SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
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TERRA/ JORNAL INTERIOR | Penápolis
21/06/2012 QUINTA-FEIRA
SP: gravidade dos traumas
dos pacientes cresce
20% em 10 anos
A gravidade dos
traumas dos pacientes
internados no Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(HCFMUSP) subiu 20%
em 10 anos. O levantamento foi feito pelo
Instituto de Ortopedia
da instituição.
Segundo o ortopedista Kodi Kojima, coordenador do Grupo
de Trauma no Instituto,
a eficiência do resgate
e o número crescente
de acidentes de moto e
com energia elétrica estão diretamente ligados
ao aumento da complexidade dos traumas. "O
número de pacientes
não variou muito neste
período. O que notamos
foi um aumento da gra-
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vidade dos pacientes e
das fraturas", observa.
O total de pacientes
com politrauma - fratura
mais o comprometimento
de algum outro órgão subiu de 13% para 21%
em uma década. No mesmo período, pacientes
com mais de uma fratura
passaram de 26% para
31%. Já as fraturas mais
complexas (multifragmentadas) tiveram um
aumento de 7%.
Na opinião do ortopedista, a eficiência e a
rapidez dos serviços de
resgate faz com que vítimas de acidentes graves
cheguem ao hospital. "O
paciente que há alguns
anos não teria nenhuma
chance e morria no local
do acidente, hoje chega
ao nosso pronto-socorro.
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Chega com sua saúde
geral muito comprometida e com várias fraturas,
a maioria delas graves",
conta.
A complexidade dos
casos recebidos no Instituto segue a curva crescente de acidentes de
motocicletas atendidos
no Hospital das Clínicas.
A maioria dos internados
com este tipo de fratura
são jovens, no auge da
produtividade, que acabam tendo a vida interrompida por um período.
"Estes traumas, cada vez
mais complexos, geram
gastos para o Estado e
uma série de problemas
para os pacientes até a
sua total recuperação,
isto se não ficarem com
sequelas permanentes",
completa Kodi.
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SP: gravidade dos traumas dos pacientes cresce 20% em 10 anos