IN B R A PE - Instituto G lobal de E studos A van ç ados
U N ISA L E SIA N O - Centro U niversit á rio Cat ó lico Salesiano
A uxilium
Curso de E specializaç
specializa ç ão em E ducaç
duca ç ão
E special Inclusiva
Autismo
Fgª
Fgª Ms. Cândice Lima Moreschi
Histó
Histórico
Autismo “voltado para si mesmo”
Primeira vez na literatura psiquiátrica
em 1906 por Ploullor
Estudo do pensamento em pacientes
psicóticos
GAUDERER (1987)
Histó
Histórico
1911 Bleuler faz referência ao termo para
designar um dos sintomas fundamentais
da esquizofrenia.
Termo utilizado em sentidos amplos
→ características que podem estar
presentes em pessoas com
desenvolvimento típico.
WING (1976)
Histó
Histórico
1943 - Léo Kanner
Estabelece critérios diferenciais em
relação à esquizofrenia, isolando o
autismo infantil como uma entidade
nosológica distinta.
WING (1996)
Variaç
Variações quanto a
Nomenclatura
Transtorno Autista é chamado,
ocasionalmente:
Autismo Infantil Precoce
Autismo da Infância
Autismo de Kanner
Na dé
década de 80
Histó
Histórico
3ª Ed. do Manual Diagnóstico e Estatístico
de Transtornos Mentais (DSM-III)
Atualmente
CID-10 (Organização Mundial de Saúde,
1993) e DSM-IV-TR (Associação Americana
de Psiquiatria, 2002)
Transtorno Global do Desenvolvimento
Autismo
Síndrome Comportamental
Definiç
Definição
Múltiplas Etiologias
Distúrbio do Desenvolvimento
Déficit na Interação Social
Déficit da Linguagem
Alterações de Comportamento
GILLBERG (1990)
Autismo
Etiologia
Ainda não definida.
Não pode ser causado por fatores
emocionais e/ou psicológicos.
Fatores biológicos associados (não há
fator específico).
Multicausal.
Causado por interação gene-ambiente.
Os sintomas antes dos
3 anos de idade.
Diagnó
Diagnóstico
Interação social recíproca.
Comunicação/ linguagem.
Atividades simbólicas ou imaginativas.
Interesses/ atividades peculiares.
Os sintomas variam amplamente de um autista
para o outro, constituindo um espectro de
distúrbios (“contínuo autístico”).
WING (1996)
Trí
Tríade de Comprometimentos Autismo
Interaç
Interação
Social
Comunicaç
Comunicação
Imaginaç
Imaginação
Dificuldades do Diagnó
Diagnóstico
Sem sinais FÍSICOS aparentes.
Sem marcadores biológicos.
Sem exames determinados.
Muita variação no quadro clínico.
Pode estar associado.
Confusões com outras patologias,
como DM, Psicose, Deficiência Auditiva.
Caracterí
Características
Desenvolvimento anormal ou prejudicado
na interação social e comunicação.
Espectro que vai das formas mais brandas
até as mais graves.
Prevalência masculina (4:1).
Pode estar associado a outras patologias.
Repertório restrito de atividades e
interesses.
Capacidade Intelectual Autismo
70 a 80 % → defasagem intelectual
importante.
60 % → inteligência abaixo de 50 em
testagem de QI.
20 % → QI acima de 70.
GLAT; KADLEC (1985)
Risco Familiar
Recorrência do Autismo na mesma
família: 2 a 13% maior que na
população em geral.
Alterações relacionadas ao desenvolvimento
entre os familiares dos Autistas:
►Transtorno de humor, ansiedade,
personalidade, conduta, comunicação e
aprendizagem.
►Esquizofrenia
►Deficiência Intelectual
Comportamentos que Caracterizam o
Autismo
TULIMOSCHI ( 2002)
▪ Tendência ao isolamento social.
▪ Ausência da noção de perigo.
▪ Resistência frente à mudanças
de rotina.
▪ Coordenação motora irregular.
▪ Prejuízo na imaginação,
fantasia e criatividade.
▪ Movimentos repetitivos.
