AU TO RA L UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO TO AVM FACULDADE INEGRADA O PE LA LE I DE DI R EI ESPECIALIZAÇAÕ EM SEXUALIDADE DO CU M EN TO PR OT EG ID Educação: Sexualidade, Gestão Escolar e Sociedade. RAFAEL MOREIRA LIMA Brasília – DF 2013 RAFAEL MOREIRA LIMA Educação: Sexualidade, Gestão Escolar e Sociedade. Monografia apresentada a Universidade Candido Mendes como parte parcial para obtenção de titulo de Especialista na PósGraduação em Sexualidade. Profª: Narcisa Castilho Melo. Profª: Fabiane Muniz. Brasília 2013 Dedicatória Ao universo; Aos seres pensantes; Aos familiares próximos; Aos amigos íntimos, em especial Gláucia Ribeiro, amiga enviada por DEUS, e; Ao Senhor Jesus por tão sempre me proporcionar novos desafios. Com carinho, dedico às professoras orientadoras, pela promoção do conhecimento. Agradecimento Em primeiro e exclusivo lugar, DEUS. A Maria do Socorro Lima(in memorian), mulher de força, que sempre deixou o exemplo como ponto de sucesso; A Dalva Moreira Lima, guerreira e buscadora de sonhos; A Professora Orientadora Narcisa Castilho Melo, pela compreensão; A Professora Orientadora Fabiane Muniz, pelo conhecimento; Aos familiares, em especial irmã e primas; A minha linda sobrinha Fernanda, que tenha como base o estudo e educação; Aos amigos, pessoas de gratidão. ‘’…A sexualidade e um “dispositivo histórico”, visto que, é uma invenção social, uma vez que se constitui, historicamente, a partir de múltiplos discursos sobre sexo: discursos que regulam, que normatizam, que instauram saberes, que produzem “verdades”. Sua definição de dispositivo sugere a direção e a abrangência de nosso olhar… ’’ FOUCAULT RESUMO Neste mundo moderno, tecnológico e globalizado, devemos estar preparados para a mudança de comportamento da sociedade, ainda mais com as questões ligadas a sexualidade humana. Tal preparação torna-se mais sociável a convivência com as diferenças raciais, sociais, sexuais e genéticas, de modo que saibamos na essência que somos iguais perante a lei, não tendo nenhuma distinção de qualquer natureza, conforme o Art. 5o da Constituição da República Federativa do Brasil. Dignidade humana não pode ser comparada com sexualidade alheia. Somos sujeitos com direitos e deveres com dignidade humana. Entender quem é o heterossexual, o bissexual, o travesti, a transexual ou o seja qual orientação for, é repeito ao conhecimento. Julgamos e misturamos pelo simples fato de achar, mas é preciso que fique claro para você leitor, que sexualidade não é uma mistura de gêneros sexuais, cada um tem o seu papel e função social. Ninguém perde ou acha uma sexualidade, o que precisamos é agir mais enquanto ser cidadão. O sujeito, enquanto cidadão precisa ser respeitado diante a sua orientação sexual, afinal somos iguais com orientações distintas. A relevância deste tema pode ser explorada em todos os níveis educacionais, uma vez que a escola não pode ser omissa quanto ao tratamento do comportamento alheio. É preciso entender para conviver. O presente trabalho visa analisar aos comportamentos sociais perante a Sexualidade alheia. Palavra chave: Sexualidade Humana, Constituição Federal, Igualdade, Cidadão, Escola. METODOLOGIA Para entender que as informações teóricas são essenciais para a prática pedagogia, social e vivencial, dentro ou fora da sala de aula, foi estruturado uma pesquisa sobre a sexualidade humana. O universo foi de 40 pessoas, sendo de diferentes idades e escolaridade, visando entender o ponto de vista dos participantes por meio de um questionário de no máximo 10 questões quanto ao tema. Optou-se pelo questionário justamente para identificar as semelhanças e diferenças nos diversos entendimentos sociais quanto a sexualidade humana, de modo que seja consolidado graficamente todas as respostas e em seguida apontados as ponderações à cerca das respostas. A aplicação do questionário durou 15 dias no mês de Dezembro/2012. Dos 40 questionários aplicados apenas 12 pessoas entregaram com êxito, sendo feito a consolidação dos resultados apenas com as pessoas participantes. Ressalta-se que ao final desta produção será anexado o questionário com as 10 questões em foco. Diante as dez perguntas elaboradas e inseridas no questionário, pode-se inferir várias coisas, mas a principal está na questão 5, cuja preocupação está na mudança de comportamento da sociedade quanto a temática sexualidade alheia. É preciso que haja maturidade social para entender que somos iguais na condição de ser humano e que não apenas por lei, temos os mesmos direitos. Independente da Orientação Sexual, dogma religioso ou condição financeira. A pesquisa, mesmo com 12 participantes, trouxe uma explanação do quanto precisamos desmistificar sobre o tema, que ainda existem visões de que sexualidade é salada de fruta, ou melhor, tudo é a mesma coisa. E não é. O grupo tem idades distintas e grau de instrução que teoricamente entenderia sobre a Sexualidade, mas não podemos generalizar, o importante é entender que há diferenças e que além das orientações sexuais, o respeito é essencial para manter a convivência em grupo, comunidades e em sociedade. INTRODUÇÃO...................................................................................................09 CAPÍTULO I - DIREITOS E DEVERES DO SER HUMANO, SEXUALIDADE EM FOCO..........................................................................................................11 1.1 Sexualidade.................................................................................................15 1.2 Sexualidade na escola.................................................................................17 CAPÍTULO II - ORIENTAÇÃO SEXUAL............................................................21 2.1 Violência infantil...........................................................................................21 2.2 Sexualidade alheia não é opção..................................................................22 2.3 - Dialogando sobre Educação Sexual..........................................................26 2.4 – Orientação Sexual....................................................................................28 CAPÍTULO III – A PESQUISA DE CAMPO.......................................................32 3.1 Gráficol.........................................................................................................33 3.2 Análise dos gráficos....................................................................................38 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................39 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................42 ANEXO..............................................................................................................44 INTRODUÇÃO A cada momento devemos estar preparados para a mudança de comportamento da sociedade, ainda mais com as questões ligadas a sexualidade humana. A temática carrega e sobrecarregam desvios de informações culturais, diante de uma conduta ‘’achista’’ onde ser humano acreditava nas crendices do povo. Mas a ciência e os estudos amadurecem e uma nova visão pode ser tida diante do acesso a informação. O corpo, na verdade, é o culto do ser ao prazer, assim essa concentração onde a alma/corpo se distinguem através das condutas sociais. Considera-se como má formação dos órgãos genitais e que não são reconhecidos nem como masculinos nem como femininos – considera-se com genitais ambíguos. Para toda contextualização há uma problemática, assim no desenvolvimento do trabalho pretende-se entender por que a sexualidade alheia é vista como uma salada de fruta, onde as pessoas confundem a orientação sexual alheia. No desenvolver do trabalho, pretende-se despertar o estudo e informações corretas sobre o que é a Sexualidade Humana. De modo que haja pesquisas sobre os teóricos, diferenciado sobre a Sexualidade Humana e também disseminando sobre as diferenças conceituais. A questão sexual antes era tida como fator determinante no comportamento da sociedade, muita das mulheres eram reprimidas caso não fossem ‘’virgem’’, assim o casamento não era tão concebido com purificação. A igreja não está com toda a atenção focada para essas questões, ainda mais que trabalho de sexo, sexualidade e identidade sexual os fiéis estão tomando espaço e representatividade no catolicismo, assim culturalmente muitas mulheres preservam as suas virgindades como forma de respeito a igreja, mas em tempos modernos essa questão está sendo vista