134. Sexualidade – abrindo portas? Objetivos Este relato refere-se ao desenvolvimento de discussões acerca da sexualidade entre discentes e equipes de unidades de saúde durante o Internato em Saúde da Família. Relato A elaboração de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS) tem trazido a discussão e aprofundamento de diferentes temas, objeto de desenvolvimento para os discentes e educação permanente das equipes de saúde. A questão da sexualidade, principalmente entre os idosos e na fase do climatério ainda apresenta-se como um tabu, levando a sofrimentos dos casais e dos indivíduos e a vulnerabilidade a doenças sexualmente transmissíveis, em especial à AIDS. Trata-se de problemática complexa que envolve fatores relacionados a saúde física, preconceitos sociais e culturais, autoestima, conhecimentos sobre a questão e status conjugal, os quais influenciam o sujeito em sua integralidade. Relata-se a experiência de um PTS cuja temática principal foi a dificuldade de relacionamento de um casal. Procedeu-se consultas individuais na UBS e domicílio, pesquisa de informações e diretrizes acerca da questão e discussão nas equipes, aplicando-se técnicas de dramatização, convidando-se discentes e membros das equipes a participar. Os resultados superaram as expectativas pelo envolvimento de todos, observando-se diferentes atitudes de cada profissional, demonstrando-se de modo exemplar o papel do Agente de Saúde, da Enfermagem, do Médico e do Psicólogo no cuidado das pessoas. Ficou patente também a dificuldade em se abordar a temática da sexualidade, em especial, com os idosos. Conclusão Elaborar PTS de modo compartilhado tem se demonstrado uma estratégia efetiva para o ensino e atenção qualificada multiprofissional. A compreensão mais abrangente da problemática da sexualidade, oferece subsídios para a identificação dos sentimentos experimentados pelas pessoas, buscando-se a revisão dos tradicionais padrões de subserviência feminina, a revalorizando-se da autoimagem do maturescer e o apoio ao envelhecimento enquanto ciclo vital, no qual a sexualidade pode ser reelaborada, transcendendo o componente biológico. Autores: Maria Fernanda Ali Mere, Julia Berenguer Farias, Karina Aimée Ouchana, Mariana Sollia Siares Realização: