Epidemiologia do trauma maxilofacial num hospital
universitário terciário da cidade de São Paulo
Introdução: Nas últimas décadas, houve elevação dos acidentes e da violência
urbana nas grandes metrópoles. Dessa forma, o trauma maxilofacial representa um
importante problema de saúde pública.
Objetivo: Um estudo retrospectivo das fraturas maxilofaciais tratadas de 2004 a
2007, num hospital universitário terciário.
Método: As informações obtidas dos prontuários foram transcritas para um protocolo.
Resultados: 591 pacientes foram incluídos no estudo. A idade média da população
estudada foi de 31 anos, sendo que a grande maioria eram homens numa proporção
de 5:1. O fator etiológico mais comum foi a agressão física (38,2%) e a grande
maioria dos pacientes referiram algum hábito ou vício. Entre todos os tipos de
fraturas, a fratura de mandíbula foi a mais prevalente (37,3%). O tempo médio
decorrido do trauma até o tratamento definitivo foi de 10 dias, com tempo de
internação médio de 6 dias. O traumatismo cranioencefálico moderado e grave
ocorreu em 4,9% de todos os traumas maxilofaciais, com significativo número de
fraturas panfaciais neste grupo. A traqueostomia foi necessária em 12 pacientes,
correspondendo a 2% dos casos analisados. Ocorreram 52 complicações (8,8%).
Destas, 06 foram complicações gerais (1%) e 46 foram complicações locais (7,8%).
Conclusão: Diferente de outros estudos, o fator etiológico prevalente nesta casuística
foi a agressão física. E a indicação de traqueostomia foi para pacientes com trauma
maxilofaciais associados ao traumatismo cranioencefálico.
Author:
Marcio Tadashi Tino
Flávio Alves de Andrade
Antonio José Gonçalves
Ronaldo Rodrigues de Freitas
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Epidemiologia do trauma maxilofacial num hospital universitário