8 Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique Suplemento Especial do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique Setembro de 2015 Autoridade Reguladora dos Sectores Postal e de Telecomunicações Cont... DINÂMICAS DO MUNDO: Convergência tecnológica e migração digital Com o Eng.º Gilberto Fernandes falámos ainda sobre a convergência tecnológica, tendo afirmado ser o desafio do momento que Moçambique e o mundo têm. E é ele quem nos diz que a convergência tecnológica e a migração digital são aspectos vitais para as nossas vidas e incontornáveis. Até porque surgem como resultado da própria dinâmica de desenvolvimento tecnológico e digital à escala planetária. “Quando entrei nos CTT tínhamos a central telefónica Stronger, a famosa ‘Passo a Passo’. Era uma central electromecânica. Depois passámos para as centrais digitais que vieram dar um boom no ramo das telecomunicações”, diz. Não obstante as enormes dificuldades, ele congratula-se com o facto de os desafios nessa área estarem a ser realizáveis, em virtude de existirem técnicos com fortes conhecimentos nessa área. “O actual Director-geral, o Professor Doutor Engenheiro Américo Muchanga, é douto nessa área. Um grande homem e bastante inteligente”, reconhece. Entende ser importante continuar-se a investir na formação de quadros, a bem da própria instituição. “Precisamos de gente qualificada que continuará a levar a ‘bom porto’ a convergência tecnológica e desenvolver pesquisas no campo de novas tecnologias, fundamentalmente na componente de migração digital”, aconselha Gilberto Fernandes, recordando que, antes do debate sobre migração digital, no seu tempo já existia o que se chamava de nível de fronteira, ou seja não podia se passar as frequências nacionais para o outro lado da fronteira. Sublinha, no entanto, que com a digitalização o espaço precisa de ser cuidado de forma mais rigorosa possível. Formação diferenciada – Advoga Gilberto Fernandes Gilberto Fernandes explica que a formação é fundamental e o Homem deve ser, para sempre, o centro de atenções. Mas é preciso encontrar mecanismos de desenvolver uma formação orientada para os interesses da instituição, que é telecomunicações, regulação e gestão de frequências. “Estamos a dar um grande passo na parte das telecomunicações. Contudo, é importante não perder de vista o facto de as telecomunicações serem dinâmicas, por isso devemos continuar a formar o Homem, porque isso é o mais importante. E o desenvolvimento está assente aí”, anuncia. Diz ainda ser importante fazer formação diferenciada. Por exemplo, sublinha, a informatização torna as telecomunicações inclusivas, por isso nada deve estar dissociado. “Mas também não inte- ressa, como no passado, que uma pessoa saiba um grande leque de coisas. Hoje não é assim. É tudo compartimentado. Por exemplo, o homem da informática é importante nessa área, mas tudo tem uma ligação porque essa é uma área transversal. Ele pode não conhecer profundamente outros campos, não há problemas, pois a partir dessa barreira o outro dará seguimento”, frisa. Gilberto Fernandes