ACADÊMICAS:
MARTA, MICHELE, REGIANE, ROSIMEIRE,
ROSVELY, SIRLENE, TICYARA, VALÉRIA
Marcelo El Khouri Buzato
Capítulo 3
Letramento Eletrônico
Espaço híbrido
Emergência de gêneros específicos
Recursos expressivos totalmente
inusitados
O leitor/escritor necessita integrar
velhas convenções a novos meios de
expressões linguísticas.
Surgimento de uma cibercultura
Letramento eletrônico ou
ciberletramento
Permite que os parceiros da comunicação
compartilhem e mesmo contexto
Novos conjuntos de técnicas diversificam e
complexificam as maneiras de interação
Gêneros resultam de escolhas linguísticas
adequadas a situações sociais mais ou menos
estáveis.
São instanciados de forma que é possível
aprender novos gêneros com base na analogia
com gêneros já conhecidos.
No ciberespaço, a instanciação dos gêneros se
dá de forma inédita.
Scribner e Cole (1981) definem
letramento como um conjunto
de práticas sociais que usam a
escrita, enquanto sistema
simbólico e enquanto
tecnologias, em contexto
específicos, para objetivos
específicos.
“ Ter-se adaptado à
escrita é diferente de ter
aprendido a ler e escrever.
Aprender a ler e escrever
significa adquirir uma
tecnologia, a de codificar e
decodificar a língua escrita”.
(SOARES 1998)
“Analfabeto tecnológico” ou
“iletrado tecnológico” é aquele
individuo que dispõe do
conhecimento técnico para
programar computadores.
O LEITOR E O OBJETO ESCRITO
LETRAMENTO ELETRÔNICO
Objeto escrito tradicional
veiculado pelo livro
Objeto escrito moderno
veiculado pelo computador
O LEITOR E O OBJETO ESCRITO
 “Com o computador, a mediação do
teclado, que já existia com a máquina
de escrever, mas que se amplia,
instaura um afastamento entre um
autor e seu texto” (Chartier, 1998).
O LEITOR E O OBJETO ESCRITO
 “A revolução no livro eletrônico é uma
revolução nas estruturas do suporte
material do escrito assim como nas
maneiras de ler.”
O LEITOR E O OBJETO ESCRITO
No letramento tradicional: São os livros
que oferecem ao leitor informações
como validade, confiabilidade.
No letramento eletrônico: São os
softwares utilizados) e URLs
(Endereços eletrônicos).
Novas formas textuais e novos
tipos de leitores
 Atualmente convivem na Internet
textos “fechados”, muito parecidos
com os textos impressos tradicionais,
e hipertextos de diversos tipos com
graus maiores ou menores de
linearidade
e
integração
entre
recursos
linguísticos,
visuais
e
sonoros.
Pressupostos da leitura
Texto impresso
Hipertexto
 É
um
processo
sequencial, contínuo e
geralmente linear.
 O leitor faz previsões
sobre
o
que
acontecerá no texto.
 O texto é escrito em
papel e limitado por
capas.
 O leitor inicia a leitura
em um ponto de sua
escolha,
dentre
um
número
de
possibilidades.
 Possibilita
diferentes
formas de organizar o
texto.
 O
texto
é
sempre
mutável, sujeito a erros
não
intencionais
e
mudanças deliberadas.
Ciberleitor x leitor tradicional
 Na cultura do livro impresso, o
espaço da escritura é claramente
delimitado. Na cibercultura, o leitor
pode intervir no centro do texto, uma
vez que é constituído pelas escolhas
individuais do leitor.
3 tipos de leitores de hipertexto
 Exploradores – vagueiam por uma
área, recolhendo e descartando
coisas, conforme sua curiosidade ou
interesse.
 Usuários – procuram informações
específicas e deixam o sistema assim
que a obtém.
 Co-autores
–
usufruem
da
interatividade com o hiperdocumento,
fazendo anotações e criando novos
links.
 Apesar do meio eletrônico oferecer
um grau maior de liberdade ao leitor,
suas escolhas estão limitadas por
uma estrutura parcialmente técnica e
parcialmente
dependente
das
decisões tomadas pelo autor do texto.
 O leitor precisa se familiarizar com
esse novo tipo de códigos e
convenções do texto eletrônico.
Do letramento tradicional ao
letramento eletrônico
Caracterizando o
letramento eletrônico
A palavra “letramento” vem se incorporando ao
vocabulário da área da Pedagogia para
conceituar um processo que vai além da
decodificação do sistema alfabético da escrita e
incorpora a compreensão dos usos sociais da
escrita. Letramento digital, portanto, significa
não apenas saber como utilizar as tecnologias
digitais, mas entrar em contato com ele de
maneira significativa, entendendo seus usos e
possibilidades em nossa vida social.
 O conceito de letramento, ao ser incorporado
à tecnologia digital, significa que, para além
do domínio de “como” se utiliza essa
tecnologia, é necessário se apropriar do “para
quê” utilizar essa tecnologia
 No espaço escolar, contribuir para o
letramento digital significa apresentar
oportunidades para que toda a comunidade
possa utilizar as Novas Tecnologias de
Informação e Comunicação como
instrumentos de leitura e escrita que estejam
relacionadas às práticas educativas e com as
práticas e contextos sociais desses grupos.
Estágios Intermediários
de Letramento Eletrônico
 Iletrado eletrônico: é , a rigor também um
iletrado alfabético, incapaz de atribuir um
sentido a uma palavra qualquer na tela do
computador;
 Semi-iletrado: conseguem trazer o texto à
tela, identificar o significado de boa parte das
teclas e outros elementos do texto, sem serem
capazes de usar esses elementos de maneira
adequada ao meio em todas as situações;
 Letrado eletrônico: dispõe de conhecimento
sobre propriedades do texto na tela que não
se reproduzem no mundo natural
comotambém sobre as regras e convenções
que o habilitam a agir no sentido de trazer o
texto à tela.
 A escrita e a leitura mediadas pelo
computador só estão disponíveis ao
usuário a partir da aquisição de uma
série de códigos e convenções.
 O letramento eletrônico é uma
suplementação
do
letramento
tradicional do qual o indivíduo já
dispõe.
HIPERLINK

