CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA CENTRO DE REFERÊNCIAS TÉCNICAS EM PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS CONVERSANDO SOBRE A PSICOLOGIA E O SUAS SISTEMATIZAÇÃO DOS MATERIAIS PRODUZIDOS PELOS PSICÓLOGOS PRESENTES NO IX CONVERSANDO SOBRE A PSICOLOGIA E O SUAS EM 01/04/2011 Conversando sobre o SUAS (04.05.2012) Apresentação do SUAS através do Power Point. Pautas: 1 – Conversar sobre a proposta e estruturas da alta complexidade 2 – Detalhar ações dos serviços de abrigos 3 - Articulação de rede intrasetorial e intersetorial Abrigo João Paulo II (ONG “igrejeira – existe em Viamão, POA e Alvorada): Abrigo João Paulo II de Viamão - existe há dois meses; - atende mais de 200 crianças; - boa articulação com a assistência e saúde; - uma psicóloga mais duas assistentes sociais; Abrigo João Paulo II de Porto Alegre: - em torno de 48 crianças; - fragilidade da rede de assistência; - pouco tempo para refletir sobre as ações (“agenda cheia” e “tapar incêndio”); - encaminha-se quando existe necessidade de psicoterapia; - atendimento individual é de apoio para os que serão adotados; - necessidade de capacitação técnica para os profissionais que ingressam nos abrigos e educação permanente; - existe descrença das práticas profissionais de outras redes; Abrigos em Gravataí: - quatro abrigos, cada um com 1 psicólogo servidor público, 12 crianças (10 a 18 anos) e 8 em desligamento; - construção da política “indo bem”, antes havia só um psicólogo para atender os 4 abrigos; - refere gestão “com disposição” devido ao processo eleitoral e com práticas que se diferenciam da política de assistência; - existe um albergue na cidade; - as salas de atendimento dos abrigos são pequenas, os atendimentos são realizados na secretaria de assistência; - monitores dos abrigos migraram de creches (eram atendentes de creche); Abrigo em Sapiranga: - existe um abrigo com capacidade para até 20 crianças e adolescentes (0 a 18 anos); - 1 psicólogo, 1 assistente social e “1 psi para educação”; - possuem sala de atendimento conjunto com o serviço social dentro do abrigo; - sensação de “apagar incêndio”; - realizam acompanhamento com as famílias; - há espaço para escuta das crianças; - não equipe de saúde mental no território, só no CAPS; - muita dificuldade de articulação com os psicólogos das outras políticas; - impressão de que a saúde quer se livrar dos problemas (crianças num “vai e volta” dos serviços); - dificuldades de efetivação da integralidade; - incompreensão das políticas públicas por parte dos profissionais; -dificuldades de reconhecimento e entendimento sobre a atuação psi na assistência social (“se vocês não atendem, vocês fazem o que?”), “a psicologia não faz psicoterapia na assistência social, mas precisa comunicar e afirmar o que faz”; - impossibilidade de garantir atendimento nas outras políticas públicas; - priorização de psicólogos nas políticas de educação e de saúde; - avanço: encontros de dois em dois meses com profissionais de outras políticas com caráter de continuidade e não apenas de recomeço a cada encontro. CRAS em Arroio dos Ratos - não tem abrigo na região, existe convênio com Sapucaia do Sul, mas há dificuldade de acesso no equipamento; - não existe CREAS, os serviços são regionalizados; - existe uma ONG como extensão do CRAS (Casa da Juventude); - dificuldades em conseguir carro para realizar VD em Pantano Grande; - “fortaleza do damismo”; - “tudo muito difícil de acessar e distante”; - facilidade de encaminhar para saúde; Protejo: - existem 4 territórios da paz em POA: Bom Jesus, Restinga, Cruzeiro, Lomba Grande, - Gabriel está vinculado a região Cruzeiro; - dificuldade de articulação com as casas lares onde realizam suas atividades (não há psi e equipes são mínimas); - acredita que os profissionais das casas “torcem” para que os adolescentes adquiram 18 anos; quando saem das casas, não são vinculados aos CREAS; - o protejo deve ser visto como suporte e não como referência como atualmente tem sido considerado pelos profissionais da FASC. CRAS Nova Santa Rita: - rede precária, não tem CAPS nem CREAS, mas existe o projeto pronto; - existe CRAS, Conselho da Assistência; - casa lar (construção da prefeitura) que ficou sem funcionar durante algum tempo, será reaberta. Em trocas de vagas, ONG realizará a administração da mesma. CRAS Canoas: - tentativa de realizar reuniões periódicas entre CRAS e CREAS; - CREAS iniciando o PAEFI, com uma profissional de referência cooperativada; - CREAS tem uma psicóloga concursada e duas assistentes sociais, também concursadas; - contratação de funcionário na saúde está ocorrendo através de cooperativas; - CAPS é recente no território e com dificuldades de acolher algumas situações em saúde mental (ex: argumentam que a ESF deve dar conta de situações limites das famílias). CREAS Lajeado: - atendem crianças e adolescentes abrigadas; - coordenadora do CREAS é assistente social do abrigo; - parceria com a saúde em casos de abuso a criança e adolescentes; - existem dois abrigos para crianças e adolescentes na cidade; - uma casa para mulheres vítimas de violência sexual, - uma casa para idosos; - uma casa para população em situação de rua; - existe CAPS ad e CAPS i; - a cobertura da atenção básica é parcial (30% a 40%); - não existe equipe especializada em saúde mental além do CAPS. CRAS (?) Maratá: - na rede de assistência só existe CRAS; - CREAS fica em Montenegro; Encaminhamentos: − realizar mais estudos de casos; − necessidade de que os profissionais sejam contratados via concurso público; − reafirmar o posicionamento de psicoterapia como prática na saúde mental e não nos serviços de assistência social; − retomar cartografias por e-mail; − utilizar os espaços de controle social como ferramente de fortalecimento;