SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL EM ABRIGO PARA
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Bartira Gorgulho
Disciplina HNT 0204 - Segurança Alimentar e Nutricional
Professora Ana Maria Cervato Mancuso
São Paulo
2009
INTRODUÇÃO
SAN
• logo após o fim da 1ª. Guerra Mundial
arma
• 1974, durante a primeira Conferência Mundial de Segurança
Alimentar e Nutricional
produção agrícola
acesso aos alimentos
• 1948: Declaração dos Direitos Universais da
Pessoa Humana
• 1996: primeira Cúpula Mundial da
alimentação (erradicar a fome até 2015)
• 2002: CMA+5 (focar na pobreza rural)
• 2003: CONSEA (natureza consultiva e
de assessoramento )
• 2006: Sistema Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional (formulará e
implentará políticas)
“SAN consiste na realização do direito de todos ao
acesso regular e permanente a alimentos de
qualidade, em quantidade suficiente, sem
comprometer o acesso a outras necessidades
essenciais, tendo como base práticas alimentares
promotoras da saúde, que respeitem a diversidade
cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e
socialmente sustentáveis.”
Lembrando sempre que SAN é garantida pela soberania
alimentar, que confere aos países a primazia de suas
decisões sobre a produção e o consumo de
alimentos.
O ECA “deixa claro o dever da família, da comunidade, da sociedade
em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária da criança e do adolescente.”
• Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar
• Crianças e adolescentes de risco e com grande
vulnerabilidade social são encaminhadas pelas Varas
da Família ou Conselhos Tutelares para viver
provisoriamente nos abrigos até que se resolva a
situação familiar ou o processo para adoção.
• Sendo o abrigo um programa a ser desenvolvido em
pequenas unidades, o ECA não recomenda qualquer
forma de atendimento feito em grandes instituições,
apontando para o estabelecimento de “casas”
inseridas nos diversos bairros da cidade; casas
comuns, com capacidade física adequada ao número
de atendidos, possuindo banheiros, cozinha, quintal e
sala de estudos, em condições de habitabilidade,
higiene, salubridade e segurança.
OBJETIVO
Averiguar a situação de segurança alimentar
em abrigo para crianças e adolescentes da
região metropolitana de São Paulo.
METODOLOGIA
abrigos mistos para crianças e
adolescentes do Educandário Dom
Duarte
• organização não governamental Liga Solidária
• Secretaria Municipal da Educação
5 abrigos com +- 20 crianças e adolescentes cada
• Missão: contribuir com ações socioeducativas para
conscientizar crianças, jovens e adultos de sua
dignidade e de seu potencial transformador
• Valores: princípios cristãos, ética, sustentabilidade,
credibilidade, qualidade e responsabilidade
• Visão: procurar a excelência nos trabalhos sociais
desenvolvidos, pela eficácia e ética na gestão,
qualidade e viabilidade econômica dos seus projetos,
por meio de parcerias estratégicas, otimizando o
patrimônio e assegurando consistência com a
demanda social. Além de compartilhar, em rede, o
conhecimento educacional.
Metas do novo milênio (ONU,2000)
• Os dados foram coletados por meio de
uma entrevista realizada durante uma
visita à instituição, além da obtenção de
dados pelo site da liga
RESULTADOS
Todas as crianças e adolescentes
freqüentam.....
• SUS
• Escolas públicas (1/2 período)
• Centro da Criança e do Adolescente (1/2 período)
Convivência com a comunidade
Visitas aos abrigados são permitidas todos os dias, sejam elas
monitoradas ou não.
• Dessa forma, os objetivos do abrigo são:
promover, quando possível, o restabelecimento dos
vínculos familiares por meio da convivência com a
família de origem desde o momento do abrigamento,
fortalecimento e a manutenção dos vínculos afetivos
entre os abrigados e seus familiares e o não
desmembramento de grupos de irmãos; promover a
participação das crianças e dos adolescentes na vida
da comunidade, por meio do acolhimento em ações
pedagógicas, atividades externas de lazer, esporte e
cultura; acompanhar o processo de autonomia dos
jovens sem família após o desabrigamento e
priorizar a adoção na impossibilidade de restabelecer
os vínculos familiares.
A média de permanência no abrigo é de 2,5 anos.
• Preocupada com o destino do jovem após o
desabrigamento, que ocorre ao completar 18 anos, a
Liga Solidária desenvolve uma ação complementar ao
Abrigo denominada núcleo solidário, que tem como
propósito acompanhar o processo de autonomia dos
jovens e incentivar a formação de republicas.
Refeições...
• Café da manhã: frutas diversas
• Almoço e jantar: arroz, feijão, salada, carnes e
legumes.
• Lanches: café, achocolatado, leite e torradas
• Ceia (inverno): leite ou chá
Os alimentos são oriundos do programa nacional de alimentação escolar, de
eventuais doações de industrializados e dos pomares cultivados no
educandário.
Havendo sempre orientação sobre quantidade e qualidade do prato a ser
elaborado pelo próprio abrigado
• Cada casa (abrigo) possui cozinha e cozinheira
próprias.
• Já a nutricionista, única na liga solidária, se reveza
em todos os abrigos e demais projetos.
• É a responsável técnica que oferece treinamentos de
boas práticas de manipulação e higiene as
cozinheiras, que também são capacitadas pela
prefeitura.
Quando uma criança ou adolescente chega ao abrigo os educadores entram
em contato com a família para tentar descobrir as preferências alimentares de
cada um.
• Normalmente não existem sobras de
alimentos.
• E também não há política de reciclagem.
• Além de atender os abrigados as assistentes
sociais também acompanham os pais ou
familiares responsáveis, garantindo o
fornecimento de cestas básicas e vale
transporte
DISCUSSÃO
“realização do direito de todos ao acesso
regular e permanente a alimentos de
qualidade, em quantidade suficiente, sem
comprometer o acesso a outras necessidades
essenciais, tendo como base práticas
alimentares promotoras da saúde, que
respeitem a diversidade cultural e que
sejam ambiental, cultural, econômica e
socialmente sustentáveis”
• Embora a liga busque sempre incentivar o convívio e
a inserção dos abrigados à comunidade, ela não
cumpre, neste momento, as recomendações do
estatuto da criança e do adolescente que preconiza
que os abrigos se localizem em bairros residenciais
Visitar um abrigo “modelo” pode ter sido um grande viés
CONCLUSÃO
• Não basta existir o alimento se não for em
quantidades e qualidades adequadas, mas não basta
também existir o alimento em quantidades e
qualidades adequadas se não for culturalmente e
sensorialmente aceito.
• Reafirmando que SAN não esta restrita ao conceito
de alimento seguro, abrangendo também questões
culturais e sociais de distribuição e acesso.
ALIMENTO
SENTIMENTO
REFERENCIAS
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Conselho de Segurança Alimentar e nutricional
Estatuto da criança e do adolescente
Holland CV. Todos juntos ao redor da mesa: uma avaliação da
alimentação em abrigos. Tese de Mestrado. USP, 2004.
Maluf R. Segurança alimentar e fome no Brasil – 10 anos da Cúpula
Mundial da Alimentação. CERESAN, 2006.
Menezes F, Maluf R. Caderno de segurança alimentar. FPH, 2000.
Ministério da Educação. Programa Nacional de Alimentação Escolar.
Presidência da Republica. Conselho Nacional de Segurança Alimentar
e Nutricional.
Segall-Corrêa AM. (In)segurança alimentar no Brasil – Validação de
metodologia para acompanhamento e avaliação. UNICAMP, 2003.
http://www.enenut2009.cjb.net/
www.executivanutricao.wordpress.com
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