Resumos do II Workshop de Genética Universidade Católica de Goiás – Goiânia – Goiás – Brasil www.ucg.br PREVALÊNCIA DE HPV-16 EM AMOSTRAS DE ADENOCARCINOMAS CERVICAIS DE GOIÂNIA-GO, BRASIL Saddi V.A.1,3, Oliveira A.G.1, Cintra H.S.1, Paganini J.1, Vaz L.P.1, Cruz A.D.1, Rebouças N.A.2 , Moreira M.A.R.4 II Workshop de Genética 1 Núcleo de Pesquisas Replicon, Departamento de Biologia, Departamento de Biomedicina e Departamento de Medicina, Universidade Católica de Goiás; 2 Departamento de Fisiologia e Biofísica, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo; 3 Hospital Araujo Jorge, Associação de Combate ao Câncer em Goiás; 4 Departamento de Anatomia Patológica, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Goiás. *[email protected] 18 Palavras chave: adenocarcinoma cervical; PCR; HPV-DNA; HPV-16; Apesar da infecção pelo HPV ser considerada o principal fator de risco para o adenocarcinoma cervical, estudos moleculares ainda não foram capazes de demonstrar o DNA do HPV em todas as amostras de adenocarcinomas. A constatação de que o HPV seja o agente causal do adenocarcinoma requer a detecção do genoma viral tanto nos tumores invasivos quanto nas lesões precursoras. Nosso estudo compreende a detecção e a genotipagem de HPV em amostras de adenocarcinoma cervical diagnosticados em Goiânia-Go. O estudo teve como objetivo detectar o DNA do HPV e genotipar o HPV-16 em 107 amostras de adenocarcinomas cervicais, obtidas de pacientes assistidas no Hospital Araújo Jorge, em Goiânia-GO, Brasil. Todos os casos foram revisados de acordo com critérios histológicos padronizados. Ensaios de PCR utilizando primers para amplificação de um segmento do gene GAPDH, foram usados para testar a viabilidade do DNA. Usando os primers genéricos (GP5+/GP6+) foi feita a detecção do genoma viral, enquanto primers específicos para o HPV-16 foram usados na genotipagem. Vinte amostras de adenocarcinomas cervicais rapidamente congeladas em nitrogênio líquido, sem nenhuma fixação ou nenhum tratamento físicoquímico prévio, e 87 amostras fixadas em formol e incluídas em parafina foram comparadas. Dentre as amostras congeladas, todas forneceram DNA satisfatório para amplificação por PCR. Dentre as amostras fixadas em formol e incluídas em parafina, três não forneceram DNA satisfatório para amplificação por PCR. O DNA do HPV foi detectado em todas (20/20) as amostras de adenocarcinomas congeladas em nitrogênio líquido e em 95% (80/84) das amostras fixadas em formol e incluídas em parafina. A genotipagem do HPV-16 foi positiva na grande maioria dos casos, perfazendo 73% das amostras analisadas. O HPV-16 foi igualmente detectado, tanto nas amostras de adenocarcinomas congeladas em nitrogênio líquido, como nas fixadas em formol e incluídas em parafina. O sucesso da amplificação de DNA do HPV em todas as amostras congeladas reflete a integridade das moléculas de DNA obtidas de tais amostras. Conclusão: Nosso estudo reforça o importante papel no HPV na gênese do adenocarcinoma cervical, entretanto, destaca o HPV-16 como o mais prevalente nos casos analisados. Diferenças regionais com relação ao genotipo viral mais comum nos adenocarcinomas têm sido relatadas e na maioria dos casos, o HPV-18 aparece como o tipo mais prevalente. Apoio financeiro: PROPE-UCG/ CNPq/PRONEX.