socialmente como forma de preservar a pureza cultural. Em um mundo moderno, onde as escolas, as empresas e a sociedade estão adotando tecnologia para facilitar a comunicação. Será que estamos 9 amadurecendo enquanto ser cidadão ou a sociedade, neste mundo globalizado, ainda se restringe aos pré-conceitos do passado? É fundamental entender que somos iguais por uma constituição, que termos organização enquanto ser cidadão e que também somos educados para respeito ao próximo, mas em uma realidade não distante, é possível comprovar que não é bem como o script manda. O sujeito, enquanto cidadão precisa ser respeitado diante a sua orientação sexual. Desenvolve-se também, no decorrer deste trabalho, sobre a violência infantil, ligando alguns fatores que potencializam as diferentes interpretações quando a sexualidade alheia. Entender que existem conceitos, contextos e aplicações práticas com relação à Orientação Sexual é perceber que as teorias colaboram para inclusão do que não pode ser tratada como diferentes, os gêneros que se atraem pelo mesmo sexo. Outro fator quando a sexualidade está em foco é a exclusão social, pois os comportamentos são distintos, mas todos somos seres humanos e na condição de cidadão, devemos ser respeitados. Salienta-se também quanto a educação sexual, que por sua vez, conduz o processo de interação social, onde os sujeitos podem ter uma relação de amor, carinho, estudo e acima de tudo, respeito. Justamente com a visão e conceituação sobre a sexualidade e também do reconhecimento deste tema quanto ao desenvolvimento global, aqui serão sinalizadas as possibilidades e os limites da atuação desse tema para educadores e para todos nós. Quando tocamos no assunto Orientação Sexual, percebemos o quanto precisamos excluir a ligação com Opção. Sejam questões históricas, cientificas ou religiosas, precisamos visualizar o ser humano. Ninguém escolhe ser ou não ser homossexual, bissexual, transexual ou travesti, certo? Logo ao tentar definir um conceito é envolver fatores comportamentais, sentimentais, biológicos, sociais, entre os gêneros masculino e feminino. Por fim, após uma pesquisa de campo, será consolidado e demostrado graficamente, o que um grupo de pessoas entendem sobre a temática, consolidado as informações e fixando a importância de todos sermos vistos como iguais. 10 CAPÍTULO I DIREITOS E DEVERES EM SOCIEDADE: SEXUALIDADE EM FOCO Em um contexto social, todo sujeito é um cidadão e ser humano, logo ser cidadão é gozar dos direitos e deveres plenos que são estabelecidos pela lei como também pelos costumes sociais. Entende-se que ser humano não é ser um profissional, somos todos iguais perante a lei e devemos entender que temos o livre arbítrio para fazer o que achamos correto, dentro das limitações legais. A busca pela promoção da vida e contemplação de poder exercer a cidadania é alvo de todo sujeito, mantendo os princípios e valores que estão agregados à sociedade, mas quem nem sempre são usados de forma legal. Entende-se que somos iguais e ao mesmo tempo diferentes, diante de um cenário de dimensões continentais, acordamos e dormimos com situações distintas. Como o artigo 5º da Constituição Federal destaca que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, eis o direito da igualdade que está explicito na Constituição Federal. Entende-se, ser igual, todos os homens e mulheres, na sua condição de ser humano, com a liberdade ampla e sem delimitações sociais. Não é o órgão genital que definira o grau de importância ou relevância do sujeito, pois somos iguais, seja ele ou ela, logo independente da orientação sexual, eu sou igual a você e você é igual ao outro e assim, sucessivamente. Diante do exposto e necessário acima, percebe-se que somos iguais perante a lei, não havendo distinção de nenhuma natureza, a não ser o gênero masculino e feminino, logo não existe a vedação de obrigar alguém a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Direitos Humanos nem sempre são direitos dos humanos, isso é perceptível quando a temática liga ao contexto da Sexualidade Humana, justamente pelos paradigmas que a sociedade carrega do seu histórico cultural. 11 Não podemos apenas citar que a garantia da igualdade está nas LEIs e sim na prática vivencial em nossas realidades, onde não haja qualquer tipo de discriminação, seja ele por raça, gênero, idioma, nacionalidade ou tantos outros motivos. Seja o papel social, gênero social ou seja status social, detemos das mesmas condições legais do nosso pais Retrata-se com as colocações acima, o entendimento de que direitos humanos não são direitos sexuais, assim é preciso entender as limitações que estão conectadas ás interpretações sociais ao confundir um contexto com outro, logo ter os meus direitos enquanto ser cidadão é uma garantia legal. Somos iguais, somos diferentes, somos parecidos, mas somos sujeitos que temos as mesmas necessidades, sejam elas de realização, fisiológicas, de segurança, ou seja, outras necessidades, mas fazemos parte do aparato de Leis que regem os nossos direitos e deveres, enquanto ser cidadão e não enquanto a orientação sexual. Viver em sociedade e entender que somos frutos de uma geração, que viveu em outra época e que as raízes hierárquicas ainda estão presentes em nossas vidas. Mesmo em pleno Século XXI , precisamos amadurecer muito, principalmente quando o assunto é diversidade ou orientação sexual, logo começamos a entender que nem todos enxergam o ser humano e sim a sua sexualidade. Somos livres e pertencentes há uma única constituição, que rege a convivência ética, respeito mútuo e o direito de ir e vir, mas na prática não é isso que vivenciamos. Infelizmente temos ações excludentes e pensamentos preconceituosos, logo ferimos a nossa sociedade. Quando o assunto permite uma (re)visão de ideias, conceitos e entendimentos, podemos desvendar que a tradução possibilita rumos e possibilidades, assim ser cidadão é gozar de um conjunto de direitos e deveres que inserem o sujeito à sociedade em que ele está alojado. Mas como viver em sociedade é entender que há desigualdades e semelhanças, é preciso respeitar o direito alheio e permitir que os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento dos deveres dos demais componentes da sociedade. 12 Não podemos visualizar o Direito como imposição de normas, leis e regras que somente pune a sociedade, na verdade norteia e facilita essa interação no contexto social. O Direito serve, além de dar liberdade, monitorar colaborativamente para que haja harmonia nesse contato de um com o outro. A relação direta do Direito com a Sexualidade parte do principio da isonomia, cuja contextualização de um complementa a aplicação do outro, assim a busca continua por uma identidade atende aos princípios e valores éticos sócias de ambos. “Os seres superiores e o homem especialmente perde-se em ilusões de outros objetivos, julgando-se impulsionado por outras determinantes. Mas estudando cada ato de per si, cada atividade peculiar que se desenrola, e investigando a origem e o fim remoto ou disfarçado dos diversos fenômenos sexuais, verificamos que tudo gravita inconscientemente em torno do fulcro da sua perpetuação.” Egas Moniz, A Vida, pág. VII A citação acima traz, indiretamente, a questão contextual, onde os direitos e deveres da sociedade atual. É importante perceber que a própria sociedade antiga, criava-se uma rotulação para o comportamento sexual da sociedade que essa ação acabava sendo tida como integrante da sociedade. Como a evolução da espécie humana, o conhecimento torna-se uma ferramenta de consistência para a aplicação e uso dos direitos e deveres da sociedade. O homem evolui e nem sempre a sociedade acompanha os benefícios que poderão estar inseridos para o povo, mas a evolução dos direitos e deveres está diretamente ligada à necessidade. As leis estão mais amplas e severas, pois a própria justiça toma posse da importância e valorização do ser humano, como ser humano, no sentido mais amplo na escada do contexto social. Mas ainda é preciso melhorar. Seja uma lei que fortaleça o sexo feminino, ou seja, a que aprove o casamento homossexual, o importante é evoluir, respeitar e entender que os direitos e deveres sexuais, não podem atender ao passo massifico da sociedade, afinal, todos somos iguais. 