CADASTRO DIGITAL – INTEGRAÇÃO DE DADOS COMERCIAIS E OPERACIONAIS MELHORANDO A GESTÃO DO SAA DE NOVO HAMBURGO/RS Sérgio Lopes Junior Encarregado de Equipe de CAD/GIS Graduando de Arquitetura e Urbanismo – UNISINOS, Téc. em Computação Gráfica, Téc. em Sistemas de Informação Geográfica Av. Coronel Travassos,287 CEP 93415-000 – F. 51-5871121 Fax 51-30361116 Novo Hamburgo, RS - e-mail: [email protected] PALAVRAS-CHAVE Gestão, cadastro, integração, banco de dados, sig OBJETIVO Informações confiáveis, precisas e disponibilizadas de forma ágil, são as bases para a análise de um problema e determinantes para uma tomada de decisão correta. Quando tratamos de um sistema de grande complexidade, como um sistema de abastecimento para uma cidade, o nível de informação requerido é imenso e normalmente as informações são encontradas dispersas em vários setores. O objetivo deste trabalho é o de aprimorar as informações cadastrais existentes, desenvolver processos de atualização e manutenção aumentando o nível de confiabilidade dos dados possibilitando assim a utilização de todas as informações disponíveis visando a máxima eficiência na gestão do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) de Novo Hamburgo. DESENVOLVIMENTO O Cadastro Digital do SAA de Novo Hamburgo foi implementado a partir de uma necessidade urgente de organização e mapeamento do sistema para que este pudesse ser operado com maior eficiência. No momento da entrega da concessão do SAA para a COMUSA, foram disponibilizadas plantas cadastrais em papel na escala 1:5000 com uma defasagem de atualização de 6 anos. Objetivando organizar estes dados e possibilitar a atualização dos mesmos foi executada uma primeira etapa de digitalização da base gráfica do sistema de abastecimento. Esta digitalização foi executada com base em uma restituição de um levantamento aerofotogramétrico de 1992 contratado pela prefeitura municipal de Novo Hamburgo. A partir desta base foram transcritas as plantas antigas contendo a malha de redes de abastecimento, que no caso de Novo Hamburgo soma mais de 650Km, para o sistema CAD. Considerando que cada trecho de tubulação pode conter um volume muito grande de informações importantes para a gestão do sistema tais como: estado de conservação, gastos com manutenção, material, diâmetro da tubulação, data assentamento, profundidade entre outros possíveis, o volume de dados resultante deste nível de organização do SAA demanda uma solução mais especializada do que um simples desenho CAD, por esta razão a COMUSA optou pelo uso de um Sistema de Informação Geográfica (SIG). Como a estrutura organizacional do arquivo seguiu na etapa de digitalização a mesma utilizada na planta analógica, ou seja, a execução deste trabalho não levou em conta a necessidade de um nível de organização adequada aos sistemas informatizados, isso trouxe uma série de problemas que necessitaram ser revisados e solucionados a fim de adequar o mapa digital para sua utilização em SIG. Toda uma estrutura de layers foi revisada, uma codificação de cores para as redes foi criada, além de tipos de linhas especiais codificadas por material e também toda uma gama de blocos de desenhos com atributos alfanuméricos. Toda esta organização foi especialmente criada com foco no aplicativo de SIG escolhido para ser utilizado, que foi o Autocad MAP, e esta pode ser utilizada em qualquer SAA que utilize o mesmo sistema. Este foi escolhido pela afinidade dos técnicos e engenheiros da empresa por ser o sistema CAD que já estava sendo utilizado para desenvolvimento de projetos e o mapeamento das redes. Os SIG trabalham com representações da realidade divididas em níveis de informação e possibilitam a interação entre estes níveis, deste modo o cadastro se adaptou a esta organização prevendo as possibilidades de uso em geoprocessamento destes dados. Com o objetivo de maximizar o uso de todas as informações disponíveis nos bancos de dados da empresa, principalmente o comercial e os dados operacionais, criou-se uma estrutura de cadastro que abrange desde o nível de consumo por ligação, a dados de serviços executados na rede, quantificação de custos e agrupamento destes dados de maneiras antes impossíveis de fazer quando as informações comerciais e operacionais não são integradas. RESULTADOS A estrutura de mapeamento criada pela COMUSA torna-se flexível pela riqueza de detalhes conseguida. O vínculo estabelecido, em ambiente SIG, entre os dados armazenados em bancos de dados por ligação de água, ou seja por consumidor, torna possível extrapolar e agrupar por exemplo: consumos micromedidos em qualquer outro nível de informação que englobe grupos de consumidores, como distribuir consumos por setor de manobra, rotas de leitura, áreas macromedidas, subsistemas de abastecimento ou qualquer outro tipo de estrutura ou subdivisão que venha a ser criada. A locação geográfica dos serviços executados na rede, nos fornece não apenas informações cadastrais importantes sobre a rede como sua localização precisa, profundidade entre outras mas também pode ser utilizada no sistema para visualizar e classificar setores de manobra por seus gastos com manutenção, deste modo a empresa pode centrar esforços e investir com maior eficiência, já que se conhecem os setores mais deficitários. A partir deste trabalho de organização do cadastro foi possível também desenvolver ferramentas que são utilizadas no dia a dia da empresa por técnicos de campo ou engenheiros de projeto. A principal ferramenta desenvolvida foi o servidor de mapas on-line, este disponibiliza a toda a empresa através da intranet, todos os dados cadastrais. Utilizando tecnologia freeware e desenvolvido pelo setor de cadastro da COMUSA, este servidor de mapas assume a filosofia implantada no cadastro de ser altamente flexível para atender a demandas específicas que venham a surgir. O Cadastro Digital do SAA implantado pela COMUSA mostra-se muito eficiente por ter sido estruturado pensando não apenas em armazenar informações cadastrais da rede mas sim em possibilitar a interação entre estes dados resultando na criação de informações novas e importantes para a gestão do SAA. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LISBOA FILHO, J. Modelagem conceitual de banco de dados geográficos: o estudo de caso do projeto PADCT/CIAMB. Porto Alegre, RS, 2000. ROCHA C. H. B. Geoprocessamento - Tecnologia Transdiciplinar. Juiz de Fora, MG, 2000.