TÍTULO: INSERÇÃO DOS EGRESSOS DE ABRIGO NO MERCADO DE TRABALHO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: ADMINISTRAÇÃO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): JULIO CESAR FERNANDES, ANDRESSA ARAUJO MILBERG DE CAMARGO, GUSTAVO FERRAZ ROCHA, THIAGO ADRIANO ALVES ORIENTADOR(ES): CASSIA MARIA PAULA LIMA INSERÇÃO DOS EGRESSOS DE ABRIGO NO MERCADO DE TRABALHO RESUMO A desigualdade social é um problema sério que envolve muitas questões na sociedade em que o governo é falho ao tentar solucionar. Infelizmente o sistema em que vivemos colabora para essas injustiças societárias. Verificaremos ao longo dessa pesquisa como é realizada a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho, a visão da sociedade sobre eles e a importância das empresas estarem cientes que fazem um papel importante na vida destes jovens. OBJETIVO A sociedade atual cobra muito de todas as pessoas. Ter uma boa educação e trabalho são atributos básicos para sermos aceitos. Porém, a desigualdade social muitas vezes não permite que todos tenham oportunidades e possam seguir o mesmo caminho. Neste trabalho vamos discutir o que acontece com as pessoas que crescem em abrigos e como elas conseguem inserir-se no mercado de trabalho. METODOLOGIA Para colhermos as informações desse trabalho, utilizamos pesquisas realizadas na internet, discussões sobre o assunto nas aulas da faculdade e visitas a ONGs e Instituições de treinamento profissionalizante de adolescentes de baixa renda. DESENVOLVIMENTO Vivemos em uma sociedade onde existe um grau de desigualdade muito alto, como o sistema econômico atual. As pessoas são criadas para trabalhar, ganhar dinheiro e consumir, contribuindo para esse sistema vicioso. Acontece que a situação não é simples, principalmente para as pessoas de baixa renda, que crescem em realidades precárias, sem a base familiar e perspectiva de transformarem suas vidas. Hoje existe uma nova filosofia, onde as responsabilidades legais dos abrigos são ainda maiores que as dos pais biológicos: além de assistir os menores nas necessidades materiais, emocionais, educacionais, religiosas (respeitada à crença e o desejo de cada criança), psíquicas, saúde e etc. Devem oferecer-lhes a oportunidade de convivência com a comunidade e com a família (à exceção daqueles que devem ficar afastados dela por determinação do juiz) e apoiar essas famílias para que possam receber os filhos de volta, além de relatar a situação de cada criança, semestralmente, ao juiz competente. (Jornal do Senado, 2013 – Pág 47). Acontece que na prática, muitas crianças não são adotadas e não possuem condições de voltar à família biológica. Logo, podemos afirmar que, para algumas dessas crianças e adolescentes, o abrigo não trata-se de um lugar de passagem, esta mais relacionado a o local de moradia, onde tira suas referencias para construção de suas personalidades. De acordo com dados da revista “Isto é”, a média da idade que as pessoas deixam a casa dos pais é de 35 anos, a realidade dos moradores dos abrigos é que devem obter a independência aos 18 anos. Fato que se torna desafiador, uma vez que trata-se de pessoas com a autoestima prejudicada, e exige um preparo além de psicológico e emocional, também intelectual, uma vez que para se conseguir um emprego é necessário estudos, que nem todos esses adolescentes tem acesso. Segundo Ana Laura Moraes Martinez e Ana Paula Soares-Silva, psicólogas membros Cindedi, 2008, esse dado é particularmente preocupante, uma vez que esses jovens, ao completarem a maioridade, serão desligados do abrigo ainda sem condições de pleno enfrentamento da nova situação de vida que exigirá autonomia e, principalmente, independência financeira. Se para os jovens em geral, a garantia do acesso à educação significa instrumento necessário para a qualificação da sua força de trabalho quando na idade adulta, para os jovens dependentes de programas de proteção especial, a violação desse direito radicaliza o processo de marginalização. No caso dos adolescentes que estiveram sob a tutela do Estado, significa dizer que a própria política, que deveria ter agido para dirimir possíveis efeitos da vitimização das crianças, produziu ou ao menos reforçou processos de desigualdade social. Diante de tais situações, considerando que a falta de estrutura e de renda leva a um grande risco também do aumento da marginalidade, vemos o quão é importante e necessário o acompanhamento e cuidado dessas pessoas, para isso necessitam de apoio, amparo e oportunidades na vida. Claro que o desenvolvimento de cada um depende também de si mesmo, do esforço e da vontade de crescer, e para isso é muito importante que sejam estimulados. Acreditamos que o contato com o mercado de trabalho ajuda trabalhar essa autonomia, tão necessária na vida dessas pessoas, e para isso é fundamental que as empresas estejam presentes nesse trabalho de desenvolvimento. Partindo do ponto que uma organização é composta por pessoas e as pessoas fazem parte da sociedade, é necessário que as empresas entendam a importância do seu papel social. FONTES CONSULTADAS MOREIRA, Marco. Ex moradores de abrigos cotam como se tornaram exemplo para jovens abandonados. Disponível em : <http://oglobo.globo.com/rio/bairros/exmoradores-de-abrigos-contam-como-se-tornaram-exemplo-para-jovensabandonados-14216859> Acesso em 10 de Maio de 2015. MESTRE, Natália. Filhos Cangurus. Disponível <http://www.istoe.com.br/reportagens/334805_OS+FILHOS+CANGURUS> em 10 de Maio de 2015. em: Acesso MORAES, Ana. O momento da saída do abrigo por causa da maioridade: a voz dos adolescente. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S167711682008000200008> Acesso em 06 de Maio de 2015. BALMANT, Ocimara. Aos 18 anos, jovens em abrigos perdem lar. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/geral,aos-18-anos-jovens-em-abrigos-perdemlar-imp-,745943> Acesso em: 06 de Maio de 2015. OLIVEIRA, Ana Paula. O caráter provisório do abrigo e a passagem adolescente: Pensando Transitoriedades. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/8211/000570933.pdf> Acesso em 10 de Maio de 2015. MIRANDA, Paola. Retrocessos na proteção dos direitos humanos dos menores: os links entre a destituição do poder familiar e os abrigos para menores – problemáticas da adoção como proposta de solução. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artig o_id=8562> Acesso em 06 de Maio de 2015.