Abreu RAM et al. ARTIGO ORIGINAL Análise prospectiva das fraturas de face na população idosa do Hospital Universitário da PUC-Campinas Prospective analysis of facial fractures in the elderly population of University Hospital of PUC-Campinas Rogério Alexandre Modesto de Abreu1, Bruno Carvalho Moreira2, José Carlos Marques de Faria3 RESUMO ABSTRACT Objetivo: O objetivo deste estudo é relatar o perfil epidemiológico e o tratamento da população idosa vítima de fratura de ossos da face no Hospital da PUC-Campinas. Método: Análise prospectiva dos pacientes idosos, com idade igual ou superior a 60 anos (OMS), vítimas de traumatismos faciais agudos, no período compreendido entre julho de 2007 e janeiro de 2010. Foram analisados 28 pacientes idosos, vítimas de traumatismos maxilofaciais, com fraturas em ossos da face. Todos os pacientes foram avaliados com base em protocolo específico para pacientes vítimas de traumatismos agudos na face, aprovado pelo Comitê de Ética Médica do hospital. Foi analisado ainda o tipo de tratamento instituído (clínico ou cirúrgico), fatores epidemiológicos relacionados a etiologia do trauma, localizações mais frequentes das fraturas e complicações. Resultados: O sexo masculino foi o mais acometido (66,6%). A faixa etária variou de 65 a 84 anos. Quanto à etnia, houve maior incidência entre brancos (67,85%). O mecanismo de trauma mais frequente foi a queda (70,3%). Entre as patologias associadas, destacou-se o alcoolismo (16,6%). O tipo de fratura mais frequente foi a do complexo órbitozigomático-maxilar (48,15%), seguido pelas fraturas nasais (44,45%). Houve associação em 33,33% de fraturas nasais com fraturas do complexo naso-etmoido-orbital. O tempo médio de internação hospitalar foi de 24h (3h – 48h). Houve um óbito intra-hospitalar, decorrente de quadro de arritmia cardíaca e pneumonia no segundo pós-operatório de redução de fratura nasal isolada. Conclusão: As fraturas do terço médio da face são as mais frequentes na população estudada, e a queda de altura foi o mecanismo de trauma mais prevalente. O tratamento cirúrgico com a fixação interna rígida promove rápida reabilitação e menor internação hospitalar. Purpose: The aim of this study is to describe the epidemiological profile and treatment of the elderly victim of fractured facial bones of the Hospital PUC-Campinas. Methods: Prospective analysis of elderly patients, greater than or equal to 60 years (OMS) victims of acute facial injuries in the period between July 2007 to January 2010. We analyzed 28 elderly victims of trauma maxillofacial, with fractures of facial bones. All patients were evaluated based on specific protocol for patients suffering from acute trauma in face, approved by the Ethics Committee of the hospital. Were also analyzed the type established treatment (medical or surgical), epidemiologic related to the etiology of trauma, the most frequent location of fractures and complications. Results: Males were more prevalent (66.6%). The ages ranged from 65 to 84 years. Regarding to ethnicity, there was a higher incidence among whites (67.85%). The most frequent mechanism of injury was falls (70.3%). Among pathologies associates, stood out alcoholism (16.6%). The fracture was the most frequent orbital-zygomatic-maxillary (48.15%), followed by nasal fractures (44.45%). Association was found in 33.33% of nasal fractures with fractures orbital and ethmoid. The average hospital stay was 24h (3h - 48h). There was one hospital death due to cardiac arrhythmia and pneumonia on the second postoperative reduction of nasal fracture. Conclusion: Fractures of the midface are the most frequent in the study population and the drop height was the mechanism of injury most prevalent. Surgical treatment with rigid internal fixation promotes rapid rehabilitation and shorter hospital stay. Descritores: Traumatismos faciais. Fraturas maxilomandibulares. Idoso. Descriptors: Facial injuries. Jaw fractures. Aged. 1. Cirurgião Plástico assistente do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário da PUC-Campinas. Responsável pelo setor de Crâniomaxilo-facial da PUC-Campinas. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Membro Titular da Associação Brasileira de Cirurgia Crânio-maxilo-facial (ABCCMF). 2. Ex-Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário da PUC-Campinas. Membro Especialista da SBCP. 3. L ivre Docente pela Universidade de São Paulo. Membro Titular da SBCP. Professor Regente do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário PUC-Campinas. Correspondência: Rogério Alexandre Modesto de Abreu Rua Santo Antônio, 190 – Campinas, SP, Brasil – CEP 13024-440 E-mail: [email protected] Rev Bras Cir Craniomaxilofac 2010; 13(2): 78-82 78 Análise prospectiva das fraturas de face na população idosa cinto de segurança; Doenças pré-existentes; Antecedentes pessoais Traumatismos associados; Exame físico específico da face, como presenças de ferimentos e hipoestesias e/ou paralisias; • Localização da fraturas, tipo de tratamento e presença de complicações. INTRODUÇÃO • • • • O processo de envelhecimento populacional ocorre mesmo em países considerados jovens como o Brasil. Dados do IBGE de 2002 demonstram que está ocorrendo uma inversão na pirâmide etária populacional, que deverá levar nosso país a cerca de 34,3 milhões de pessoas com mais de 70 anos até o ano de 20502. Progressos consideráveis da humanidade têm dado às pessoas com mais de 60 anos perspectivas reais de longevidade, levando esta faixa etária a maior atividade e maior risco, envolvendo-se em situações que possam lhes causar traumas diversos, dentre eles o craniomaxilofacial. Estudos das populações idosas são frequentes em países europeus e na América do Norte, demonstrando não só a etiologia mais freqüente, como também o impacto da lentificação dos reflexos, da osteoporose e a consequente diminuição da capacidade de reparação tecidual. No Brasil, estudos epidemiológicos destas populações idosas são pouco frequentes, podendo ser destacado o estudo de Cintra et al.1, que evidenciaram a queda como principal mecanismo associado ao trauma craniomaxilofacial. Pela rapidez exigida na vida em grandes cidades, o idoso está se envolvendo em um número cada vez maior de traumas de face, muitas vezes com consequências sérias, direta ou indiretamente, para sua condição vital. Este estudo busca traçar um perfil epidemiológico da população idosa envolvida no trauma craniomaxilofacial, bem como evidenciar as fraturas mais frequentes e o tratamento mais adequado. Para classificação das fraturas, os ossos foram anatomicamente divididos em terço superiores (osso frontal), terço médio (nariz, complexo naso-etmoido-orbitário e órbito-zigomáticomaxilar) e terço inferior (mandíbula). Todos os pacientes vítimas de fraturas orbitais foram submetidos à avaliação oftalmológica e as variáveis analisadas foram: motilidade ocular extrínseca (MOE), acuidade visual (AV), biomicroscopia (BIO), fundoscopia (FO) e pressão intra-ocular (PIO). Avaliação neurocirúrgica foi realizada quando o paciente apresentava déficit cognitivo, amnésia prolongada ou queda do nível de consciência relacionada ao trauma. Os pacientes realizaram exames pré-operatórios e avaliações cardiológicas de acordo com a indicação anestésica pré-operatória. Nos casos em que o tratamento estabelecido foi cirúrgico, os pacientes foram submetidos à anestesia geral com intubação nasal (fratura mandibular) ou oral (demais fraturas) e ventilação mecânica assistida. Antibioticoterapia profilática foi realizada com administração de amoxicilina + clavulanato, orientada pelo Centro de Controle de Infecção Hospitalar. Nas fraturas nasais, os ossos foram reposicionados em posição anatômica com auílio da pinça de Ash, tamponamento nasal seguido de microporagem e imobilização gessada. Nas fraturas mandibulares, foi realizada a remoção dos tecidos desvitalizados do foco da fratura, seu alinhamento e fixação intra-oral por meio de duas miniplacas de titânio 2,0 mm. Nas fraturas orbitais, o acesso realizado para a redução da margem foi o subciliar ou o transconjuntival, com emprego de miniplaca de titânio de 1,5 mm. Nas fraturas de assoalho ou parede medial da órbita, quando ocorreu a cominuição destes, foi utilizada cartilagem auricular, ou tela de titânio ou Medpor®, dependendo da extensão da cominuição ou do material disponível no momento da cirurgia. Em fraturas de fronto-zigomáticas, o acesso utilizado foi o de Digman (cauda do supercílio) e a redução e fixação da fratura foi realizada com emprego de miniplaca de titânio 1,5 mm. Em fraturas dos pilares maxilares, a incisão de escolha foi a intra-oral de Caldwell Look, posterior redução e fixação da fratura com miniplacas de titânio 1,5 mm. Já em fraturas isoladas do arco zigomático, a técnica utilizada foi a incisão de Gilles e redução anatômica do arco zigomático, por meio de sua instrumentação. O acompanhamento de todos os pacientes foi realizado no pré-operatório (quando indicada cirurgia) ou no dia do atendimento (conduta clínica conservadora), uma semana de pós-operatório ou pós-atendimento, um mês, três meses e seis meses. Todos os pacientes foram submetidos a fotos pré e pósoperatórias de três meses, para registro de sua evolução. MÉTODO Análise prospectiva dos pacientes idosos, com idade igual ou superior a 60 anos (OMS), vítimas de traumatismos faciais agudos atendidos ou encaminhados à unidade de urgência e emergência adulta do Hospital da PUC-Campinas, no período compreendido entre julho de 2007 e janeiro de 2010. Foram analisados 28 pacientes idosos, vítimas de traumatismos maxilofaciais, com fraturas em ossos da face. Foi considerado critério de exclusão sequelas de fraturas, ou seja, tempo de evolução da fratura maior que quatro semanas. As fraturas foram constatadas por meio de tomografia computadorizada (TC), padronizadas, e realizadas no centro radiológico do Hospital da PUC-Campinas com cortes axial e coronal de 0,5 cm, sem contraste, com janela óssea para partes moles. Todos os pacientes foram avaliados com base em protocolo específico para pacientes vítimas de traumatismos agudos na face, do setor de Crânio-maxilo-facial, aprovado pelo Comitê de Ética Médica do Hospital Universitário da PUC-Campinas sob o número 009/08. Com base no referido protocolo foram avaliados os seguintes parâmetros: • Data do trauma, nome do paciente, idade, gênero, etnia, profissão, localização geográfica; • Mecanismo e etiologia do trauma; • Fatores associados ao trauma, como uso de bebidas alcoólicas, drogas ou medicamentos, uso de capacetes ou de Rev Bras Cir Craniomaxilofac 2010; 13(2): 78-82 79 Abreu RAM et al. O sexo masculino foi o mais acometido (18 casos – 64,25%). A faixa etária variou de 65 a 84 anos, com média de 69,4 anos. Quanto à etnia, houve maior incidência entre brancos (18 casos – 67,85%), seguida de negros (5 casos – 17,85%) e pardos (4 casos – 14,3%). O mecanismo de trauma mais frequente foi a queda (19 casos – 70,3%), seguida por acidente automobilístico (3 casos – 14,8%), agressão interpessoal (3 casos – 11,1%) e acidente ciclístico (1 caso – 3,7%), conforme pode ser observado na Figura 1. Entre as doenças associadas, destacou-se o alcoolismo (4 casos – 16,6%) e tabagismo (3 casos – 20%). Não houve fraturas no terço superior da face (Figura 2). No terço médio da face, houve 12 casos de fraturas nasais, sendo oito isoladas e 4 casos de fraturas naso-etmoido-orbital. Destas, apenas 3 fraturas nasais isoladas, foram tratadas conservadoramente (Figura 3). Houve 13 casos de fratura do complexo órbito-zigomáticomaxilar, sendo três tratados de