro investimentos da ordem de US$ 177,6 milhões. O objetivo é elevar a produtividade e atender, principalmente, ao aumento da demanda derivado da operação da nova pelotizadora e da ampliação de capacidade das plantas de Tubarão. No Sistema Sul, US$ 3 milhões deverão ser investidos no aumento de capacidade de 7 para 8,4 milhões de toneladas da mina de Gongo Soco, US$ 16,4 milhões para estender a vida útil das minas de Timbopeba e Capanema e US$ 4 milhões para a ampliação e flexibilização de pátio de estocagem. No Sistema Norte, US$ 15,4 milhões serão utilizados na construção de um novo píer no terminal de Ponta da Madeira, aumentando a capacidade do porto para 56 milhões de toneladas, e US$ 27 milhões na expansão da capacidade de estocagem de minério de ferro. Além disso, cerca de US$ 80 milhões deverão ser direcionados a projetos diretamente ligados à adequação da infra-estrutura para a operação da planta de pelotização de São Luiz. 1 Companhia Vale do Rio Doce A futura desregulamentação do mercado de energia elétrica e as pressões de demanda geradas pelo processo de crescimento econômico indicam tendência de alta de preços de eletricidade no Brasil. O investimento em energia transformou-se em poderoso instrumento de redução de custos e o orçamento para 2001 prevê investimentos no valor de US$ 177,7 milhões. Serão destinados US$ 115,9 milhões a projetos de usinas hidrelétricas já em andamento (Aimorés, Porto Estrela, Candonga, Funil e Capim Branco I e II) e US$ 61,8 milhões estão programados para concessões a serem adquiridas. Ainda dentro do ìtem projetos, estão planejadas compras de locomotivas e vagões no valor de US$ 46,4 milhões, dos quais US$ 7,5 milhões já estão incluídos nos projetos para infraestrutura da pelotizadora de São Luiz. A parcela majoritária dos gastos com aportes será destinada à área de não ferrosos, onde, no projeto de cobre do Sossego, serão investidos US$ 68,0 milhões no estudo de viabilidade econômica e na fase de pré-construção da operação. Serão aportados US$ 39,2 milhões na Valepontocom, veículo responsável pela participação da CVRD na área de “e-business”. Seus principais projetos, no momento, são o desenvolvimento dos portais Quadrem, especializado em compras da indústria de mineração e metais, Multistrata, destinado à contratação de serviços de logística, e Solostrata, dedicado à área agrícola. O Quadrem, uma associação da CVRD com outras treze grandes empresas de mineração e metais, iniciou operações em outubro último. Os investimentos no Terminal de Vila Velha (TVV), terminal portuário que opera com contêineres, automóveis e cargas gerais, serão de US$ 15,3 milhões para a aquisição de equipamentos de grande porte (transtêineres e portêineres) e implantação de sistema de informação operacional. Estas medidas visam garantir maior eficiência no atendimento das necessidades de seus usuários. Para o ano de 2001, os gastos previstos com manutenção são de US$ 240,2 milhões, 33% superiores aos efetuados no ano passado. Parte desse aumento deve-se ao fato de que US$ 49,7 milhões, referentes a gastos com trilhos, dormentes, material de fixação e material de rodízio, passaram a ser contabilizados como investimento e não como custo. A maior parcela de gastos com manutenção será destinada ao Sistema Sul - US$ 138,3 milhões direcionada, principalmente, para a modernização e aumento de capacidade das minas e da ferrovia. Serão adquiridos caminhões de maior porte do que os atuais, modernizados os sistemas de controle e manutenção da ferrovia e substituídos alguns processos das minas. Os dispêndios da CVRD com pesquisa geológica permanecerão nos níveis realizados em 2000, representando 4,3% dos investimentos totais, no valor de US$ 45,5 milhões. Quase a metade desse montante, US$ 21,6 milhões, será destinado aos projetos de cobre, dando continuidade ao esforço de exploração que vem sendo realizado com sucesso ao longo dos últimos anos. O restante será aplicado na exploração de minerais ferrosos, ouro, zinco, caulim e outros. O investimento em meio ambiente, US$ 19,6 milhões, é destinado principalmente ao Sistema Sul, com o objetivo de alcançar os padrões ambientais já vigentes no Sistema Norte. 2 Companhia Vale do Rio Doce Para 2001, os investimentos na área social, executados pela Fundação Vale do Rio Doce, passaram a ser incluídos no orçamento de investimentos, com a previsão de gastos de US$ 7 milhões. ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS 2001 Por área de negócio US$ milhões % Minerais ferrosos 574,2 54,3 Minerais não ferrosos 139,2 13,2 Transporte 96,0 9,1 Energia 180,7 17,1 Outros 67,0 6,3 Total 1.057,1 100 Por categoria US$ milhões % Projetos 561,5 53,1 Manutenção 240,2 22,7 Aportes 142,1 13,4 Pesquisa geológica 45,5 4,3 Informática 24,1 2,3 Meio ambiente 19,6 1,9 Pesquisa tecnológica 17,1 1,6 Investimento social 7,0 0,7 1.057,1 100 Total Os investimentos realizados em 2000 O valor dos investimentos realizados pela CVRD em 2000, no montante de US$ 1,6 bilhão, foi o maior, em termos nominais, em sua história. O montante investido representou 4,7 vezes os US$ 343,3 milhões de 1999, refletindo basicamente as prioridades estratégicas da Companhia e obedecendo a rigorosos critérios de avaliação de rentabilidade. Investimentos no valor de US$ 1,3 bilhão (83% do total) foram alocados aos negócios de mineração e de US$ 217,2 milhões (14%) aos de transportes. As aquisições de empresas na área de minério de ferro e pelotas (Samitri US$ 710,5 milhões, GIIC US$ 91,5 milhões e Socoimex US$ 48,2 milhões) se constituíram no principal item de dispêndio e somaram US$ 850,2 milhões, correspondendo a 53% das despesas de capital em 2000. Os aportes de capital em controladas e coligadas, no valor de US$ 348,3 milhões, tiveram participação expressiva (22%) nos investimentos. Desse total, US$ 176,1 milhões foram investidos na reestruturação financeira e operacional da Ferrovia Centro Atlântica (FCA). Da mesma forma, US$ 84,8 milhões foram alocados à reestruturação das empresas de ferroligas. Foram investidos US$ 134,7 milhões em projetos, sendo grande parte – US$ 84,4 milhões – na construção da planta de pelotização de São Luiz e sua infra-estrutura. Na realidade, o valor orçado para 2000 era de US$ 152 milhões, que não foi integralmente realizado devido a alguns atrasos e à obtenção de significativas economias de custos na construção da planta. Estima-se redução da ordem de 15% no custo do investimento na planta de pelotização relativamente ao montante originalmente programado, de US$ 285 milhões. 3 Companhia Vale do Rio Doce As pesquisas geológicas absorveram US$ 45,1 milhões, com concentração na exploração do cobre. Os investimentos na proteção ao meio ambiente totalizaram US$ 24,3 milhões, a maior parte deles alocada ao Sistema Sul com o objetivo de adequá-lo aos padrões vigentes no Sistema Norte. Um dos primeiros resultados dessa iniciativa foi a obtenção pelo complexo minerário de Timbopeba, que compreende as minas de Timbopeba, Brucutu e Fazendão, do certificado ISO 14001. Os investimentos em manutenção tiveram substancial crescimento, US$ 180,5 milhões em 2000 contra US$ 66,6 milhões em 1999, refletindo o comprometimento da Companhia com a preservação da qualidade de suas operações. INVESTIMENTOS 2000 Por área de negócio US$ milhões % 1.230,6 76,8 91,5 5,7 217,2 13,6 Energia 19,1 Outros 43,3 Minerais ferrosos Minerais não ferrosos Transporte Por categoria US$ milhões Aquisições 850,2 53,1 Aportes 348,3 21,7 Manutenção 180,5 11,3 1,2 Projetos 134,7 8,4 2,7 Pesquisa geológica 45,1 2,8 Meio ambiente 24,3 1,5 Informática 11,6 0,7 6,8 0,4 1.601,6 100 Pesquisa tecnológica Total 1.601,6 % 100 Total Investimentos da CVRD - 1990/2000 1.800 1.600 US$ milhões 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 0 90 92 94 96 98 00 4