ECONOMIA 8 — SÁBADO, 2 de julho de 2005 CORREIO DO POVO do RS divulga lista dos devedores Exportações registram novo recorde Fisco Junho teve US$ 10,2 bilhões de vendas, marca histórica. Furlan prevê total de US$ 112 bi no ano ão Paulo — O Brasil registrou volume de 10,2 bilhões de dólares em exportações no mês de S junho. A marca histórica eleva o total de vendas externas do país para 53,6 bilhões de dólares no primeiro semestre. As importações chegaram a 34 bilhões de dólares no semestre, gerando superávit comercial de 19,6 bilhões de dólares. Por conta desses resultados, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, projeta exportações de 112 bilhões de dólares para este ano e superávit comercial de 35 bilhões de dólares. “Continuaremos com um ritmo de crescimento superior às taxas globais”, enfatizou o ministro. Para ele, o comércio exterior deverá responder por mais da metade do aumento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e terá desempenho 10% melhor do que o apurado em 2004. Analis- ROOSEWELT PINHEIRO / ABR / CP MEMÓRIA tas argumentam que as exportações têm superado as expectativas por causa dos altos preços dos produtos básicos e semimanufaturados. Alertam, porém, que a valorização do câmbio e a acomodação da demanda mundial refrearam as vendas de bens manufaturados para outros países. Segundo eles, a alta na compra de bens de capitais, especialmente máquinas e equipamentos, revela o forte aumento dos investimentos no país e é a base da evolução das importações. Em junho, o saldo da balança comercial superou em 6,1% o resultado do mesmo mês de 2004 e, no semestre, a vantagem alcança 31,1%. Segundo dados das exportações, o setor automobilístico obteve aumento de 24,3% neste ano, em relação ao primeiro semestre de 2004. A maior queda ocorreu no complexo soja, com recuo de Ministro diz que crescimento é superior às médias globais 53,7% para óleos e de 35,2% para o grão. O Departamento da Receita Pública Estadual divulgou ontem a lista das pessoas físicas e jurídicas inscritas em dívida ativa do fisco estadual. A relação traz os 72 mil devedores, que somam R$ 12,6 bilhões em débitos. A maior parte do volume devido é referente a ICMS, mas também contribuem IPVA, ITCD e taxas. O diretor da Receita Pública Estadual, Luiz Antônio Bins, disse que a publicação obedece à lei do ICMS, alterada no final de 2004. Disse que tudo o que está inscrito em dívida ativa, mesmo volumes que ainda discutidos na Justiça ou em processo de negociação, está listado. “Tirase somente o que está parcelado.” A meta é estimular que devedores façam pagamento ou renegociação. Venda de veículos sobe 10,6% Previdência privada deve ganhar mais prazo São Paulo — A indústria automobilística encerrou o primeiro semestre com vendas de 800 mil veículos, um aumento de 10,6% em relação a igual período do ano passado. Só no mês passado, foram vendidos 148,5 mil automóveis comerciais leves, caminhões e ônibus, o melhor resultado para um mês de junho desde 1997, quando bateu na casa de 179 mil unidades. Na comparação com maio, o resultado mensal foi 3,8% melhor, e em relação a junho de 2004, houve crescimento de 13,6%. Contabilizando-se só os negócios com carros, picapes e utilitários, em junho, foram vendidos 139,9 mil unidades, resultado 3,6% melhor que o de maio. No acumulado do ano, a soma é de 752,9 mil veículos, um aumento de 11,3% ante 2004. Já os preços dos carros subiram 6% em média, no semestre, ante uma inflação de 3,39% medida pelo INPC. Indicadores Poupança 02/07................................0,8006% 03/07................................0,7561% TBF 30/06 a 30/07..................................1,5227% IPCA (IBGE) maio/2005...............................0,49% INPC (IBGE) maio/2005...............................0,70% IGP-M (FGV) junho/2005............................