13 Ao falarmos sobre “O Direito à Intimidade, à Liberdade e à Honra entre os sexos”, é possível afirmar que a presente frase faz uma ligação com a liberdade de todos os seres humanos, que desde o seu nascimento devem ter a abertura para viver em direitos, deveres e dignidades iguais. Cada sujeito deve ser respeitado na sua particularidade e intimidade, sendo tido como uma reeducação da sociedade em relação ao comportamento o outro. Esse direito não pode ser tido ou visto como obrigação, mas é preciso que haja uma relação consistente das manifestações do individuo, onde ele saiba se comportar perante a sociedade diante dos seus desejos. A materialização comportamental da sociedade não pode ser tida como regra de um universo, deve ser tido cada individuo em sua singularidade, onde cada um deve ter a opção de escolha e a consequência das responsabilidades daquilo que fora assumido. Cabe a sociedade excluir o senso e juízo de valor, do que é certo ou errado, a importância é liberdade para manutenção e disciplina do povo. Quando o direito conecta a sexualidade e os direitos do casamento, salienta-se que a hitória carrega uma bagagem que em tempos, sofre consequencias da sociedade, que nem sempre entende o quanto está marginalizando a sua própria sociedade.É entendido que a sexualidade faz parte da contextualização de todos,de modo que no casamento, a legalização vem sendo banalizada, gradativamente. Sabemos que o casamento vai além de uma uniao estavel, é o comprimisso e o comprometimento entre duas pessoas para manutenção da vilha – há dois – em contato com a sociedade.No entento, com a modernização dos costumes sociais e os reflexos de uma sociedade mais livre, o casamento, não está como o valor que é merecido, as pessoas casam e desacasam muito rápido. As instituições religiosas, Igrejas, determinam a codição e principios do casamento, sendo que no catolicismo, o berço social trouxe as maiores contribuições para essa formalização.Assim, quando a questão está focada no comportamento social, sexual junto aos principios e valores de direito, percebo o ato falho, a perda de valores e a visualização de um novo comportamento social: talvez a poligamia. 14 Digo isso, não como regra, mas pela visualização dos exemplos reais do nosso contidiano, pois a lei não é tida como fonte de ajuda e fidelização do casamento. O homem e a mulher, perante a lei e aos constumes religiosos-sociais, devem entender qual é o seu verdadeiro papel no casamento, a união é um novo rumo para usufluir dos benecifios da relação, tendo a sexualidade em consenso. Já na direito da família, existe uma relação, não apenas histórica, mas vivencial quanto ao direito, a família e a sexualidade. Relação essa que complementa a atuação de cada uma, colaborando e entendendo o quanto a junção de ambas são essenciais. Percebo que a sexualidade está mais em foco, uma vez que a mudança de comportamento da sociedade está dando novos entendimentos do valores da família e da aplicação do que é o direito. A sexualidade já veio contextualizada na família e no direito, ao mesmo tempo em que elas se completam, elas também se incompleta. A família, é a base, é o exemplo, é o histórico da tradição histórica. Que em consequência do direito, formaliza-se a união e os princípios da moralidade, cidadania e tantos mais. Já quanto chegamos a sexualidade, deixamos situações em aberto, a sociedade vem tomando rumo e buscando rumo, a nova foram de ver está diferente do que era no passado, mudanças de valores, comportamentos e princípios, dão um visão marginalizada do sentido real da palavra e sua visualização no sujeito humano. 1.1 Sexualidade. Falar em sexo, sexualidade, prazeres, desejos e fantasias são situações que reprimem o sujeito, justamente por ser um tabu que ao longo dos anos tem sido quebrado pela dialógica social. A convivência e a chegada da tecnologia também permitiram que novos meios de informações, de modo que algumas informações que fazem parte do nosso contexto diário sejam colaborativas. O contexto é amplo, permitindo uma conscientização mais realidade quanto ao tema colabora na convivência e aceitação quanto às diferenças 15 sociais. Seja na escola, na família, na igreja ou na sociedade, a temática pode ser vista como mais um assunto social e não como um ‘’bicho de sete cabeças’’. Não podemos delimitar que o assunto é de responsabilidade da escola apenas, há uma ligação com todas as instituições sociais que permeiam a temática em prol da colaboração da informação. “A escola pode ajudar, quando reserva um espaço de discussão sobre a sexualidade, o aluno sabe que determinadas coisas que poderá discutir no lugar e no momento apropriado, pois não ficam só com ele as dúvidas e inquietações.”(SUPLICY,1999, p. 79). Ninguém estuda para ter um gênero sexual, mas estuamos para aprimorar os conceitos e entender que a cada dia podemos melhorar a nossa visão cientifica e social do que chamamos de Sexualidade. López Onega, (1990), relata que antes de falar sobre sexualidade humana, devemos entender e esclarecer quando menos os seis principais significados que o termo sexo pode assumir no discurso científico: 1. Sexo genético: decorrente dos cromossomas, o código biológico mediante o qual cada pessoa terá suas próprias características físicas, e que ao se reunirem dois cromossomas XX, o indivíduo será fêmea ou se a união dos cromossomas for XY, nascerá macho; 2. Sexo gonadal: composto pelas glândulas responsáveis pela diferenciação dos dois sexos – no homem representado pelos testículos, que produzem os espermatozoides e os hormônios masculinizantes (testosterona) e na mulher pelos ovários que produzem os óvulos e demais hormônios responsáveis pelas características sexuais femininas (progesterona); 3. Sexo anatômico: é o aspecto exterior do corpo humano que distingue o aparelho sexual da mulher (vulva) do órgão sexual do homem (pênis), também chamado de órgãos genitais; 4. Sexo psicológico: conhecido como "identidade sexual" – é a forma como cada indivíduo percebe e reconhece sua própria condição existencial enquanto pertencente ao universo masculino ou feminino; 5. Sexo social: também chamado de "papel de gênero", a forma específica como a pessoa vai representar o personagem que cada cultura atribui historicamente a mulheres e homens através do processo de socialização; 6. Sexo erótico: hoje referido como "orientação sexual" ou seja, o objeto de desejo para o qual o ser humano dirige sua libido, podendo ser heterossexual, homossexual ou bissexual. (Onega,1990, s.p) Diante do exporto, a questão vai além das teóricas ou preceitos sociais, pois o cidadão, que é um ser social, tem desejos, anseios e vontades sexuais, que estão alheias ao’’ olho nu’’, assim não é possível dizer que os valores 16 estão apenas na aparência e sim no comportamento do sujeito perante a sociedade como todo. A sexualidade permite uma junção de conceitos, que na prática vão conectar com os desejos humanos, de modo que há uma grande importância no desenvolvimento das pessoas, de modo geral. Entende-se também que existe um ciclo vital, e que neste percurso de maturação ocorram as necessidades sexuais. Não podemos impor os comportamentos sexuais, mas é preciso orientação para uma convivência saudável, pois a sexualidade demostra a própria expressão cultural. Para Carole Vance, argumenta sobre os significados sexuais sociais: “O uso generalizado da expressão "construção social", como termo e como paradigma, obscurece o fato de que os autores e autoras construcionistas têm usado este termo com diferentes sentidos. É verdade que todos rejeitam definições transhistóricas e transculturais da sexualidade e sugerem, em vez disso, que a sexualidade é mediada por fatores históricos e culturais. Mas uma leitura mais cuidadosa dos textos construcionistas mostra que a construção social abrange um campo teórico bastante diversificado das coisas que podem ser construídas, indo desde os atos sexuais, as identidades sexuais, as comunidades sexuais e a direção do desejo sexual (a escolha do objeto) até ao impulso sexual ou à própria sexualidade” (VANCE, ,2000, p. 31). Independe de religião, credo, estudo, classe social ou condição de sujeito, os valores são facilitadores para o aceito de comportamento, pois como o tema Sexualidade sempre é tocada na sociedade, entende-se que somos seres humanos, iguais. Ninguém deve ser visto ou respeitado pela posição profissional ou visão social, e sim por ser cidadão como qualquer outro, mesmo que a sua orientação sexual não seja igual a sua. 1.2 Sexualidade na escola. Um ponto chave quando o assunto faz ligação da escola com a sexualidade é quebrar os tabus. A escolha é a segunda casa, quem sabe a primeira, de muitos alunos. Justamente neste espaço é que devem ocorrer as trocas, experiências, informações e claro, as orientações. 