forma conservadora. Os acessos para redução das fraturas orbitais foram: via transconjuntival em 3 casos e via subciliar nos outros 7 pacientes. Nas sete fraturas de assoalho orbital e/ou parede medial de órbita, utilizou-se enxerto de cartilagem conchal em 1 caso, Medpor® em 2 casos e tela de titânio em 4. Apenas uma fratura de arco zigomático isolado foi observada, sendo tratada com redução cirúrgica cruenta. Na porção inferior da face, houve dois casos de fraturas mandibulares, localizadas em ramo mandibular à direita, reduzida e fixada cirurgicamente e côndilos bilaterais sem perda da congruência articular, tratada conservadoramente com fonoterapia. O tempo médio de internação hospitalar foi de 24h (mínimo de 3h e máximo de 48h). Como complicação recente, houve um caso de hematoma infra-orbitário em olho direito, diagnosticado no primeiro pós-operatório e tratado com drenagem imediata. Houve um (4,1%) óbito intra-hospitalar, devido ao Figura 1 – Incidência do mecanismo de trauma. Figura 3 – Distribuição dos tipos de fraturas. RESULTADOS 4; 12,5% 12; 37,5% 4; 15% 13; 40,6% 1; 4% 3; 11% 19; 70% 2; 6,3% Queda Acidente ciclístico Acidente automobilístico Agressão interpessoal 1; 3,1% Nasal Órbito-zigomático-maxilar Naso-etmóido-orbital Arco zigomático Mandíbula Tabela 1 – Análise do tipo de tratamento das fraturas de face. Figura 2 – Localização topográfica das fraturas de face. Tipo de fratura Tratamento Conservador Trata- Total mento Cirúrgico Nasal isolada 3 5 8 Naso-etmoido- __ 4 4 3 10 13 Zigoma __ 1 1 Mandíbula 1 1 2 Total 7 21 28 orbital Órbito-zigomático-maxilar Terço médio Terço inferior Rev Bras Cir Craniomaxilofac 2010; 13(2): 78-82 80 Análise prospectiva das fraturas de face na população idosa Figura 4 – (A) aspecto pré-operatório; (B) tomografia computadoriza evidenciando fratura órbito-zigomático-maxilar; (C) aspecto pós-operatório de 3 meses. A Figura 6 – (A) aspecto pré-operatório; (B) tomografia computadorizada pré-operatória evidenciando fratura de ramo alto de mandíbula direita; (C) tomografia computadorizada pós-operatória evidenciando redução anatômica; (D) Aspecto pós-operatório de 3 meses. B A C C D quadro de arritmia cardíaca e pneumonia no segundo pósoperatório de redução de fratura nasal isolada. A Tabela 1 sintetiza os tipos de tratamento instituídos nessa casuística e as Figuras 4 a 6 ilustram alguns casos operados. Figura 5 – (A) aspecto pré-operatório; (B) tomografia computadorizada evidenciando fratura naso-etmoido-orbital; (C) aspecto pós-operatório de 3 meses. B A B DISCUSSÃO Segundo Kloss et al.3, a maioria das lesões traumáticas afeta partes moles e terço médio da face, com maior incidência de fraturas nasais, seguidas das órbito-zigomático-maxilares, em concordância com nosso estudo. Scott4 afirma que a menor espessura da derme e epiderme, combinada com o decréscimo de tecido subcutâneo, deixa a pele dos idosos mais vulnerável às injúrias traumáticas. As quedas destacam-se como principal mecanismo de trauma em decorrência de comprometimento sensório, lentificação dos reflexos, diminuição da propiocepção, alteração da marcha e doenças intercorrentes, como osteoporose, Parkinson e osteoartrose5. São frequentes nessa população as quedas patológicas, assim chamadas por serem uma alteração não intencional da posição, uma vez que os mecanismos de homeostase deveriam preservar a estabilidade postural. Além disso, é comum que os idosos sejam usuários crônicos de antidepressivos, sedativos/hipnóticos, antiinflamatórios não hormonais, vasodilatadores e diuréticos, drogas que também pode estar relacionadas à gênese das quedas. Dessa forma, a atenuação do mecanismo de autodefesa, por meio da utilização dos membros superiores para proteção da face e recuperação C Rev Bras Cir Craniomaxilofac 2010; 13(2): 78-82 81 Abreu RAM et al. do equilíbrio, torna o impacto mais frequente