política 7 A A GAZETA CUIABÁ, QUINTA-FEIRA, 30 DE JULHO DE 2009 CORTESIA Tribunais e MP dizem que têm de ‘fiscalizar’ a Copa “ Mesmo favoráveis e prontos a ajudar, Poderes lembram o dever de ofício de fiscalizar M ARCOS LEMOS e acreditamos que naquilo sia pelo pedido, informaram que for possível e não nos que estão prontos para ajuprejudicar em nossa missão dar, mas não poderão particiiremos trabalhar com afinco par diretamente da agência. Não precisava o governo do Estado se e denodo para ajudar Mato Em mais de duas horas esforçar para ter a participação direta de Não vejo Grosso e Cuiabá”, disse o de reunião, o governador todos os demais Poderes no processo de Blairo Maggi apresentou macumprimento das exigências da Copa do dificuldades em ter presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Antônio quetes, slides, plantas, projeMundo de 2014 que será realizada no Braum representante que informou ter se tos, recursos e tudo o que já sil e terá Cuiabá como uma de suas sedes. num conselho fiscal Joaquim, discutido pouco a respeito da foi preparado para cumprir o Os tribunais de Justiça e de Contas e MiAgência Executora, na qual cronograma de obras e ações. nistério Público de Mato Grosso se adianele deixou transparecer dúvida quanto a “Temos por dever de ofício que não taram e informaram que, por dever consticomposição, já que até a realização da Coabrir mão de nossa obrigação de fiscalizar, tucional, cabe a eles fiscalizarem o Execupa do Mundo passarão duas eleições, uma mas somos defensores da Copa do Mundo tivo. Mesmo assim, por questão de corteem 2010 para o governo do Estado e outra em 2012 para prefeituras. Existe uma dúvida que poucos assumem mas preocupa o governo quanto a composição da Agência e a idéia de um mandato: se mudando o governo, o eleito e empossado poderá ou não trocar os diretores? Antônio Joaquim acabou fazendo coro com o procuradorgeral de Justiça, Marcelo Ferra, de que o MP também está vedado em ter membros (promotores e procuradores), indicados como diretores da agência. “Não vejo dificuldades em ter um representante num conselho fiscal, já que o papel do MP é fiscalizar o cumprimento das leis e a correta aplicação dos recursos públicos. Blairo Maggi reforçou seu comproEdson Rodrigues/Secom misso quanto ao novo estádio e Procurador-g geral Marcelo Ferra disse que instituição está vedada em ter representante na Agência os Centros de Treinamento. D A R EDAÇÃO Agência precipitará troca de secretários MARCOS LEMOS DA REDAÇÃO O governador Blairo Maggi (PR) deu sinais de que não deverá deixar o governo em 2010 e que realizará uma minirreforma administrativa já que é muito provável que cinco secretários deixem o staff, sendo que três irão ocupar cargos de diretores da futura Agência Executora. Os nomes serão conhecidos após a viagem de Blairo Maggi à África do Sul e a Alemanha para conhecer os projetos implementados em relação as últimas Copas. Na reunião em que solicitou ajuda dos Poderes para ter celeridade e legalidade nas ações que pretende realizar como a construção do no- vo Estádio, Maggi e Silval informaram que haverá dispensa de licitação no valor de R$ 12 milhões para contratação da empresa que fará o novo projeto, orçado em R$ 430 milhões, recursos que o próprio Executivo vai bancar. A grande preocupação do governo é que a Fifa encaminhou documentos onde reporta que uma vez descumprido o cronograma, automaticamente Cuiabá é desclassificada. Maggi confirmou encaminhar projeto de lei criando a Agência que contará com cinco diretores com mandato, sendo que os mesmos são passíveis de demissão, caso o pedido seja aprovado por dois terços do Poder Legislativo. João Vieira/Arquivo Maggi deixa claro que três secretários estão na Agência Chico Ferreira Silval (foto) e Jaime Campos: encontro com poucos indicativos Silval e Jaime discutem eleição mas não apresentam resultado MARCOS LEMOS DA REDAÇÃO O vice-governador, Silval Barbosa (PMDB), e o senador Jaime Campos (DEM) conversaram e trocaram idéias quanto a disputa eleitoral de 2010, onde ambos pleiteiam a sucessão do governador Blairo Maggi (PR), mas não devem se confrontar. Tanto Silval quanto Jaime foram claros que são indicações de seus partidos, mas que isso não é um fato isolado. As conversações partidárias estão em andamento e que o PMDB e o DEM eventualmente poderão estar juntos dependendo da conjuntura política no pleito, já que cada um tem ainda questões nacionais de posicionamento. “Não sou candidato de mim mesmo, sou uma indicação partidária que está buscando aliados em todos os poderes. É claro que existe preferência por aqueles que nos dão sustentação enquanto governo”, disse Silval, que vê reais possibilidades em formalizar um novo arco de alianças em que pese reconhecer que existem empecilhos, mas que podem ser superados. Jaime Campos apontou a pessoa de Silval como digna, mas lembrou que o DEM espera por uma candidatura própria, que também busca aliados para consolidar o processo eleitoral.