17 ‘’Propõe-se que a Orientação Sexual oferecida pela escola aborde com as crianças e os jovens as repercussões das mensagens transmitidas pela mídia, pela família e pelas demais instituições da sociedade. Trata-se de preencher lacunas nas informações que a criança e o adolescente já possuem e, principalmente, criar a possibilidade de formar opinião a respeito do que lhes é ou foi apresentado. A escola, ao propiciar informações atualizadas do pontode vista científico e ao explicitar e debater os diversos valores associados à sexualidade e aos comportamentos sexuais existentes na sociedade, possibilita ao aluno desenvolver atitudes coerentes com os valores que ele próprio eleger como seus.’’(PCN, 1997, Educação Sexual) Nenhuma escola, nenhum professor e nenhum gestor escolar avisa aos pais que a escola vai ministrar aulas de Português, Ciências ou de outra disciplina, quando o assunto é sexualidade, sexo, orientação sexual, muita das vezes a própria escola fica receosa de tocar no assunto sem comunicar família. O momento tem mudado esse comportamento escolar, mas ainda não é tão significante. Se o ensino consiste em simplesmente em dar aulas, em fazê-las repetir por meio de exposições ou de provas, e aplicá-las em alguns exercícios práticos sempre impostos, os resultados obtidos pelo aluno não tem significação que no caso de um exame escolar qualquer, deixando-se de lado o fator sorte. Unicamente na medida em que os métodos de ensino sejam ativos isto é, confiram uma participação cada vez maior as iniciativas e aos esforços espontâneos do aluno os resultados obtidos serão significativos. Nesse último caso, trata-se de um método bastante seguro, que consiste, se assim pode se dizer, em um espécie de exame psicológico continuo, em oposição àquela espécie de amostragem momentânea que, apesar de tudo, constitui os testes A escola pode prevenir e até mesmo identificar situações que estão alheias à sexualidade humana, como abusos ou ameaças aos alunos. Na verdade, a escola é uma das mais frequentes instituições sociais que identificam certas mudanças comportamentais nos alunos, analisando e direcionando os casos paras a providencias cabíveis. Ainda com o PCN: ‘’Na condução desse trabalho, a postura do educador é fundamental para que os valores básicos propostos possam ser conhecidos e legitimados de acordo com os objetivos apontados. Em relação às questões de gênero, por exemplo, o professor deve transmitir, pela sua conduta, a equidade entre os gêneros e a dignidade de cada um individualmente. Ao orientar todas as discussões, deve, ele próprio, 18 respeitar a opinião de cada aluno e ao mesmo tempo garantir o respeito e a participação de todos.’’ (PCN, 1997, Educação Sexual) O respeito nas orientações, dicas e sugestões torna-se essenciais. Os alunos assumem o papel de receptor das informações e podem ser parceiros colaborativos quanto ao que fora aprendido. A escola pode ter êxito nas ações, promovendo e valorizando os profissionais que atuam diretamente com os alunos, disseminando a cultura da equidade social. É na escola que o aluno precisa aprender, esse é um dos ditados populares que corrompem a sociedade, pois a aprendizagem não pode ter um único lugar para que seja desenvolvida. A escola é o espaço físico que permite uma construção do conhecimento tendo como foco a interação com o professor e também a troca de experiências com os alunos. Mas a visão não é essa, possivelmente os papeis dos atores escolares não foram bem definidos socialmente ou a família entrega a responsabilidade para a escola. A Gestão da escola vai além de entender sobre a realidade interna, ela planeja e programa-se para que haja aprendizagem e construção de todos, independente se é aluno ou colaborador daquela instituição. Existem várias atribuições que são de responsabilidade da gestão escolar, mas não devemos entregar a responsabilidade apenas por ser o espaço que mais representa a escola na sociedade, somos parte integrante do processo. Já o Orientador é aquele que atua diretamente com o corpo docente, que entende o problema e tenta soluciona-lo da melhor forma possível, de modo que haja sintonia com a comunidade escola e que todos tenham satisfação em entender que o processo é de ensino e de aprendizagem, que nem sempre serão apenas flores no caminho do educador ou até mesmo dos alunos que estão inseridos naquela realidade. Quando Conceição (2010) expressa sobre a função do Orientador na escola, relata: O orientador educacional deve ser o agente de informação qualificada para a ação nas relações interpessoais dentro da escola, adotando a prática da reflexão permanente com professores, alunos e pais, afim de que eles encontrem estratégias para o manejo de problemas recorrentes. Esse 19 profissional não deve assumir posturas isoladas, pois a excelência de seu papel é a mediação qualificada, se há disputa entre o orientador e os demais envolvidos, isso é tão visível quanto tangível. Sua formação deveria ser precisa, mas na prática atuam nessa função vários tipos de profissionais. Além do aspecto da formação, também enfrentamos a variação de modelos. A presença do orientador educacional na escola (mesmo que isso seja obrigatório por lei) significa, portanto que houve a escolha de determinado tipo de atuação e, por consequência, de um modelo. No panorama de enfrentamento, quando ele está presente, há que perguntar qual é o modelo de orientação educacional que a escola quer, pois, sem essa informação, poderemos estar diante da evidência de um equívoco permanente e de mais um problema num campo que, por excelência é o da resolução de problemas (CONCEIÇÃO, 2010, p. 49). Diante do exposto, a Gestão e Orientação Educacional podem estar conectadas, mas não possuem o mesmo fundamento. Ambas precisam de foco, visão e ação, mas a gestão toma conta do todo e a orientação atua mais cotidianamente. Por entender que as ações educacionais colaboram para a continuação dos processos escolares, entende-se que o aluno é o centro de uma escola, ele precisa estar em constante evolução e crescimento, visando além da promoção do saber, a continuidade dos estudos. Cabe, não somente ao professor, o incentivo ao estudo como também a promoção diária do conhecimento. O Orientador Educacional, não é um professor com pensamento diferente, é um profissional que estuda e promove ações além da responsabilidade do professor. 20 CAPÍTULO ORIENTAÇÃO SEXUAL 2.1 Violência infantil Ao tentar retratar sobre a violência domestica/infantil percebe-se a imensidão sobre os fatos e a tamanha propagação dos atos libidinosos que vem ocorrendo nos últimos anos. As mídias sociais têm explorado a cada dia sobre a temática, apresentando os fatores e situações em que estão sendo expostas as nossas crianças. Será que é doença, desvio de personalidade ou condição social? Ou será que a liberdade vai além dos limites? Antes de adentrar nos conceitos teóricos ou nas explanações, destaca-se o que diz no Código Penal Brasileiro. ASSÉDIO SEXUAL (ART. 216-A) Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, sendo superior hierárquico. Pena: detenção de 1 a 2 anos Inclusão do § 2° - A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 anos CAPÍTULO II "Dos crimes sexuais contra vulnerável" - Estupro de vulnerável - Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos. Pena: reclusão de 8 a 15 anos CORRUPÇÃO DE MENORES (ART. 218) Induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem. Pena: reclusão de 2 a 5 anos/ Na presença de criança ou adolescente. Pena: reclusão de 2 a 4 anos/ Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável. Pena: reclusão de 4 a 10 anos FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO (ART. 228) "Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual" - Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone. Pena: reclusão de 2 a 5 anos e multa CASA DE PROSTITUIÇÃO (ART. 229) Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente. Pena: reclusão de 2 a 5 anos, e multa RUFIANISMO (ART. 230) 21 § 1º Se a vítima é menor de 18 e maior de 14 anos ou se o crime é cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. Pena: reclusão de 3 a 6 anos, e multa/ §2° Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima. Pena: reclusão de 2 a 8 anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência. Há