UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS Por: Alexandre da Silva Lima Orientador Prof. Mario Luiz Trindade Rocha Rio de Janeiro 2007 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Latu Sensu” em Gestão Estratégica. 3 AGRADECIMENTOS A Deus, por dar força e sabedoria. À minha família, Maria (Mãe) e Luiz (Pai), por tudo. À Projectlab, empresa na qual faço parte do quadro de funcionários. Aos amigos, familiares e professores pela força e paciência nas horas de cansaço e desânimo. 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha futura esposa Elisangela Almeida Miranda que a meu lado sentiu mais do que ninguém que para alcançar objetivos é necessário muito trabalho e muita renúncia. O mérito do trabalho não é só pela sua conclusão, paralelamente acontece um significativo crescimento pessoal. 5 RESUMO No mundo atual apesar de todo o “Know-How” detido por muitas organizações o planejamento ainda vem sendo colocado em segundo plano, indagando apenas como um processo que gera a perda de tempo e emissão de muitos documentos. Retrabalho é a palavra ávida que permeia os projetos. Qual a ligação entre o sucesso do planejamento e o sucesso de um projeto? Pois, o planejamento ideal é aquele que requer tempo e dedicação a fim de ter como produto final um plano de projeto com a tripla restrição, tempo, custos e escopo, equilibradas e alinhadas aos critérios da qualidade e aos impactos do risco, garantindo o sucesso do projeto. A pesquisa em questão tem como objetivo geral mostrar como a importância do planejamento no gerenciamento de projetos é fator crítico de sucesso para projetos de qualquer porte ou área. Em complemento, este trabalho apresenta a evolução do gerenciamento de projetos até os dias atuais, a apresentação de conceitos essenciais em gerenciamento de projetos e o parecer sobre o tema por alguns profissionais da área de gerenciamento de projetos. Palavras-chave: planejamento – projetos – gerenciamento – sucesso 6 METODOLOGIA A presente pesquisa possui o caráter de análise teórico-empírica, onde será usada como fonte na parte teórica, pesquisa bibliográfica pertinente ao tema, utilizando livros, sites, revistas, etc. Esta dissertação tomou como base a metodologia de gerenciamento de projetos da organização mundial denominada Project Management Institute (PMI®) que apresenta conceitos e metodologias como um sistema estruturado. Na pesquisa de campo, foram entrevistados profissionais de diversas áreas que possuem a certificação PMP(Project Management Professional) do PMI®, visando, através de questionários e conversas informais, compreender a visão desses profissionais sobre o tema em questão e qual a importância do planejamento em suas organizações em relação ao gerenciamento de projetos. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I 10 ORIGEM E EVOLUÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS 10 CAPÍTULO II 13 CONCEITUAÇÃO E ALINHAMENTO 13 CAPÍTULO III 23 PROCESSOS DE PLANEJAMENTO 23 CAPÍTULO IV 53 PESQUISA DE CAMPO 53 CONCLUSÃO 57 BIBLIOGRAFIA 59 ANEXOS 61 ÍNDICE 67 ÍNDICE DE FIGURAS 69 FOLHA DE AVALIAÇÃO 70 8 INTRODUÇÃO Nos dias atuais, face aos desafios da complexidade contemporânea, a mudança é a única certeza que temos, nos diversos aspectos das organizações e da sociedade, e ocorrem numa velocidade cada vez maior. As organizações por sua vez estão amadurecendo e tentam alinhar pessoas, processos, prática e conhecimento através do gerenciamento de projetos para o sucesso de seus empreendimentos. Temos o hábito de associar mudanças significativas ao resultado dos projetos. Como conseqüência, gerenciar projetos de forma eficiente nessa era de grandes mudanças é um dos grandes desafios do executivo dos tempos modernos (KERZNER, 2002). Estar preparado para gerenciar projetos de forma planejada e profissional significa capacidade para superar este desafio. A função de planejar é considerada como atividade principal dentro do grupo de processos de gerenciamento de projetos. O desenvolvimento eficaz de um plano é fator critico de sucesso para os projetos. Apesar da grande quantidade de literatura existente sobre programar e gerenciar projetos observa-se tanto na literatura como na prática, que essa atividade vem sendo desempenhada com alguns problemas, tais como: Dificuldades de implementar projetos dentro do prazo; Recursos não estão disponíveis quando necessário; Antes que as atividades sejam completas, mudam-se as prioridades devido aos novos projetos; Os gerentes de projeto e os gerentes funcionais estão em constante conflito sobre prioridades; O escopo dos projetos, às vezes, é prejudicado para manter a data de entrega ou orçamento; Muitas mudanças e/ou retrabalhos; Estouros orçamentários; 9 Parece ser tão difícil gerenciar projetos e conseguir entregá-los no prazo, dentro do orçamento e dentro das especificações do escopo? No capítulo I, falaremos um pouco da história do gerenciamento de projetos desde as pirâmides do Egito, até os dias atuais com diversas e excelentes associações profissionais sistematizando padrões e normas em gerenciamento de projetos. No capítulo II, serão abordados alguns conceitos essenciais para o desenvolvimento e entendimento deste presente estudo, criando um alinhamento conceitual para entendimento. O capítulo III, apresentará o grupo de processos de planejamento, organizando os 21 processos que o compõem, com os seus devidos comentários e observações a respeito. O capítulo IV, contém uma pesquisa de campo elaborada através de uma entrevista realizada com profissionais da área de gerenciamento de projetos, mas especificamente gerentes de projetos(PMP®), falando sobre o planejamento. O presente estudo pretende apresentar a importância do planejamento efetivo no gerenciamento de projetos, como fator crítico para o sucesso dos projetos. Destacando a abordagem do PMI® no contexto de gerenciamento de projetos e a sua contribuição para essa disciplina. 10 CAPÍTULO I ORIGEM E EVOLUÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS Desde as primeiras civilizações sabemos que existiram grandes projetos acontecendo durante o tempo, e de alguma forma foram organizados e conduzidos através de algum tipo de gerenciamento para sucesso dos mesmos, como a Muralha da China (770-475 a. C), as Pirâmides do Egito (entre 2630 e 1640 a.C.), entre outras grandes construções. Contudo, é fato que na época destes eventos, não existiam metodologias devidamente formalizadas e adaptadas para o uso geral. No início do século XX, Frederick Taylor, aplicou um raciocínio científico ao estudo sobre a produção de uma oficina de manutenção de máquinas, apresentando um método de racionalizar a produção, e de possibilitar o aumento da produtividade do trabalho "economizando tempo”, suprimindo gestos desnecessários e comportamentos supérfluos no interior do processo produtivo. Taylor aperfeiçoou a divisão social do trabalho introduzida pelo sistema de fábrica, assegurando definitivamente o controle do tempo do trabalhador pela classe dominante. Iniciando assim os primeiros estudos científicos voltados para a administração. E na mesma época, de acordo com Pavan (2002), Henry Gantt ao se dedicar à organização de indústrias, percebeu a necessidade de um controle visual e imediato da produção, e imaginou um gráfico que pudesse demonstrar com clareza a situação atual da produção para qualquer colaborador, indicando o planejamento através dos tempos previstos para a execução e também dos tempos reais executados. O gráfico foi definido através da utilização de barras horizontais, onde o comprimento de cada barra indica o 11 tempo para execução de uma determinada tarefa de um projeto. Hoje conhecidos como Gráficos de Gantt. Após a II Guerra Mundial, a complexidade dos projetos e a retração do trabalho e de suprimentos demandou novas estruturas organizacionais. Diagramas de rede complexos (PERT – Program Evaluation and Review Technique), e métodos de análise do caminho crítico (CPM – Critical Path Method) foram introduzidos, oferecendo aos gerentes maior controle sobre projetos(SISK, 1998). As novas técnicas cada vez mais se difundiam e consolidavam no ambiente de administração de projetos. Então em 1969 foi criado o PMI® (Project Management Institute) na Pennsylvania/EUA, no intuito de promover o profissionalismo e desenvolver o estado da arte no gerenciamento, provendo seus associados com serviços e produtos de classe mundial e, estabelecendo a aceitação do gerenciamento de projetos como uma disciplina e uma profissão. O PMI® conseguiu agrupar e consolidar em um único documento todos os conceitos e idéias do gerenciamento de projetos, tomados como as melhores práticas, e que certamente eram utilizadas por inúmeros profissionais, porém de maneira informal, às vezes inconscientemente e, sobretudo não estruturada. O documento ganhou o nome de A Guide to the Project Management Body of Knowledge, mais conhecido como PMBOK®, é divulgado pelo PMI® desde 1987 e vem sendo atualizado e está hoje em sua terceira edição, sendo considerado sem dúvida nenhuma, uma referência mais universal e clássica que se pode encontrar para a disciplina de gerenciamento de projetos. No decorrer dos anos, o PMI® se tornou, a principal associação profissional em Gerenciamento de Projetos e atualmente conta com mais de 170.000 associados em 150 países. Os associados do PMI® são indivíduos praticando e estudando o gerenciamento de projeto nas mais diversas áreas, como aeroespacial, automobilística, administração, construção, engenharia, serviços financeiros, tecnologia da informação, farmacêutica e 12 telecomunicações. E em quase toda a publicação que surge sobre gerenciamento de projetos existem referências ao PMBOK®. No campo do gerenciamento, além do PMI® surgiram diversas e excelentes associações profissionais sistematizando padrões e normas em gerenciamento de projetos e representando os diversos afiliados e usuários. Entre elas estão: Internacional Project Association (IPMA - EUA), Ziel Orientierte Projekt Planung (ZOPP – Alemanha), Association Francophone de Management de Projet (AFITEP - França), Association for Project Management (APM - Inglaterra), Svenka ProjektAkademien (Suécia), Svenky Projekforum (Suécia), Wissenschaftliche Kooperationem (Alemanha) e Japan Project Management Firum (JPMF- Japão). São metodologias que não são de conhecimento de todos e que ainda não possuem um fórum de discussão tão aberto quanto à apresentada pelo PMI®. Hoje, a predominância dos projetos no dia-a-dia das organizações é evidente e vem se tornando cada vez mais estudado e utilizado (FRAME, 1995). E com um enfoque humanístico e participativo, o gerenciamento de projetos é orientado para a obtenção de resultados, com a premissa de que os resultados são atingidos por meio do trabalho de pessoas. Sua base de processo está na concepção de metas e objetivos do projeto, na elaboração de um plano, na execução do plano e na revisão e no controle do projeto. Oferecendo-nos uma grande variedade de princípios, procedimentos, habilidades, ferramentas e técnicas que são necessários para que possamos atingir os objetivos previamente planejados. 