O Primeiro Concurso Literário Escola Nova 2014 tem como tema "A Copa do Mundo". O Concurso englobou atividades de oficina textual durante as aulas de Língua Portuguesa e as aulas de Literatura & Produção Textual no laboratório de informática. Todos os textos foram avaliados de forma continuada pelos professores das disciplinas, levando em conta a abordagem e a adequação do texto. Os contemplados foram: 2º ano: Miguel Ângelo Cipriano Simão A Copa do Mundo A Copa do Mundo é quando todos os países do mundo se reúnem para ver um jogo de futebol entre países. Antigamente, quando um país vencia três vezes uma Copa, ganhava uma taça inteira de ouro. O Maracanã foi feito especialmente para que fosse realizada a primeira Copa do Mundo, o Brasil foi campeão. A copa do mundo é realizada uma vez a cada quatro anos. Não devemos nos importar com a derrota e com a vitória, todo mundo vibra pelo Brasil. Muitos países são importantes, mas o Brasil é o principal do mundo inteiro. Temos que ser respeitáveis, atenciosos, compreensivos, agradáveis, o que aprendemos no futebooooool vai passar para o nosso coração, como se a bola estivesse entrando na gente. O nosso coração manda para o nosso cérebro uma mensagem de sempre jogar futebol, mensagem que nunca vai sair da gente, porque é a melhor mensagem do mundo inteiro. 3º ano: Maria Eduarda Ottoni Brito Doin Braga. A Copa das Copas das Copas dos Mascotes Vocês acham que os mascotes não jogam e só representam a Copa? É óbvio que não! Como todo mundo, os Mascotes podem jogar. Um dia, Fuleco, um dos mascotes, convidou Oleco, o mascote de 2008, que convidou Moleco, que convidou Leleco. E assim foi. O legal era que Moleco era novo e não sabia de nada. Moleco gostava de jogos, mas não conhecia o futebol. Leleco, o mascote de 2004, explucou para Moleco o que era o famoso jogo chamado futebol. E disse: - Olha, preste atenção. O futebol é um jogo que mistura chute (fute) e bola (bol) pelo o que sei. Agora aprenda com o Oleco como é ser goleiro e, com o Fuleco, como é ser um jogador. Moleco respondeu: - Obrigada, Leleco! E foi aprender. No dia seguinte, Moleco já sabia de tudo. Sabia como driblar, fazer gol e passar. Só faltava a Copa das Copas das Copas dos Mascotes. Convidaram todos os mascotes para jogar. Os times foram: Flamingo, Vlasco, Fruminense e Bota-ovo. Quem ganhou? Foi o Blasil, um time não convocado para a Copa, mas que continha os criadores Leleco, Fuleco, Oleco e Meleco, enfim, os quatro amigos. Ganharam porque eram fiéis. E porque Meleco, que quase não sabia de nada, ajudou muito no time! 4º ano: Julia Kelly Schröder Minha primeira Copa Já era de tarde e eu ainda estava me arrumando. O jogo mesmo só começava às 16:00, mas eu ia assistir ao jogo na casa da minha avó, que era longe. A mochila já estava pronta e também só faltava achar o tênis. Eu ia assistir à minha primeira Copa e queria que fosse tudo perfeito. Com o tênis já no pé, eu entrei no carro e meu pai foi o mais rápido possível. Chegando na casa da minha avó só faltava mesmo ligar a tv. Estava todo mundo lá, meu tio, a namorada do meu tio, minha madrasta, os dois filhos da minha madrasta, minha avó, meu pai e eu. O jogo começou. Os primeiros quinze minutos foram bem calmos. A bola não tinha nem chegado perto do gol. Mas, de repente, um dos jogadores da Espanha recebeu a bola, chutou e quase foi gol. Meu pai estava com o coração na boca, ninguém fazia gol, o que estava deixando ele muito angustiado. Todos estavam nervosos e um dos atacantes fez uma falta do lado do gol. A cobrança eu não queria nem ver. Com os olhos fechados, eu ouvi o locutor dizer: - “É gol da Espanha!”