uma grande relevância no tema juntamente com as Leis que amparam os casos que envolvem pedófilos, mas nem sempre podemos entender que a Lei é assegurada, pois é preciso que haja denúncia para que a justiça entre em cena. Quando se fala em denúncia, mexe com a criança e com toda a estrutura da família, pois o acusado, muita das vezes, é quem sustenta a casa e faz uma lavagem cerebral usando da necessidade para promover a situação. Não podemos ver apenas este exemplo como único, pois existem pedófilos que estão na comunidade escolar, na igreja, na rua e até mesmo no convívio familiar. Em 6/12/2012 houve aprovação em votação no plenário da Câmara dos Deputados sobre a violência sexual contra menores de idade. O plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem dois projetos de lei importantes para o combate à violência. Um deles torna hediondos os crimes envolvendo exploração sexual de menores de idade, prostituição infantil e pedofilia. As penas passariam de quatro a 10 anos de reclusão para cinco a 12 anos, além de multa. O projeto também amplia as condutas tipificadas, abrangendo o aliciamento, agenciamento e a indução da criança ou adolescente à exploração ou prostituição. Responsáveis pelos locais onde o fato ocorrer, como proprietários e gerentes, também responderão pelo crime, assim como clientes conscientes da situação de exploração. 2.2 Sexualidade alheia não é opção Em uma sociedade moderna, nem tudo pode ser tido como ‘’novo’’ ou assustador, no entanto a escolha do teórico para desenvolver a presente pesquisa vai de interesse com sua linha de pesquisa, com a necessidade de entender o ser humano enquanto sujeito. Por ser um pioneiro no estudo e defesa travestis e homossexuais, Magnus Hirschfeld sempre acreditou sobre uma verdadeira compreensão do travestismo iria revelar a variedade de papéis no comportamento sexual 22 humano de modo a colocar um fim à intolerância e do ódio de todos os tipos sexuais intermediários. Destaco também que Hirschfeld teve forte influencia no desenvolvimento da teoria do terceiro sexo, cujo os homossexuais estariam numa posição intermediaria entre o homem heterossexual e a mulher heterossexual.Essa teoria teve repercussão, pois ele dizia que estava a ideia de que os seres humanos não podem ser taxativamente divididos em homem ou mulher. Assim, Hirschfeld argumentou que os seres humanos possuem elementos masculinos e femininos em proporções variáveis. Em 1910, o médico alemão Magnus Hirschfeld – que desenvolveu a teoria do Terceiro Sexo – cunhou o termo travestismo para designar aqueles que, independente de suas inclinações sexuais, sentem prazer em vestir roupas consideradas do sexo oposto. Ao longo do tempo, o termo começou a agregar significados pejorativos e muitos travestis, hoje em dia, preferem ser chamados de crossdressers. Há, ainda, por vezes, a diferenciação entre travestis,crossdressers, drag queens, e transexuais. Embora o termo seja relativamente novo, o fenômeno não o é. Desde a antiguidade, algumas pessoas já demonstravam o desejo de se vestirem como o sexo oposto. Não necessariamente o crossdressing está relacionado à homossexualidade, porém ambos os comportamentos são vistos, muitas vezes, com maus olhos e preconceitos.Felizmente, nos dias de hoje, já é possível uma discussão um pouco mais aberta a respeito desses antigos tabus. Muitos homens e mulheres assumem o crossdressing, como, por exemplo, o cartunista Laerte que, desde de 2009, veste-se de mulher quando bem entende. Já existem, inclusive, algumas marcas especializadas em crossdressing. Uma delas é a XDress que possui um catálogo variado de lingeries e fantasias para homens. O crossdressing é um assunto interessante e que vale à pena ser discutido e pensado para que o tabu que o envolve possa ser, cada vez mais, destruído.Um fator muito importante na delimitação do teórico e busca de informações sobre a sua realidade, foi perceber que Magnus Hirschfeld tinha 23 uma visão além da época e dos interesses da sociedade. Ele visava, de certa forma, o tratamento por igual de todos, no entanto criou-se um comitê que refletia a crença de que o conhecimento científico sobre a sexualidade eliminaria a hostilidade face aos homossexuais. A orientação sexual não pode ser determinante nas ações sociais da humanidade, sendo que o próprio teórico, que é estudioso da temática, afirma que sua teoria trata os seres humanos sem tanta distinção de homem e mulher, ele argumentava que os seres humanos possuíam elementos masculinos e femininos em proporções variáveis. Percebo o quanto o assunto traz um pensando critico e colaborativo para a nossa sociedade, que gradativamente vai amadurecendo e entendendo que seres humanos são iguais, independente da sua orientação sexual. A teoria de Hirschfeld colabora justamente neste sentido, focando na interação sócio educacional e tirando o foco de quem ‘’eles’’ ou ‘’elas’’ são diferentes ou de outro mundo. Em uma sociedade moderna, nem tudo pode ser tido como ‘’novo’’ ou assustador, no entanto a escolha do teórico para desenvolver a presente pesquisa vai de interesse com sua linha de pesquisa, com a necessidade de entender o ser humano enquanto sujeito. Por ser um pioneiro no estudo e defesa travestis e homossexuais, Magnus Hirschfeld sempre acreditou sobre uma verdadeira compreensão do travestismo iria revelar a variedade de papéis no comportamento sexual humano de modo a colocar um fim à intolerância e do ódio de todos os tipos sexuais intermediários. Destaco também que Hirschfeld teve forte influencia no desenvolvimento da teoria do terceiro sexo, cujo os homossexuais estariam numa posição intermediaria entre o homem heterossexual e a mulher heterossexual.Essa teoria teve repercussão, pois ele dizia que estava a ideia de que os seres humanos não podem ser taxativamente divididos em homem ou mulher. Assim, Hirschfeld argumentou que os seres humanos possuem elementos masculinos e femininos em proporções variáveis. Em 1910, o médico alemão Magnus Hirschfeld – que desenvolveu a teoria do Terceiro Sexo – cunhou o termo travestismo para designar aqueles 24 que, independente de suas inclinações sexuais, sentem prazer em vestir roupas consideradas do sexo oposto. Ao longo do tempo, o termo começou a agregar significados pejorativos e muitos travestis, hoje em dia, preferem ser chamados de crossdressers. Há, ainda, por vezes, a diferenciação entre travestis,crossdressers, drag queens, e transexuais. Embora o termo seja relativamente novo, o fenômeno não o é. Desde a antiguidade, algumas pessoas já demonstravam o desejo de se vestirem como o sexo oposto. Não necessariamente o crossdressing está relacionado à homossexualidade, porém ambos os comportamentos são vistos, muitas vezes, com maus olhos e preconceitos.Felizmente, nos dias de hoje, já é possível uma discussão um pouco mais aberta a respeito desses antigos tabus. Muitos homens e mulheres assumem o crossdressing, como, por exemplo, o cartunista Laerte que, desde de 2009, veste-se de mulher quando bem entende. Já existem, inclusive, algumas marcas especializadas em crossdressing. Uma delas é a XDress que possui um catálogo variado de lingeries e fantasias para homens. O crossdressing é um assunto interessante e que vale à pena ser discutido e pensado para que o tabu que o envolve possa ser, cada vez mais, destruído.Um fator muito importante na delimitação do teórico e busca de informações sobre a sua realidade, foi perceber que Magnus Hirschfeld tinha uma visão além da época e dos interesses da sociedade. Ele visava, de certa forma, o tratamento por igual de todos, no entanto criou-se um comitê que refletia a crença de que o conhecimento científico sobre a sexualidade eliminaria a hostilidade face aos homossexuais. A orientação sexual não pode ser determinante nas ações sociais da humanidade, sendo que o próprio teórico, que é estudioso da temática, afirma que sua teoria trata os seres humanos sem tanta distinção de homem e mulher, ele argumentava que os seres humanos possuíam elementos masculinos e femininos em proporções variáveis. 25 Percebo o quanto o assunto traz um pensando critico e colaborativo para a nossa sociedade, que gradativamente vai amadurecendo e entendendo que seres humanos são iguais, independente da sua orientação sexual. A teoria de Hirschfeld colabora justamente neste sentido, focando na interação sócio educacional e tirando o foco de quem ‘’eles’’ ou ‘’elas’’ são diferentes ou de outro mundo. 