▪ Prejuízos nos contatos sociais.
▪ Choro ou risada inapropriados.
▪ Dificuldade em contatos
visuais.
▪ Hiperatividade ou apatia.
▪ Manuseio de objetos de forma
obsessiva.
▪ Dificuldades de aprendizagem
pelos métodos tradicionais de
ensino.
▪ Respostas anormais às
sensações.
▪ Déficit no desenvolvimento da
linguagem e fala.
▪ Comportamentos oscilantes e
incoerentes.
▪ Dificuldades na compreensão
da linguagem falada.
Não existem crianç
crianças com
caracteríísticas de autismo. se existem
caracter
as caracterí
características, existe o autismo, de
alguma maneira, em algum grau.
“Deficiência Intelectual”
Intelectual”, “Transtornos do
Desenvolvimento Especí
Específicos”
ficos” e
“Transtorno Global do Desenvolvimento”
Desenvolvimento”
D.I.
“O desenvolvimento é lento (...) segue a mesma
linha de aprendizado que as outras crianças
ditas normais, só que bem mais devagar”
T.D.E.
“Existe um atraso ou ausência de
desenvolvimento em áreas determinadas”
T.G.D.
“Há várias áreas de desajuste qualitativo”
PEETERS (1998)
Transtornos Globais do
Desenvolvimento
APA (2002)
Transtorno Autista.
Transtorno de Rett.
Transtorno Desintegrativo da Infância.
Transtorno de Asperger.
Transtorno do Desenvolvimento Sem
Outra Especificação.
Transtorno de
Asperger
Prejuízo severo e persistente na
interação social e o desenvolvimento de
padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses e
atividades.
Caracterí
Características
Transtorno
de Asperger
Prejuízo nas áreas social, ocupacional ou
outras áreas importantes de funcionamento.
Sem atrasos significativos na linguagem
(palavras isoladas usadas aos 2a, frases
comunicativas usadas aos 3a).
Sem atrasos significativos no desenvolvimento
cognitivo ou de habilidades de auto-ajuda
apropriadas à idade, comportamento adaptativo e
curiosidade acerca do ambiente na infância.
Mozart and the whale - Loucos e Apaixonados retrata a
vida de duas pessoas com Síndrome de Asperger, uma
forma de autismo. Essa doença ameaça a sua relação, já
que, apesar de ambos terem a mesma doença, isso não
significa que partilhem os mesmos sentimentos e os
mesmos pensamentos perante essa mesma doença. Donald
(Josh Harnett) é um taxista que adora pássaros e tem uma
capacidade espetacular de trabalhar com números. Ele
tem a sua rotina, como todos os outros com Síndrome de
Asperger, mas ao conhecer Isabelle (Radha Mitchell), a sua
vida muda por completo.
Relato de Casos
Sou mãe do César, descoberto com Autismo
de Alto Funcionamento aos 3a6m. Agora
como fala e se relaciona, e não mais repete
as frases como uma ecolalia.
O César brinca de esconde-esconde, com
brinquedos semelhantes das outras
crianças.
O que nos despertou para a doença foi a
falta de fala e pouca convivência com outras
crianças.
Mas o César hoje, faz uma hora e meia por
semana de secção de Fono, Pedagoga e T.O.
Ele freqüenta uma escola normal e sua
primeira avaliação foi de que está se
adaptando.
Relato de Casos
Diagnosticado aos 2a8m, nunca deixou de fazer uma terapia, sempre fui em
busca do melhor, corri atrás, desde o diagnóstico, procurei me inteirar da
situação. Passava dias e horas, em frente ao computador, arquivando, lendo,
tentando encontrar a melhor solução. E entre todas descobri, que a maior delas
é o AMOR. Mais aí aos 10 anos chegou ao limite, fui muito contra a família, os
amigos e todos que achavam um absurdo, mas muitos foram que me apoiaram
também.
Aos 10 anos ele foi pra clínica para autistas, está em tratamento onde vou
visitá-lo uma vez por mês, pois é distante da minha cidade.