. Meu tio e meu pai só faltavam explodir de raiva, o goleiro não conseguiu segurar a bola. Acabou o primeiro tempo, na certa o Brasil ia perder. No segundo tempo, um dos jogadores sofreu uma falta e foi substituído. Não demorou muito, cerca de cinco minutos depois, o Brasil fez um gol espetacular, todo mundo gritou junto, pulou e comemorou. Mas o jogo ainda não tinha acabado, estava 1 a 1, precisávamos ganhar. Faltavam somente quinze minutos para acabar o jogo e ninguém fazia gol. Mais uma falta cometida pela Espanha. O jogador estava bem, mas, na hora de cobrar a falta, quem não estava bem eram os torcedores. Todos estavam nervosos. A bola foi posicionada e o juiz liberou. O jogador chutou e foi gol. O Brasil ganhou o jogo, foi uma alegria que só vendo. O meu primeiro jogo com o Brasil ganhando foi a melhor coisa que me aconteceu. Agora espero que o Brasil também ganhe os jogos da Copa que vem por aí. 5º ano: Felipe Taves de Campos Viana de Carvalho País da Copa Sai da toca, vem Brasil fundar a Copa País que é bom de bola Onde o mundo quer jogar País que do futebol dá raiz Com problemas complicados Pro mundo abre os braços Brasil tem muita pelada Estrutura quase nada E recebe o mundial Corre pra lá, volta pra cá Mas não para a seleção Corre pra lá, volta pra cá O Brasil é campeão Mesmo com problemas Meu Brasil que é campeão Recebe o mundial Pra aumentar a emoção. Queridos alunos, aproveitando o clima da Copa do Mundo, o tema do Concurso Literário do primeiro semestre é a influência do futebol na vida de pessoas comuns, como Maria Elvira e Tainá. Sendo assim, vamos ler conto abaixo, de José Roberto Torero, para, depois, analisarmos a proposta do Concurso. O DIÁLOGO DOS TEMPOS Em 1950, a conversa entre aquele pai e aquela filha seria mais ou menos assim: - A bênção, papai. - Deus te abençoe, Maria Elvira. - Papai, eu queria falar uma coisa com o senhor... - Pode falar, minha filha. - É que... o Leleco me pediu em namoro. - Leleco? - O nome dele é Leonardo da Silva. - Onde vocês se conheceram? - Num baile de debutantes. - E o que faz esse Leonardo? Ele é engenheiro, médico ou advogado? - Centroavante. - Centroavante? Isso é galhofa, não é, Maria Elvira? - Não, papai. - Era só o que faltava, minha filha com um centroavante! É para isso que eu paguei seu curso de magistério? - Mas papai... - Nem mais nem menos! Essa gente do futebol é muito irresponsável! E, depois, se ele te abandona? Você quer virar uma desquitada? - Mas pai... - Não, não e não, Maria Elvira! Filha minha não casa com jogador de futebol. - Mas... - Centroavante, essa é boa! O que vai ser da próxima vez, um sambista? Já, em 2000, as coisas seriam um pouco diferentes: - Oi, paps. - Oi, Tainá. - Paps, fui pedida em casamento. - Sério!? - É, e desta vez por um rapaz. - Quem diria... - Ele se chama Leleco. Leleco da Silva. - Onde vocês se conheceram? - Num baile funk. - E o que ele faz? É publicitário, banqueiro ou economista do governo? - É centroavante. - Centroavante? Que maravilha, Tainá! Valeu a pena todo aquele dinheiro que você gastou com tintura de cabelo. - Eu não disse que eles preferem as louras? - E quando vai ser o casamento? - Xi, paps, era sobre isso que eu queria falar. Não sei se aceito. Jogador de futebol é meio, sei lá, irresponsável... Vai que não dá certo? - Aí, você pede o divórcio e ganha uma boa pensão para o resto da vida. - Mas paps... - Não, não e não, Tainá. Filha minha não perde uma chance dessas. - Mas... - Já chega aquele pagodeiro que você esnobou. José Roberto Torero PROPOSTA Após ler o conto de José Roberto Torero, você tem duas opções: - Continue o diálogo entre pai e filha, de 1950, criando outro final para a história. - Continue o diálogo entre pai e filha, de 2000, criando outro final para a história. INSTRUÇÕES - Você deve apenas continuar um (1) diálogo — o de 1950 ou o de 2000. - Seu texto deve ter, no mínimo, 15 linhas e, no