2.3 - Dialogando sobre Educação Sexual Não se pode determinar que a Educação Sexual tenha que ser vista com um olhar de proibição ou até mesmo de não necessária para determinado momento da vida da criança, pois, a informação é necessária para um conhecimento prévio do mundo pela qual ela está tendo contato. Culturalmente temos o costume de acreditar que a maioridade está ligada diretamente com a liberdade, porém, a maturidade da criança vai de acordo com o contato com o meio em que ela habita, da educação que recebe com os costumes familiares e do relacionamento social, é interessante ressaltar que cada caso é um caso. Seja o educador ou a família é deve de compartilhar a informação no momento certo determinando quais são as limitações da idade da criança. Para VASCONCELOS apud Nunes (2004 ) Educação sexual é pois abrir possibilidades, dar informações sobre os aspectos fisiológicos da sexualidade, mas principalmente informar sobre as suas interpretações culturais e suas possibilidades significativas, permitindo uma tomada lúdica de consciência. É dar condições para o desenvolvimento contínuo de uma sensibilidade criativa em seu relacionamento pessoal. Uma aula de educação sexual deixaria então de ser apenas um aglomerado de noções estabelecidas de biologia, de psicologia e de moral, que não apanham a sexualidade humana naquilo que lhe pode dar significado e vivência autêntica: a procura mesmo da beleza interpessoal, a criação de um erotismo significativo do amor A repressão não é solução bem como a promoção ilegal das informações quanto a sexualidade. Em um estado laico percebe-se que nem tudo é tão livre assim. Ainda há confusão de conceitos e mistura de ideias, nem todos sabem como é contraído o vírus do HIV bem como o que são 26 DST’s, justamente por que a informação não chega lá na ponta, como é preciso que aconteça. A vida tem prazeres e as descobertas também proporcionam o sentido do que é o novo, mas até que ponto a curiosidade pode beneficiar o sujeito? Será que a explanação e abrangência mais efetiva das informações melhorariam os índices de prevenção? Explorar com curiosidade os prazeres corporais ligados à sexualidade, entender a sexualidade como algo mais do que a relação sexual. Levar em conta a questão do erotismo, da sensualidade, a importância de um bom contato corporal, mas principalmente entender que a sexualidade é um meio para que nos relacionemos como outro, não é um fim em si mesma. (FOUCAULT, 1997, p. 134) Sexualidade não é sexo e muito menos pornografia, o ponto exato em que a sociedade precisa acreditar que nós seres humanos somos divididos em dois gêneros: MASCULINO e FEMININO, consequentemente existem pênis e vagina. Ao delongar determinadas palavras para as crianças muita das vezes poderemos ser vistos como rudes ou atuais demais, porém, o que não podemos é ficar reféns da informação incorreta ou até mesmo incompleta. A educação sexual contempla de forma clara e objetiva o que em casa muita das vezes não é esclarecido, uma vez que, as crianças são seres humanos com desejos, anseios, vontades e curiosidades e com essa construção continuada em busca de uma resposta temos que ter um olhar normalizador para essa fase em que a própria criança está se conhecendo, mas, o que não pode ser dado é uma punição subjugada por suas atitudes, o correto é a sinalização de espaço físico para a realização de suas necessidades, digo, não se pode fazer na sala o que se faz dentro do banheiro. Os meios legais de comunicação seriam ótimas ferramentas de transposição de informação desde que não fossem politizados de forma em que hoje é visto, as crianças poderiam ser muito bem informadas assim como são criadas as necessidades materiais de produtos da moda, podendo então a escola fazer uma ligação positiva com o que a mídia apresenta para uma realidade mais vivenciada em cada localidade. E nesse cenário escolar que pode de feito palestras, atividades, feiras informativas para que a família e o aluno tenham um contato mais preciso da informação, tendo a escola uma 27 noção de qual tipo de informação pode ser dada e qual é o público em que irá comparecer, pois, os pais muita das vezes não se sentem seguros em falar sobre sexualidade com seus filhos por falta de informação ou até mesmo receio e nesse exato momento a escola com a equipe pedagógica fará o que é correto naquela comunidade escolar. Deve-se ter consideração com o foco social onde a criança está inserida, pois, nessa era da tecnologia a informação chega mais rápido. O que é proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Orientação Sexual servirá como um norteador para cada situação onde os valores: sociais, religiosos, pessoais e familiares devem ser respeitados, porém, o certo ‘’Achismo’’ não deverá se inserido para embasamento das nossas crianças, é orientar corretamente para que sejam plantadas boas ideias. Freud fez a sua interpretação para as fases do desenvolvimento sexual da criança até a chegada da adolescência, contudo, não pode ser vista como uma regra ou até mesmo como um manual onde ficamos detidos apenas ao conhecimento teórico, é preciso conviver também com as diferenças e amadurecer com as experiências que são transmitidas pela criança, pois, quando o pai e ou mãe está mais presente nessas transições de fases a criança além de mais informada terá uma maturação mais consciente. Um novo olha é necessário sim e com a inserção da informação correta, não podemos e nem devemos julgar as crianças por situações que apenas acreditamos que possa ser focado nas crenças e valores pessoais, é importante estudar, conhecer e dividir o correto para que todos tenham uma vida mais saudável. Não podemos fazer vistas grossas e não querer enxergar o que é o ciclo da vida, não podemos acreditar que um menino é homossexual por que ele gosta de brincar com meninas, existe um reflexo familiar que o educador tem que valorizar promovendo a ligação direta com o que é certo, por fim, sexualidade vai muito além da informação, é o encontro das experiências do ciclo vital com o surgimento da dúvida que promovem o saber para conhecer. 2.4 Orientação Sexual 28 Entender quais as diferenças sexuais quanto à orientação do sujeito é entrar em um universo de desafios e curiosidades, muita das vezes esbarradas nos valores sociais e nos princípios religiosos. A educação permite uma (re) visão do que achamos que sabemos ou entendemos, assim a escola, como uma das maiores instituições sociais pode disseminar uma cultura mais colaborativa, promovendo o sabe amplo e deixando mais claro quais são as reais diferenças entre a sexualidade. Seja no Projeto Político da escola ou seja nas Leis vigentes, é preciso citar a importância da convivência com o outro, na sua orientação ou distinção sexual. Podemos perceber nos PCNs, salienta quanto a orientação sexual: Constitui um processo formal e sistematizado que acontece dentro da instituição escolar, exige planejamento e propõe uma intervenção por parte dos profissionais da educação. O trabalho de Orientação Sexual na escola é entendido como problematizar, levantar questionamentos e ampliar o leque de conhecimentos e de opções para que o aluno, ele próprio, escolha o seu caminho. A Orientação Sexual não-diretiva aqui proposta será circunscrita ao âmbito pedagógico e coletivo, não tendo portanto caráter de aconselhamento individual de tipo psicoterapêutico (BRASIL, 1997, p. 121). Permite também o trabalho nos três eixos sobre a sexualidade nas escolas: O corpo - A abordagem sobre o corpo deve ir além das informações sobre sua anatomia e funcionamento, pois os órgãos não existiriam fora de um corpo que pulsa e sente. O corpo é concebido como um todo integrado, de sistemas interligadas e inclui emoções, sentimentos, sensações de prazer/desprazer, assim como transformações nele ocorridas ao longo do tempo. Há que se considerar, portanto, os fatores culturais que intervêm na construção da percepção do corpo, esse todo que inclui as dimensões biológica, psicológica e social (BRASIL, 1997, p. 140). As relações de gênero: "[...] tem por objetivo combater relações autoritárias, questionar a rigidez dos padrões de conduta estabelecidos para homens e mulheres e apontar para a sua transformação" (BRASIL, 1997, p. 144). As Doenças Sexualmente Transmissíveis, com ênfase dada a AIDS: As informações sobre as doenças devem ter sempre como foco a promoção de condutas preventivas, enfatizando-se a distinção entre as formas de contato que propiciam risco de