9A política A GAZETA CUIABÁ, SEXTA-FEIRA, 7 DE DEZEMBRO DE 2012 AFASTAMENTO Silval afasta Cursi e nomeia adjunto para a Sefaz/MT MARCOS LEMOS O ato que determina ao secretário-adjunto do Tesouro Estadual, Marcos Rogério que responda interinamente pela Secretaria de Fazenda foi publicado no Diário Oficial que circulou ontem mas com data retroativa a segunda-feira, quando foi expedida a ordem judicial que não foi cumprida anteriormente por estar o governador Silval Barbosa (PMDB) e o próprio secretário de Fazenda, Marcel Souza de Cursi em viagem oficial à Brasília. O pedido de afastamento do titular da Sefaz foi formulado pela promotora Ana Luíza Ávila Peterlini de Souza que reportou ao Juízo o insistente desrespeito da Secretaria de Fazenda as determinações judiciais para que se abstivesse de reter recursos pertencentes ao Meio Ambiente e de determinar a livre utilizações destes recursos para as funções previstas em lei para a Secretaria Estadual do Meio Ambiente. A decisão de afastar o secretário de Fazenda, Marcel Souza de Cursi foi em decorrência da possibilidade do desrespeito a ordem emanada da Justiça ser descumprida pelo Chefe do Poder Executivo o que acarretaria mais problemas para a administração pública estadual. DA REDAÇÃO Marcus Vaillant Silval Barbosa estaria propenso a ouvir proposta de indicados para decidir o melhor nome para o Ministério Público Estadual ESCOLHA DO Paulo Prado, o mais votado, José Antônio e Roberto Turin CHEFE DO MPE compõem as indicações para procurador-geral de Justiça O governador Silval Barbosa (PMDB) afastou temporariamente o secretário de Fazenda, Marcel Souza de Cursi e nomeou interinamente o secretário-adjunto do Tesouro Estadual, Marcos Rogério Lima Pinto e Silva para responder pela pasta, aguardando para ainda hoje uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso que revoga o pedido de afastamento determinado pelo juiz Marcos Faleiros da Vara Especializada do Meio Ambiente, por desrespeito a determinação judicial. Jenz Prochnow, procurador geral do Estado, sinalizou que a instituição já informou oficialmente e com documentos o cumprimento da decisão judicial para que a Secretaria de Fazenda se abstivesse de recolher os recursos do Fundo Estadual do Meio Ambiente - Femam para a Conta Único do Estado, mesmo a Secretaria de Fazenda ter comprovado que o fundo e a Secretaria de Meio Ambiente seriam deficitárias, ou seja, já teriam gasto muito mais do que teriam de direito pelas receitas recebidas. Governador deverá ouvir propostas de indicados MARCOS LEMOS DA REDAÇÃO O governador Silval Barbosa (PMDB) estaria propenso, segundo um assessor do Palácio Paiaguás, a utilizar de toda sua prerrogativa constitucional para promover a escolha do nome do novo Chefe do Ministério Público Estadual de Mato Grosso que comandará o órgão pelos próximos dois anos no biênio 2013/2015. Conforme estabelece a Constituição Federal que foi copiada pela Constituição Estadual, a lista tríplice é encaminhada ao Chefe do Executivo que tem a titularidade da escolha de qualquer um dos nomes para sua nomeação. Uma vez nomeado chefe da Procuradoria Geral de Justiça, cessa toda e qualquer ascensão do governador em relação ao nomeado que conduz um órgão com autonomia administrativa, financeira e independência de atuação, não pode ser destituído de suas funções a não ser por decisão judicial. A história do Ministério Público remete sempre a indicação e nomeação do mais votado, no caso Paulo Prado que venceu a eleição inter- na com 102 votos ou quase 52% dos votos e que já ocupou a função por dois biênios, contra 88 votos dados a José Antônio Borges e 85 votos dados a Roberto Turin. A exceção fica por conta do próprio José Antônio Borges que em 2003 deixou de ser nomeado mesmo tendo vencido a disputa como o mais votado, sendo preterido por Eduardo Jacob pelo então governador, hoje senador Blairo Maggi (PR), já que não época não era previsto na Constituição de Mato Grosso a possibilidade de promotores serem candidatos. Na época, somente procuradores de Justiça podiam ser candidatos. Mesmo assim, José Antônio Borges disputou