máximo, 30. - Cada série terá dois vencedores — um para o diálogo de 1950 e outro para o dos anos 2000. VENCEDORES Vencedores 6º ano: Rodrigo Cesar Tavares Alves Sasha Dezaunay Vencedores 7º ano: Luciana Francischetti Lys Daniel Miranda Vencedores 8º ano: Maria Clara Cristófaro Mariana Iorio de Faria Lima Vencedores 9º ano: Amanda Carvalho Sahium Bernardo Hippert Textos dos alunos vencedores Nome: Rodrigo Cesar Tavares Alves – 6º ano B Anos 2000 — Mas... — Já chega aquele pagodeiro que você esnobou. — Mas papis, o Leleco já repetiu três vezes e também é muito namorador. — Filha, pense comigo, se você ficar vivendo com o Leleco, nós teremos muitos benefícios e qualquer coisa é só você voltar aqui para casa. — Mas papis... — Não, não e não! Imagina se ele se tornar atacante! — Para papis! Você também tem que pensar em mim. Eu quero ficar solteira, ser livre. Por favor, papinho. — Tudo bem, mas agora você vai ter que fazer uma coisa por mim. — O que? — Arranjar alguém! Que tal um advogado? Ou um médico? — Advogado, sério demais. Médico, muito ocupado. — Que tal um cantor sertanejo? — Cruz credo! Antes se fosse um cantor de funk. Ah papis! Quer saber de uma coisa? Vou aceitar o Leleco, vou me tornar Tainá da Silva. — Mas pensando bem, você não acha que ele deve ser muito irresponsável? — Que isso papis? O Leleco não é assim! — Pense bem nisso. — Ah.... — O que houve? — O Zequinha da minha escola me chamou pra sair! Beijinhos papis, tchau. — Espera! É, essa minha filha puxou a mãe. Nome: Sasha Dezaunay – 6º ano B Ano 1950 — Mas... diz Maria Elvira — Centroavante, essa é boa! O que vai ser da próxima vez, um sambista? — Então é que ou eu me caso com o Leleco ou com o Bruninho, o sambista. — Não acredito Maria Elvira, você merece coisa melhor do que um sambista ou um... qual é o nome mesmo? — Centroavante. — Vou organizar um jantar com pessoas do seu meio. Bancários, advogados, e outros. — Mas... — Sem mais nem menos, Maria Elvira! Vá se arrumar para o jantar! HORA DO JANTAR — Boa noite, diz Maria Elvira. — Boa noite senhorita! A senhora está muito elegante, diz um dos convidados. DEPOIS DE HORAS CONVERSANDO TODOS SAEM E FICAM A FILHA E SEU PAI NA SALA — Então, Maria Elvira, Já escolheu com quem vai se casar? — Sim, senhor. — Com quem? Celso, Mario, Alfredo... a não, já sei, o Fabio! — Nenhum deles, decidi que vou virar freira assim não me preocupo com casamentos. O PAI DESMAIA. Nome: Lys Daniel Miranda – 7º ano C Anos 2000 — Pai, tenho uma surpresa! — Qual? — Eu aceitei o pedido de casamento e estou grávida! — Como assim?! — Por que pai, não gostou da surpresa? — Não, eu já te arrumei um garoto! Cancele o casamento! — Quem é ele? — Um funkeiro chamado Naldo. Estão falando que a moda agora é namorar funkeiro, não jogador de futebol. — Mas pai, estou grávida dele, o que eu falo para ele? — Você que se vire, eu já arrumei um marido pra você. UM MÊS DEPOIS — Oi pai! — Oi, pode falar. — Eu terminei! Quando eu conheço o Naldo? — Ué, você demorou muito, sua irmã Claudia já marcou o casamento com o Naldo! Na próxima vez, fique com o jogador! Tadinho dele! Você partiu o coração daquele inocente garoto! Nome: Luciana Francischetti – 7º ano A Ano 1950 No dia seguinte a menina vai falar com sua mãe: — Mamãe um centroavante me pediu em namoro. — Já foi falar com seu pai? — Mamãe me ajuda, estou apaixonada por ele e o papai falou que eu não vou poder namorá-lo. — Vou fazer o possível, mas tenho quase certeza que não vai dar certo. A mãe vai falar com o pai: — Marido, soube sobre nossa filha, ela disse que está realmente apaixonada por esse rapaz, deixe-a ser feliz vivendo com ele. — Para eles não terem dinheiro nem para pagar comida? Claro que não! A mãe fala com a filha para ir conversar com o pai. — Não, não e não. – diz