contágio daquelas 29 que, na vida cotidiana, não envolvem risco algum (BRASIL, 1997, p. 147). Ao contextualizar sobre Orientação Sexual, logo confundimos com a Opção, mas a afirmativa não é usual. Optar é ter o direito de escolher e de entender que é melhor a escolha feita, mas na questão da sexualidade isso não é assim. Ora, o indivíduo não pode ser pensado sozinho: ele só existe em relação. Basta que haja relação entre dois indivíduos para que o social já exista e que não seja nunca o simples agregado dos direitos de cada um de seus membros, mas um arbitrário constituído de regras em que a filiação (social) não seja nunca redutível ao puro biológico (HÉRITIER, 1996, p.89). Sujeitos nascem homens e conduzem o processo de vida com comportamentos de mulher, vice e versa, mas há algum erro ou as pessoas não entendem que existem diferenças comportamentais diante dos gêneros sexuais? Ao tentar entender as reais diferenças do ser humano é preciso extrair quais são essas diferenças, que os juízos de valores não mudarão as Orientações Sexuais do cidadão, que é igual a você. Diante dos estudos, entendimento e visão teórica, abaixo estão citadas as diferenças dos gêneros, mas no anexo deste trabalho, detalha-se de forma mais pontual e acadêmica quanto aos conceitos. O Heterossexual é o sujeito que tem atração pelo sexo oposto, logo menino gosta de menina, vice-versa. Já no homossexualismo, são sujeitos que se sentem atraídos por pessoas do mesmo sexo, de modo comportamental. Neste caso há estudo, artigos, publicações e diferentes correntes ideológicas que acreditam que a interação do sujeito é quem colabora com a orientação homossexual, mas há também fatores genéticos, religiosos e até mesmo sociais, tendo novas descobertas sobre o contexto em diferentes estágios. Quando falamos de bissexualidade logo entendemos de bilateralidade, atração pelos dois gêneros, masculino e feminino. É isso mesmo, mas não podemos afirmar que há graus igualitários para pelos dois gêneros, ou seja, pode ser atraído mais por um homem e menos por uma mulher. 30 Falar sobre o travestismo é entender que existem visões erradas, situações mal entendidas e também conceitos inaplicáveis. O Travesti é uma ‘’mãe melhorada’’, ele possui o órgão genital masculino, mas seu corpo, comportamento e ações são extremamente femininos. Já no transexualismo, é o oposto. O sujeito nasce homem em um corpo de mulher, ou nasce mulher em um corpo de homem. Ao desenvolver capacidade de entender que há algo diferente no processo, torna-se homem ou mulher por meio de cirurgias. O processo de mudança de sexo não é rápido, pois há fatores intersociais, culturais e psicológicos para que este processo seja concluído. Citando sobre o pansexualismo, afirma-se atração por pessoas, não necessariamente homem e mulher .Já o hermafrodita é o sujeito que possui os dois órgãos sexuais em um único corpo, conhecido como anomalia. Na última década, o incremento de pesquisas sobre os comportamentos sexuais e reprodutivos dos jovens brasileiros, tem como intuito, não apenas retratar as práticas dessa população, mas principalmente, proporcionar informações que possibilitem a promoção de sua saúde preventiva, mais especificamente das doenças sexualmente transmissíveis (DST) e do HIV/AIDS, ao mesmo tempo em que busca proporcionar a possibilidade de planejamento das gestações, para que essas não ocorram de forma indesejada (FIGUEIREDO, 2008, p.93). Diante do exposto acima, é preciso que haja a contextualização teórica além da visão comum, pois enxergamos há casos em que não temos o conhecimento suficiente para entender que o homossexualismo não é doença e que o sujeito hermafrodita não é um ‘’buba’’ da vida. Cada um, na sua orientação sexual ou com anomalias são seres iguais a todos. 31 CAPÍTULO III A PESQUISA DE CAMPO Ao ser ponderados os objetivos deste trabalho, será feita uma pesquisa quantitativa. Dentre os objetivos gerais e específicos, também será objetivado entender como o público alvo percebem a questão da sexualidade no contexto em que está inserido. Para o estudioso ANDER-EGG (p.28), ressalta que toda pesquisa é um procedimento em que é necessário ter uma reflexão de modo sistemático, controlado e critico, pois, a busca de novos dados e informações irão em busca do conhecimento. Assim, deve-se ter um olhar mais cientifico para que se tenha verdades naquilo que deseja uma resposta. Optou-se pelo questionário justamente para identificar as semelhanças e diferenças nos diversos entendimentos sociais quanto a sexualidade humana, de modo que seja consolidado graficamente todas as respostas e em seguida apontados as ponderações à cerca das respostas. 32 3.2 Análise dos gráficos Diante as dez perguntas elaboradas e inseridas no questionário, pode-se inferir várias coisas, mas a principal está na questão 5, cuja preocupação está na mudança de comportamento da sociedade quanto a temática sexualidade alheia. É preciso que haja maturidade social para entender que somos iguais na condição de ser humano e que não apenas por lei, temos os mesmos direitos. Independente da Orientação Sexual, dogma religioso ou condição financeira. A pesquisa, mesmo com 12 participantes, trouxe uma explanação do quanto precisamos desmistificar sobre o tema, que ainda existem visões de que sexualidade não é a mesma coisa. O grupo tem idades distintas e grau de instrução que teoricamente entenderia sobre a Sexualidade, mas não podemos generalizar, o importante é entender que há diferenças e que além das orientações sexuais, o respeito é essencial para manter a convivência em grupo, comunidades e em sociedade. 38 CONSIDERAÇÕES FINAIS Em um mundo informatizado cada vez mais deixamos de lado as ações presenciais, mas nem tudo pode ser feito à distância. O sexo virtual já faz parte da nossa evolução, visando uma mediação entre pessoas que buscam satisfazer seus desejos em um mundo virtual. Imaginemos um rapaz que seja pseudo-hermafrodita, ele não deixa de ser homem, com a genética normal - com um cromossoma X e um cromossoma Y – e mesmo assim nasce o pênis menor, assim no desenvolvimento não há reprodução suficiente às hormonas. Em tempos, no atual momento a sociedade expressa seus anseios e desejos, conduzindo assim o comportamento e atitudes para essa transição de épocas, ressalto que a própria sociedade é quem reconhece e oprime as condutas sociais. Muitas das informações teóricas trazidas aqui no presente trabalho, darão um novo olhar para o senso comum, que carrega vícios e juízo de valor quanto ao outro, assim, serão trabalhados conceitos e aplicações sobre a sexualidade humana Com a imensidão do foco e delimitação do tema e visualização teórica dos assuntos, não é possível concluir e sim considerar. O tema é rico, seu contexto permite tantas outras considerações no decorrer de cada produção. Compartilho uma citação muito importante quanto a temática e principalmente quanto a pedofilia e o abuso de criança cuja citação esta no, no livro “Psychosocial aspects of child abuse for primary care pediatricians”, Pediatr Clin North Am 1998: “A infância é a imagem que se usa para chamar a atenção e elevar no espírito o sentimento de zelar pela inocência. A sociedade frequentemente conclama para a proteção de nossas crianças e o fortalecimento da saúde familiar. Ao mesmo tempo, milhares de crianças experimentam a violência de maneira regular e suas vidas são irremediavelmente alteradas. Para essas crianças, os locais de violência não são a guerra da periferia das cidades ou o crime que domina as ruas, mas dentro das suas próprias casas.” (Pediat., 1998, p.391) Ao detalhar sobre os direitos e deveres do ser humano, entende-se que todos somos iguais, sem nenhuma distinção com ou sei a lei, sendo essencial a manutenção continua dos bons costumes e resgate dos valores. É primordial 39 que tenhamos a distinção de que a vida, orientação e sexualidade alheia não pode interferir no fluxo da sociedade, e nem apontar como se tudo fosse uma simples escolha de vida. A sexualidade é mantida com amor e respeito na sua concretização, assim não podemos apenas entender que sou o certo e que os meus princípios são os corretos, jamais. Cada ser sabe das suas responsabilidades, porém a vida rejeita com o passar do tempo, tais ações que não são prazerosas para o tempo. Entende-se como primordial que haja entendimento, respeito e convivência social com o homossexual, bissexual, travesti ou transexual, somos seres humanos antes da nossa orientação