LETRAMENTO TRADICIONAL

LETRAMENTO ELETRÔNICO

A palavra sublinhada significa
apenas que tem uma função
específica dentro do texto.

A
palavra
sublinhada
representa
um
hiperlink.
Direciona o leitor para outros
textos.
CAMADAS GRAMATICAIS
 PERÍODO DE TRANSIÇÃO;
 NÍVEL MAIS ELEVADO;
FUNÇÕES DO ANDAIME






123456-
RECRUTAMENTO
REDUÇÃO DOS GRAUS DE LIBERDADE
MANUTENÇÃO DO RUMO
MARCAÇÃO DE TRAÇOS
REDUÇÃO DA FRUSTRAÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
O LETRAMENTO ELETRÔNICO
NO CONTEXTO BRASILEIRO
CRIANÇAS, ADULTOS E COMPUTADORES
“A sociedade brasileira crê que crianças e jovens tem mais facilidade para
lidar com computadores, ou mesmo que já nascem preparados para
tanto.”
LETRAMENTO ELETRÔNICO
 Os adultos precisam interagir com as
crianças no processo de letramento
tradicional.
 O ambiente de trabalho tornou necessário
o letramento eletrônico desses adultos.
 As empresas, devido a busca por
produtividade, adquiriram computadores
muito antes das escolas.
A SITUAÇÃO DO PROFESSOR DE
LÍNGUAS
O professor de línguas, no Brasil, não tem uma tarefa
mais fácil do que de outras pessoas ao adquirir o
letramento eletrônico por ter conhecimento em língua
estrangeira.
O conhecimento linguístico é apenas um componente.
O uso de versões traduzidas também geram
problemas.
Os professores de língua estrangeira se prendem a
burocracias que dificultam o processo de letramento
eletrônico. Como se o ambiente escolar estabelecesse
o uso de algumas metodologias que dificultam a
introdução dos computadores em suas práticas.
Exemplo:
norma culta
x
bate-papo na Internet
Os professores de línguas ou de qualquer outra
área, podem se sentir constrangido em ceder seu
lugar ao aluno, pois passa a ser aprendiz.
“Para muitos profissionais, a falta de letramento
eletrônico gera perda de autoestima. Para
professores, além do problema da autoestima,
existe uma espécie de ameaça à sua identidade
profissional.”
Por outro lado, os professores , por possuírem
um grau de letramento tradicional bastante alto,
possuem facilidade em transmiti-lo ao ambiente
cibernético.
Eles estão constantemente em posição de
promover práticas coletivas de leitura e escrita e
poderão fazê-lo também eletronicamente.
Breve avaliação as situação do
professor de LE
Para adquirir o letramento eletrônico há três
tipos de barreiras a serem vencidas:
• barreira política: democratização do acesso a
computadores;
• barreira afetiva: relacionada a sua identidade
de professor e autoestima;
• barreira das dificuldades específicas: imposta
pela mediação eletrônica da leitura e da
escrita.
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