Faz 2 anos e 10 meses que ele está nessa clínica; progrediu muito: aprendeu a
escovar os dentes, comer sozinho, tomar banho. Hoje ele tem linguagem oral, já
balbucia muitas coisas.
Acredito que mais um ano e ele retorna pra junto de nós, porque hoje aprendi a
trabalhar com ele, já entendo bem melhor, cresci junto, o tempo foi o melhor
remédio, mães especiais nasceram para ser especiais, mesmo distante eu
continuo criando e cuidando do meu anjo Paulo Vitor.
MACHADO, Mara Lucia Salazar. Educação e terapia da criança
autista: uma abordagem pela via corporal. [Dissertação de Mestrado].
Porto Alegre: Universidade Federal do RS, 2001.
LOPES-HERRERA, Simone Aparecida. Avaliação de estratégias para
desenvolver habilidades comunicativas verbais em indivíduos com
autismo de alto funcionamento e síndrome de asperger. [Tese de
Doutorado]. São Carlos: UFSCar, 2005.
WALTER, Cátia Crivelenti de Figueiredo. Avaliação de um programa
de comunicação alternativa e ampliada para mães de adolescentes
com autismo. [Tese de Doutorado]. São Carlos: UFSCar, 2006.
CUCCOVIA, Margherita Midea. Análise de procedimentos para
avaliação de interesses baseado em um currículo funcional natural e
seus efeitos no funcionamento geral de indivíduos com deficiência
mental e autismo. [Dissertação de Mestrado]. São Carlos: UFSCar,
2006.
www.ama.org.br
www.grandin.com
www.universoautista.com.br
www.autismo.com.br
www.schwartzman.com.br
Gilbert Grape - Aprendiz de
sonhador
Forrest Gump – o contador de
histórias
Código para o Inferno
Intervenç
Intervenção
“Tarefa
vida””
de vida
Escola
Famí
Família
Ambientes da
Comunidade
WINDHOLZ (1995)
Idé
Idéias para o Professor
BRASIL (2002)
Regra principal das Salas de aula →
respeito ao outro.
Desenvolver a capacidade de observação
→ perceber com clareza os indicadores de
um comportamento inadaptado.
O ambiente deve ser estruturado para
envolver e motivar os alunos.
Funç
Funções Especí
Específicas do Professor
BRASIL (2002)
Avaliar as oportunidades educacionais,
práticas e experiências enriquecedoras
oferecidas ao aluno por sua família.
Acompanhar e avaliar o desenvolvimento da
criança com a participação da família.
Elaborar e executar planos para
atendimento pedagógico, individual ou em
grupo.
Incentivar as famílias a utilizarem recursos
recreativos, laborais ou educacionais da
comunidade.
Intervenç
Intervenção
O Ensino deve ser estruturado.
Estimulaç
Estimulação
Visual
Rotinas
Sistema de Trabalho
Horá
Horário Individual
Estrutura Fí
Física
Estrutura Fí
Física da Sala
Como me organizo na sala?
Onde ocorrem as atividades?
Onde estão os materiais?
Estabelecer Zonas.
Minimizar distraç
distrações Visuais e Auditivas.
Horá
Horário Individual
O que vou fazer?
Onde vou estar?
Quando vou fazer?
Seqü
Seqüência primeiro...depois, partes do dia.
Cartões com imagens e/ou palavras.
Sistema de Trabalho
O que vou fazer?
Quanto tenho para fazer?
Quando sei que já
já terminei?
O que faç
faço depois de terminar?
Código de Trabalho
Tarefas por fazer – Tarefas cumpridas
Articulaç
Articulação com o horá
horário
Rotinas e Estimulaç
Estimulação
Visual
Manutenç
Manutenção de Rotina Diá
Diária:
Consultar Horá
Horário e Seguir Sistema
de Trabalho
Favorecer Processamento Visual e
não o Auditivo.
Promover a compreensão de situações.
Utilizar áreas fortes da criança.
Promover a independência.
Reduzir problemas de comportamento.
Providenciar ambiente seguro, calmo,
organizado e previsível.
Promover mudanças gradualmente,
preparando a criança de maneira.
Comunicar usando linguagem simples.
Utilizar pistas visuais durante a
comunicação.