o pai. — Então quer saber papai, eu vou virar freira. Nome: Maria Ceara Cristofaro – 8º ano C Anos 2000 — Mas, papis... ele só queria saber de pagode! Nem me dava atenção! — Mas ele tinha dinheiro minha filha, e hoje em dia, isso é o mais importante. — Papis, o Leleco falou que tenho até amanhã para me decidir... — Aceita Tainá! Centroavante ganha muito dinheiro! Você vai ser rica, minha filha! Não vou deixar você perder a oportunidade! — Tudo bem, papi, vou aceitar! Depois de engravidar, me separo e ainda recebo uma pensão elevada! — Isso mesmo, minha filha! Assim que se fala! Cobra tudo o que tem direito! — Pode deixar, papai! Vou pedir uma aliança cheia de brilhantes! — Filha, eu estou tão orgulhoso de você! Você conseguiu dar um golpe num jogador de futebol, minha princesa! Agora vai viver como uma rainha! — Também estou animada, paizito! Vou agora dizer para o Leleco que aceito e vou começar a organizar o casamento mais extravagante que o Brasil já viu! Vou até pedir para a “Mc Anitta” fazer um “show” na festa! — Você só me dá orgulho, Tainá! Vai lá, meu amor! Nome: Mariana Iório de Faria Lima – 8º ano B Ano 1950 — A bênção, papai. — Deus lhe abençoe, Maria Elvira. — Papai, eu queria falar uma coisa com o senhor. — Pode falar, minha filha. — É que... o Leleco me pediu em namoro. — Leleco? Onde vocês se conheceram? — Num baile de debutantes. — E o que faz esse Leonardo? Ele é engenheiro, médico, advogado? — Centroavante. — Centroavante?! Isso é galhofa, não é, Maria Elvira? — Não, papai. — Era só o que me faltava... minha filha com um centroavante! É para isso que eu paguei seu curso de Magistério? — Mas, papai... — Nem mais, nem menos! Essa gente do futebol é muito irresponsável! Se ele abandona você? Quer virar uma desquitada? — Mas, pai... — Não, não e não, Maria Elvira! Filha minha não casa com jogador de futebol! — Mas... — Centroavante, essa é boa! O que vai ser da próxima vez, um sambista? Nome: Bernardo Hippert – 9º ano A Anos 2000 — Pai, não vou me casar com ele só por causa do dinheiro e, além disso, outro homem, já me chamou para sair. Queria saber se você podia me levar ao restaurante. — Está podendo hein?! Qual a profissão dele? — O nome dele é Guilherme, se quer saber. E ele é pintor. — Pintor!? Você está brincando com a minha cara, só pode ser. — Qual é o problema? — Quanto você acha que ele ganha por mês? — Pai, dinheiro não é tudo. — Mas é muito importante. Você vai ligar para o Leleco agora mesmo. — Não vou não, pai. — Como assim não vai? É uma jogada de mestre. E se não quiser ficar com ele, é só se divorciar. — Não vale a pena. — Então fica com ele mesmo. — Vai ser um saco pai. Ele não vai parar de falar de futsal. — Futsal!? — É, né... Centroavante de futsal. — Que horas é para te deixar no restaurante mesmo? Nome: Amanda Carvalho Sahium – 9º ano B Ano 1950 — Centroavante, essa é boa! O que vai ser da próxima vez, um sambista? Minha filha, preste atenção, hoje é a final da copa de 50, o Uruguai está desafiando o nosso Brasil. Vamos deixar esta conversa para depois... — Mas pai... a Coréia em guerra, Evita Perón morre, Getúlio Vargas assume o poder, o mundo está em movimento e eu não posso namorar o Leleco? — Maria Elvira, esse Leleco é aquele que acelera a Lambreta na porta de casa enquanto tomo meu Ovomaltine? E... olha, o Uruguai fez um gol. Ah não! —Pai, ele é especial, ele tem até aquele dinheiro de plástico, o tal do cartão de credito. — Ele tem? Mas acabou de chegar aqui! — Pai, ele é centroavante, e quer assistir o jogo com o senhor. — Ah! Então ele está aqui, por isso você está com sua saia godê? Meu deus, o Brasil empatou! — Papai, esse é o Leonardo da Silva. Podemos sentar? — Nãããão! — O que? Não podemos sentar? — Perdemos a copa, Maria! Traga meu Ovomaltine.