-0,44% IPC (Fipe) maiol/2005..................................0,35% IPC (Iepe) maio/2005...................................0,17% Salário mínimo.......................................R$ 300,00 Imposto de Renda junho/2005.......................2,5% CUB/RS julho.......................................R$ 864,98 TR 30/06 a 30/07......................................0,2891% TJLP junho/2005..........................................9,75% Fator para contratos até 30/06/94 (antigo idtr) 02/07...................................................0,01122254 Fator para contratos a partir de 01/07/94 02/07...................................................2,50489685 Dólar turismo (compra)...........................R$ 2,300 (venda) ...........................R$ 2,420 Dólar comercial *(compra)......................R$ 2,355 (venda)........................R$ 2,357 Dólar comercial **(compra).....................R$ 2,3451 (venda).......................R$ 2,3459 Dólar paralelo (compra)...........................R$ 2,633 (venda).............................R$ 2,733 Euro..........................................................R$ 2,927 Bovespa (fechamento)................+1,04% (25.311) Ouro (grama)...........................R$ 32,500 (-1,81%) Nova Iorque - Dow Jones............+0,28% (10.274) - Nasdaq..................+0,02% (2.057) Taxa média no fechamento (mercado) **Taxa média das cotações (Ptax-BC) Brasília — O governo pretende encaminhar ao Congresso Nacional, no início de agosto, um projeto de lei que reabra o prazo de opção por tributação sobre fundos de previdência. O período para que participantes de fundos de pensão e contribuintes da previdência privada aberta optassem entre os regimes regressivo e progressivo terminou ontem. A intenção do governo é estabelecer um novo prazo que vigoraria até o dia 30 de dezembro. A medida provisória (MP) que prorrogava a data limite para janeiro de 2006 não foi aprovada pelo Senado. A Bolsa reage e fecha com alta de 1,04% São Paulo — O mercado de juros teve um dia de otimismo ontem com quedas expressivas das taxas. O contrato mais negociado, com vencimento em janeiro de 2007, projetou taxa de 17,41% ao ano, ante 17,53% na véspera. Segundo operadores, aos poucos cresce a impressão de que, se o cenário permanecer como está, o corte da Selic poderá começar antes de setembro. O risco-país recuou 3,14% e o C-Bond perdeu 0,12%, vendido com ágio de 2,375%. O Ibovespa reagiu e subiu a 1,04% e o dólar fechou em R$ 2,357. tributação sobre o saque antecipado ou sobre valor do benefício varia de 35% a 10% de Imposto de Renda no sistema regressivo, de acordo com o prazo da aplicação. No regime progressivo, as alíquotas vão de 15% a 27,5%, a partir do limite de isenção de até R$ 1.164,00. Segundo o presidente da Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp), Osvaldo do Nascimento, não chega a 3% o número de titulares de planos de aposentadoria antigos que optaram pelo regime regressivo. No caso dos planos novos, houve adesão de 10% a 15%. Carpenedo assume a Fenag A cerimônia, no Clube do ComérGerente-geral da agência Porto dos Casais, em Porto Alegre, Paulo cio, teve mais de 200 pessoas, entre Roberto Carpenedo, assumiu ontem as quais 80 gerentes da Fenag. VALMOCI VASCONCELOS a presidência da Federação Nacional das Associações de Gerentes (Fenag), da Caixa Econômica Federal (CEF). Por dois anos, ele representará as 28 Associações de Gerentes da instituição no Brasil. A sua meta é “incrementar o desenvolvimento do corpo gerencial e fortalecer a empresa Caixa”. Carpenedo substiui o ex-presidente, Raimundo Maciel, da CEF/RJ. Paulo Roberto Carpenedo recebeu homenagens Vasp vai à Justiça para tentar retorno PANORAMA ECONÔMICO / Denise Nunes Agavi reclama do tratamento do governo A Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), que reúne cerca de 80 vinícolas, ainda não digeriu o decreto do governo federal, que atendeu apenas parcialmente aos pleitos do setor, de redução da alíquota do IPI sobre espumantes e majoração do imposto para os vinhos mistos. No aguardo de que a medida seja complementada aos níveis pretendidos pelo setor, o presidente da entidade, Júlio Fante, atribui a confusão a descaso. Para ele, a situação demonstra a pouca importância com que o vinho brasileiro é tratado, já que a carga tributária é um dos entraves para o crescimento do consumo no país. O dirigente da Agavi compara o tratamento recebido do governo brasileiro com o que é dado às vinícolas argentinas, que recebem subsídios indiretos do governo. Além de defender a desoneração, Fante considera necessária a fiscalização especial sobre o contrabando de vinho no Mercosul. Sem essas medidas – desoneração do produto nacional e fixação de cotas para os vinhos estrangeiros –, ele diz que as vinícolas encontrarão dificuldades para continuar operando. Compra em escala Economia Já está no ar o Portal de Compras de Medicamentos do governo federal, com informações sobre as aquisições da União, que podem ser acessadas por estados e municípios para a identificação dos melhores preços. A idéia é que, a médio prazo, eles formem consórcios de compra em escala, reduzindo custos. Segundo o secretário de Logística e TI do Ministério do Planejamento, o gaúcho Rogério Santanna, o portal levará a uma economia de até R$ 1,3 bilhão aos cofres públicos. Dos R$ 13 bilhões que o país compra em medicamentos, R$ 8,5 bilhões são passíveis de economia, por terem mais de um fornecedor. Santa Cruz quer sediar aduana Santa Cruz do Sul quer uma Estação Aduaneira Interior para facilitar as operações das empresas do município, fortemente exportador. Há tratativas em andamento, e o prefeito José Alberto Wenzel se dedica pessoalmente ao tema. A busca por informações já o levou à estação aduaneira de Canoas, à Banrisul Armazéns Gerais e ao Centro Logístico Eichenberg & Transeich. Não colou Ponto final A Abicalçados rechaça a explicação do Conselho Empresarial Brasil–China para o aumento das importações chinesas. Segundo a entidade, a tese de que há uma substituição de fornecedores nas importações não se confirma. Para a Abicalçados, trata-se de invasão de calçados chineses, pura e simplesmente. Sesc Turismo está reforçando as suas ações. Intenção é consolidar a sua política de atuação na área de turismo social. Newton Quites toma posse na Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul na terça-feira. A entidade está completando 75 anos. A Imagem Assessoria de Comunicação, de Novo Hamburgo, completou ontem 19 anos. Já prepara as comemoração de 2006, quando completará duas décadas de mercado. Começa dia 14 o MBA para empresas de base tecnológica, resultado de uma parceria entre a Unisinos e a Altus Sistemas de Informática. Com duração de 14 meses, o MBA é coordenado pelo presidente da Altus, Ricardo Felizzola, que apresentará o curso ao setor eletroeletrônico, segunda-feira, em café da manhã da Abinee/RS. Quatro empresas sócias da AGQ – Associação Gaúcha para a Qualidade serão agraciadas com o Prêmio Qualidade RS 2005: Organizações Contábeis Schmökel, Casa Paludo Comércio de Confecções, Fras-Le e Dentec Automação e Sistemas. A entrega será terça-feira. Invasão O argumento da Abicalçados é de que, ao longo dos anos, a China sempre foi a principal origem (70%) dos calçados importados pelo Brasil, seguida por Vietnã e Indonésia. O que mudou foi o volume, cada vez maior, e o preço, em “queda livre”. De janeiro a maio, as importações de calçados chineses aumentaram 153%. Os preços caíram 30,54%. Espaço nobre É da porto-alegrense Redesenho da Imagem o projeto de hospitality center da Melissa na São Paulo Fashion Week. Os HCs são espaços disputados por patrocinadores e editoras, que viram ponto de encontro na maratona da moda. Bolsa descansa Segunda-feira será de calmaria no mercado: é feriado nos EUA. E-mail: [email protected] São Paulo — A comissão de intervenção da Vasp entrou ontem com pedido de recuperação judicial dentro da Lei de Recuperação de Empresas, a nova Lei de Falências. O pedido foi feito para a 1ª Vara de Falência de São Paulo. Segundo o interventor interino, Reginaldo Alves de Souza, não havia alternativa que não a de recorrer e tentar a recuperação judicial. “Estávamos sem saída diantes dos inúmeros pedidos de falência e da falta de dinheiro para investir na empresa para que ela possa voltar a voar normalmente.” Cresce inadimplência de empresas este ano São Paulo — A inadimplência das empresas cresceu 4% no país em maio, na comparação com abril, que havia registrado redução de 6,4% ante março. Levantamento divulgado ontem pela Serasa mostrou que, em relação a maio de 2004, a inadimplência foi ainda maior, com alta de 16,3%. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o acréscimo foi de 8,8% sobre o mesmo período de 2004. O estudo contempla o registro de cheques devolvidos, títulos protestados e dívidas vencidas com instituições financeiras.