13 CAPÍTULO II CONCEITUAÇÃO E ALINHAMENTO Neste capítulo serão apresentados conceitos e definições relativas ao tema, objetivando apresentar um alinhamento teórico para o desenvolvimento do presente estudo. 2.1. Planejamento Segundo o dicionário Aurélio, planejamento é o ato ou efeito de planejar. É o processo que leva ao estabelecimento de um conjunto coordenado de ações, visando à consecução de determinados objetivos. Planejar é elaborar um roteiro de ações para se atingir um determinado fim. Com certeza, ninguém planeja alguma coisa para o nada, ou a partir do nada. Ninguém planeja um projeto se não tiver objetivos simples e claros para serem atingidos. Planejar é escolher um curso de ação e decidir adiantadamente o que deve ser feito, em que seqüência, quando e como. O bom planejamento procura considerara a natureza do futuro em que as decisões e as ações de planejamento visam operar, bem como o período corrente em que são feitos os planos (Megginson, Mosley e Pietri, Jr, 1997). Chiavenato fala sobre o planejamento como função administrativa e que determina antecipadamente quais são os objetivos que devem ser atingidos e como deve fazer para alcançá-los. Podemos dizer que o planejamento é composto de alguns tipos de procedimentos, entre os quais: o estabelecimento de objetivos, simples, claros e definidos; a definição dos caminhos que levará aos objetivos pretendidos; a definição dos procedimentos cabíveis para que possa, através das ações, 14 viabilizar a consecução dos objetivos traçados e pretendidos e o estabelecimento de um roteiro norteando o caminho a seguir para se atingir às metas propostas. A partir disso, podemos entender planejamento como antecipação de ações a serem desencadeadas ao longo da execução do projeto, utilizando-se de todos os meios disponíveis para se atingir os fins a que se destina. 2.2 . Fatores críticos de sucesso Os fatores críticos de sucesso (FCS) podem ser considerados como fatores de fracasso de projetos, ou seja, fatores cuja ausência (ou presença em níveis insuficientes) diminui as chances de sucesso de um determinado projeto. E podemos chamar de bem-sucedido aquele projeto que foi planejado e realizado dentro das expectativas de tempo, custo e qualidade, além de o cliente ter ficado satisfeito e o moral da equipe ter se mantido alto. Slevin e Pinto (1998) apresentam um conjunto de 10 fatores, considerados pelos mesmos como críticos para o sucesso no gerenciamento e implementação de projetos genéricos, são eles: m issão do projeto; a poio da alta administração; p lano e cronograma do projeto; c onsulta aos clientes; p essoal; a tividades técnicas; a ceitação do cliente; m onitoração e feedback; c omunicação; c rises e desvios. No caso de projetos não existe uma unanimidade entre os autores sobre FCS, todos destacam sempre diferentes fatores, mas uma característica é comum, que quase todos esses fatores são referentes, acontecem ou são gerados no processo de planejamento e/ou iniciação. Para se executar um projeto é necessário um plano, sem o qual ficará à deriva e, pelo mesmo motivo, deve existir um controle da execução. Parece óbvio, mas muitas empresas nunca fizeram um único plano sequer. Além disso, o planejamento deve ser adequado às proporções do projeto. Um 15 exemplo é o desenvolvimento de uma pequena planilha em Excel com detalhes em VBA para um banco de dados simples, de duração menor que um mês e envolvendo uma única pessoa executora e um único cliente, certamente um plano ultra-simplificado é suficiente. Mas para o desenvolvimento de um aplicativo complexo, sem similar no mercado, e que envolva diversos clientes, necessitará de um planejamento e de um controle bastante efetivo. 2.3. Projeto Mas afinal, o que é um projeto? O dicionário Aurélio comenta que projeto provém do latin projectu (lançado para diante), idéia que se forma de executar ou realizar algo, no futuro; plano, intento, desígnio. Empreendimento a ser realizado dentro de determinado esquema. Para Dinsmore e Cavalieri (2003), projeto é um instrumento fundamental para qualquer atividade de mudança e geração de produtos e serviços. Eles podem envolver desde uma única pessoa a milhares de pessoas organizadas em times e ter a duração de alguns dias ou vários anos. Vargas (2000), fala que um projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma seqüência lógica e clara de eventos, com início, meio e fim, e que se destina a atingir um objetivo claro e definido. O autor ressalta também que um projeto é sempre conduzido por pessoas e regulado por parâmetros pré-definidos de tempo, custo, recursos e qualidade. Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo (PMBOK®). Em linhas gerais um projeto lembra empreendimento, então deve desenvolver uma cadeia de movimentos e ações onde alguém deve existir para empreendê-lo, o gerente de projetos. Por mais que tenham já feito algum projeto parecido anteriormente, ele é único, seja no financeiro, na equipe, nos aspectos e condições físicas ou na tecnologia utilizada. Início e fim 16 determinados são indiscutivelmente essenciais. E a definição clara de um objetivo levando a equipe do projeto e todas as partes interessadas estarem focadas no mesmo norte. 2.4. Gerenciamento de Projetos Segundo o dicionário Aurélio, o substantivo gerenciamento tem sua origem no verbo gerenciar, que por sua vez é originado do verbo gerir do latin gerere (trazer; produzir, criar; executar; administrar), é ter gerência sobre; administrar, dirigir, reger; gerenciar. Baguley (1999) interpreta o gerenciamento como a capacidade de organizar pessoas e coisas de modo a gerar resultados requeridos. Juntando a palavra gerenciamento e projetos, Heldman (2006) cita que o gerenciamento de projetos abrange uma série de ferramentas e técnicas, utilizadas por pessoas para descrever, organizar e monitorar o andamento das atividades do projeto. O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto, a fim de atender seus requisitos (PMBOK®). É um conjunto de técnicas, habilidades e experiências adquiridas que, se empregadas de maneira metódica, visa otimizar a relação entre diretrizes, restrições e a utilização dos recursos necessários para atingir os objetivos do empreendimento. O gerenciamento de projetos pode ser caracterizado, em quatro principais aspectos: 1 – Tempo - o gerenciamento de projetos pode ser considerado como uma corrida contra o calendário proposto. E o cumprimento dos prazos estabelecidos para o projeto pode está diretamente ligado muitas vezes à 17 sobrevivência da empresa em termos de superação da concorrência, da redução de custos, aumento de produtividade, etc. 2 – Custos - no investimento o gerenciamento de projetos procura realizar todas as tarefas dentro do que estava previsto no orçamento inicial, para que possa garantir os retornos financeiros esperados do produto do projeto. 3 – Escopo – o “raio de ação” no gerenciamento de projetos deve ser objetivo, claro, bem definido e decomposto. 4 – Qualidade - no gerenciamento de projetos, procura garantir o alcance dos requisitos pré-estabelecidos para o gerenciamento e para o produto. Escopo, tempo, custos muitas vezes andam em sentido contrário ao aspecto qualidade. No PMBOK®, é conhecido como a “restrição tripla”, composta pelo escopo, tempo e custo do projeto, o equilíbrio destes três fatores impacta diretamente na qualidade do projeto, sendo que um projeto tido como de alta qualidade é aquele cujo produto, serviço ou resultado é entregue dentro do escopo, prazo e orçamento planejados. A incerteza é um componente presente em quase todos os processos produtivos e, na atividade de gerenciamento de projetos, não poderia ser diferente. A possibilidade da ocorrência de eventos não desejados e inesperados existe. A incerteza significa desconhecimento do resultado esperado ou do caminho para se chegar a este resultado. Como diz aquele velho ditado popular que diz se você não sabe para onde ir qualquer caminho serve. Quanto maior for o desconhecimento sobre o que se quer, maiores são as incertezas. No gerenciamento de projetos, utiliza-se a atividade de planejamento como elemento de redução das incertezas (MAXIMIANO, 2002). 18 2.5. Fases do projeto e o ciclo de vida do projeto O ciclo de vida de um projeto é um conjunto de fases do projeto, geralmente em ordem seqüencial, cujos nomes e quantidades são determinados pela necessidade de controle da organização envolvida no projeto. Um ciclo de vida pode ser documentado com uma metodologia (PMBOK®). Figura 1 - Seqüência típica de fases no ciclo de vida de um projeto (PMBOK, 2004, p. 23) De acordo com Kruglianskas (1993), todo projeto apresenta um ciclo de vida que pode ser decomposto em seis fases: (a) pré-concepção, quando se procura identificar e analisar o problema e procurar alternativas de solução, (b) concepção, onde se estabelecem etapas, prazos e custos, (c) estruturação, decomposição das etapas em atividades, (d) execução das etapas, (e) transferência dos resultados e (f) avaliação dos resultados obtidos. Essas fases também podem ser resumidas em três: concepção, execução e encerramento. Para se ter um melhor controle do projeto e se crie interdependência entre as atividades, dividem-se os projetos em algumas fases, o ciclo de vida do projeto irá definir quais técnicas de trabalho serão utilizadas em cada fase e quais pessoas estarão envolvidas em cada fase. Cada fase do projeto é caracterizada por completar um ou mais “marcos”. Os marcos são resultados 19 de trabalhos que podem ser verificados e medidos, por exemplo, um estudo de viabilidade ou a elaboração de um protótipo. A conclusão de uma fase do projeto é caracterizada pela revisão dos trabalhos e dos padrões de desempenhos, para determinar se o projeto terá continuidade e detectar e corrigir os desvios. Existem diferentes versões para o ciclo, desde que as que contêm poucas fases até aqueles que contém mais de uma dezena, dependendo do que se considera como uma fase distinta ou um componente delas. Além disso, depende do tipo de projeto e da complexidade envolvida, o que gera a necessidade de um detalhamento minucioso das fases do projeto, podendo uma fase se tornar um subprojeto. 2.6. Grupo de processos do gerenciamento de Projetos e áreas de conhecimento segundo o PMI Os processos do gerenciamento de projetos organizam e descrevem a realização do projeto, no PMBOK® existem cinco grupos de processos para esse fim e todos eles são executados por pessoas e, como as fases do projeto, são interdependentes uns dos outros. Estes processos estão agrupados em 5 grupos: 1. Grupo de processos de iniciação: são utilizados para reconhecer e iniciar um novo projeto ou fase; 2. Grupo de processos de planejamento: define objetivos e planeja ações para alcançar estes objetivos; 3. Grupo de processo de execução: coordena pessoas e recursos para realizar o projeto e produzir produtos e serviços; 4. Grupo de processos de monitoramento e controle: monitora a execução do projeto para garantir que os objetivos sejam alcançados; 20 5. Grupo de processos de encerramento: formaliza a aceitação do projeto e o encerra de forma ordenada. O presente estudo terá seu foco apenas no grupo de processo de planejamento. Os processos de planejamento detalham o escopo do projeto e todas as atividades que o sucedem, como tempo, custo e qualidade neste macro processo de planejamento. Outros processos acontecerão como o planejamento da equipe e sua estrutura, o detalhamento dos riscos e as ações que devem ser conduzidas para acometê-los, bem como o planejamento da comunicação e o plano de contratos e suprimentos necessários ao projeto. Figura 2 - Mapeamento entre os grupos de processos de gerenciamento de projetos e o ciclo PDCA (PMBOK, 2004, p. 40). As interações entre os grupos de processos existem e os processos individuais podem ser ligados pelas suas entradas e saídas. Focando nessas ligações, podemos descrever cada processo nos termos de suas: o Entradas – documentos ou itens que serão trabalhados pelo processo o Ferramentas e técnicas – mecanismos aplicados às entradas para criar as saídas. 21 o Saídas – documentos ou itens que serão o resultado final do processo. Esses três componentes de processo transformam decisões, condições, planos e reações em condições e progresso. A saída de um processo geralmente é a entrada para outro. Dentro de cada processo, as ferramentas e técnicas usadas num processo orientam e influenciam a sua saída. Uma saída com falhas pode comprometer a entrada de processos dependentes. Figura 3 – Sobreposição dos grupos de processos (PMBOK,2004, p.68) Os processos podem ser, até certo ponto, customizáveis (personalizados) a cada projeto. Podem ser modificados, ou até excluídos, para melhor atender as particularidades de dado projeto. No entanto, essas modificações devem ser feitas criteriosamente. Os 5 grupos de processos compõem 44 processos agrupados e organizados em 9 áreas de conhecimento, Mais detalhes no anexo 1. 1. Integração: contém os processos necessários para assegurar a coordenação entre os demais processos; 22 2. Escopo: contém os processos necessários para definir e controlar o que está incluído ou não no projeto; 3. Tempo: contém os processos necessários para concluir o projeto dentro do cronograma; 4. Custo: contém os processos necessários para assegurar que o projeto se encerrará dentro do orçamento; 5. Qualidade: contém os processos necessários para assegurar que o projeto satisfará as necessidades contratadas; 6. Recursos humanos: contém os processos necessários para utilizar de maneira efetiva os recursos humanos envolvidos no projeto; 7. Comunicações: contém os processos necessários para assegurar a geração, disseminação e armazenamento das informações do projeto; 8. Risco: contém os processos necessários para identificar, analisar e responder aos riscos do projeto; 9. Aquisições: contém os processos necessários para aquisição de bens ou serviços fora da organização. Cada uma das áreas de conhecimento tem as suas próprias peculiaridades e níveis de complexidade, mas, sem deixarem de estar integradas formando um todo singular e organizado. De fato, dependendo do projeto ou da organização em questão, existem áreas cujas relevâncias poderão ser maiores ou menores, porém, é aconselhável que o gerente de projetos tenha controle sobre todas elas. Serão apresentadas neste estudo, portanto, de maneira macro, apenas as áreas de conhecimento e seus respectivos processos que fazem parte do grupo de processos de planejamento. 23 CAPÍTULO III PROCESSOS DE PLANEJAMENTO Neste capítulo serão apresentados os processos presentes no grupo de processos de planejamento, e suas peculiaridades e importância na concepção do plano de projeto, independente de sua natureza ou área de aplicação. O grupo de processos de planejamento define e refina os objetivos e planeja a ação necessária para alcançar os objetivos e o escopo para os quais o projeto foi realizado (PMBOK®). Entre os grupos de processos de gerenciamento de projetos, o planejamento envolve o maior número de processos, são 21 processos do total de 44, e abrange todas as áreas de conhecimento. Consulte o anexo 3. Os processos que pertencem a esse grupo são: • Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto; • Planejamento do escopo; • Definição do escopo; • Criação da estrutura analítica do projeto (EAP); • Definição das atividades; • Sequenciamento das atividades; • Estimativas de recursos das atividades; • Estimativa da duração das atividades; • Desenvolvimento do cronograma; 24 • Estimativa de custos; • Orçamentação; • Planejamento da qualidade; • Planejamento de recursos humanos; • Planejamento das comunicações; • Planejamento do gerenciamento; • Identificação de riscos; • Analise qualitativa de riscos; • Analise quantitativa de riscos; • Planejamento de respostas a riscos; • Planejar compras e aquisições; • Planejar contratações. O planejamento irá estruturar e sistematizar ações para aproveitar oportunidades e pontos fortes e minimizar ameaças e pontos fracos. Estabelecendo mecanismos de controle e avaliação de ações, otimizando recursos existentes. Se quisermos realizar um bom projeto devemos pensar, antes, em elaborar um bom Plano de Projeto. Por mais simples que seja um projeto, um bom plano é essencial(MOURA e BARBOSA, 2006). 1. fg 2. 3. 25 3.1. Construção do Plano do Projeto 3.1.1. Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto É o primeiro processo do planejamento e pertence à área de conhecimento da integração, área que faz com que todas as partes distintas do projeto formem um conjunto único e evoluam uniformemente rumo a um objetivo comum. De um modo geral, quanto maior o projeto (mais pessoas envolvidas, muitos subprojetos, atividades executadas em lugares diferentes, etc.), maior é a necessidade e a importância de uma boa integração. O plano de gerenciamento do projeto tem o objetivo de definir e coordenar a integração de todos os planos de projeto subsidiários, documentando os processos a serem empregados no gerenciamento do projeto, que definirão como o projeto será executado, monitorado/controlado e encerrado. Como dados necessários para iniciar o desenvolvimento do plano de gerenciamento de projeto, devemos ter documentados, os objetivos do projeto e os requisitos necessários para a satisfação das expectativas dos stakeholders; os processos a serem utilizados no gerenciamento do projeto; os fatores ambientais da organização (cultura, tolerância a riscos, habilidades, etc.) e os ativos de processos organizacionais (políticas organizacionais, PMO, metodologias, etc.). Este processo definirá a melhor ferramenta para armazenamento e controle do projeto, mas conhecidos como os softwares de gerenciamento de projetos, os mais conhecidos são: Primavera; Microsoft EPM; Projectbuilder e MR Project. Tem como resultado o plano de gerenciamento de projetos, aguardando as devidas atualizações dos demais processos do planejamento. 26 3.1.2. Planejamento do escopo É o processo de criação do plano de gerenciamento do escopo, que descreve como a equipe do projeto irá definir, gerenciar e controlar o escopo e verificar o trabalho do projeto. Tem como objetivo determinar, estruturar e alocar esforços no intuito de assegurar que o produto ou serviço seja obtido em conformidade com as especificações técnicas e funcionais, e com o mínimo de alterações durante o ciclo de vida do projeto. São dados necessários para iniciarmos o planejamento do escopo, o termo de abertura do projeto e o escopo preliminar do projeto. É o documento que descreve como o escopo do projeto será definido, desenvolvido e verificado e como a estrutura analítica do projeto será criada e definida, e que fornece orientação sobre como o escopo do projeto será gerenciado e controlado pela equipe de gerenciamento de projetos. Ele faz parte ou é um plano auxiliar do plano de gerenciamento do projeto. O plano de gerenciamento do escopo do projeto pode ser informal e genérico ou formal e bem detalhado, dependendo das necessidades do projeto (PMBOK®). As ferramentas e técnicas utilizadas são a opinião especializada e os templates dos documentos do projeto. São resultados deste processo o plano de gerenciamento do escopo, apresentando como será gerenciado o escopo. 3.1.3. Definição do escopo É o processo de desenvolvimento de uma declaração de escopo detalhada do projeto. Declaração do escopo do projeto é a descrição do escopo do projeto, que inclui as principais entregas, os objetivos, suposições e 27 restrições do projeto e uma declaração de trabalho, que fornece uma base documentada para futuras decisões do projeto e para confirmar ou desenvolver um entendimento comum do escopo do projeto entre as partes interessadas (PMBOK®).. Heldman cita que tal declaração consiste num acordo entre o projeto e o seu cliente, especificando com precisão quais serão os frutos das atividades do projeto. Em termos mais simples, informa a todos os interessados no projeto qual será o resultado obtido quando o trabalho estiver terminado. São dados necessários para definição do escopo, a declaração preliminar de escopo, o termo de abertura do projeto, e o plano de gerenciamento de escopo. A declaração de escopo deve conter todos os seguintes elementos: o Objetivos do projeto: devem ser redigidos de forma a responder os preceitos da regra SMART de definição de objetivos: S - Specific (o objetivo é claro, específico?); M - Measurable (pode ser medido? Possui um índice de medição?); A - Achievable (pode ser alcançado?); R - Realistic (é realístico?); T - Timebound (o prazo para alcance foi definido?); o Descrição do escopo do produto: Caso existam os processos de iniciação, a descrição já irá existir, caso contrário, descreve as características do produto, serviço ou resultado para cuja criação o projeto foi realizado; o Entregas do projeto: São entregas mensuráveis, ou fases do projeto já finalizadas. As entregas devem ser específicas e verificáveis; o Requisitos do projeto: são condições específicas da entrega para satisfazer aos objetivos do projeto; 28 o Fronteiras do projeto: Parece óbvio, mas aqui deverá constar o que estar incluído no projeto e declarar o que está excluído do projeto, para evitar confusão por parte das partes interessadas; o Critérios de aceitação do produto: é o processo que irá verificar se as entregas, produto ou produto final são aceitáveis e satisfatórios; o Restrições do projeto: São limitações que geralmente provém da alta-gerência ou sponsor, delimitando o raio de ação. As mais conhecidas são as de tempo, custos, qualidade e tecnológicas; o Premissas do projeto: são informações que a equipe de gerenciamento de projeto e o gerente de projeto consideram verdadeiras ou reais; o Organização inicial do projeto: deverá conter os registros dos stakeholders do projeto, a equipe e o modo como o projeto será organizado; o Riscos inicialmente definidos: Lista dos riscos conhecidos; o Cronograma de marcos: Liste aqui os eventos importantes que concretizam a realização de uma determinada atividade dentro do projeto; são os pontos significativos que indicam que o projeto está sendo cumprido dentro de sua programação, são conhecidos como marcos; o Limitação de Fundos: dê um destaque maior para a restrição de custos; o Estimativas de custos: custo total esperado; o Requisitos do gerenciamento de configuração do projeto: descreve o nível de gerenciamento da configuração do projeto e o controle de mudanças; 29 o Requisitos para aprovação: Modo como será aprovado, os objetivos, entregas, documentos gerenciais e outros resultados do projeto. Ao longo do projeto, é necessário o detalhamento do escopo definido nesta etapa, como os componentes genéricos de estimativa de custos, riscos inicialmente definidos e cronograma de marcos são subdivididos e descritos com mais detalhes. São resultados esperados do processo, a declaração de escopo e atualizações no plano de gerenciamento de escopo. 3.1.4. Criar EAP Utilizando a técnica da decomposição, começaremos a criação da EAP, que envolve subdividir os principais subprodutos do projeto em componentes menores, mais manejáveis, até que os subprodutos estejam definidos em detalhe suficiente para suportar o desenvolvimento das atividades do projeto (planejar, executar, controlar e encerrar). A estrutura analítica do projeto é uma representação gráfica do projeto que define as atividades que serão necessárias para se atender ao escopo do projeto. As atividades terão que ser subdivididas até que se chegue a um nível de simplicidade tal que permita serem estabelecidos o tempo de duração e o recurso que será usado, chegando-se ao custo da atividade. Veja o Anexo 1. A estrutura analítica do projeto (EAP) é muito parecida com uma árvore genealógica, pois mapeia as entregas do projeto, as entregas do projeto, as entregas subordinadas e as atividades decorrente de cada entrega relevante, originando um diagrama em formato de árvore (HELDMAN, 2006). São dados necessários para consolidação da EAP, a declaração de escopo, informações históricas sobre processos anteriores consideradas relevantes e saídas de outros processos. 30 Ao analisar os autores pesquisados neste presente estudo, percebe-se que não existe a forma certa ou errada de criar uma EAP, o importante é ter uma abrangência total do escopo e decompor até os níveis em que o gerente do projeto deseja administrar, e que a EAP seja base concreta para orçamento, cronograma, qualidade, riscos, etc. E antes de encerrarmos esse processo temos que criar o dicionário da EAP, pois de nada adiantará uma boa representação gráfica do escopo do projeto, porque ela não dar a informação suficiente ao leitor do gráfico para interpretá-la. O dicionário da EAP consiste em um documento que possui relação dos termos específicos envolvidos nos títulos dos pacotes da EAP ou das atividades, com um breve texto descrevendo de forma simples o significado de cada um deles. Poderá incluir também alguns elementos como o códigos das contas contábeis, requisitos de qualidade para o componente e até referências técnicas que facilitem o desenvolvimento do trabalho. São resultados esperados deste processo, a EAP e o seu dicionário, e dados necessários para outros processos. 3.1.5. Definição da atividade O PMBOK cita definição da atividade como o processo de identificação das atividades do cronograma específicas que precisam ser realizadas para produzir as várias entregas do projeto. Percebe-se que os autores pesquisados divergem em parte do PMBOK e entendem este processo como parte integrante do processo de criar EAP, não é de se surpreender, pois se levarmos para a prática tal teoria, conseguiríamos melhor desenvoltura no desenvolvimento do plano do projeto, quando unirmos estes dois processos. 31 3.1.6. Seqüenciamento das atividades Após as atividades definidas, temos agora que determinar como será a seqüência e dependências entre as atividades que serão executadas. O seqüenciamento das atividades permite a identificação e a visualização do encadeamento lógico, servindo de base para a organização do cronograma do projeto. Além disso, ajuda ao gerente de projetos a formar um consenso sobre as atividades, sua ordem de realização e suas relações de dependência, definindo as mais importantes, as que podem ser realizadas em paralelo, as que podem ser remanejadas e mesmo as que dependem de fatores externos para serem realizadas. São dados necessários para a concepção do sequenciamento das atividades, a lista das atividades, a lista de marcos e a declaração de escopo. Utilizando o método mais utilizado atualmente, inclusive nos softwares de gerenciamento de projetos, vamos usar o método do diagrama de precedência (MDP), que consiste em uma técnica de diagrama de rede de trabalho em que as atividades são representadas por caixas (ou nós, círculos). As atividades são conectadas por relacionamento precedente para mostrar e que seqüência as atividades serão desempenhadas. O MDP utiliza quatro dependências básicas ou relacionamentos lógicos, são eles: término para início (TI); início para término (IT); término para término (TT) e Início para inicio (II). 32 Figura 4 – Método do diagrama de precedência (PMBOK, 2004, p.131). Outro método é utilizado em cima do MDP é o PERT/CPM, mais conhecido como o Método do Caminho Crítico, é uma análise de redes, técnica usada para prever a duração do projeto através da análise da seqüência de atividades achando qual caminho tem a menor quantia de flexibilidade no cronograma, ou seja, a menor folga. Calcula-se uma única data mais cedo, mais tarde, de início e de término para cada atividade, baseado na seqüência lógica especificada na rede e em uma única duração estimada. O enfoque do CPM é o cálculo da flutuação com a finalidade de determinar quais as atividades têm a menor flexibilidade no cronograma. Os algoritmos básicos utilizados pelo CPM são freqüentemente usados em outros tipos de análises matemáticas. São resultados esperados do processo de sequenciar atividades, o diagrama de redes e a lista de atividades atualizada. 33 3.1.7. Estimativa de recursos da atividade É o processo de estimativa de tipos e quantidades de recursos necessários para realizar cada atividade no cronograma. Recomenda-se que a Estimativa de recursos da Atividade seja coordenada m estreita relação com o processo de Estimativa de Custos o qual veremos adiante, já que recursos sejam humanos ou físicos, são responsáveis pelos maiores gastos do projeto. Moura e Barbosa citam algumas dicas para a construção da estimativa os recursos físicos e humanos: o Planilha de recursos humanos – Para assegurar que cada atividade ou tarefa esteja associada a pessoas com habilidades adequadas, considere as seguintes questões: Há necessidade de habilidade técnica específica ou uma combinação de habilidades para realizar a atividade ou tarefa? Que experiência deve ter uma pessoa para essa atividade ou tarefa? É necessária alguma competência específica ou uma formação geral é suficiente? Além de habilidade técnica, há necessidade de habilidades interpessoais para realizar efetivamente a atividade ou tarefa? (Ex.: comunicação verbal, redação técnica, análise, conhecimento de informática, capacidade de negociação, trabalho em equipe, gerenciamento etc.). Quantas pessoas serão necessárias para cada atividade ou tarefa prevista e como deverão se organizar para executá-las? o Planilha de recursos físicos: Esta planilha tem a finalidade de assegurar que as atividades e tarefas previstas na EDT tenham 34 os recursos físicos necessários à sua execução. Algumas questões podem ser consideradas nesta etapa são: A atividade ou tarefa requer algum tipo específico de material? Há necessidade de equipamentos específicos? Onde os materiais, equipamentos e serviços podem ser obtidos? Há alguma condição material especial para executar esta tarefa? Os dados necessários para conceber o processo de estimativa de recursos, a lista de atividades, informações históricas, declaração do escopo, descrição da disponibilidade de recursos, e as políticas organizacionais e saídas de outros processos. São resultados deste processo, os recursos necessários para cada atividade. 3.1.8. Estimativa de duração da atividade Consiste na estimativa do número de períodos de trabalho que será necessário para completar uma atividade individual. Para a estimativa de duração de cada atividade da EAP existem vários métodos: dados históricos, estatísticos, simulações e julgamentos especializados. Estas estimativas normalmente são feitas pelos líderes de cada equipe ou pelos gerentes funcionais de cada departamento. Cabe ao Gerente de Projetos analisá-las e, se necessário, contestá-las baseado na sua experiência e em dados históricos. 35 Este passo exige um cuidado todo especial. A duração de cada atividade deve ser calculada com muita atenção. Qualquer "chute" é problema certo no futuro. Deve-se buscar dados históricos e técnicos de fontes seguras para se fazer as estimativas. É comum que se trabalhe com um prazo pessimista e um otimista. Pois você provavelmente já ouviu falar sobre a “Lei de Parkinson” que diz que o homem mais ocupado é o que tem mais tempo livre, prova disso é que se tiver dez minutos para escrever um relatório, você vai escrevê-lo em dez minutos. Mas se tiver quatro horas, vai levar quatro horas para fazer a mesma coisa. Existem alguns softwares que ajudam no cálculo do prazo. Os dados necessários para execução deste processo são, alista de atividades, a declaração do escopo, recursos requeridos, que influenciarão na duração das atividades, coeficiente de produtividade dos recursos humanos e materiais a eles designados, einformações históricas. São resultados esperados deste processo, as estimativas da duração das atividades e dados necessários para outros processos. 3.1.9. Desenvolvimento do cronograma O cronograma do projeto é a referência para o seu gerenciamento. Vale lembrar, entretanto, que um projeto é um processo dinâmico e que seu planejamento inicial precisará ser ajustado com o passar do tempo. A atualização e a análise regulares do cronograma evitarão possíveis surpresas e possibilitarão ações corretivas em tempo. O desenvolvimento do cronograma do projeto, um processo iterativo, determina as datas de início e término planejadas das atividades dos projetos (PMBOK®). O cronograma tem a sua origem no conhecido gráfico de Gantt, sendo um recurso gráfico fácil de ser construído e compreendido, mesmo por 36 membros da equipe com poucos conhecimentos técnicos. É uma linha de tempo do projeto que apresenta cada atividade e quando deverá ocorrer no desenvolvimento do projeto Veja o anexo 4. A elaboração do cronograma específico compreende as fases de planejamento e controle do empreendimento e consiste em uma representação gráfica dos blocos de trabalho do projeto que possuem os seguintes pré-requisitos (CLELAND; IRELAND, 2002): 1. ser compreensível; 2. identificar a medida do tempo do bloco de trabalho; 3. ser atualizável e modificável quando necessário; 4. fornecer as bases para o comprometimento, o monitoramento e avaliação do uso de recursos do projeto; 5. apresentar cálculo de tempo dignos de credibilidade; 6. ser compatível com os demais cronogramas do projeto e da organização. A utilização do cronograma possibilita o surgimento de uma base eficaz para medição e controle do desempenho do projeto. Por meio deste sistema de controle, as mudanças necessárias ao desenvolvimento e realização no projeto podem ser priorizadas e melhoradas com ações preventivas de alinhamento do objetivo do projeto. De forma alguma se deve apresentar cronograma detalhado final sem que a definição do que deve ser feito esteja completa e bem definida. Se tiver dúvida quanto a fazer um cronograma detalhado, é certo que ainda não se sabe o que deve ser construído. O cronograma é a única forma de manter controle sobre o andamento do projeto de desenvolvimento. O processo de execução não pode ser monitorado e controlado se não tiver um plano (cronograma) contra o qual 37 medir o progresso. Durante a execução, o cronograma é a alma do acompanhamento e permite identificar áreas problemáticas com antecedência e tomar atitudes para solucionar tais problemas. Em outras palavras, o cronograma do projeto está intimamente ligado ao ato de obter o controle do projeto. Sem cronograma, não há controle possível. O cronograma faz a diferença para o sucesso do projeto. Os dados necessários para concepção deste processo são, os diagramas de rede do projeto, a declaração de escopo, estimativas de duração das atividades, os recursos necessários, e o plano de gerenciamento de projetos. São resultados esperados deste processo, o cronograma do projeto, o plano de gerenciamento do cronograma, atualizações dos recursos necessários, e dados necessários para outros processos. 3.1.10. Estimativas de custos A estimativa de custos da atividade do cronograma envolve o desenvolvimento de uma aproximação dos custos dos recursos necessários para terminar cada atividade do cronograma. Na aproximação dos custos, o avaliador considera as possíveis causas de variação das estimativas de custos, inclusive os riscos (PMBOK®). São dados necessários como base para iniciar esse processo, a estrutura analítica do projeto; recursos necessários; custo unitário dos recursos; estimativas de duração da atividade; informações históricas; plano de contas. As estimativas de custo são avaliações quantitativas dos prováveis custos dos recursos requeridos para a implementação das atividades. Podem ser apresentadas detalhadamente ou sumarizadas. Os custos devem ser estimados para todos os recursos que estarão empenhados no projeto. Isto 38 inclui, mas não está limitado a mão-de-obra, materiais, suprimentos e categorias especiais tais como inflação ou reserva de custo. As estimativas de custos são geralmente expressas em unidades monetárias (dólar, euro, real, etc.) para facilitar comparações tanto dentro ou fora dos projetos. Em alguns casos, o estimador pode usar unidades de medidas para estimar custo, tais como dias, junto com custos estimados, geralmente as estimativas de custo incluem considerações apropriadas ao plano de resposta ao risco, assim como planos de contingências para facilitar o controle apropriado da gerência. As técnicas e ferramentas utilizadas para a estimativa de custos são: o Estimativa análoga - também chamada de estimativa top-down, usamse os custos reais de projetos anteriores similares como base para a estimativa do custo do projeto corrente. As estimativas análogas são uma forma de avaliação especializada. o Estimativa Paramétrica - Uma técnica de estimativa que usa a relação estatística entre os dados históricos e outras variáveis (ex: metros quadrados em construção, linhas de código no desenvolvimento de software) para calcular a estimativa. o Estimativa de baixo para cima – também chamadas de estimativa bottom-up, esta técnica envolve estimar o custo individual das atividades ou dos pacotes de trabalho, depois sumarizá-los ou agregá-los para obter a estimativa total do projeto. O resultado esperado deste processo é a obtenção das estimativas de custo, os detalhes de suporte e o plano de gerenciamento de custos. 39 3.1.11. Orçamentação É o processo de agregação dos custos estimados de atividades individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base dos custos (PMBOK®). A orçamentação dos custos envolve alocar as estimativas dos custos globais aos itens individuais de trabalho com a finalidade de estabelecer um baseline de custo para medir o desempenho do projeto. Para a elaboração da orçamentação são necessários os seguintes dados: estimativas de custos; estrutura analítica do projeto; e cronograma do projeto. Como ferramentas e técnicas utiliza-se as aplicadas na estimativa de custos. E temos como resultado esperado deste processo, a linha de base de custos. 3.1.12. Planejamento da Qualidade O planejamento da qualidade envolve a identificação dos padrões de qualidade relevantes para o projeto e a determinação de como satisfazê-los (PMBOK®). É um dos processos chave do planejamento do projeto e deve ser executado de forma regular e em paralelo com os outros processos de planejamento do projeto. Para exemplificar, mudanças no produto do projeto, necessárias para atender os padrões de qualidade identificados, podem exigir ajustes no prazo ou no custo ou, ainda, a qualidade desejada do produto pode exigir uma análise detalhada do risco de um problema identificado. Vale ressaltar a qualidade é afetada pela tripla restrição. São dados necessários para iniciar este processo: aspolíticas de qualidade; declaração do escopo; descrição do produto; padrões e regulamentações; resultados de outros processos. 40 Este processo utiliza-se das seguintes ferramentas e técnicas: o Análise de custo/benefício – Investir até o custo de implementar qualidade significa satisfação do stakeholder e menos retrabalho; o Benchmarking; o Elaboração de experimentos – é uma técnica estatística, que auxilia a identificar que fatores provavelmente influenciam determinadas variáveis em busca de um aumento da qualidade. o Custo da qualidade – O custo da qualidade refere-se ao custo total de todos os esforços empreendidos para atingir a qualidade do produto/serviço, e inclui todo o trabalho para garantir a conformidade com os requisitos, bem como todo o trabalho resultante da não conformidade com os requisitos. O resultado esperado deste processo é que ele forneça oplano de gerenciamento da qualidade, que deve descrever como a equipe de gerenciamento do projeto irá implementar suas políticas de qualidade, as definições operacionais; alista de verificação (checklists) e dados necessários para outros processos. 3.1.13. Planejamento de recursos humanos O processo de planejamento de recursos humanos do projeto documenta as funções e responsabilidades dos indivíduos ou grupos envolvidos nos diversos elementos do projeto, demonstrando as relações de subordinação para cada um deles (HELDMAN, 2006). Os dados necessários efetivar esse processo são as informações da estrutura, política e cultura organizacional; informações históricas; a lista de atividades; e a disponibilidades dos recursos. 41 As ferramentas e técnicas utilizadas são: o Organogramas e descrições de cargos – a apresentação mais comum é a utilização da Matriz de Designação de Responsabilidades – MDR ou MR, possui formato gráfico com os nomes dos recursos dispostos em linhas (exemplo, engenheiro, técnicos, administrativos; ou utilizando-se o nome do recurso) e as fases do projeto, ou a EAP completa dispostas em colunas. A MDR também é conhecida como gráfico RACI, onde R(Responsible) é o responsável pela execução do trabalho; A (Accountable) reporta-se, é o responsável pela aprovação ou autorização do trabalho; C(Consult) consultar, é alguém que dispõe de uma entrada para o trabalho ou para as decisões e I(Inform) informar, é alguém que deve ser informado sobre as decisões ou resultados. Essas letras são usadas como indicadores nas interseções entre linhas e coluna. Estão incluídos em organogramas e descrição dos cargos, a criação da EAR, a estrutura analítica dos recursos, levando em consideração a EAO, a estrutura analítica da organização ou organograma; e definição de funções e responsabilidades do projeto. o Networking – comunicação pró-ativa. São resultados deste processo, o plano de gerenciamento de pessoal, o organograma do projeto e a definição de funções e responsabilidades no projeto. 3.1.14. Planejamento das comunicações O Planejamento das comunicações envolve determinar as informações e comunicações necessárias para os interessados, como por exemplo: quem necessita de qual informação, quando necessitarão dela e como isso será fornecido para eles. Muito embora os projetos compartilhem a necessidade de comunicar informações, as necessidades das informações e 42 os métodos de distribuição variam amplamente. Por mais óbvio e simples que pareça, muitos projetos não Identificam as necessidades de informação dos interessados e não determinam uma forma para atender a essas necessidades, que é fator crítico para o sucesso do projeto dentro do grupo de processo de planejamento. Dados necessários para iniciação desse processo são, osrequisitos de comunicações; a tecnologia de comunicações; asrestrições e premissas; e a declaração de escopo; São ferramenta e técnicas do planejamento de comunicações: o Análise das partes envolvidas (requisitos) – análise e determinação das necessidades de comunicação dos stakeholders do projeto através de organogramas da empresa, do número de recursos envolvidos no projeto; relações entre stakeholders; necessidades internas de comunicação. o Tecnologia de comunicações – definir quais métodos ou tecnologias serão utilizados para transmitir e receber informações entre equipe, gerente e partes interessadas, levando em consideração a urgência da necessidade da informação, disponibilidade de tecnologia, duração do projeto e o ambiente do projeto. Como resultado esperado deste processo teremos o plano de gerenciamento de comunicações. 3.1.15. Planejamento do gerenciamento de riscos O planejamento de riscos descreve como o gerenciamento de riscos será estruturado e executado no projeto (PMBOK®). 43 Os riscos em projetos correspondem a um evento ou condição incerta que, se efetivamente ocorrer, pode implicar em efeito positivo ou negativo nos resultados do projeto. O gerenciamento de riscos atua com os “riscos conhecidos”, pois são os que podem ser identificados e analisados no planejamento. Já os “riscos desconhecidos”, são os riscos não identificados, os quais não podem ser gerenciados de forma pró-ativa. Para consolidação deste processo são necessários alguns dados básicos da declaração de escopo, políticas existentes em relação aos riscos sejam no nível de tolerância a riscos ou no tratamento dos riscos, e saídas de outros processos de planejamento. Neste processo costuma-se utilizar apenas uma ferramenta e técnica, a análise e a reunião de planejamento, onde serão discutidos, definidos e documentados os principais planos para a execução da atividade de gerenciamento de riscos. Essa reunião define os custos de riscos para inclusão no orçamento, as atribuições e responsabilidades de riscos, as categorias de risco (incluindo, impacto, probabilidade, tipos de risco, níveis de risco, etc.) e a construção da matriz de probabilidade e impacto para o projeto atual. Como resultado esperado deste processo teremos o plano de gerenciamento de riscos. 3.1.16. Identificação de Riscos A identificação dos riscos envolve em determinar quais os riscos podem afetar o projeto e documentar suas características (PMBOK®). Os participantes na identificação do risco geralmente quando possível, são os seguintes: equipe de projeto, equipe de gerência de risco, especialistas no tema de outras partes da organização, clientes, usuários, outros gerentes de 44 projetos, partes envolvidas e especialistas de fora. A identificação do risco é um processo interativo. A primeira interação pode ser realizada por uma parte da equipe do projeto ou pelo time de gerência do risco. A equipe inteira do projeto e as principais partes envolvidas podem fazer uma segunda interação. Para realizar uma análise imparcial, pessoas que não estão envolvidas no projeto podem realizar a interação final. Os dados necessários para identificação de riscos, a declaração de escopo,, o plano de gerenciamento de riscos, informações históricas e saídas de outros processos de planejamento. São técnicas e ferramentas utilizadas na identificação de riscos: o Revisões da documentação – Planos, premissas e outros documentos. A qualidade da documentação e a consistência com requisitos e premissas podem indicar riscos. o Técnicas de coleta de informações – é usada uma das seguintes técnicas, o Brainstorming para obter lista consistente e abrangente de riscos, realizado com um conjunto multidisciplinar de especialistas; entrevistas; análise SWOT; Identificação de Causa-raiz ou técnica Delphi (onde se busca o consenso entre especialistas e imparcialidade na coleta de dados, um facilitador distribui questionário para os especialistas em riscos, que respondem anonimamente numa primeira rodada. As respostas são consolidas e resumidas e redistribuídas aos especialistas para comentários adicionais. A técnica é aplicada mais algumas vezes até que se chegue a um consenso). o Análise da lista de verificação – é baseada no histórico de projetos anteriores e no conhecimento adquirido, avaliando os riscos da lista que se aplicam ao seu projeto. 45 o Análise das premissas – analisar a validade das premissas e o impacto nos projetos causados pela sua inconsistência o Técnicas com diagramas – utilização do diagrama de Causa e Efeito, Ishikawa ou Espinha de Peixe para identificar causas de riscos. Como resultado desta identificação espera-se uma lista de riscos identificados, assim como uma lista de potencial de respostas aos mesmos, suas causas, e se for o caso, uma atualização das categorias dos riscos levantados. 3.1.17. Análise qualitativa de riscos A Análise qualitativa de riscos inclui métodos de priorização dos riscos identificados para ação adicional, como análise quantitativa de riscos ou planejamento de resposta a riscos (PMBOK®). A Análise Qualitativa dos Riscos consiste em priorizar os riscos identificados através da combinação da probabilidade de ocorrência e o respectivo impacto. Cada risco é “rankeado” de acordo com sua probabilidade de ocorrência e impacto nos objetivos, através das percepções dos especialistas. Os dados necessários para identificação de riscos, a declaração de escopo, o plano de gerenciamento de riscos, o registro de riscos (lista de riscos identificados) e saídas de outros processos de planejamento. São ferramentas da analise qualitativa de riscos: o Avaliação de probabilidade e impacto de riscos - Investiga a probabilidade de cada risco acontecer e seus impactos sobre cada objetivo do projeto, incluindo tempo, escopo, qualidade e custo. 46 o Matriz de probabilidade e impacto – utiliza-se para atribuir a cada risco uma classificação global como alto, médio ou baixo. o Avaliação da qualidade dos dados – avalia-se o grau de confiabilidade dos dados sobre riscos, levando em consideração o entendimento do risco, exatidão da informação, qualidade da informação e a confiabilidade e integridade dos dados; o Avaliação da urgência do risco – priorizar riscos que exigem respostas a curto prazo.. Como resultado desta análise tem-se uma lista de riscos com suas respectivas prioridades, agrupadas por categorias, assim como a relação dos mesmos que exigem respostas para o curto-prazo, ou requerem análises adicionais. 3.1.18. Análise quantitativa de riscos A Análise Quantitativa dos Riscos avalia os impactos e quantifica a exposição do projeto aos riscos por meio da atribuição de probabilidades numéricas a cada um e aos seus impactos no projeto (HELDMAN, 2006). Os dados necessários para identificação de riscos, a declaração de escopo, o plano de gerenciamento de riscos, o registro de riscos (lista de riscos identificados) e saídas de outros processos de planejamento. São ferramentas da analise qualitativa de riscos: o Técnicas de representação e coleta de dados – geralmente através de entrevistas os riscos são quantificados através de uma faixa de sensibilidade de cada risco como visão otimista, pessimista e moderada; o Análise quantitativa de riscos e técnicas de modelagem – Utiliza a análise do Valor Monetário Esperado (VME) que é uma função de 47 probabilidade e impacto, calculando o resultado médio quando temos cenários que podem acontecer ou não, associada também a analise da árvore de desci são (representação gráfica). E dependendo do porte do projeto é utilizada a conhecida Simulação Monte Carlo; Os resultados dessa técnica pode ser positivos ou negativos. Como resultado desta análise tem-se uma lista de riscos atualizadas com suas respectivas prioridades e tendências, oportunidades a perseguir, ameaças a responder; eoportunidades a ignorar, ameaças a aceitar. 3.1.19. Planejamento de respostas a riscos O planejamento de resposta a riscos é o processo de desenvolver opções e determinar ações para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto (PMBOK®). Envolve a definição de melhorias necessárias para o aproveitamento de oportunidades e respostas às ameaças. Este processo assegura que riscos identificados são devidamente tratados. A eficácia do planejamento de resposta determinará diretamente se risco do projeto cresce ou diminui. O plano de resposta ao risco deve ser apropriado para a severidade do risco, estimando um custo real, o tempo necessário para ser bem sucedido, dentro de um contexto realístico, acordado por todas as partes envolvidas e designado um responsável. Os dados necessários para identificação de riscos, é o plano de gerenciamento de riscos e o registro de riscos (lista de riscos identificados atualizada). São ferramentas e técnicas do planejamento de respostas a riscos: o Estratégias para riscos negativos ou ameaças – utilizamos as seguintes estratégias para tratar esses riscos: prevenir (evitar), deve eliminar o 48 problema potencial eliminando a causa ou protegendo os objetivos do projeto de seu impacto; mitigar, deve reduzir a probabilidade ou impacto negativo que o risco traria para o projeto; e transferir, deve transferir o impacto negativo do risco para terceiros. o Estratégias para riscos Positivos ou Oportunidades – utilizamos as seguintes estratégias para tratar esses riscos: compartilhar, é a atribuição da propriedade a terceiros para que possam capturar melhor a oportunidade; melhorar, possibilitar aumentar as probabilidades e/ou impactos através da maximização dos principais acionadores deste risco; e aceitação, que é não tomar nenhuma ação até que o risco ocorra. Como resultado deste planejamento de respostas tem-se uma lista de riscos com suas respectivas prioridades e as reservas de contingência, os acordos contratuais relacionados a riscos e atualização do plano de projeto. 3.1.20. Planejar compras e aquisições O processo Planejar compras e aquisições identifica quais necessidades do projeto podem ser melhor atendidas pela compra ou aquisição de produtos, serviços ou resultados fora da organização do projeto e quais necessidades do projeto podem ser realizadas pela equipe do projeto durante a execução do projeto (PMBOK®). Os dados necessários para o planejamento de compras e aquisições, são: estrutura organizacional relacionada às aquisições; condições de mercado; declaração de escopo do projeto; EAP; resultados de outros processos do planejamento. São ferramentas e técnicas do planejamento de compras e aquisições: 49 o Análise de fazer ou comprar - Decidir se a própria organização pode/deve fazer todo o trabalho necessário/mapeado, comprar ou utilizar as duas soluções em conjunto. o Avaliação especializada – é uma avaliação técnica especializada será freqüentemente requerida para avaliar as entradas para este processo. Tal expertise pode ser fornecida por qualquer grupo ou indivíduo com conhecimento especializado. o Tipos de contratos – Existem diferentes tipos de contratos que podem ser utilizados para diferentes tipos de compras. Os contratos geralmente se enquadram em uma de três categorias abrangentes: Preço fixo ou contratos de preço fechado - esta categoria de contratos envolve um preço total fixo para um produto bem definido. Na medida em que o produto não está bem definido, tanto o comprador como o vendedor, estão sujeitos a riscos – o comprador pode não receber o produto desejado e o vendedor pode incorrer em custos adicionais para produzir o produto. Os contratos de preço fixo podem também incluir incentivos quando se consegue atingir ou exceder determinados objetivos do projeto tais como metas de prazos. Contratos de custos reembolsáveis – esta categoria de contratos envolve o pagamento (reembolso) ao vendedor pelos seus custos reais mais tipicamente um taxa representando o lucro do fornecedor. Os custos são usualmente classificados como diretos ou indiretos. Os custos diretos são custos incorridos para o benefício exclusivo do projeto (salários do pessoal de tempo integral). Os custos indiretos, também chamados custos de overhead, são custos alocados ao projeto pela organização executora a título de realização do negócio (salários do corpo de executivos). Os custos indiretos são usualmente calculados como uma percentagem dos custos diretos. Os contratos de custos 50 reembolsáveis freqüentemente incluem incentivos quando se consegue atingir ou exceder determinados objetivos do projeto tais como metas de prazo ou custos totais. Contratos de tempo e material (T&M) – Contratos T&M são um tipo híbrido de arranjo contratual que contém aspectos de ambos os custos, reembolsável e preço fixo. Contratos T&M parecem arranjo do tipo de custo em que eles são abertos no final, porque o valor total do arranjo não é definido na época da decisão. Desta forma, contratos T&M podem crescer no valor do contrato como se eles fossem do tipo de arranjos custos reembolsáveis. De modo oposto, arranjos T&M podem ser também reembolsáveis por unidades fixas acordadas, quando, por exemplo, uma taxa unitária é preparada anteriormente pelo comprador ou fornecedor, e ambas as partes estão de acordo com a taxa para a categoria de "engenheiro sênior". Como resultado deste planejamento aquisições tem-se o plano de gerenciamento das aquisições descrevendo como os processos de aquisição remanescentes serão gerenciados e a declaração do trabalho, que descreve o item a ser contratado com suficiente detalhe para permitir que os potenciais fornecedores possam avaliar se são capazes de atender. 3.1.21. Planejar contratações Este é o último processo a ser descrito neste presente estudo no grupo de processos de planejamento. O processo Planejar contratações prepara os documentos necessários para dar suporte ao processo Solicitar Respostas de Fornecedores e ao processo Selecionar Fornecedores (grupo de processos de execução). 51 Os dados necessários para o planejamento de contratações, são: o plano de gerenciamento de aquisições, a declaração de trabalho; resultados de outros processos do planejamento. As ferramentas e técnicas utilizadas no planejamento de contratações é a utilização de documentos padronizados para aquisições e a utilização de opinião especializada. Como resultado deste planejamento aquisições tem-se os documentos de aquisição, descrevendo o quê se quer contratar e podem ser de cotação (preço) ou de proposta (abordagem técnica, abordagem gerencial e outras considerações); os critérios de avaliação para escolha dos fornecedores, e a declaração de trabalho atualizada. 3.1.22. Conclusão Os processos do planejamento estão diretamente ligados com a excelência do gerenciamento de projetos, e o desenvolvimento eficaz de um plano de projeto. O presente capítulo apresentou os processos existentes nas melhores práticas de gerenciamento de projetos, e como já foi dito anteriormente, os projetos são únicos, e a aplicabilidade e utilização irá variar de acordo a necessidade e com o porte do projeto. Maximiano cita que a eficácia da execução depende da qualidade do planejamento que, na sua concepção, deverá responder a algumas perguntas fundamentais: O que deverá ser feito? Quando acontecerá? Quem executará? Quanto custará? Que produtos ou serviços serão conseguidos com o esforço desse empreendimento? Quem é o responsável pela aceitação do resultado em seu estado final? Que instrumentos serão utilizados para efetuar as mudanças que ocorrerão ao longo do projeto? Como será mensurado o andamento do projeto? 52 O presente capítulo contempla todas essas respostas das questões que Maximiano apresenta, ou melhor, dizendo, como respondê-las de forma a garantir o sucesso do empreendimento, pois um projeto não deve ser iniciado sem que seus objetivos estejam claros e definidos, de forma que seus recursos estejam disponibilizados e que sua realização seja possível em todas as fases do seu ciclo de vida. 53 CAPÍTULO IV PESQUISA DE CAMPO Neste capítulo serão analisados os resultados da pesquisa de campo por meio de entrevistas com profissionais de mercado que atuam como líderes ou gerentes de projetos, e possuem a certificação PMP (Project Management Professional) do PMI. Sobre a certificação PMP, desde 1984, o Project Management Institute tem se dedicado ao desenvolvimento e manutenção de um rigoroso Programa de Certificação Profissional, com base em um exame, visando o avanço da profissão de Gerenciamento de Projetos e o reconhecimento das conquistas individuais nesta área. A Certificação Project Management Professional (PMP®) do PMI® é a credencial profissional mais reconhecida e respeitada em termos mundiais no que tange ao Gerenciamento de Projetos. Em 1999, o PMI® tornou-se a primeira organização no mundo a ter seu Programa de Certificação reconhecido pela International Organization for Standardization (ISO) 9001. Para obter a Certificação PMP®, o profissional deve satisfazer a determinados requisitos de educação e experiência, concordar e aderir ao Código de Conduta Profissional (Code of Professional Conduct) e passar no Exame de Certificação PMP®. O objetivo da pesquisa consistia na busca da opinião de profissionais atuantes no gerenciamento de projetos, sobre o tema deste presente estudo, e tão somente novas práticas não contempladas pelas limitações da literatura. 54 4.1. Entrevistas Os participantes da entrevista foram extraídos dos clientes da organização em que o autor trabalha. As entrevistas ocorreram no período de 06 a 30 de novembro de 2006, no Rio de Janeiro. O fato de as entrevistas terem sido realizadas com profissionais de gerenciamento de projetos, mas especificamente PMP, foram beneficiadas por um dos principais negócios em que a organização atua, a preparação para a certificação PMP. As entrevistas foram agendadas e confirmadas com um total de 26 participantes, sendo que por motivos da atuação como gerente projetos e motivos pessoais, foram inviabilizados alguns encontros. Foram realizadas então efetivamente, 19 entrevistas, com a duração média de 15 minutos. Foram 10 questões para serem respondidas, e foi utilizado gravador analógico como para registrar as entrevistas. Durante a compilação dos dados, o questionário foi subdividido em quatro tópicos fundamentais: Organização versus Planejamento – fatores como a importância e atuação do planejamento na organização em que o profissional atua, analisando o porte, situação no mercado, procurando entender esse contexto atual. Planejamento versus Tempo – o velho paradigma do planejamento como tempo perdido, sendo abordado por profissionais que atuam no contexto de projetos. Seria realmente uma perda de tempo? Ou um investimento? Planejamento como Fator Crítico de Sucesso no gerenciamento de projetos – o desenvolvimento do planejamento como sendo considerado uma atividade complexa em decorrência da sua própria natureza, se constitui em um processo contínuo de avaliação e previsão do futuro. 55 Seria o planejamento fator determinante no sucesso dos projetos e na diminuição da incerteza? Dicas do profissional – Dicas das melhores práticas em planejamento aplicadas pelos profissionais. 