venceu e não conseguiu ser nomeado. Alguns anos mais tarde, a Assembleia Legislativa, numa iniciativa do deputado José Riva (PSD), atual presidente, apresentou emenda constitucional abrindo a possibilidade de promotores serem candidatos. Depois de entrar em vigor a emenda constitucional, o primeiro promotor a ser eleito e reeleito foi o atual chefe do Ministério Público, Marcelo Ferra. O governador deverá ouvir as propostas dos três indicados para então se decidir a res- Prado é o único que já ocupou o cargo peito da nomeação. Segundo preceitua as regras, no primeiro dia útil de 2013, portanto, em 02 de janeiro, o procurador geral de Justiça, Marcelo Ferra deverá encaminhar ao Governo do Estado a lista tríplice para o conhecimento e as providências quanto a nomeação do futuro comandante do Ministério Público Estadual. “A prerrogativa constitucional de escolha e nomeação pertence ao governador Silval Barbosa, mas o entendimento de todos tem sido pela escolha do mais votado da lista tríplice que foi escolhido democraticamente”, se limitou a dizer o procurador chefe, Marcelo Ferra. A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) por reiteradas vezes tem defendido a nomeação do mais votado na lista tríplice por reafirmar a vontade da maioria e a democracia interna da instituição que se utiliza de um modelo de voto único, duplo ou triplo para todos os promotores e procuradores. A suposta decisão de ouvir as propostas e plataformas de cada um dos três componentes da lista tríplice que será remetida ao Governo do Estado, não representaria dizer que o chefe do Executivo não respeitará a lista tríplice e sua ordem, mas simplesmente uma melhor maneira de atuar em sintonia entre o Executivo e o Ministério Público em busca de avanços em prol de Mato Grosso e da sociedade. Otmar de Oliveira Sefaz será comandada por interino até solução de pendenga MUNDO JURÍDICO MP, TJ e OAB dominam atenções MARCOS LEMOS DA REDAÇÃO André Romeu/Agência Phocus Tribunal de Justiça até fevereiro deverá indicar dois novos desembargadores para o Pleno Várias noticias movimentam o mundo jurídico em Mato Grosso nas próximas horas. A posse marcada para hoje de 16 novos promotores de Justiça substitutos, ou seja, que são recém integrados a instituição após terem sido aprovados em concurso público; a conclusão do prazo na segunda-feira, 10, para os juízes da quinta parte dos mais antigos de Entrância Especial que desejarem concorrer para a vaga aberta com a aposentadoria do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, José Silvério Gomes e a posse na terça, 11 do novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Mato Grosso, Maurício Aude. A posse dos novos promoto- res está marcada para as 16 horas no auditório das Promotorias de Justiça de Cuiabá. Com o ingresso de novos membros, o Ministério Público passará a contar com 185 promotores de Justiça e 30 procuradores de Justiça. “Em função da crescente demanda, o número de promotores de Justiça ainda não é o ideal, mas temos ouvido a sociedade e priorizado áreas de atuação para conseguirmos cumprir a nossa missão, em defesa da sociedade”, ressaltou o procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra de Carvalho. Serão empossados: Alice Cristina de Arruda e Silva, Carolina Gabriele Pinto, Diogo de Araujo Lima, Eulalia Natalia Silva Melo, Flávio Fraga e Silva, Frederico César Batista Ribeiro, Itâmara Guimarães Rosário Pi- nheiro, José Rodrigues da Silva Neto, José Vicente Gonçalves de Souza, Laís Liane Resende, Lysandro Alberto Ledesma, Mayane de Castro Eccard, Monique Mosca Gonçalves, Osvaldo Moleiro Neto, Paulo Alexandre Alba Colucci e Saulo Pires de Andrade Martins. Já na segunda termina a inscrição dos juízes que desejam disputar a indicação de desembargador, que por se tratar do critério de merecimento, depende das notas que cada um dos desembargadores que compõem o Pleno do TJMT oferecerão aos juízes candidatos. A média das notas definirá o escolhido. Nomes como do juiz Sebastião de Arruda Almeida, Adilson Polegato e Cleuci Terezinha Chagas estão entre os cotados para ocuparem uma vaga no Pleno.