VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE RELACIONADA À QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO: TEORES DE FLÚOR – 5a CRS Rosane A. Borges Áreas de interface/interesse: Saúde Bucal, Vigilância Ambiental Resumo: A Vigilância de Água para Consumo Humano está inserida num programa pactuado entre os três níveis das esferas de governo: Ministério da Saúde, por meio da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA – SISÁGUA); Estado do Rio Grande do Sul (VIGIÁGUA) e os Municípios (VIGIÁGUA). Nas metas pactuadas para a água, o monitoramento da qualidade através de análises é o que demonstra a presença ou ausência de risco para a Saúde Pública. Observou-se ao longo da execução de ações de monitoramento que, passados alguns anos, é de fundamental importância que dados gerados para controle de doenças sejam administrados e estudados, com o fim precípuo de cumprimento dos objetivos do pacto em saúde em relação à água potável. Identificar situações peculiares, através de dados gerados, para evitar que águas de abastecimento provenientes de Solução Alternativa Coletiva (SAC) e Solução Alternativa Individual (SAI) encontrem-se em desacordo com a legislação dos teores de flúor. O presente trabalho se propõe identificar o índice de fluoreto nas amostras de água recebidas no Laboratório Regional dos municípios da 5ª CRS, que apresentam resultados inadequados ao consumo humano, em relação aos parâmetros vigentes no Estado do Rio Grande do Sul. Identificar o número de amostras totais analisadas para verificar teores de flúor em água para consumo humano pelo Laboratório Regional em 2006; Identificar o número de amostras pactuadas no período entre o Estado-RS e os municípios da 5ª CRS; Identificar o número e o percentual de amostras inadequadas (fora do padrão - teor menor ou maior ao intervalo entre 0,6 mg/l e 0,9 mg/l) ao consumo humano através de análise de flúor; Identificar o número e o percentual de amostras adequadas (dentro do padrão) ao consumo humano através de análise de flúor. Resultados: O volume de análises realizadas traduziu um percentual de 86,4% de um total de 8427 amostras, evidenciando a presença de teores abaixo de 0,6mg/l. A presença do fluoreto adequado é demonstrada no percentual mais elevado em 58%. Observa-se em amostras oriundas da CORSAN( Companhia Riograndense de Saneamento) 1713 – 62,8% do total de SAA analisados: 206 casos de teores acima do adequado; 559 amostras com teores abaixo do adequado, 948 amostras com fluoreto adequado. Em alguns municípios, verificam-se teores acima do VMP com percentuais entre 0,4% e 14% do número total de análises realizadas pelos municípios. Dos 48 municípios da regional, 29 têm a água de SAA tratada pela CORSAN; 1 pela autarquia SAMAE( Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto), 17 por pequenos SAA e 1 não possui SAA apenas SAC. 30 SAA fluoretam a água através do tratamento. 16 pequenos SAA não fluoretam a água: apresentando índices quase nulos de presença de fluoreto natural. 1 pequeno SAA (Alto Feliz) fluoreta a água, porém de forma irregular, garantindo manutenção do teor apenas em 5 amostras de 27 analisadas (27%) No SAA de Santa Tereza o tratamento não inclui fluoretação e as amostras de água num total de 56 apresentaram flúor natural em 23% acima do padrão. Onde o tratamento deve seguir rigorosamente as legislações vigentes, municípios de Canela, Gramado, Guaporé, Garibaldi, a soma dos teores altos e baixos aproximam-se bastante para mais ou para menos do número de análises com teor adequado. De 47 SAA, apenas 1 atingiu 100% de teor adequado ao consumo humano; 13 SAA conseguiram manter teores de flúor dentro da faixa 0,6 mg/l a 0,9mg/l num percentual próximo a 50% do total de análises realizadas. Mais de 50% dos SAA não alcançaram 50% de análises com o teor de flúor na faixa indicada para consumo humano no RS.