5 A- política A GAZETA CUIABÁ, DOMINGO, 25 DE AGOSTO DE 2013 “TERÃO QUE GUARDAR A VIOLA” Debate eleitoral não será antecipado MARCOS LEMOS DA REDAÇÃO A espera da decisão do governador Silval Barbosa se sairá ou não candidato em 2014 “segue o seu curso normal” e está longe de travar o debate eleitoral. A opinião é do secretário de Estado de Administração, Francisco Faiad. Segundo ele, o debate eleitoral não pode ser antecipado. “Estamos em um Governo de obras e realizações. Os pessimistas que aguardem. Hoje, o debate eleitoral só interessa a quem deseja reduzir o mandato do governador. Por isso, a decisão só acontecerá no final do ano”, explicou. A decisão de Silval é considerada fundamental para se deslanchar as discussões partidárias. O governador já sinalizou que, caso saia candidato, deixando o mandato para Chico Daltro, seu vice, poderá concorrer a uma vaga ao Senado hoje ocupada por Jaime Campos. Mas também admite seguir até o final do mandato, principalmente por causa da Copa do Mundo. Para Faiad, qualquer que seja a escolha trará resultados para o PMDB. “Temos a leitura clara sobre essa situação”, enfatizou. Se permanecer no Governo, o partido e as candidaturas colherão grandes resultados. Caso seja candidato ao Senado, ou até mesmo a deputado federal, o PMDB terá uma grande representação para discutir seus posicionamentos em alianças. Isto é: Silval tem um peso importante nas discussões sobre a sucessão. “Não importa qual é a decisão. A eleição passa por Silval. Isso é fato. O que não podemos e não faremos é acelerar a discussão eleitoral. Isso Segundo Faiad, Governo olha as pessoas e não as obras em si Otmar de Oliveira Faiad sinaliza que eleição passa pelo governador que pode ou não disputar e acredita em resgate da gestão não interessa ao Governo, que tem muitas realizações” insistiu Faiad, que também não sabe que cargo disputará em 2014: “Posso ser candidato a deputado estadual ou outro cargo; isso vai depender do partido”. Faiad enumera a realização de dois grandes programas do Governo do PMDB. A primeira diz respeito a Copa do Mundo. “Estamos vivendo um período crítico de grande desconforto para a população. Mas logo muitas obras começarão a ser entregues e o pessimismo vai dar lugar ao otimismo. Esse pessimismo acabará porque, daqui de dentro, temos a certeza de que as coisas vão acontecer. E os pessimistas de plantão podem esperar para recolherem suas violas e parar com suas cantorias” destacou. O segundo aspecto, de acordo com o secretário, é o Programa Mato Grosso Integrado. Ele ressalta que o governador Silval Barbosa, a par da responsabilidade que assumiu para ‘tocar’ as obras da Copa, foi ousado e projetou um programa rodoviário de peso e que dará grandes resultados sociais. “O governador tem a visão do PMDB, um partido que busca dar vida a suas realizações porque nós olhamos as pessoas e não apenas as obras em si. Esse é um diferencial” comentou. Além disso, o secretário de Ad- ministração destaca que Silval e o PMDB terão muito o que mostrar nas eleições de 2014. Ele cita a própria estruturação do Estado. “Não tenho duvidas: é o Governo que mais estruturou a administração pública, reduzindo o numero de servidores temporários por concursados. Não teve medo de enfrentar as demandas, que são, evidentemente, cada vez maiores por conta do crescimento do Estado” acrescentou. Ainda no campo administrativo, ele citou a questão da Previdência Social, cujo déficit vem se arrastando há anos. Silval, segundo Faiad, poderia empurrar o problema para seu sucessor. “Mas não o fez: enfrentou. Hoje, estamos conseguindo a solução adequada. Somos o Estado modelo no projeto de criação dos fundos previdenciários”, frisou. A monetização do fundo imobiliário da Previdência, vai permitir que o Estado economize até 400 milhões ao ano, atualmente usados para cobrir a diferença entre o que a Previdência arrecada e o que é preciso ser pago na folha de aposentados e pensionistas. Faiad também enfatizou a política definida pelo governador Silval Barbosa visando a valorização do funcionalismo como instrumento de desenvolvimento. E nesse sentido, o Governo trabalhou no resgate do MT Saúde, hoje em fase de revitalização, e fez um grande esforço para garantir o poder de compra dos servidores da ativa, aposentados e pensionistas. “Temos uma política sólida nesse sentido porque sabemos que somente com a valorização do servidor é que poderemos prestar um serviço de melhor qualidade ao funcionalismo” disse.