nos terços médio e inferior da face em detrimento do terço superior6. A escolha terapêutica deve basear-se na idade do paciente, na gravidade do trauma, no tempo transcorrido após a injúria e nas condições dos tecidos moles. Ainda quanto ao tratamento, o cirurgião deve eleger técnicas mais ou menos invasivas, dependendo do estado geral do paciente. Em geral, o idoso tende a ter mais problemas médicos adjacentes, requerendo avaliação perioperatória cuidadosa e monitoramento por parte da equipe cirúrgica. Doenças crônicas controláveis, identificadas na avaliação clínica pré-operatória, como hipertensão, diabetes, artropatias degenerativas, entre outras, já não configuram contraindicações formais à cirurgia7. O tratamento conservador deve ser considerado para o paciente geriátrico vítima de fratura de ossos da face sem prejuízo de ordem funcional, principalmente quando as comorbidades clínicas contraindicarem conduta cirúrgica mais agressiva. O tratamento cirúrgico não difere tecnicamente daquele empregado nos pacientes adultos e jovens, ainda que condições sistêmicas possam determinar abordagens diferenciadas e individualizadas nos idosos8. O índice de mortalidade dos idosos decorrente de complicações pós-traumáticas é maior que o dos adultos e jovens, porém advindo de problemas tardios não relacionados diretamente com o trauma ocorrido, dentre os quais se destacam o tempo de permanência acamado e o risco potencial de pneumonia aspirativa, especialmente entre idosos institucionalizados9. Os estudos epidemiológicos são de fundamental importância para o conhecimento da dimensão socioeconômica da elevada incidência de trauma em idosos, adoção de medidas de prevenção (uso de pisos antiderrapantes, moradias sem escadas ou com corrimão) e tratamento das injúrias faciais, uma vez que os traumas de face em idosos representam um custo elevado para os serviços públicos de saúde. O tempo de internação prolongado, as intervenções cirúrgicas de alta complexidade e a presença de sequelas em muitos casos implicam em onerosos acompanhamentos destes pacientes. CONCLUSÃO Concluímos que as fraturas do terço médio da face são as mais frequentes na população estudada, e a queda de altura foi o mecanismo de trauma mais prevalente. O tratamento cirúrgico com a fixação interna rígida promove rápida reabilitação e menor internação hospitalar. REFERÊNCIAS 1.Cintra Jr. W, Coutinho MC, Rocha RI, Massarolo MC. Fraturas de ossos da face na população idosa: etiologia e tratamento. Rev Bras Cir Craniomaxilofac. 2008;11:(3):81-4. 2.World Health Organization. Geneva: WHO Technical Report Series;2007. 3.Kloss FR, Tuli T, Hächl O, Laimer K, Jank S, Stempfl K, et al. The impact of ageing on cranio-maxillofacial trauma: a comparative investigation. Int J Oral Maxillofac Surg. 2007;36(12):1158-63. 4.Scott RF. Oral and maxillofacial trauma in the geriatric patient. In: Fonseca RJ, Walker RW, eds. Oral and maxillofacial trauma. Philadelphia: WB Saunders;1991. p.754-80. 5.Moura RN, Santos FC, Driemeier M, Santos LM, Ramos LR. Quedas em idosos: fatores de riscos associados. Gerontologia 1999;7:15-21. 6.Zietlow SP, Capizzi PJ, Bannon MP, Farnell M. Multisystem geriatric trauma. J Trauma. 1994;37(6):985-8. 7.Frentzel CLD. Cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial frente aos pacientes idosos [Dissertação de Mestrado]. Porto Alegre:Faculdade de Odontologia, PUCRS;1997. 8.Friedman CD, Costantino PD. Facial fractures and bone healing in geriatric patient. Otolaryngol Clin North Am. 1990;23(6):1109-19. 9.Goldschmidt MJ, Castiglione CL, Assael LA, Litt MD. Craniomaxillofacial trauma in the elderly. J Oral Maxillofac Surg. 1995;53(10):1145-9. Trabalho realizado no Hospital da PUC-Campinas, no Serviço de Cirurgia Plástica, Campinas, SP. Artigo recebido: 2/2/2010 Artigo aceito: 15/5/2010 Rev Bras Cir Craniomaxilofac 2010; 13(2): 78-82 82