sexual. As escolas podem educar de forma colaborativa, diferenciando os gêneros, tanto em comportamentos quanto em situações. Assim a criança em contato com o mundo terá noção de cidadania e respeito com o outro. As tecnologias podem favorecer a comunicação social, levando programas e projetos há milhares de pessoas que não entendem ou não tem acesso às informações sobre o contexto. Nos estudos e leitura das apostilas, é possível ver que há prática do homossexualismo era tida, mesmo que sem denominação igual ao tempo moderno, essa ação considerava-se o homem protetor e acolhedor de outro homem em todos os momentos, tendo ou não a prática sexual, mesmo assim era possível que ele tivesse uma futura esposa. Mesmo a antiguidade a o culto ao corpo era normal, assim os homens mantinham relações com homens, na verdade era uma busca pelo prazer e realizaçao do prazer de corpo e alma, ocorria muito em Esparta, Alexandria, Roma e Atenas e demais outras. O que pretendo considerar, não é a pessoa, mas a condição a questão diante das diversidades sexuais, pois quando falamos em sexualidade é de suma importante destacar que opção é uma coisa e orientação é outra. Considerando que a orientação sexual está diretamente ligada ao sujeito enquanto ser social. Salienta-se também que a Secretaria de Educação Fundamental, em sua cartilha orientativa, traz uma visão consistente de como é possível conviver e não excluir, de que somos iguais e que a orientação sexual alheia não invalida a condição de ninguém de ser humano, gozando dos direitos e deveres 40 que é de todos nós. De acordo com a produção, ‘’a discussão sobre a inclusão da temática da sexualidade no currículo das escolas de primeiro e segundo graus tem se intensificado a partir da década de 70, por ser considerada importante na formação global do indivíduo. Com diferentes enfoques e ênfases há registros de discussões e de trabalhos em escolas desde a década de 20. A retomada contemporânea dessa questão deu-se juntamente com os movimentos sociais que se propunham, com a abertura política, a repensar sobre o papel da escola e dos conteúdos por ela trabalhados. Mesmo assim não foram muitas as iniciativas tanto na rede pública como na rede privada de ensino. ’’ Por fim, é necessário cuidar de nossas crianças, educar para a vida e ensinar que nem tudo é doce. A pedofilia, por mais explicação teórica, social e cientifica que tenha, ela mexe com a estrutura da criança. 41 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARATANGY, L. R. O sexo é um sucesso. São Paulo: Ática, 1992. BARROSO, C. e BRUSCHINI, C. Sexo e juventude. Como discutir a sexualidade em casa e na escola. 3.ed. São Paulo: Cortez, 1990. BRASIL. Código Penal. Colaboração de Antonio L. de Toledo Pinto, Márcia V. dos Santos Wíndt e Lívia Céspedes. 39. ed. São Paulo: Saraiva 2001, 794.p. BRASIL. Constituição Federal, de 05.10.88. Atualizada com as Emendas Constitucionais Promulgadas. BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais: orientação sexual, 1997. BRASIL Cartilha Orientação Sexual. Secretaria de Educação Fundamental, 2009. BRASIL. Agência. Pedofilia. <http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2012-1205/camara-aprova-pedofilia-como-crime-hediondo.html> Acesso em: 30/01/2013 às 23h. CAVALCANTI, R. C. (org.).aúde sexual e reprodutiva. Ensinando a ensinar. Brasília: Cesex, s/d.CHAUÍ, M. Repressão sexual. São Paulo: Brasiliense, 1992. D'Agostino, Rosanne. Nova lei de estupro e pedofilia beneficia condenados. <http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/08/25/ult5772u5061.jhtm> Acesso em: 30/01/2013 às 23h. FIGUEIREDO, Regina et al. (2008). Comportamento sexual, uso de preservativos e contracepção de emergência entre os adolescentes do município de São Paulo: estudo com estudantes de escolas públicas de Ensino Médio. São Paulo, Instituto de Saúde. FOUCAULT, Michel. A história da sexualidade 1: a vontade de saber. 12. ed. Trad.Maria Thereza da Costa Albuquerque e J.A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro:Graal, 1997. HÉRITIER, Françoise. Masculino / Feminino: pensar a diferença. Paris: Editions OdileJacob, 1996 Moraes, Danielle. Apostila AVM. Aula 2. Tratamento Médicos (próteses, hormônios etc.) Disciplina: Sexualidade na Visão Biomédica. Curso de Pós Graduação em Sexualidade Humana. Rio de Janeiro. UCAM/AVM, 2010 42 Moreira, Patrícia. Apostila AVM. Aula 4. O Homem na Historia da Sexualidade. Disciplina: O Sexo na Historia. Curso de Pós Graduação em Sexualidade Humana a Distancia. Rio de Janeiro. UCAM/AVM, 2010. Moreira, Patrícia. Apostila AVM. Aula 2. Sexualidade Oriental versus Sexualidade Ocidental. Disciplina: Antropologia. Curso de Pós Graduação em Sexualidade Humana. Rio de Janeiro. UCAM/AVM. 2010. Muniz, Fabiane. Apostila AVM. Aula 1. Sexualidade Infantil. Disciplina: Sexualidade/Desenvolvimento Humano. Curso de Pós Graduação em Sexualidade Humana a Distancia. Rio de Janeiro. UCAM/AVM, 2010. Muniz, Fabiane. Apostila AVM. Aula 2. Drogas e Sexualidade. Disciplina: Tópicos Especiais no Estudo da Sexualidade. Curso de Pós Graduação em Sexualidade Humana a Distancia. Rio de Janeiro. UCAM/AVM, 2010. Muniz, Fabiane. Apostila AVM. Aula 1. Historia da Sexualidade I. Disciplina: O Sexo na Historia. Curso de Pós Graduação em Sexualidade Humana a Distancia. Rio de Janeiro. UCAM/AVM, 2010. Muniz, Fabiane. Apostila AVM. Aula 5. Papéis de Gênero (papeis sexuais) Disciplina: Introdução ao Estudo da Sexualidade. Curso de Pós Graduação em Sexualidade Humana a Distancia. Rio de Janeiro. UCAM/AVM. 2010, LÓPEZ Onega, P. Dicionário de La Vida Sexual. Barcelona, Editora Dístein de 1990. Sexualidade na visão psicológica. Volume 7 – Universidade Candido Mendes. SUPLICY, Marta et al. Sexo se aprende na escola. 2. ed. São Paulo: Ed. Olho d’Água,1999. VANCE, Carole. (2000). A antropologia redescobre a sexualidade – um comentário teórico in:PHYSIS. Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.5, n.1, pp.07-31. NUNES. César. DA SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO SEXUAL NO BRASIL.,<http://www.periodicos.udesc.br/index.php/linhas/article/viewFile/1329 /1138> Acesso em: 30/01/2013 às 23h. Weil, Pierre; Tompakow, Roland.O Corpo Fala – a linguagem silenciosa da comunicação não-verbal.64ª Ed.Editora Vozes, 2001. 43 ANEXO Prezados amigos, estou finalizando a minha especialização em Sexualidade, abaixo estão 10 questões sobre o tema. Independente do seu grau de conhecimento, peço que respondam e me devolvam para consolidação dos dados. A veracidade dos dados fará diferença ao final dos resultados. Muito obrigado. Rafael Moreira 1 – Idade E. () Até 20 anos F. () De 21 a 30 anos G. () De 31 a 40 anos H. () Acima de 41 anos 2 – Sexo C. () Masculino D. () Feminino 3 – Escolaridade E. () Ensino Médio (Segundo Grau) F. () Graduado G. () Especialista H. () Mestrado ou Doutorado 4 – Religião E. () Católica F. () Evangélica G. () Não tem definição H. () Sem religião 5 – Você percebe que a Sexualidade alheia ainda é um fator de curiosidade para a Sociedade atual? E. () Sim, muito. Isso prejudica a convivência. F. () Sim, mas a sociedade tem se acostumado com o comportamento alheio. 44 G. () Não percebo, mas cada um deve cuidar de si e não preocupar com as orientações alheias. H. () Prefiro não comentar. 6 – Concorda que as leis contra os crimes sexuais são necessárias? E. () Sim, concordo plenamente. F. () Concordo parcialmente G. () Não tenho conhecimento das leais H. () Prefiro nem comentar 7 – Você vê diferença entre Orientação Sexual e Opção Sexual? E. () Sim, são expressões diferentes. F. () Sim, são expressões e contextos diferentes. G. () Não vejo diferenças. H. () Tem o mesmo sentido, significado. 8 – Enquanto criança você teve acesso às informações sobre a sexualidade e sexo? E. () Sim, apenas na escola. F. () Sim, em casa e na escola. G. () Apenas ouvia na televisão, rádio ou em revistas. H. () Não tive orientações básicas. I. 9 – É nítido o crescimento de casos de pedofilia na comunidade familiar, você vê isso como? E. () Distúrbios de personalidade. F. () Problemas psicológicos. G. () Falta de respeito com os valores da vida. H. () Falta de DEUS. 10 – Sabendo que seu filho (a) desde criança apresenta comportamentos homossexuais, como você reagiria? E. () Se fosse, seria um filho como qualquer outro. F. () Por ser criança, não tomaria decisões precipitadas. G. () Iria ao médico pedir suporte. H. () Faria a educação da vida, reprimindo e mostrando o correto. 45