Oferecer tempo para a criança responder.
Ser sensível às tentativas de comunicação
por parte da criança.
Tipos Mais Usuais de Intervenç
Intervenção
TEACCH
Programa que visa o tratamento e
educação para autistas e crianças com
déficits relacionados a comunicação,
englobando as esferas dos atendimento
educacional e clínico.
LEWIS; DE LEON (1995)
Fonte: aeahespecial.
aeahespecial.blogspot.
blogspot.com/2007/10/ocom/2007/10/o-mtodomtodo-tea...
tea...
Área de reunião
Área de trabalho Individual
Área de brincar
Área de trabalho em grupo
Área de transiç
transição
TEACCH - crí
críticas
Método supostamente “robotiza” a criança
Mas....
Processo consistente de aprendizado
Humanizaç
Humanização progressiva
Adquire habilidades e constró
constrói significados.
TEACCH
Estrutura da Área de Trabalho
Estrutura da Área de Trabalho
TEACCH
Tarefas
Tipos Mais Usuais de Intervenç
Intervenção
Aná
Análise Aplicada do
Comportamento
Visa ensinar à criança, habilidades que
ela não possui, por meio de etapas.
Habilidades ensinadas individualmente,
associadas a uma indicação/instrução.
Aná
Análise Aplicada do
Comportamento
Resposta adequada da criança →
ocorrência de algo desejável.
Repetição e registro exaustivo das
tentativas e resultados.
Currículo Funcional Natural →
currículo individualizado.
Aná
Análise Aplicada do
Comportamento Crí
Críticas
Método supostamente “robotiza” a criança
Mas....
Adquire habilidades e constró
constrói significados.
EUA →Grupo de pais
treinados por especialistas
Exemplo: leitura funcional
• Objetivo geral: identificar dados pessoais
quando essas informações aparecem em
documentos.
• Objetivos específicos: a) identificar seu
nome quando aparece em materiais
escritos; b) identificar seu telefone quando
aparece em materiais escritos; c)
identificar seu número de telefone quando
aparece em materiais escritos.
Exemplo de intervenç
intervenção do professor
• Colocar a foto do estudante junto com
seu nome em pertences e locais
freqüentados pelo estudante (carteira,
caderno, mochila).
=> Procedimentos de ensino: resposta de
observação, pareamento palavra figura,
reforçamento dos desempenhos
adequados.
Exemplo de intervenç
intervenção da famí
família
• Pedir aos pais que coloquem o nome da
criança escrito em seus objetos ou
móveis pessoais. Pedir à criança que
localize seus objetos e/ou que os guarde
nos móveis de seu uso (por exemplo,
guardar sua mochila em seu armário).
=> Procedimentos de ensino: Pareamento
e reforçamento dos desempenhos
adequados da criança.
Tipos Mais Usuais de Intervenç
Intervenção
PECS
BONDY; FROST (1994)
Sistema baseado na troca de figuras como
forma de comunicação.
PECS
PECS -Adaptado (Walter, 2000) é dividido
nas seguintes fases:
Fase 1- Troca de figura.
Fase 2- Aumento da espontaneidade.
Fase 3a- Discriminação das figuras.
Fase 3b- Diminuição do tamanho das
figuras.
Fase 4- Estruturação de sentenças.
Fase 5- Introdução de conceitos adicionais de
linguagem.
PECS
Figuras do PCS utilizadas no Sistema PECS.
Sugestões
• Não formule frases muito complexas ou
longas
• Use de clareza e objetividade
• Fale diretamente aquilo que você está
querendo
• Evite gritar. Fale baixo, mas fale
SEMPRE.
• Evite uso de metáforas e ironias
• Evite o uso de perguntas afirmativas
• Posicione-se de frente ao dar uma ordem
• Associe uma imagem à sua fala
Sugestões
• Dê condições de escolha à criança.
• Aguarde o tempo de resposta.
• Use palavras e expressões compatíveis com a
idade cronológica.
• Quando você não entender, fale.
Condiç
Condições Facilitadoras
Condiç
Condições Facilitadoras
Condiç
Condições Facilitadoras
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