Doença de Parkinson ODONTOGERIATRIA UNESP SJC 22/04/14 Dr.Oswaldo Couto Júnior Academia Brasileira de Neurologia DC de Transtornos de Movimento da ABN MDS – Movement Disorders Society Doença de Parkinson • doença neurodegenerativa • descrita em 1817 por James Parkinson • “ Paralisia Agitante “ • acomete predominantemente idosos Epidemiologia atinge cerca de 1% da população com • mais de 65 anos • pico de incidência: 60 - 70 anos • 5% a 10% têm início precoce (pior prognóstico) Etiologia • não há uma causa estabelecida • soma de fatores ambientais e genéticos • parkinsonismos secundários INCIDÊNCIA DA DOENÇA DE PARKINSON 5/100 000/ano entre 45-49 anos 90/100 000/ano acima dos 75 anos PARKINSONISMO Primário neurodegenerativo Parkinsonismo atípico Não identificado Identificado Secundário neurolépticos, encefalites Doença de Parkinson Idiopática PSP degeneração córtex-gânglios da base demência com corpos de Lewy AMS Hereditária (5-15%) Achados patológicos em 100 pacientes parkinsonianos (4) Doença de Parkinson (76) (19) (1) Parkinsonismo secundário ex: Pós-encefalítico Medicamentoso Vascular Parkinsonismo - plus ex|: Alzheimer PSP : Paralisia Supranuclear Progressiva AMS : atrofia de múltiplos sistemas Normal (tremor essencial?) Parkinsonismo Medicamentoso • Antipsicóticos : haloperidol, sulpirida, periciazina, levomepromazina, clorpromazina,olanzapina, risperidona.... • Antivertiginosos : flunarizina e cinarizina • Antieméticos : metoclopramina e bromoprida • Antidepressivos : fluoxetina, paroxetina..... • Estabilizadores de humor : carbonato de lítio, divalproato de sódio Neurotransmissores • São substâncias produzidas pelo sistema nervoso, que fazem a comunicação entre os NEURÔNIOS. • A DOPAMINA é um NT, produzido pela área da SUBSTÂNCIA NEGRA • A DOPAMINA é fundamental para o bom funcionamento do SISTEMA MOTOR ARVID CARLSSON (1923- ) EM 1950 DEMONSTOU QUE A DOPAMINA ERA UM NEUROTRANSMISSOR CEREBRAL DESENVOLVEU UM MÉTODO DE MEDIR A DOPAMINA NOS GÂNGLIOS DA BASE (ANIMAIS) Recebendo o Nobel de Medicina 2000 Fisiopatologia • degeneração dos neurônios dopaminérgicos da Substância Negra Dopamina Acetilcolina normal Parkinson DOENÇA DE PARKINSON -SINTOMAS MOTORES TREMOR BRADICINESIA RIGIDEZ ALTERAÇÃO DOS REFLEXOS POSTURAIS LOCAL DE COMPROMETIMENTO: VIA NIGRO-ESTRIATAL VIDEO 1 • Facies hipomímica • Tremor de repouso • Bradicinesia (lentidão de movimentos) VIDEO 2 • Bradicinesia • Tremor assimétrico Video 3 • Marcha freezing tratamento medicamentoso • Opções: • anticolinérgicos • selegilina (IMAO-B) • agonistas dopaminérgicos • amantadina • L-dopa – uso em monoterapia ou combinados LEVODOPA aminoácido L-3,4-dihidroxifenilalanina HO HO CH2CCOOH NH2 TEM O MELHOR EFEITO SINTOMÁTICO MELHORA TREMOR, RIGIDEZ E BRADICINESIA EM TODOS OS PACIENTES Complicações Motoras • flutuações do efeito – deterioração de final de dose “wearing off” – fenômeno “on-off” • discinesias – ocorrem enquanto o medicamento está ativo Incidência de flutuações Em um ano, cerca de 10% dos pacientes com DP e em uso de L-Dopa têm flutuações da resposta e em 5 anos pelo menos 80% deles apresentam essas complicações. Discinesias por L-dopa Tratamento Medicamentoso Exercícios......Fisioterapia Fonoaudiologia Terapia ocupacional Cirurgia Fisioterapia Movimentação na cama Sentar-se e levantar-se Caminhar, girar o corpo Subir e descer escadas Entrar e sair do carro Fonoaudiologia • • • • Respiração Voz e fala Mastigação Deglutição Terapia Ocupacional • Higiene pessoal • Vestir-se • Trabalhar LEVODOPA ENTERAL Outros tratamentos • Implante de células tronco (tecido nervoso produtor de DOPAMINA), ainda em fase experimental, provaveis resultados CONCRETOS em sêres humanos...dentro de 1 ou 2 décadas ???? TRATAMENTO ODONTOLOGICO DP • O tratamento odontológico nos estágios iniciais da doença deve ser efetivo,permitindo a maior estabilidade possível das condições bucais, para que nos estágios seguintes haja um menor sofrimento quando o tratamento forimpossível de ser realizado no consultório. • • Os pacientes em estágio avançado da doença devem receber atendimento odontológico em ambiente hospitalar, sob anestesia geral. • É importante que o cirurgião dentista, sempre que necessário, faça contato com o médico do paciente. Muito obrigado [email protected]