4.2 . Análise dos dados Analisando os dados coletados de forma qualitativa, foram selecionados e serão comentados de acordo com os quatro tópicos para abordagem. Organização versus Planejamento: de fato muitas organizações nas quais os entrevistados atuavam, não têm a cultura do planejamento, ou melhor dizendo, planejamento é considerado apenas algo estratégico, existindo uma limitação do conceito, porém em algumas empresas já existem alguns movimentos por parte dos lideres e equipes dos projetos em prol da importância do planejamento no sucesso dos projetos, partindo do principio que nada vai mudar do jeito que gostaríamos que mudasse em nossas nações, organizações e famílias até que nós mesmos mudemos e nos tornemos parte da solução que buscamos. Fazendo parte da solução e não parte do problema. Não se pode aprender a correr sem antes ter aprendido a andar, e não se aprende a andar sem antes ter aprendido a engatinhar. Demonstrando assim a grande maturidade tanto profissional quanto pessoal desses profissionais. Planejamento versus Tempo: Muitas vezes estamos no dia a dia, correndo para apagar incêndio, deixando o planejamento em segundo plano e fazendo questão de não “perder tempo” com documentação e dessa maneira “mostrar serviço”, contudo esse “perder tempo”, poderia ter sido investido em planejamento e assim conseguiríamos melhores resultados em nossas atividades e tarefas. Porque, quando planejamos estamos projetando a imagem do nosso projeto e da nossa empresa no futuro. Intuitivamente, sempre temos o pressentimento que já estamos no caminho, mas o tempo é 56 aquilo que o homem está sempre tentando matar, mas que no fim acaba matando-o. A importância do planejamento é algo que precisa ser despertado em todas as pessoas do mundo atual, para que as empresas em que trabalham, possam permanecer na selva da concorrência, é fundamental você dar a importância devida ao planejamento.. Planejamento como Fator Crítico de Sucesso no gerenciamento de projetos – Um dos entrevistados falou “planejamento é a chave do sucesso, mas para ele abrir a porta ela terá que ser ajustada, moldada, conforme os resultados esperados pelos stakeholders”. Outro falou que o planejamento é o inicio do sucesso, é uma ferramenta mágica que reduz os riscos e garante o sucesso do futuro negócio. Essa abordagem foi unânime e apenas afirmou a proposta do presente estudo. Dicas do profissional: muitas dicas e tendências foram associadas ao presente estudo mas tiveram algumas que se destacaram: “A disciplina de gerenciamento de projetos têm crescido a cada dia mais, na organização em que trabalho apesar de ser um planejamento estratégico, estamos em fase de implantação de um PMO (Escritório de Projetos), que apesar de seu enfoque estratégico, começaram a dar mais vida para o planejamento nos projetos.” “Algumas organizações estão já na frente, mas a gestão de programas e portfólios, está se consolidando e trazendo excelentes resultados” “Detalhe a EAP somente até onde você como gerente de projetos quer gerenciar, pois se não, o gerenciamento do escopo vai virar um pesadelo.” “Na hora de gerenciar se não existe metodologia, crie, pois qualquer metodologia é melhor que nenhuma.” “Encare a construção do plano como um subprojeto, A formulação de um plano precisa ser gerenciada: devem ser estabelecidas etapas, fases, prazos de execução e a definição dos seus responsáveis.” 57 CONCLUSÃO Temos como fio condutor neste presente estudo, a preocupação com o planejamento no gerenciamento de projetos como fator crítico de sucesso. A incerteza que permeia não somente os projetos, mas também a sociedade, nos levaram a criação de paradigmas, ou podemos chamar de pré-conceitos quando falamos sobre o tema “planejamento”, pois está associado à perda de tempo e a uma atividade complexa que gera muita papelada. Certamente planejamento é uma atividade trabalhosa, que exige atenção e cautela. Mas a ausência, ou a presença em níveis baixos, deixa o projeto sujeito a imprevistos desagradáveis. E o pior é que, pelas Leis de Murphy, "imprevistos sempre acontecem", mas pelas leis do planejamento, imprevistos são eliminados. Percebe-se no presente estudo a complexidade da prática e a importância que a fase de planejamento é para o gerenciamento de projetos, pois apresenta todo o trabalho a ser executado num projeto, que por ser um empreendimento com duração de tempo, é por si um processo, que depende de insumos (humanos, financeiros, físicos), que irão se transformar em novos produtos, novas tecnologias incorporadas aos produtos existentes, novas instalações industriais, aquisição de novos equipamentos, implantação de novos sistemas operacionais, entre outros resultados.. É sabido que os projetos germinam a partir de idéias iniciais, muitas vezes baseados em sonhos, vontades ou expectativas. Uma avaliação inicial formalmente ou informalmente servirá para definir os objetivos do projeto, que podem ser concretizados em metas e que permitem a construção de um plano de projeto. Neste trabalho procurou-se demonstrar e apresentar algumas das melhores práticas na disciplina de gerenciamento de projetos nos processos de planejamento. Para a construção de um plano de projeto não há uma fórmula a ser seguida indistintamente. Na elaboração de um planejamento, alguns processos 58 são essenciais e devem sempre estar presentes, são processos que consigam apresentar as linhas de bases da tripla-restrição juntamente com a qualidade do produto e do projeto e mantê-los equilibrados durante todo o projeto. Os demais processos, deverão ser discutidos, adequados e implantados segundo a real necessidade especifica de cada projeto. No entanto, quebrar os paradigmas em relação ao planejamento exigese primeiramente uma mudança pessoal e profissional, e que comece pela sua própria mudança e a partir disso seja desmistificado esse paradigma aos companheiros de trabalho, as equipes dos projetos em que participa, a gerência funcional, a alta-gerência, até chegar ao estado da arte do planejamento em toda a organização, onde se constitua um ambiente que favoreça e reconheça os benefícios do planejamento efetivo. 59 BIBLIOGRAFIA BAGULEY, P. Project management. Londres: Hodder & Stoughton, 1999. CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração - Volume I. São Paulo: Campus, 2001. CLELAND, David I.; IRELAND, Lewis R. Gerência de projetos. Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso, 2002. DINSMORE, P. C. ; CAVALIERI, A. Como se tornar um profissional em gerenciamento de projetos. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário Aurélio. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. FRAME, J. D. Managing Projects in Organizations. San Francisco: JosseyBass Inc., 1995. HELDMAN, Kim. Gerência de Projetos: guia pra o exame oficial do PMI. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. KERZNER, H. Gestão de projetos: as melhores práticas. Porto Alegre: Bookman, 2002. KRUGLIANSKAS, Isak. Seleção, planejamento e controle de projetos de p&d: um estudo explanatório em empresas brasileiras. São Paulo, 0, USP. IA.FEA, 174, 1987. MAXIMINIANO, A. C. A. Administração de projetos. São Paulo: Atlas, 2002. 60 MEGGINSON, L.C.; MOSLEY,D.C.;PIETRI JR.,P.H. Administração: conceitos e aplicações. São Paulo: Harbra, 1997. MENEZES, Luiz César de Moura. Gestão de Projetos. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2003. MOURA, Dácio Guimarães de.; BARBOSA, Eduardo F. Trabalhando com Projetos: Planejamento e gestão de projetos educacionais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006. PAVAN, P. A. R. Gerenciamento de projeto de expansão de instituições hospitalares: estudo de caso. Monografia de Conclusão de Curso de Especialização em Gerência Empresarial e Negócios – Universidade de Taubaté, Taubaté, 2002. PMBOK®, Um guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos, PMI® - Project Management Institute: Pennsylvania, 2000. PMBOK®, Um guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos, PMI® - Project Management Institute: Pennsylvania, 2004. SISK, T.; 1998 History of Project Management. http://office.microsoft.com/downloads/9798/projhistory.aspx. Disponível em Acesso em: 12/10/2006. SLACK, Nigel. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1996. SLEVIN, Dennis.P.; PINTO, Jeffrey.K. The project implementation profile: new tool for project managers. Critical success factors. Project management handbook. San Francisco, Jossey-Bass, 1998 VARGAS, Ricardo Viana.Gerenciamento de Projetos - Estabelecendo Diferenciais Competitivos, Rio de Janeiro: Brasport, 2000. 61 ANEXOS Índice de anexos Anexo 1 >> Visão geral das áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos e os processos de gerenciamento de projetos Anexo 2 >> EAP – modelo de estrutura analítica do projeto; Anexo 3 >> Grupo de processos de planejamento; Anexo 4 >> Cronograma do projeto – exemplos gráficos; Anexo 5 >> Roteiro de Entrevista. 62 ANEXO 1 Visão geral das áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos e os processos de gerenciamento de projetos Fonte: PMBOK®, p.11, 2004 63 ANEXO 2 EAP – MODELO DE ESTRUTURA ANALÌTICA DO PROJETO FONTE: AUTOR 64 ANEXO 3 Grupo de processos de planejamento Fonte: PMBOK®, 2004, p47 65 ANEXO 4 Cronograma do projeto – exemplos gráficos Fonte: PMBOK®, 2004, p.150 66 ANEXO 5 ROTEIRO DE ENTREVISTA 1- Qual o segmento e atuação de mercado da empresa em que você trabalha? 2- Qual o porte da empresa? 3- Você trabalha a quanto tempo nesta empresa? 4- Fale um pouco sobre sua experiência com gerenciamento de projetos? 5- Qual é a importância do planejamento para você? Cite algum fato que exemplifique a resposta. 6- Qual é a importância do planejamento para a empresa em que trabalha? Cite algum fato que exemplifique a resposta. 7- O planejamento, seria realmente uma perda de tempo? Ou um investimento? 8- Fale uma dica para um planejamento efetivo. 9- Chamar o planejamento de Fator Crítico de Sucesso, parece óbvio, relate sua opinião quanto a isso. 10- Quais são as próximas tendências no gerenciamento de projetos? 67 ÍNDICE INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I 10 ORIGEM E EVOLUÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS 10 CAPÍTULO II 13 CONCEITUAÇÃO E ALINHAMENTO 13 2.1. Planejamento 13 2.2. Fatores críticos de sucesso 14 2.3. Projeto 15 2.4. Gerenciamento de Projetos 16 2.5. Fases do projeto e o ciclo de vida do projeto 18 2.6. Grupo de processos do gerenciamento de Projetos 19 CAPÍTULO III 23 PROCESSOS DE PLANEJAMENTO 23 3.1. Construção do Plano do Projeto 25 3.1.1. Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto 25 3.1.2. Planejamento do escopo 26 3.1.3. Definição do escopo 26 3.1.4. Criar EAP 29 3.1.5. Definição da atividade 30 3.1.6. Seqüenciamento das atividades 31 3.1.7. Estimativa de recursos da atividade 33 3.1.8. Estimativa de duração da atividade 34 3.1.9. Desenvolvimento do cronograma 35 3.1.10. Estimativas de custos 37 3.1.11. Orçamentação 39 3.1.12. Planejamento da Qualidade 39 68 3.1.13. Planejamento de recursos humanos 40 3.1.14. Planejamento das comunicações 41 3.1.15. Planejamento do gerenciamento de riscos 42 3.1.16. Identificação de Riscos 43 3.1.17. Análise qualitativa de riscos 45 3.1.18. Análise quantitativa de riscos 46 3.1.19. Planejamento de respostas a riscos 47 3.1.20. Planejar compras e aquisições 48 3.1.21. Planejar contratações 50 3.1.22. Conclusão 51 CAPÍTULO IV 53 PESQUISA DE CAMPO 53 4.1.Entrevistas 54 4.2. Análise dos dados 55 CONCLUSÃO 57 BIBLIOGRAFIA 59 ANEXOS 61 ÍNDICE 67 INDÍCE DE FIGURAS 69 69 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Seqüência típica de fases no ciclo de vida de um projeto 18 Figura 2 - Mapeamento entre os grupos de processos de gerenciamento de projetos e o ciclo PDCA 20 Figura 3 – Sobreposição dos grupos de processos 21 Figura 4 – Método do diagrama de precedência 32 70 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS- GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE Título da Monografia: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS Autor: ALEXANDRE DA SILVA LIMA Data da entrega: Avaliado por: Conceito: