RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2013 APRESENTAÇÃO pág. TRANSPARÊNCIA 6 pág. 20 NOSSO NEGÓCIO É A CIÊNCIA DA VIDA pág. CUIDANDO DE QUEM CUIDA CIDADANIA pág. 34 56 78 EM AÇÃO pág. ENSINO E PESQUISA A SERVIÇO DA SAÚDE EM SINTONIA COM O MEIO AMBIENTE 110 pág. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2013 SOBRE ESTE RELATÓRIO 130 pág. 102 pág. 124 pág. APRESENTAÇÃO Muitas histórias são escritas dentro de um hospital. O ano de 2013 foi um período que podemos caracterizar principalmente pela continuidade de projetos iniciados em períodos anteriores. Os impactos gerados dentro ou fora do hospital são expressivos e, por isso, adotamos um conceito amplo de sustentabilidade que, apoiado nos pilares social, ambiental e econômico, serve de orientação para nossas estratégias. Neste ano, revisamos o mapa estratégico, alinhando nossa visão de futuro com o caminho que consideramos apropriado para alcançar nossa meta mais importante: assegurar a perenidade e os compromissos social e ambiental da instituição. Sabemos da responsabilidade que o nome deste hospital carrega. Ser uma das lideranças no mercado da saúde exige um enorme empenho, já que grande parte da sociedade nos considera pioneiros e detentores de uma expertise a ser replicada. Por causa disso, nossa responsabilidade sobre os impactos da operação é cada vez maior. Do ponto de vista ambiental, a ampliação de nosso hospital é um desafio diário. Essa obra, que vai dobrar a capacidade operacional da instituição, é realizada dentro de rígidos critérios de construção sustentável, com a inclusão de tecnologias relevantes para o desempenho assistencial e das áreas de apoio da instituição. Este tornou-se o marco mais importante do ano. A previsão de inauguração dos primeiros andares em 2014 exige um trabalho coletivo que envolve praticamente todos os colaboradores. A tarefa de implantar novos leitos nos impõe, além de infraestrutura adequada, um corpo de profissionais experientes que mantenham a qualidade de nossos serviços e beneficiem um maior número de pessoas. A respeito do pilar social, temos compromissos com a sociedade por meio dos projetos de responsabilidade social e apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS), projetos com a comunidade do entorno e um trabalho sólido na área de gestão de pessoas. Na responsabilidade social, esse foi mais um ano de projetos de expressiva abrangência. Nos cursos que visam à capacitação de profissionais do SUS, conseguimos alcançar a marca de mais de 21 mil participantes, todos compartilhando e adquirindo conhecimento que é aplicado na linha de frente dos serviços públicos de saúde do país. Este foi também um ano de ações significativas quanto à tarefa de engajar e reter nossos colaboradores. A pesquisa de engajamento – uma amostra consistente sobre o clima organizacional realizada em 2012 – indicou diversos pontos que precisávamos melhorar na gestão de pessoas. Um amplo leque de iniciativas trouxe a valorização dos profissionais mais antigos da casa. Demos início ao projeto que cria um plano de carreira para todos os colaboradores, ampliamos significativamente nossa creche para tentar eliminar as filas de espera, aumentamos as ações de qualidade de vida, entre outros benefícios. Temos a convicção de que nossos profissionais fazem a grandeza da instituição. Investimos nas pessoas por acreditar que somos o resultado do empenho de todos. Sustentabilidade é sempre um tema complexo em instituições de saúde como a nossa e exige transparência de informações. Em favor disso, lançamos, em 2013, o Portal do Paciente, iniciativa que esclarece e dá acesso a informações necessárias para uma assistência adequada e segura. Com mais esse canal de comunicação, envolvemos o paciente nas etapas e ações de seu tratamento. Nesta iniciativa unimos dois valores que compõem os pilares deste hospital: calor humano e excelência. É por meio do cuidado humanizado e altamente qualificado que garantimos uma assistência segura aos nossos pacientes. No campo do ensino, demos início ao nosso programa de pós-graduação stricto sensu em três áreas do conhecimento, desempenhando um papel ainda mais ativo no aprimoramento de profissionais que atuam na área da saúde. Por fim, lembramos do desafio diário que é manter nosso desempenho econômico. Garantir a perenidade da instituição, especialmente neste momento de grandes investimentos por causa do projeto de expansão, exige disciplina e dedicação rigorosas. Nosso esforço contínuo está, portanto, presente na redução de desperdícios, na otimização de processos e na racionalização do consumo em diversas frentes. É um conjunto de ações que foi adotado pelos colaboradores, seja por meio do aumento da produtividade, mantendo a qualidade da assistência, seja pelos austeros e responsáveis compromissos orçamentários. Afirmamos, sem hesitar, que esta tem sido uma das nossas maiores vitórias. Vivian Abdalla Hannud Presidente da Sociedade Beneficente de Senhoras Gonzalo Vecina Neto Superintendente Corporativo do Hospital Sírio-Libanês MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA TRAJETÓRIA EMPREENDEDORA E PIONEIRA Início do convênio com a Prefeitura de São Paulo para atendimento de pacientes do SUS Implantação do Serviço de Voluntários 1992 Escrevemos uma história de pioneirismo na incorporação de tecnologia e na realização de novos processos assistenciais Começa a funcionar a Unidade de Pediatria e o Centro de Transplantes de Órgãos Fundado o Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social Criado o Ambulatório de Pediatria Social, instalado próximo ao hospital, destinado a crianças em situação de vulnerabilidade social de até 12 anos 2010 Inaugurada a Unidade Itaim 1998 Chegam os primeiros equipamentos de última geração 2010 Inaugurado o Centro de Oncologia 1941 a 1959 Dr. Daher Cutait faz a primeira cirurgia no hospital e assume a Diretoria Clínica 1959 Ocorre o primeiro evento para arrecadar fundos para a reforma do prédio 1965 Inaugurado oficialmente o Hospital Sírio-Libanês, com 35 leitos Concluído o prédio de 10 andares (bloco B): início do crescimento Criado o primeiro serviço de radioterapia com acelerador linear do Brasil Publicação do primeiro relatório de sustentabilidade – com os resultados alcançados em 2009 – em consonância com as metodologias da Global Reporting Initiative (GRI) 1999 1961 O prédio é ocupado pela Escola de Cadetes de São Paulo Criado o Centro de Estudos e Pesquisa (CEPE) que, em 2003, torna-se o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP) 2008 1998 1937 Nasce a Unidade de Terapia Intensiva, pioneira no país O hospital é acreditado pela Joint Commission International (JCI) O CEPE passa a oferecer cursos de pós-graduação lato sensu, com os programas de residência médica Lançada a pedra fundamental do hospital 1972 2007 1995 1931 1972 Implantado no hospital o primeiro tomógrafo 64C do país Implantada a Escola de Enfermagem Comprado o terreno de 17 mil m2 para a construção do hospital 1972 2005 1994 1923 Violeta Jafet (filha de Adma Jafet) assume o projeto de reconstrução e a presidência da Sociedade Renovação da Diretoria de Senhoras, decisão de profissionalizar a gestão da instituição e contratação de consultoria da Fundação Getulio Vargas (FGV) 1992 Criada a Sociedade Beneficente de Senhoras 1960 2004 Inaugurado o terceiro prédio (bloco C), totalizando 300 leitos 1921 1978 2003 1981 Instituído no hospital o primeiro programa de telemedicina do país 2011 2000 Inauguradas as Unidades Brasília Centro de Oncologia e Jardins - Clínica da Mulher Realizada a primeira cirurgia por microcâmera do Hemisfério Sul 2001 2012 Construído o Memorial em homenagem a Adma Jafet e Daher Cutait Implantada a Unidade Avançada de Insuficiência Cardíaca (UAIC) 2001 Implantado o programa comunitário Abrace seu Bairro, destinado à melhoria da qualidade de vida de famílias em condições de vulnerabilidade social da Bela VIsta 2003 Começa a funcionar no hospital o equipamento PET/CT de medicina nuclear, o primeiro da América Latina 2013 Portal do Paciente: o Hospital Sírio-Libanês é precursor na criação de um canal na internet que dá transparência às informações a fim de ampliar a segurança de seus pacientes e do público em geral 2014 Será inaugurada a principal fase do maior programa de expansão do Hospital Sírio-Libanês, que dobrará a capacidade atual de atendimento Relatório de Sustentabilidade 2013 10 | 11 APRESENTAÇÃO com a comunidade local, detalhados nas páginas deste relatório, são os melhores exemplos de que não saímos de nossa rota traçada há 92 anos. Temos desenvolvido a ciência da saúde, promovendo a assistência médica e social, cuidando de nossos pacientes, aprimorando técnicas, compartilhando experiência, pesquisando e ensinando. Para cumprirmos nossa missão diária, criamos uma fórmula cujos componentes – calor humano, pioneirismo, filantropia, conhecimento e excelência – sintetizam nossa essência. Fachada do bloco C, inaugurado no início da década de 1990 TRAJETÓRIA APOIADA Profissionais que atuam no Laboratório de Reprodução Humana EM VALORES Instituição brasileira de saúde sem fins lucrativos, a Sociedade Beneficente de Senhoras, que deu origem ao Hospital Sírio-Libanês, foi formalizada em 28 de novembro de 1921. Esse processo iniciou-se com um grupo de mulheres das comunidades síria e libanesa lideradas por Adma Jafet que, na ocasião, lançara o desafio de construir “um hospital que atendesse a todas as classes sociais”. Oficialmente inaugurado em 1965, após o prédio ter sido requisitado pelo governo do Estado, o hospital começou com 35 leitos e planos ambiciosos de crescimento, amparados nas doações de pessoas que compartilhavam o sentimento de retribuir à nação brasileira o privilégio de terem sido bem acolhidas e a oportunidade de fixar residência e de progredir. Esse foi apenas o início de nossa história. Se nessas décadas obtivemos variadas conquistas e reconhecimentos é porque nunca esquecemos da trajetória permeada por momentos de luta e adversidades, de tenacidade e trabalho árduo, que foram fundamentais para concretizar o propósito filantrópico que perdura até os dias atuais. Os muitos projetos de apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS), a contribuição com a saúde pública municipal e estadual e os programas Qualidade e segurança são os dois principais focos na assistência aos pacientes Por isso, a incorporação constante e necessária de novas tecnologias, a evolução das práticas médicas e o programa expansionista da instituição não afastaram nossa essência, traduzida em cuidado com os pacientes, integração de equipes e cooperação entre os colaboradores e o corpo clínico. Por acreditarmos que conhecendo mais cuidamos melhor, construímos três pilares sólidos: assistência, ensino e pesquisa e responsabilidade social. Na assistência disponibilizamos tratamentos de alta complexidade, programas de medicina preventiva, atendimento médico de urgência, centro de diagnósticos, reabilitação, núcleos e centros de especialidades. Além da matriz no bairro da Bela Vista, possuímos as seguintes unidades: no bairro do Itaim Bibi/SP com centros de diagnóstico, de oncologia, de reprodução humana e de check-up, além de hospital-dia; centro de saúde da mulher, no bairro dos Jardins/SP; e centro de oncologia, em Brasília/DF. Nossas instalações totalizavam, no fim de 2013, 372 leitos, dos quais 48 na Unidade de Terapia Intensiva. Relatório de Sustentabilidade 2013 12 | 13 APRESENTAÇÃO Na inter-relação desses pilares, que trabalham em sintonia, está o nosso propósito: cuidar. Para alcançar a excelência no cuidar destacamos o serviço de voluntários, um exemplo de cidadania, que há 32 anos colabora na construção do relacionamento humanizado com pacientes e acompanhantes. Assistência Para avançarmos ainda mais, em 2008 criamos o Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês que, embora seja uma entidade jurídica independente, tem a mesma preocupação com o cuidar, que está na essência do trabalho realizado pela Sociedade. Faz a gestão de unidades de saúde públicas, levando a experiência e o conhecimento adquiridos ao longo dessas décadas aos pacientes do SUS. Ensino/Pesquisa Esses números praticamente dobrarão com a inauguração das novas torres na Bela Vista, até 2016. O Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP) é o centro difusor de nosso conhecimento, onde reunimos iniciativas educacionais que integram a teoria e a prática com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da qualidade assistencial, a incorporação de novas tecnologias e a promoção Responsabilidade social e acesso à medicina de ponta para um número crescente de brasileiros. A responsabilidade social integra os projetos no campo da saúde pública nos quais compartilhamos nossa experiência e conhecimento com o Sistema Único de Saúde (SUS). Permeia, portanto, a assistência, o ensino e a pesquisa e completa a tríade da Sociedade. É o que melhor representa a cultura de nossa instituição. Por sermos uma instituição que cuida, zela pela vida e trabalha pela reabilitação e reintegração social dos pacientes que procuram nossos serviços, sabemos que temos a obrigação de oferecer pessoal altamente capacitado. Porém, vamos além, ao reunir um time que adota o cuidado com o paciente como o objetivo primeiro de suas carreiras. Nossa prática médica está alinhada às principais tendências do setor de saúde e nos destacamos em tratamentos de alta complexidade em várias especialidades médicas. Muitos de nossos profissionais são referência no Brasil e no exterior. A cada ano investimos mais em capacitação e atualização a partir de uma sólida estrutura de treinamentos, incentivos à pesquisa e estimulo à participação e realização de congressos nacionais e internacionais. Nossa qualidade é acreditada pela certificação da Joint Commission International, que desde 2007 atesta o padrão de excelência de nossos serviços e nos auxilia na busca contínua pela melhoria de processos e a segurança dos pacientes e profissionais de saúde. Em 2013, nós avançamos e nos preparamos para as certificações ISO 14001, de gestão ambiental, e OHSAS 18001, de gestão de segurança do trabalho e saúde ocupacional. Equipe assistencial e voluntários atuam de forma integrada Relatório de Sustentabilidade 2013 14 | 15 EM DESTAQUE Nossa missão também está presente aqui Construindo o nosso futuro As várias ações e os indicadores decorrentes do planejamento estratégico têm sido comunicados a todos os colaboradores pelo Integra, programa que adotou o slogan “Construindo o nosso futuro” e que tem como principais objetivos dar visibilidade às ações do plano estratégico e manter a equipe sintonizada com a melhoria dos processos internos. Ensino: poder transformador Fortalecendo o diálogo com nossos pacientes Cuidar também é ouvir, informar e orientar sobre procedimentos e dar transparência às ocorrências que podem desafiar o cumprimento de nossos objetivos e a segurança de nossos pacientes. Reconhecemos o protagonismo daqueles que nos escolhem para recuperar a saúde e, para tanto, criamos, em nosso endereço na internet, o Portal do Paciente. Também abrimos outros canais de diálogo, como a pesquisa pós-alta. Responsabilidade social: retribuir e ir além Ampliamos os projetos de assistência, ensino e pesquisa, em conjunto com o Ministério da Saúde, em 2013. Qualificados como instituição filantrópica de excelência, devolvemos as isenções fiscais em forma de serviços à sociedade e, invariavelmente, seguimos além dessa obrigatoriedade. Nosso diferencial principal é criar multiplicadores de conhecimento para que nossa experiência seja replicada em unidades públicas de saúde por todo o país. Colaborar significa trabalhar junto Os resultados da pesquisa de engajamento 2012 estimularam iniciativas de valorização constante de nossos colaboradores. Os programas Tempo de Casa, Celebra Equipe, Meu Valor e Trilhas de Carreira chegaram para enaltecer os profissionais que fazem a diferença, são motivados e trabalham com dedicação. Evolução da qualidade A padronização dos processos assistenciais e o monitoramento de inúmeros indicadores têm contribuído para a evolução de nossa qualidade. Nosso empenho diário é implementar melhorias contínuas dos processos e o cumprimento das exigências ambientais, sociais e econômicas do mercado de saúde. Disseminamos a cultura do aprimoramento às nossas equipes e nos preparamos para as certificações ISO 14001 e OHSAS 18001, bem como para a recertificação da Joint Commission International (JCI). O Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP) desenvolve uma metodologia transformadora: construir conhecimento por meio da reflexão em cima da prática. Em 2013, avançamos ao aprofundar o conhecimento de diferentes cenários em várias regiões do Brasil. Iniciamos, em parceria com o Ministério da Saúde e com apoio da Fundação Dom Cabral (FDC), a capacitação de gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) de 32 regiões de saúde brasileiras, com o objetivo de contribuir para a melhoria da gestão da área no setor público. A iniciativa integra uma série de projetos de responsabilidade social do hospital referentes ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde, que estão sendo executados no período 2010-2014. Pesquisa: espiral virtuosa do conhecimento Para ensinar, é preciso conhecer. Conhecer é estar envolvido na produção do conhecimento. Produzir conhecimento é o que nos qualifica a ensinar. O programa de mestrado e doutorado acadêmico em ciências da saúde do IEP foi aprovado pela CAPES/MEC, e a primeira turma teve início em março de 2013. Nossa produção científica tem sido publicada nas principais revistas nacionais e internacionais. Durante o ano, foram 117 artigos. As parcerias do Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social com o município e o Estado de São Paulo nos dão a possibilidade de compartilhar nosso conhecimento e ampliar o alcance de nosso trabalho. Ao levar nossa expertise a várias comunidades, desenvolver e aperfeiçoar alunos residentes, oferecer cursos e melhorar os resultados a cada ano, o Instituto faz uma significativa contribuição aos usuários da assistência pública de saúde. Expansão Desde 1972, com a inauguração do bloco B, estamos em contínua expansão. Em 2005, construímos o plano estratégico formal para o crescimento da instituição que considerou um projeto de arquitetura e ocupação hospitalar para os anos seguintes. O resultado foi um programa composto por uma sucessão de fases que vem transformando a instalação inicial em um complexo de saúde maior e melhor. Até 2016, com a inauguração das novas torres, a matriz da Bela Vista receberá mais 85 mil m2, dobrando o espaço atual de atendimento. São edifícios projetados e construídos de acordo com os padrões do US Green Building Council, organização internacional que certifica edificações sustentáveis que minimizam os impactos ao meio ambiente. Outras obras estão previstas para os próximos anos no entorno, como um edifício destinado a hospital-dia, outro com espaços para pacientes de longa permanência e grandes pavimentos com vagas de estacionamento, a fim de mitigar o impacto do trânsito na região. Um dos destaques dessa expansão é o novo data center. Com 160 m² de área, a estrutura está preparada para o início da operação das novas torres e o crescimento da instituição nos próximos anos. Será responsável por garantir o funcionamento dos sistemas de informação e o armazenamento de dados. Os avanços tecnológicos e as novas instalações comprovam as grandes mudanças pelas quais temos passado nessas décadas. Relatório de Sustentabilidade 2013 16 | 17 RECONHECIMENTOS E PREMIAÇÕES O Serviço de Radioterapia ganhou os dois principais prêmios durante o IV Encontro de Residentes da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) e o XV Congresso da SBRT, realizados em Fortaleza (CE). Os trabalhos foram apresentados pelo médico residente Dr. Elton Trigo Teixeira Leite e pelo médico assistente Dr. Gustavo Nader Marta. A atuação do Hospital SírioLibanês na área de gestão de pessoas foi premiada pela editora Gestão & RH. A instituição recebeu um certificado e constou da lista das 150 Melhores Empresas em Práticas de Gestão de Pessoas – PGP 2012. O relatório Be a hero, give blood: stories from around the world, publicado pela Cruz Vermelha da Coreia do Sul em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), deu destaque à comemoração do Dia Mundial do Doador de Sangue promovida pelo Hospital Sírio-Libanês. Pelo segundo ano consecutivo, o Hospital Sírio-Libanês foi eleito a empresa mais admirada do país no setor da saúde pelo jornal DCI, que publica esse ranking anualmente, baseado nos votos colhidos junto a executivos das empresas do setor e líderes de opinião. A Profª. Drª. Vera Maria Cury Salemi, integrante da equipe da Unidade Crítica Coronariana (UCC), foi homenageada pela Associação Beneficente e Cultural da Comunidade do Hospital das Clínicas e recebeu o prêmio World Parlament of Security and Peace pela sua atuação na área da saúde. Um estudo inédito que trouxe resultados muito relevantes no diagnóstico do câncer de ovário e que teve a participação do Prof. Dr. Jesus Paula Carvalho, integrante do corpo clínico, foi publicado como artigo de capa da revista Science Translational Medicine. O Dr. Vanderson Rocha, coordenador da Unidade de Transplante de Medula Óssea (TMO), recebeu em abril a Medalha da Inconfidência, a mais alta insígnia concedida pelo governo mineiro a personalidades que prestaram serviços relevantes à sociedade e contribuíram para o desenvolvimento do Brasil. Um trabalho desenvolvido por médicos integrantes do Serviço de Medicina Nuclear e PET/CT recebeu o prêmio Alexander Gottschalk como o melhor trabalho em oncologia clínica do Congresso da Society of Nuclear Medicine and Molecular Imaging (SNMMI), em Vancouver, no Canadá. O estudo tem como autores Aline Leal, Maurício Etchebehere, Allan Santos, Celso Darío Ramos, Edwaldo Camargo e Elba Etchebehere. O Hospital Sírio-Libanês obteve a certificação Fixação Segura, na categoria Diamante (nível mais alto), concedida pela 3M do Brasil. O Dr. Ricardo Beyruti, cirurgião torácico do corpo clínico e membro do Núcleo de Doenças Pulmonares e Torácicas, foi o primeiro brasileiro indicado a integrar o Comitê Internacional de Estadiamento do Câncer de Pulmão da International Association for the Study of Lung Cancer (IASLC). A instituição foi eleita centro de excelência do Brasil na área da saúde, em um estudo conduzido pela revista HealthCare Management, que destacou os esforços para garantir a sustentabilidade e aprimorar continuamente os processos de assistência ao paciente. A Câmara Municipal de São Paulo outorgou a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade aos professores doutores Alfredo Barros e Miguel Srougi. Pelo segundo ano consecutivo, a revista Época selecionou dois médicos do hospital como lideranças nacionais: os professores doutores Roberto Kalil Filho e Miguel Srougi, que apareceram na lista das personalidades mais influentes do Brasil em 2013 por contribuírem ativamente para o desenvolvimento da sociedade, praticando uma medicina humanizada e de alto nível. Uma equipe liderada pela cirurgiã Dra. Cintia Yoko Morioka foi agraciada com o prêmio Young Investigator Awards durante o congresso anual da American Pancreatic Association (APA), realizado em Miami/EUA. O Prof. Dr. Fausto Hironaka, um dos pioneiros na implantação da UTI do Hospital Sírio-Libanês e da medicina nuclear brasileira, recebeu o título de Fellow na American Heart Association (AHA). Relatório de Sustentabilidade 2013 18 | 19 1 TRANSPARÊNCIA Para nós, essa prática significa educar, orientar e informar as pessoas. TRANSPARÊNCIA DNA DA INSTITUIÇÃO Os fundamentos que norteiam as atividades Os vários itens incluem preceitos como: diárias da Sociedade Beneficente de transparência, honestidade, dignidade da Senhoras Hospital Sírio-Libanês estão pessoa humana, respeito ao semelhante, firmemente arraigados às práticas de lealdade, comprometimento, qualidade e cidadania, justiça social e solidariedade, o desenvolvimento de todos, buscando razões de ser da instituição. Um dos um melhor atendimento aos pacientes, à desafios é transmitir esses princípios à comunidade e aos colaboradores. As regras população de colaboradores jovens e recém- de contratação e negociação exigem contratados que, como os demais, devem um comportamento íntegro em relação a zelar pela perenidade da Sociedade e de fornecedores, a pacientes e seus familiares sua essência. No hospital, o modelo de e aos colegas. atendimento e cuidado das equipes mais Quanto à ética médica, o hospital adota o antigas tem sido o principal exemplo que manual do Conselho Federal de Medicina inspira os mais novos e que faz com que (CFM) que, entre outros assuntos, aborda a missão, a visão e os valores sejam muito relação com pacientes e familiares, sigilo mais do que simples frases. profissional, responsabilidades e direitos. Todos os colaboradores têm acesso Essas publicações refletem os itens que têm ao manual em que estão expressos os elevada significância para a instituição e códigos de conduta e de ética profissional. reforçam o cuidado com o paciente. Atuação de todos os profissionais é orientada pelo manual de conduta e ética MISSÃO VISÃO A Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês é uma instituição filantrópica brasileira que desenvolve ações integradas de assistência social, de saúde, de ensino e de pesquisa. Ser reconhecida internacionalmente pela excelência, liderança e pioneirismo em assistência à saúde e na geração de conhecimento, com responsabilidade social, ambiental e autossustentabilidade, atraindo e retendo talentos. VALORES Pioneirismo Excelência Filantropia Conhecimento Calor humano Integrantes das equipes gerencial e médica da Unidade Brasília Relatório de Sustentabilidade 2013 22 | 23 TRANSPARÊNCIA ( MODELO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA: construindo confiança pela transparência A cooperação entre pessoas, departamentos administrativos, a estrutura organizacional e unidades é a base da governança (vide quadros a seguir) possui níveis corporativa da Sociedade Beneficente de ecisórios que trabalham em conjunto com Senhoras Hospital Sírio-Libanês, que entende comitês e comissões multidisciplinares. que essa característica é indissociável de Os órgãos diretivos são: Assembleia Geral, sua missão como instituição brasileira sem fins lucrativos e filantrópica. A Sociedade tem caráter beneficente, social e científico e integra as áreas de assistência social, saúde, ensino e pesquisa. Seu quadro social é constituído por pessoas físicas ou jurídicas e distribuído da seguinte maneira: Fundadores: grupo das 27 pessoas que assinaram a ata de fundação da Sociedade Beneficente de Senhoras em 1921. Sócios beneméritos: são aqueles que fizeram contribuições por meio de doações, legados ou relevante prestação de serviços à Sociedade Beneficente de Senhoras ou à humanidade, mediante proposta da Diretoria ou do Conselho Deliberativo e aprovação desse último órgão. Sócios honorários: são os que, por ato Conselho Deliberativo, Diretoria de Senhoras, Conselho de Administração Superintendência Corporativa Conselho de Administração e Conselho ) Superintendência de Estratégia Corporativa Fiscal. Os integrantes que compõem os órgãos diretivos exercem suas funções Diretoria Clínica Conselho de Ensino e Pesquisa do IEP estatutárias de forma não remunerada. A Assembleia Geral, composta apenas por mulheres, é o órgão deliberativo soberano. Nela, apenas as sócias efetivas têm direito a voto. O Conselho de Administração é o órgão diretivo máximo da governança e possui 12 membros, escolhidos pela Diretoria de Senhoras. Seus componentes são: quatro senhoras da mantenedora, Comitê de Ética em Pesquisa Gerência de Oncologia e Unidade Itaim Comissão Assessora da Diretoria Clínica Gerência da Unidade Jardins Gerência de Planejamento Estratégico Comissão de Ética Médica Gerência da Unidade Brasília Gerência de Marketing e Comunicação Corporativa Comissão de Credenciamento SAC Gerência de Relações Institucionais quatro empreendedores com experiência em gestão administrativa e/ou hospitalar e quatro médicos do corpo clínico do hospital, criando o equilíbrio necessário para a tomada de decisões. Têm a de relevância social, tenham feito jus a esse missão de proteger, valorizar e perenizar título por indicação e aprovação da Diretoria. a instituição. São responsáveis por indicar O membro da Diretoria Executiva ou do os superintendentes corporativo e de Conselho Deliberativo que tenha exercido o estratégia corporativa, que, juntamente com cargo por cinco mandatos os demais superintendentes, compõem a passa automaticamente à categoria de alta administração. associado honorário. A busca pela transparência permeia todos Contribuintes: grupo composto por Sociedade Beneficente de Senhoras Superintendência de Engenharia e Obras Superintendência de Novos Negócios e Farmácia Superintendência de Filantropia Superintendência de Ensino e, por isso, a comunicação dos princípios de forma regular e contínua, mensalidades da governança tem adquirido importância ou anuidades. crescente, bem como o compartilhamento Para garantir qualidade, segurança e de informações sobre ações e decisões de eficiência dos processos assistenciais e todas as áreas. Superintendência de Logística Superintendência de Controladoria e Finanças Superintendência de Gestão de Pessoas e Qualidade Superintendência Comercial Superintendência Técnico-Hospitalar Superintendência de Atendimento e Operações Comissões Assessoria Superintendência de Pacientes Internados os níveis dessa estrutura organizacional pessoas físicas ou jurídicas que pagam, Superintendência de Pesquisa Superintendência de Tecnologia da Informação ORGANOGRAMA 2013 Relatório de Sustentabilidade 2013 24 | 25 TRANSPARÊNCIA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Assembleia Geral Órgão deliberativo soberano, composto por 380 associados da instituição. Elege o Conselho Deliberativo e decide sobre outros assuntos submetidos à sua apreciação. Reúne-se a cada três anos. Conselho Deliberativo Presidente Anna Maria Tuma Zacharias Vice-presidente Denise Alves da Silva Jafet Secretária-geral Maria Angela Atallah 1ª Secretária Lenah Barrionuevo Cochrane Cutait Integrantes Adriana Abdalla Hannud Rizkallah Adriana Penteado Camasmie Alzira Maria Assumpção Angela Haidar Chede Cecilia Elisabeth Cassab Cutait Cecília Rizkallah Camasmie Claudia Camasmie Ferraretto Claudia Chohfi Cristiane Tamer Lotaif Cynthia Parodi Cutait Dolly M. Lahoud Dora Camasmie Jereissati Dulce A. C. Abdalla Edith Jafet Cestari Edmea Eduardo Jafet Eliane Cury Nahas Elizabeth Camasmie Zogbi Elizabeth Nahas Trabulsi Flavia Assad Jafet Georgia Abdalla Hannud Gladis Chade Cattini Maluf Grace Tamer Lotaif Cury Guilnar Atallah Abbud Ieda Karan de Araujo Vianna Irene Jafet Panelli Laura Emilia Calfat Chammas Lilian Cury Lilian Dabus Zarzur Lina Saigh Maluf Lourdes Henaisse Abdon Luciana Murad Hannud Maria Angela Kalil Rizkallah Maria de Lourdes F. Junqueira Franco Maria Helena Andraus Cintra Maria Regina Ugolini Chamma Marilena Camasmie Razuk Marilena Racy Bussab Marta Kehdi Schahin Milena Abdalla Hannud Munira Salomão Nancy Luiza Pagnoncelli Cury Neide Salemi Rosemary Schahin Archer de Carmargo Ruth Salem Sader Sandra Mary Maluf Elias Sandra Sarruf Chohfi Silvana Said Haidar Silvane Racy Cury Sonia Abdalla Jafet Sylvia Suriani Sabie Vania Cutait de Castro Cotti Vera Assad Jafet Kehdi Vera Lygia Bussab Saliba Vivian Abdalla Hannud Zeina Chakmati Conselho Fiscal Membros efetivos Sr. Antonio Sarkis Junior Sr. Marcelo Haddad Buazar Sr. Paulo André Jorge Germanos Suplentes Dr. Alexandre Saddy Chade Sr. Marcelo Chakmati Diretoria da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês Presidente Honorária Violeta Basílio Jafet Presidente Vivian Abdalla Hannud 1ª Vice-presidente Dulce Antonia Camasmie Abdalla 2ª Vice-presidente Marta Kehdi Schahin Secretária-geral Vera Jafet Kehdi 1ª Secretária Marilena Racy Bussab Tesoureira-geral Maria Helena Andraus Cintra 1ª Tesoureira Claudia Chohfi 2ª Tesoureira Renata Rizkallah Diretora de Patrimônio Cecília Elisabeth Cassab Cutait Diretora de Sede Irene Jafet Panelli Diretora Social e de Eventos Sandra Sarruf Chohfi Diretora Social e de Eventos Marilena Camasmie Razuk Diretora de Relações Públicas e Marketing Sylvia Suriani Sabie Diretora de Ações Sociais Edith Jafet Cestari Diretora de Ações Sociais Lílian Cury Diretora de Voluntariado Angela Haidar Chede Conselho de Administração Sra. Angela Haidar Chede Sra. Dulce A. Camasmie Abdalla Sra. Marta Kehdi Schahin Sra. Vivian Abdalla Hannud (presidente) Prof. Dr. Giovanni Guido Cerri Prof. Dr. Paulo Hoff Prof. Dr. Roberto Kalil Filho Prof. Dr. Sergio Carlos Nahas Sr. Luiz Henrique Maksoud Sr. Fabio Cutait Dr. Mauricio Ceschin Sr. Salim Taufic Schahin Conselho Vitalício O Conselho Vitalício é composto por ex-diretoras e ex-conselheiras deliberativas que atingiram a idade de 75 anos. Arlette Abussamra Yazigi Beatriz Jafet Chohfi Ellye Zarzur Cury Gladys Irma Maluf Chamma Guinar Calfat Andraus Ilda Zarzur Ivette Rizkallah Lilian Nader Atallah Lourdes Zarzur Cury Lucia Camasmie Kurbhi Magnólia Chohfi Atallah Maria Sylvia Haidar Suriani Myrna Suriani Haidar Rachel Tamer Lotaif Rose Zarzur Cozman Vera Cattini Mattar Zilda Camasmie Taleb Comissão Médica Prof. Dr. Antranik Manissadjian Prof. Dr. Dario Birolini Prof. Dr. David Everson Uip Prof. Dr. Fábio Biscegli Jatene Prof. Dr. Lenine Garcia Brandão Prof. Dr. Marcel Cerqueira César Machado Dr. Mario Luiz Silva Barbosa Prof. Dr. Milberto Scaff Prof. Dr. Paulo Hoff Prof. Dr. Rudelli Sergio Andrea Aristide Prof. Dr. Sérgio Carlos Nahas Dra. Yana Augusta Sarkis Novis Comissões multidisciplinares Comissão de Ética Médica Comissão de Ética de Enfermagem Comissão de Controle de Infecção Hospitalar Comissão Assessora da Diretoria Clínica Comissão de Credenciamento Comissão Intra-hospitalar de Transplantes Comissão de Revisão de Prontuários Médicos Comissão de Revisão de Óbitos Comissão de Padronização e Auditoria Transfusional Comissão de Farmácia e Terapêutica Comissão de Reanimação Cardiopulmonar Comissão de Pronto-Atendimento Comissão de Vanguarda Comissão do Paciente Crítico Comissão de Unidades Críticas Comissão dos Núcleos de Medicina Avançada Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional Relatório de Sustentabilidade 2013 26 | 27 TRANSPARÊNCIA MAPA ESTRATÉGICO SUSTENTABILIDADE MODELO DE GESTÃO E Racionalizar custos PROGRAMA INTEGRA O modelo de gestão do hospital tem particularidades. Por ser uma instituição beneficente, com missão filantrópica e compromissos com a qualidade no atendimento, saúde, pesquisa e ensino, possui uma estrutura cuja complexidade é explicitada na interdependência das diversas áreas. Em essência, o modelo tem os propósitos de gerir para preservar a qualidade e o crescimento; fazer frente às despesas e garantir o reinvestimento; aplicar seu conhecimento em prol da responsabilidade social e ambiental; e, com tudo isso, manter a visão no futuro, a sustentabilidade e a perenidade. O mapa estratégico denominado Integra reúne diretrizes que orientam a instituição para o futuro planejado. Com base no tema central O hospital em 2020, a instituição desenvolveu, em 2013, um processo que permitiu entender e avaliar o comportamento das variáveis externas relevantes. Esse processo, denominado Inteligência Estratégica, teve início por meio do levantamento de tendências, da construção de cenários e da identificação de oportunidades de novos negócios. Tais ações foram realizadas em cinco grupos temáticos: sociedade, responsabilidade social, economia, política e tecnologia. As tendências foram discutidas no âmbito mundial, nacional e do setor da saúde, com a participação de 47 profissionais da instituição. Posteriormente, foi realizado um workshop que teve como principal propósito construir possíveis contextos de negócios para a instituição até 2020, assim como a definição e a descrição dos cenários. A importância de ter mapeado os Assegurar a perenidade e a responsabilidade social da instituição quatro cenários é a possibilidade de monitorar e garantir mecanismos de saída do cenário atual quando houver necessidade de migrar para outro. Esse processo é possível a partir da construção do painel de monitoramento das variáveis externas, que também foram confirmadas no workshop. Com base na análise do contexto externo e na consolidação dos aprendizados advindos de dois anos de execução da gestão da estratégia, foi possível simplificar o mapa estratégico, com a eliminação de determinados objetivos e a incorporação de novos desafios. Aumentar receitas MERCADO Pioneirismo Filantropia Conhecimento Excelência Calor humano Fortalecer a marca como referência nos modelos de responsabilidade social, assistência, ensino e pesquisa Aumentar a base de clientes PROCESSOS INTERNOS EXCELÊNCIA CRESCIMENTO Garantir qualidade, segurança e eficiência dos processos assistenciais e administrativos Inovar em processos e tecnologias Capacidade Escala Expandir a operação e ser efetivo na geração de novos negócios Fortalecer o relacionamento com operadoras, clientes corporativos e pacientes particulares PILARES Minimizar o impacto da operação no meio ambiente Gerar conhecimento e desenvolver profissionais na área da saúde PESSOAS PESSOAS Aprimorar a aliança com o corpo clínico Modelo de gestão tem como objetivos assegurar a qualidade dos serviços e o desenvolvimento da instituição Ser relevante no aprimoramento do SUS Desenvolver pessoas O processo de Inteligência Estratégica permitiu, ainda, a sistematização dessas análises externas com a criação de um fórum de Inteligência Estratégica, que se reunirá a cada semestre e terá a participação de membros do Comitê Executivo, da Diretoria de Senhoras e do Conselho de Administração, além de Atrair e reter talentos colaboradores e convidados externos. O objetivo é manter a aderência da estratégia perante as realidades internas e externas, fornecer insumos para decisões estratégicas, envolver os colaboradores na construção e disseminação da estratégia da instituição e impulsionar a inovação o tempo todo. Relatório de Sustentabilidade 2013 28 | 29 TRANSPARÊNCIA COMPROMISSO COM O DIÁLOGO PRINCIPAIS PÚBLICOS Médicos O compromisso com a transparência pode ser demonstrado também pela relevância que tem a comunicação enquanto ferramenta de diálogo e relacionamento com os públicos. Comunicação com o público interno Para a comunicação interna são utilizados canais que tanto disseminam informações de forma organizada, clara e objetiva, quanto possibilitam que o colaborador possa expressar opiniões e sugestões. Os fóruns participativos, por exemplo, dão a oportunidade de os gestores e colaboradores falarem e serem ouvidos pelo corpo diretivo da instituição, estimulando as sugestões, a integração e a valorização das questões do dia a dia. O Encontro com o Dr. Gonzalo (Superintendente Corporativo), de periodicidade trimestral, objetiva posicionar os colaboradores sobre o andamento das atividades, esclarecer dúvidas e transmitir avisos relevantes. É aberto a todos os colaboradores e divulgado com antecedência, de modo que todos possam se programar para participar. O projeto foi lançado em 2011. Outro fórum é o Portas Abertas, mais uma iniciativa da superintendência corporativa voltada ao atendimento dos colaboradores que queiram falar pessoalmente com a alta direção. É possível apresentar sugestões e críticas, buscar orientações, esclarecer dúvidas e reportar situações de conflito interno. O agendamento é feito pelo próprio interessado. Essa iniciativa foi lançada em 2005 e tem cerca de oito participantes por mês. Comunidade Pacientes Colaboradores HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS Fornecedores Comunidade científica Imprensa Público em geral Governo O terceiro fórum é o Comitê Ampliado, um encontro mensal entre superintendentes, gerentes e coordenadores para a apresentação de resultados financeiros e ações estratégicas, além de discutir cases e superação de desafios das áreas de forma multidisciplinar, incentivando a troca de conhecimento e soluções. tomadas, a fim de inibir reincidências. O colaborador tem a opção de se identificar, deixando telefone ou e-mail de contato para receber um retorno, ou então utilizar o canal de forma anônima. As solicitações são recebidas pelo SAC, que as encaminha para a área ou o gestor competente. Por fim, há o Encontro com Gestores, que é uma reunião trimestral da qual participam supervisores, coordenadores, gerentes e superintendentes. É voltado à discussão de resultados e indicadores institucionais. As apresentações são separadas por temas, e os gestores recebem orientações no sentido de compartilhar as informações com suas equipes. Pela intranet, o colaborador tem acesso também ao Sistema de Gestão de Pessoas (SIGEP) onde encontra informações sobre salário, treinamentos, pesquisas de opinião, recrutamento interno, descrição de cargos, avaliação de desempenho, entre outros assuntos. Todos os documentos e normas institucionais podem ser acessados pela rede interna de computadores. A revista dos colaboradores, denominada Conviver, com tiragem de 4 mil exemplares, foi totalmente reformulada, a partir de abril, com novos projetos gráfico e editorial. O objetivo principal foi se aproximar mais do colaborador e dos familiares ao trazer assuntos de interesse geral, e não somente temas associados ao trabalho. Ao longo do ano, houve três edições com matérias sobre cultura, turismo, finanças, carreira e lazer, além de aspectos institucionais que afetam direta ou indiretamente a vida dos colaboradores. O Fale Conosco é um canal eletrônico, disponível na intranet, por meio do qual o interessado pode apresentar sugestões e críticas, buscar orientações, esclarecer dúvidas e fazer elogios. É também um canal de denúncia para que ele possa se manifestar caso se sinta vítima de preconceito, assédio ou situações análogas. As denúncias são analisadas, e as providências, Comunicação com os médicos A comunicação com os médicos é realizada por diversos meios. O diálogo constante se dá em diversas comissões da área técnica hospitalar, com destaque para a Comissão de Pronto-Atendimento, Comissão das Unidades Críticas, Comissão dos Núcleos de Medicina Avançada, Comissão Médica e Comissão de Ética Médica. Em 2013, foi implantado o Comitê de Vanguarda, composto por 57 jovens médicos, que tem como proposta debater tendências da área médica e do setor da saúde e o futuro da instituição. Há também uma comunicação permanente por meio de informes eletrônicos e uma newsletter semanal denominada Entre Médicos. Nesses espaços, são tratados temas como desempenho institucional, indicadores, processos assistenciais etc. Relatório de Sustentabilidade 2013 30 | 31 TRANSPARÊNCIA Comunicação com pacientes Para a comunicação com pacientes e familiares, a instituição desenvolveu opções que possibilitam um diálogo profícuo, com os objetivos de aprimorar o relacionamento e a qualidade dos serviços. Um dos mais tradicionais é o SAC, que também atende ao público em geral. Por meio dessa ferramenta, o paciente ou seus familiares podem registrar críticas com total liberdade. Tudo é minuciosamente analisado, e os registros geram indicadores publicados e compartilhados internamente. Quando a crítica é direta a um profissional da equipe, dependendo da gravidade, o caso pode ser encaminhado às comissões médicas e de ética. Em 2013 a equipe do SAC registrou 5.306 reclamações, redução de 7% em relação a 2012. Os três maiores motivos de queixa foram: dúvidas de lançamento na conta hospitalar, divergência de informações, demora no atendimento do Pronto-Atendimento e para realização de exames. Outras reclamações referem-se ao barulho decorrente das obras de construção e manutenção, serviço de estacionamento e demora dos elevadores. Em algumas situações, mesmo com o monitoramento contínuo e iniciativas para mitigar os problemas, houve a impossibilidade de atender cerca de 10% das reclamações, especialmente pela alta demanda de pacientes e pelo plano de expansão, que envolve diversas intervenções de obras por todo o complexo hospitalar. Essas informações tornam-se fundamentais para a programação dos planos de melhoria. Os elogios aos serviços normalmente não são manifestados via SAC. Ainda assim, a instituição recebeu 5.702 elogios, 43% a mais que em 2012. A maior concentração do número de elogios ficou para a equipe de enfermagem, corpo clínico, serviço de alimentação e hospedagem. O hospital promove uma pesquisa ativa com seus pacientes intitulada Índice de Recomendação. Trata-se de um questionário que avalia se o paciente indicaria a utilização dos serviços do hospital. Em 2013 a média desse indicador ficou em 72%, atingindo a meta estabelecida para o ano e ultrapassando em quatro pontos o resultado de 2012. Quanto aos demais canais de comunicação, os pacientes têm acesso ao informativo bimestral Medicina Avançada, criado em 2013, que trata do atendimento médico por especialidade e divulga informações sobre saúde e qualidade de vida. A revista Viver, com tiragem de 14 mil exemplares, é enviada para vários públicos, incluindo pacientes. Possui três blocos de matérias que contemplam diferentes interesses: assuntos atuais relacionados à qualidade de vida; destaques da medicina e ciência; e variedades, como dicas culturais, cidadania e homenagens. ÍNDICE DE RECOMENDAÇÃO Média 2012 68% Média 2013 Outros canais, como a pesquisa pós-alta e o Portal do Paciente, estão detalhados no capítulo 2. Comunicação com fornecedores O Manual de Relacionamento com Fornecedores está acessível no site da instituição. Com base nos princípios de ética e transparência, o manual aborda com clareza o compromisso de realizar a compra de bens e serviços de fornecedores com reconhecida 72% capacidade técnica e comprometidos com a preservação do meio ambiente, a saúde, a segurança e a responsabilidade social. Detalhes sobre a cadeia de fornecedores serão tratados no capítulo 6 – Desempenho Ambiental. Comunicação com a imprensa A convivência com a imprensa também é permeada pela comunicação transparente. O Manual de Relacionamento com a Imprensa é a formalização de uma política de relacionamento que busca unir profissionalismo aos valores da Sociedade, em benefício dos pacientes e da comunidade em geral. A imprensa representa um público relevante para o fortalecimento da marca e a divulgação das boas práticas assistenciais, como forma de contribuir para o desenvolvimento da medicina brasileira. Comunicação com o governo O Ministério da Saúde é o principal órgão governamental interlocutor do Hospital Sírio-Libanês por causa dos programas de responsabilidade social. O modelo do Ministério da Saúde possibilita que o hospital devolva suas isenções fiscais em forma de serviços à sociedade (detalhados nos capítulos 4 e 5). Para tanto, há uma área que faz a interlocução com os gestores do SUS e a ligação entre estes e as áreas técnicas do hospital. Os principais objetivos são: discutir melhorias e ajustes nos projetos, criar outras iniciativas e definir o perfil de competências dos alunos dos cursos e quais Estados do Brasil serão contemplados. A decisão final sobre a aprovação de um projeto é sempre do Ministério da Saúde. Há relacionamento também com as esferas estadual e municipal graças aos projetos de responsabilidade social com a comunidade e o trabalho realizado pelo Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social (outras informações no capítulo 4). Comunicação com a comunidade O relacionamento da instituição com a comunidade do entorno acontece por meio de programas sociais e de cidadania (vide capítulo 4). Além das assistentes sociais que estão em contato diário com o público usuário, os projetos locais mantêm a instituição próxima da comunidade. Comunicação com o público em geral O endereço eletrônico da instituição é o principal meio de comunicação com a sociedade. Lá os interessados encontram orientações diversas, respostas às perguntas mais frequentes e grande número de informações. O público em geral também tem acesso ao informativo bimestral Medicina Avançada e à revista Viver, citados anteriormente, já que estão à disposição nas recepções e salas de espera do hospital. Comunicação com a comunidade científica A produção científica dos profissionais do IEP é bem recebida em muitas revistas nacionais e internacionais, que publicam os trabalhos, dão visibilidade e disseminam o conhecimento. O Comitê de Ética em Pesquisa orienta os pesquisadores e concede ou não a permissão para a realização dos estudos científicos na instituição. Comunicação com doadores O Hospital Sírio-Libanês possui dois tipos de doadores: pessoas físicas e empresas. Nem sempre a doação é feita em dinheiro. Pode ser em forma de materiais, como, por exemplo, para as obras de expansão. Em 2013, o valor doado ficou em R$ 11.752.198,08. Os doadores recebem o InformAção, informativo exclusivo enviado periodicamente. Relatório de Sustentabilidade 2013 32 | 33 NOSSO NEGÓCIO É A 2 CIÊNCIA DA VIDA Toda atividade realizada pelo hospital tem de estar firmemente embasada em conhecimento e no calor humano. NOSSO NEGÓCIO É A CIÊNCIA DA VIDA por toda a equipe. Há uma declaração que o paciente assina no momento da internação estabelecendo o grau de privacidade desejado. A despeito disso, há o compromisso do hospital com o sigilo e a confidencialidade que está expresso, inclusive, no manual de relacionamento com a imprensa. A alta hospitalar tem relevância no cuidado com o paciente. As equipes multiprofissionais organizam-se para orientar o paciente que sairá do hospital, preparando-o adequadamente. Se forem necessários medicação, alimentação especial e/ou equipamento (cama hospitalar ou muleta, por exemplo) o paciente é informado com antecedência para que seu tratamento em casa continue sem interrupções. São detalhes que fazem toda a diferença para uma pessoa em recuperação. O respeito associado ao calor humano confirma que o hospital se posiciona verdadeiramente a Abordagem multidisciplinar garante ao paciente um atendimento completo CUIDAR DO PACIENTE Um dos valores da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês – calor serviço do paciente. assistência personalizada. O paciente é envolvido nas ações assistenciais, podendo participar dos humano – é expresso de muitas maneiras. processos de forma ativa. Uma das mais completas é o programa A pesquisa pós-alta é um exemplo e um recurso Cuidado Focado, modelo assistencial que possibilita essa participação. É uma fotografia adotado pelo hospital há cinco anos. A feita pelo paciente sobre o desempenho dos abordagem é multidisciplinar, com o profissionais durante sua permanência no objetivo de realizar ações interligadas para hospital. Um projeto-piloto foi implantado em 2013. atender as necessidades do paciente. Um Após as análises e adequações, pretende-se a verdadeiro trabalho em equipe. Os resultados adoção definitiva da pesquisa pós-alta, o que irá têm melhorado a cada ano e, em 2013, possibilitar uma avaliação mais abrangente das este modelo de cuidado ficou ainda mais equipes assistenciais e do corpo clínico, sob o efetivo com a consolidação de ações de ponto de vista do paciente. segurança do paciente e o compromisso A privacidade do paciente é outro item de com a transparência das informações. Os relevância para o Hospital Sírio-Libanês. Tanto treinamentos para os colaboradores se a segurança da informação quanto o grau de intensificaram durante o ano, tendo em vista a restrição solicitado pelo paciente são respeitados Calor humano: valor fundamental da instituição Relatório de Sustentabilidade 2013 36 | 37 NOSSO NEGÓCIO É A CIÊNCIA DA VIDA ACESSO À INFORMAÇÃO As informações durante os momentos de espera, pré-internação, internação e pós-internação são disponibilizadas para pacientes e familiares 1 2 3 4 Portal do Paciente Informações gerais e indicadores sobre diversos aspectos da assistência, como uso de medicamentos, prevenção de risco de infecções e de queda, entre outros dados para auxiliar o paciente a entender melhor os serviços assistenciais oferecidos pelo hospital Cartilha sobre o câncer e outras doenças graves Informações sobre direitos, subsídios governamentais e documentação necessária para aquisição de benefícios sociais Manual de orientações ao paciente Publicação contendo os direitos e deveres dos pacientes, bem como os serviços prestados e outras informações (versões em português, inglês e espanhol) Alta hospitalar Orientações de saída do paciente para assegurar o bem-estar pós-alta e garantir a reabilitação ou a continuidade do tratamento em casa PORTAL DO PACIENTE O Hospital Sírio-Libanês concentra grande parte de seus esforços nas áreas de qualidade e segurança do atendimento. Transparência significa educação, orientação e conhecimento compartilhado. Também tem relação com o envolvimento do paciente, sua família e seus amigos no tratamento. O Portal do Paciente é o resultado mais expressivo desses preceitos. Está hospedado, desde novembro, no site da instituição e acessível aos pacientes e ao público em geral em: www.hospitalsiriolibanes. org.br/portalpaciente. O portal inclui informações e orientações, além das metas internacionais de segurança do paciente. O usuário pode encontrar uma breve explicação sobre temas diversos, conhecer os indicadores institucionais e referências utilizadas para comparação e suas possíveis contribuições para a melhoria dos processos. Os assuntos são tratados abertamente, de forma clara, para que possam, de fato, esclarecer o público. Relatório de Sustentabilidade 2013 38 | 39 NOSSO NEGÓCIO É A CIÊNCIA DA VIDA GOVERNANÇA CLÍNICA Reúne seis fundamentos: compromisso com a transparência das informações, com discussão aberta sobre riscos; gerenciamento de riscos a fim de aumentar a segurança do paciente, do colaborador e da instituição; desenvolvimento das melhores práticas para a efetividade clínica; pesquisa e desenvolvimento de novos processos baseados em evidências científicas; avaliação clínica para o acompanhamento individual dos desempenhos médicos, em um processo cíclico de melhoria da qualidade; e educação continuada para possibilitar a formação permanente dos profissionais. Desses, a transparência aplicada às informações divulgadas, às orientações aos pacientes e ao controle dos processos e indicadores representa o grande compromisso da governança clínica do Hospital Sírio-Libanês. Prevê, por exemplo, a divulgação de eventos adversos e eventuais falhas no processo assistencial como forma de melhorar e atualizar os protocolos de atendimento. O Hospital Sírio-Libanês é uma grande instituição brasileira. Essa definição considera seus diferenciais tecnológicos, a expansão de suas unidades, a quantidade de pacientes atendidos por dia e a relevância de seu corpo clínico e equipes assistenciais, entre outros fatores. O que o coloca nessa categoria é o seu modelo de cuidado. Cuidado com o paciente, que percebe o calor humano e a atenção dedicada a ele por todos. Cuidado com o médico, que recebe do hospital um atendimento singular, muitas vezes customizado, que respeita suas particularidades. É nessa dedicação que está o diferencial do hospital, que o coloca entre os principais do Brasil e que possibilita ser reconhecido internacionalmente. Certamente, para alcançar esse patamar de respeito, a governança clínica aplicada no hospital não é voltada apenas ao corpo clínico. Sua abrangência vai muito além, para englobar a qualidade total da assistência. Gerenciamento de riscos 6 Auditoria clínica – revisão contínua do desempenho médico 2 Pesquisa 3 5 4 Educação continuada Efetividade clínica – análise de custos e benefícios de uma intervenção no atendimento Pesquisa e desenvolvimento – práticas inovadoras baseadas em evidências científicas GOVERNANÇA CLÍNICA Compromisso Princípios da governança clínica Educação continuada – formação permanente de profissionais Desenvolvimento 1 Realização de pesquisas permite desenvolver novos medicamentos e equipamentos Avaliação clínica Transparência – discussão aberta sobre os riscos, visando ao engajamento de pacientes e profissionais em práticas seguras Gerenciamento de riscos – mecanismos de medição de riscos no ambiente do cuidado e ferramentas de melhoria na segurança RESULTADOS DO GERENCIAMENTO DE RISCOS 2013 4.288 ocorrências na categoria assistencial, classificadas e transformadas em indicadores Planos de ação corretiva elaborados para indicadores desviados da meta: queda, flebite, úlcera de pressão e falha no uso de medicamento. 32 ocorrências mais graves foram analisadas individualmente, e planos de ação, desenvolvidos com o objetivo de evitar recorrências. Foram realizadas reuniões mensais multiprofissionais, com foco no corpo clínico, para discussão de eventos adversos e intercorrências relacionados à assistência, com a participação, em média, de 90 pessoas por reunião. Relatório de Sustentabilidade 2013 40 | 41 NOSSO NEGÓCIO É A CIÊNCIA DA VIDA CORPO CLÍNICO O ano de 2013 foi importante para organizar hospital com a transparência, as exigências o crescimento das equipes assistenciais a do atendimento humanizado, os processos e fim de garantir o funcionamento do prédio os indicadores de qualidade e segurança. São recém-construído. O ano registrou, ainda, estabelecidas metas de desempenho e avaliação ações de comunicação institucional a fim individual. Há um grupo de profissionais focados de intensificar as campanhas internas de no relacionamento médico para zelar pelo orientação voltadas ao corpo clínico e à cumprimento de padrões de excelência na assistência multiprofissional, como lavagem prática médica por todos os membros do corpo das mãos e segurança de medicamentos. clínico. Dessa forma, garante-se a interface Houve um empenho no sentido de direta com os médicos. intensificar as alianças com o corpo clínico. Representando o corpo clínico do hospital, há Parte desses médicos tem vinculação uma comissão de assessoramento diretamente esporádica com o hospital, o que desenha ligada à Diretoria Clínica (eleita pelos médicos um jeito particular de conviver e configura-se cadastrados na instituição) e à qual compete em um desafio para a governança clínica. emitir opinião acerca dos assuntos de interesse Por isso, há mecanismos de informação do corpo clínico, apresentando propostas, e orientação sobre os compromissos do sugestões e mediando conflitos com a instituição. Ações de educação continuada permitem o aprimoramento das equipes do hospital EQUIPES ASSISTENCIAIS MULTIPROFISSIONAIS O hospital tem um grande número de profissionais que interagem com os pacientes, composto pelas equipes assistenciais de enfermagem, nutrição, fisioterapia, farmácia, física, entre outras. Esse é um trabalho complexo e orienta-se para a entrega de uma assistência personalizada. O acolhimento do paciente por essas equipes é fundamental, cria vínculos e permite maior conhecimento da evolução dos tratamentos. O paciente percebe homogeneidade de conduta em relação a todos os colaboradores com quem interage. Processo de melhoria da qualidade envolve o acompanhamento do desempenho dos médicos do corpo clínico Profissionais de diferentes áreas do conhecimento trabalham para que o paciente tenha um atendimento individualizado Relatório de Sustentabilidade 2013 42 | 43 NOSSO NEGÓCIO É A CIÊNCIA DA VIDA QUALIDADE E SEGURANÇA NA PRÁTICA ASSISTENCIAL O Hospital Sírio-Libanês investe na melhoria permanente da qualidade e da segurança na prática assistencial. São elementos indissociáveis que ganharam maior relevância nos últimos anos devido à certificação pela Joint Commission International (JCI) e às certificações ISO 14001 e OHSAS 18001, previstas para o primeiro semestre de 2014. Sobretudo em 2013, por conta da recertificação da JCI e a preparação para ISO e OHSAS, houve uma intensificação de treinamentos e melhoria de acesso às informações relativas aos padrões dessas normas. Grupo de voluntários dedica seu tempo para acolher e orientar os pacientes e acompanhantes SERVIÇO DE VOLUNTÁRIOS Um hospital é formado pelo corpo São pessoas de idades, classes sociais, clínico, pelas equipes assistenciais formações profissionais e religiões multiprofissionais, pessoal de apoio variadas, mas que têm em comum o e administrativo. No Hospital Sírio- comprometimento e a responsabilidade Libanês, porém, há mais um grupo que de promover a humanização por meio de faz total diferença: os voluntários. um trabalho voluntário, consciente Criado há 32 anos, esse serviço e profissional. dedica-se ao cuidado e à construção A presença dos voluntários nos corredores de um relacionamento humanizado das unidades é muito valioso também na com os pacientes e acompanhantes. disseminação da cultura institucional, nas Tem relação direta com a missão e os orientações quanto ao funcionamento da valores da Sociedade Beneficente de instituição e no apoio ao paciente. Senhoras. Seu trabalho é um exemplo Em 2013, 220 voluntários atuaram em 11 de cidadania, responsabilidade social e setores internos e externos do hospital. amor ao próximo. Foram 33.877 horas oferecidas à instituição. 220 Sistema robótico da Vinci S permite a realização de cirurgias menos invasivas JOINT COMMISSION INTERNATIONAL (JCI) Representada no Brasil pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), é a mais importante certificação de controle da qualidade hospitalar no mundo. A primeira conquista da instituição aconteceu em 2007, e o processo de renovação acontece a cada três anos voluntários Certificações que a instituição está buscando: 33.877 horas dedicadas OHSAS 18001 ISO 14001 Gestão de segurança do trabalho e saúde ocupacional Gestão ambiental Relatório de Sustentabilidade 2013 44 | 45 NOSSO NEGÓCIO É A CIÊNCIA DA VIDA A gestão da qualidade na instituição é caracterizada pela visão global, a partir do monitoramento de todo o processo que envolve a assistência de saúde ao paciente, que vai desde o momento em que ele chega ao hospital até a sua saída. Para tanto, é preciso padronizar normas, protocolos, processos assistenciais, de apoio e administrativos, além do monitoramento contínuo de centenas de indicadores. Dessa forma, integra-se todo o processo operacional que envolve o funcionamento do hospital. OBJETIVOS DA GESTÃO DE QUALIDADE Monitorar os riscos à segurança dos pacientes, familiares e colaboradores Campanhas Bela Vista Quanto às campanhas, um dos destaques do ano foi o programa Pílulas da Qualidade, criado com o intuito de transmitir informações atualizadas sobre processos institucionais aos colaboradores, de maneira rápida e pontual. Em um mês, houve 2.778 orientações sobre 31 temas escolhidos, das quais 463 colaboradores participaram. O hospital divide-se em duas Em outubro de 2013 ocorreu a exposição anual da qualidade, que apresenta projetos desenvolvidos e implantados com bons resultados por equipes internas. Há premiação para os mais bem avaliados, como forma de incentivo. Implementar melhorias contínuas com utilização de ferramentas de qualidade Auditorias Avaliar a eficácia das melhorias obtidas por meio de evidências objetivas como indicadores e auditorias in loco Capacitação e qualificação dos colaboradores Em 2013, houve cinco grandes treinamentos que estavam relacionados às certificações ISO 14001, OHSAS 18001 e aos principais processos referentes ao manual da JCI. Utilizaram-se métodos lúdicos (jogos), buscando o interesse e o engajamento dos colaboradores nos assuntos abordados. Foram realizados em todas as unidades externas e na Bela Vista. Além dos treinamentos, foram desenvolvidas sete cartilhas para reforçar o conteúdo. Disseminar a cultura do aprimoramento, melhoria contínua e aprendizado organizacional Tema do treinamento Período Participantes Maio e junho 4.020 Julho 3.956 Padrões de qualidade I Setembro 3.856 Padrões de qualidade II Outubro 3.887 Padrões de qualidade III Novembro 3.835 Simulado prático: ISO 14001 e OHSAS 18001 Pontos importantes da metodologia: ISO 14001 e OHSAS 18001 Em 2013 foram realizados três processos de auditorias no hospital e unidades externas, visando a conformidade com os padrões exigidos pela certificação da JCI e pelo grupo de auditores internos. As auditorias avaliam as conformidades nos padrões preestabelecidos de qualidade e o incentivo das equipes para a busca da melhoria contínua dos processos assistenciais e de apoio. Além dessa etapa formal, visitas pontuais são realizadas às várias áreas ao longo do ano para alinhar processos, esclarecer dúvidas e contribuir com a implantação de inovações para aprimorar a gestão da qualidade de todas as áreas. grandes áreas: pacientes internados e pacientes externos. Pacientes internados - há unidades de internação críticas e não críticas e o Centro Cirúrgico. Com 372 leitos operacionais e uma taxa de ocupação de 90%, em média, foi possível alcançar aumento nos resultados financeiros do hospital. Projetos como o Controle da Gestão de Vagas e a Desospitalização, associados ao funcionamento integrado entre as áreas e profissionais da assistência, permitiram alcançar desempenho satisfatório na taxa de ocupação. A média de permanência foi de 6,17 dias, e a demanda de pacientes-dia cresceu 5% em relação ao ano anterior. REDE DE ATENÇÃO À SAUDE: Desempenho operacional As equipes são desafiadas diariamente para manter a excelência na prestação dos serviços da instituição. A seguir, é possível visualizar parte desse trabalho por meio de resultados. Entrada principal do hospital Relatório de Sustentabilidade 2013 46 | 47 NOSSO NEGÓCIO É A CIÊNCIA DA VIDA Unidades de internação críticas DESEMPENHO QUANTITATIVO DE PACIENTES INTERNADOS NA BELA VISTA Essas unidades apresentaram um crescimento de pacientes-dia de 5,1%. 2009 2010 2011 2012 333 341 354 371 372 Pacientes-dia críticos 34.653 44.838 45.724 47.612 50.026 (UAIC) com 11 leitos (4 de UTI e 7 de Pacientes-dia não críticos 60.398 56.801 58.383 63.393 66.255 unidade cardiológica semi-intensiva) foi Pacientes-dia 95.051 101.639 104.107 111.005 116.281 um dos fatores responsáveis por esse Saídas 15.651 16.966 17.695 19.000 18.840 Internações 15.642 16.992 17.695 19.025 18.221 Taxa de ocupação operacional 84,5% 85,15% 86,2% 89,5% 89,6% Média de permanência (dias) 6,1 5,99 5,88 5,84 6,17 O pleno funcionamento da Unidade Leitos operacionais Avançada de Insuficiência Cardíaca aumento. Serviço pioneiro no Brasil, a UAIC oferece tratamento com o uso de modernas tecnologias. 2013 A Unidade de Terapia Intensiva adulto está em sua plena capacidade de Centro Cirúrgico internação, com 30 leitos disponíveis. O Centro Cirúrgico destacou-se pelo A produção da UTI adulto teve um aumento do número de cirurgias, com uma crescimento de 2,5% em relação ao ano média de 1.145 por mês. Em 2013, houve anterior. A informatização do prontuário e um crescimento de 17% da receita em prescrição médica implementada desde relação ao ano anterior. Esse aumento é 2012 significou melhor aproveitamento atribuído também à melhoria de processos na gestão da ocupação da unidade e facilitou a troca de informações entre Serviços de imagem apresentaram crescimento em 2013 profissionais, diminuindo o uso de insumos como papel e tinta de impressão. Atualmente, todas as informações médicas (prescrição e evolução médica, exames de laboratório e imagem) são eletrônicas, não havendo necessidade de impressão desses documentos para a operação da unidade. Unidades de internação não críticas O principal desafio das unidades de internação é manter a qualidade e excelência no atendimento, considerando o aumento da ocupação sem o respectivo crescimento de leitos. As unidades de Atendimento/suprimentos nas unidades de internação - a logística de suprimentos (materiais e medicamentos) foi reestruturada, tornando as unidades autossuficientes. Esse processo aproximou a farmácia da prescrição e a enfermagem do paciente. Houve redução nas devoluções de medicamentos e melhoria na qualidade das contas. implantados em 2012, como a revisão da cadeia de atendimento e suprimentos, que permitiu um aprimoramento na cobrança hospitalar e nos processos de autorização prévia junto aos convênios (passou de 62% para 86%). O resultado foi um aumento de receita por procedimento. A produção total da área de pacientes externos apresentou um aumento de 10,3% em relação ao ano anterior. Pronto-Atendimento Teve um crescimento de receita na ordem de 22% em relação a 2012. Em 2013 concluiu-se a informatização da prescrição e a evolução eletrônica para todo o Pronto-Atendimento, trazendo benefícios como o aumento da produção e a redução de tempo de espera. Foi concluído também o projeto de localização de pacientes e equipamentos por radiofrequência (RFID). Centro de Diagnósticos Unidade de Preparo Pré-operatório criada em 2012 para agilizar o preparo dos pacientes encaminhados ao Centro Cirúrgico. internação apresentaram um aumento a estratégia da melhoria de processos Unidade de Transplante de Medula Óssea (TMO) assistenciais, com destaque para Em 2013 atingiu a marca de projetos como: 100 transplantes. de pacientes-dia de 4,5%. Adotou-se Pacientes externos: Centro de Diagnósticos e Pronto-Atendimento Em média, cerca de 1.100 cirurgias foram realizadas por mês O ano de 2013 apresentou um crescimento no número de exames/ procedimentos de 10,4%. A revisão da cadeia de atendimentos por meio da metodologia Lean realizada em 2012 foi expressiva e possibilitou aperfeiçoar os processos, diminuindo o tempo de espera nas salas de préexame, agilizar a realização de exames e melhorar a satisfação do paciente. Relatório de Sustentabilidade 2013 48 | 49 NOSSO NEGÓCIO É A CIÊNCIA DA VIDA Serviços de imagem As áreas que compõem os serviços de imagem (ultrassom, ressonância magnética, radiologia geral e tomografia) apresentaram um crescimento acumulado de 9,3%. O serviço de ultrassom teve sua capacidade de atendimento ampliada com a incorporação de mais duas salas de exames. Por meio da metodologia Lean, houve mudanças nos processos para agilizar a realização de exames. Essas ações resultaram em um aumento da demanda de 10,3% e uma diminuição no tempo de espera de 19%. A ressonância magnética apresentou um crescimento de 14,3%. Foi possível aumentar a capacidade de atendimento por meio do aperfeiçoamento de processos, como a maior oferta de horários e dias para agendamento de exames. Na radiologia geral, que compreende os serviços de mamografia, densitometria e raio-X, observou-se um aumento de 10,3%, assim como uma melhora na qualidade do atendimento. Na tomografia, houve um crescimento de 2,2% no número de procedimentos, o que atingiu sua capacidade máxima. Centro de Intervenção Guiada por Imagem (CIGI) Fazem parte do CIGI os serviços de radiologia intervencionista e hemodinâmica. Neste centro são também realizados todos os exames invasivos de imagem, como as biópsias guiadas por ultrassom e tomografia. No ano de 2013, este serviço apresentou um crescimento de 6,1%. Neurodiagnóstico Os serviços de eletroencefalograma e eletroneuromiografia compõem o segmento de neurodiagnóstico do hospital. Ambos registraram melhorias no agendamento, o que permitiu o aumento na disponibilidade desses exames. Houve um crescimento no número de exames de 4,6% em comparação com 2012. Hemodiálise O hospital foi pioneiro na abertura do serviço de hemodiálise no período noturno. A realização de 8 horas de hemodiálise aumenta a sobrevida do paciente, diminui a frequência das internações e melhora sua qualidade de vida. Hoje, o serviço está com sua capacidade máxima, atendendo 40 pacientes por dia. Medicina Nuclear Outros serviços de diagnóstico Na endoscopia geral, o avanço com a metodologia Lean propiciou um ganho na produtividade em torno de 11%. O serviço tem se firmado como centro de referência em exames que utilizam partículas radioativas. Implantaram-se quatro novos exames, mais precisos do que os métodos NÚMERO DE EXAMES DA ÁREA DE IMAGEM Exames Laboratório de Anatomia Patológica conta com a parceria do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, dos Estados Unidos convencionais. São exames para medir a função renal e diagnosticar a doença de Parkinson, além de tumores de tireoide e neuroendócrinos. A receita cresceu 5,6%. Centro de Reabilitação Recebeu aperfeiçoamentos como a adoção dos padrões de qualidade da Commission on Accreditation of Rehabilitation Facilities (CARF) para acreditação em 2014 e a criação da pesquisa de satisfação, com a superação da meta da nota de recomendação, que foi de 9,4 (a expectativa era de 9,0). No ano de 2013, o crescimento da produção foi de 21,9%. Laboratório clínico Crescimento % 2010 2011 2012 2013 Tomografia 47.462 53.856 55.856 57.096 2,2% Ressonância magnética 22.765 27.879 31.906 36.470 14,3% Ultrassom 87.122 98.659 103.626 114.302 10,3% Radiologia geral 95.455 102.627 113.104 124.781 10,3% 2013 x 2012 A partir da avaliação e reestruturação nos processos de trabalho, agilizaramse os resultados de exames da UTI, os hemogramas para pacientes préquimioterapia e a rastreabilidade de amostras. Essas ações resultaram em um aumento de 12,3% no número de exames laboratoriais. Laboratório de Anatomia Patológica O hospital iniciou, em 2013, a operação de seu próprio laboratório de anatomia patológica para garantir diagnóstico de qualidade, auxiliar o prognóstico de doenças e a previsão de respostas terapêuticas. O laboratório tem a parceria do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center. Centro de Acompanhamento da Saúde e Check-up O serviço manteve-se como referência nacional. Em 2012, foi renovada a parceria com 161 empresas e, no ano de 2013, foram fechados contratos com mais 17, o que possibilitou a ocupação máxima das agendas em quase todos os dias de funcionamento. Pela necessidade de expansão na Bela Vista em 2014, está prevista a transferência dos serviços oferecidos para a Unidade Itaim. UNIDADES EXTERNAS O acompanhamento das unidades externas foi definido como projeto estratégico, a fim de que seu crescimento e consolidação sejam monitorados. Relatório de Sustentabilidade 2013 50 | 51 NOSSO NEGÓCIO É A CIÊNCIA DA VIDA Unidade Itaim A unidade evoluiu acima do planejado para o período. Houve um aumento global de produtividade de 13,1%. Quando comparados os valores realizados em 2013 com o ano anterior, o crescimento do volume foi de 32,3%, e da receita, 45,6%. Uma das áreas com maior contribuição para o aumento do volume e com direta implicação na receita da unidade foi o centro cirúrgico, que apresentou um aumento no volume de cirurgias, em relação ao ano anterior, de 104%, passando de 736 para 1.500 procedimentos. Outras áreas nas quais registrouse crescimento foram: oncologia clínica (30%), laboratório clínico (33,2%), anatomia patológica (68,4%) e hospital-dia, que passou de 384 atendimentos em 2012 para 1.087 atendimentos em 2013, um crescimento de 183%. Entrada da Unidade Jardins Unidade Jardins – Clínica da Mulher A Unidade Jardins é caracterizada pelo atendimento à saúde da mulher. Os atendimentos na unidade crescem continuamente desde sua abertura, tendo alcançado, até dezembro de 2013, cerca de 19.500 exames, um crescimento de 31,9% em relação ao ano de 2012. Fachada do prédio onde está instalada a Unidade Itaim Centro de Oncologia – Bela Vista, Brasília e Itaim DESEMPENHO QUANTITATIVO DA UNIDADE ITAIM 2010 2011 2012 2013 Crescimento % 2013 x 2012 Cardiodiagnóstico - 3.784 7.053 8.654 23% Cirurgias - 31 736 1.500 104% Exames de imagem 639 27.147 36.656 42.349 16% Endoscopia 21 1.919 4.598 6.278 37% Reprodução humana - 402 1.292 2.453 90% Oncologia clínica - 2.164 4.892 6.557 34% Exames laboratoriais 2.263 176.539 327.376 436.187 33% Anatomia patológica 7 1.866 4.114 6.928 68% Serviços Outros exames Total - 29 441 1.398 217% 2.930 213.881 387.158 512.304 32% O Centro de Oncologia teve um aumento significativo de atendimentos em 2013: o número foi 47% superior ao ano anterior. A Unidade Brasília apresentou um resultado expressivo, atingindo mais de 16 mil atendimentos. A Bela Vista realizou mais de 35 mil atendimentos, e a Unidade Itaim, aproximadamente 6,5 mil. Unidades cardiológicas – Bela Vista, Itaim e Jardins O volume de atendimentos nas unidades cardiológicas para pacientes externos, tanto na Bela Vista quanto na Unidade Itaim, cresceu. Juntas, essas unidades representaram um crescimento de 9,3% na quantidade de exames realizados, passando de 53.612 para 58.615. Núcleo de Medicina Avançada A Medicina Avançada é estruturada por núcleos de especialidades médicas com o envolvimento de equipes multidisciplinares. O objetivo é aperfeiçoar a qualidade do atendimento, tornando-o mais ágil e com maior eficiência diagnóstica. Trabalhamse a reabilitação e a reintegração social dos pacientes por meio de atendimentos realizados em um local adequado para atender às exigências relacionadas a cada uma das especialidades. Em 2013, foi inaugurado o Centro de Referência no Tratamento de Esclerose Múltipla e Doenças Relacionadas (CRER), composto por médicos altamente especializados e um grupo multidisciplinar dedicados ao atendimento, diagnóstico e tratamento. Cumprindo seu compromisso de compartilhar conhecimento, o hospital recebe neurologistas de outras instituições interessados em discutir casos com a equipe do CRER. Relatório de Sustentabilidade 2013 52 | 53 NOSSO NEGÓCIO É A CIÊNCIA DA VIDA Acelerador linear Novalis Tx possibilita procedimentos radioterápicos em menos tempo do que os aparelhos convencionais. Desenha com grande precisão o tumor a ser tratado, garantindo melhor delimitação da área a ser irradiada. Preserva os tecidos saudáveis circunvizinhos, reduzindo efeitos colaterais. Projeta um céu estrelado e reproduz música ambiente durante o procedimento. Diferenciais tecnológicos Centros de especialidades Acompanhamento da Saúde e Check-up O Hospital Sírio-Libanês prima pela atualização constante de seus recursos e reúne equipamentos de ponta para atender a complexidade dos tratamentos oferecidos. Alguns destaques: Cardiologia Diabetes Imunizações Nefrologia e Diálise Oncologia Otorrinolaringologia Reabilitação Tratamento de Esclerose Múltipla e Doenças Relacionadas Reprodução Humana Tratamento das Veias Núcleos de Medicina Avançada Câncer da Pele Cirurgia da Mão e Microcirurgia Reconstrutiva Cuidados Integrativos Doenças Pulmonares e Tóracicas Dor e Distúrbios do Movimento Fígado Geriatria Hemorragia e Trombose Infectologia Mastologia Medicina do Exercício e do Esporte Neurologia e Neurociências Obesidade e Transtornos Alimentares Ombro e Cotovelo Reumatologia Tornozelo e Pé Urologia Neuronavegador - ferramenta fundamental no tratamento cirúrgico do cérebro, permite o mapeamento das estruturas encefálicas durante a cirurgia, orientando, precisamente, a intervenção do neurocirurgião. Ressonância Magnética Intraoperatória Espree 1,5T - permite a geração de imagens de ressonância magnética em tempo real, garantindo maior precisão para a retirada de tumores do sistema nervoso central. RX – Axiom Luminos dRF e Axiom Iconos R200 - esses aparelhos de raios-X telecomandados melhoram a amplitude dos exames, com maior agilidade e precisão nos laudos. Dispensam a antiga chapa por mídias digitais, reduzindo o impacto sobre o meio ambiente. Tecnologias avançadas para prevenção, diagnóstico e tratamento auxiliam no cuidado com a saúde do paciente Endoscopia – RX Arco em C – Modelo OEC 9900 Elite - equipamento ideal para o tratamento preciso de pacientes com diagnósticos específicos, sendo mais utilizado para a realização de intervenções nas vias biliares. Tomografia – Somatom Dual Source Definition Flash - reduz consideravelmente as doses de radiação e o volume de contraste injetado e aumenta a velocidade de realização do exame. O equipamento é mais eficiente no registro de imagens de obesos. Possibilita, ainda, a separação dos tecidos e estruturas de interesse, algo limitado nos equipamentos convencionais. Cirurgia Robótica, o sistema da Vinci S telerrobô que possibilita a realização de cirurgias menos invasivas e mais precisas. Possui quatro braços mecânicos, acoplados a câmeras de alta definição e diversos instrumentos cirúrgicos, comandados pelo cirurgião a partir de um console com visão tridimensional do campo operatório. O IEP foi escolhido como o primeiro centro de treinamento robótico da América Latina. Microscópio Zeiss Pentero - equipamento de última geração em microscópios cirúrgicos. Seu principal diferencial é o movimento motorizado e delicado dos eixos, além de foco automático e mais rápido do que o de versões anteriores. Tomografia computadorizada Laboratório de Anatomia Patológica Centro de Intervenção Guiada por Imagem - a instalação de aparelhos de radiografia computadorizada para estudos hemodinâmicos permite procedimentos sobre as coronárias, válvulas cardíacas, estruturas vasculares do sistema nervoso central e demais sistemas torácicos abdominais, pélvicos e periféricos. A colocação, em um mesmo ambiente, de aparelhos de tomografia e de ultrassonografia permite o acesso a tumores internos para biópsias e procedimentos terapêuticos. Videourodinâmica – Laborie Aquarius equipamento completo para a realização dos procedimentos de urodinâmica, videourodinâmica e urofluxometria. Utilizado no diagnóstico de doenças do trato urinário. Mamografia digital – Tomossíntese 3D reduz o número de exposições adicionais e detecta com maior precisão o câncer de mama inicial. O exame é mais rápido, com compressão mais suave da mama e dose de radiação menor do que a de aparelhos convencionais. Ultrassom – Elastografia do Fígado – FibroScan - auxilia no diagnóstico, acompanhamento e tratamento das doenças hepáticas crônicas. O exame é realizado de forma indolor e totalmente não invasiva, reduzindo, em muitos casos, a necessidade de biópsias do fígado. Parcerias de apoio à prática médica, ensino, pesquisa e gestão Tipo de participação Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) Projetos ou comissões Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) Membro do Conselho de governancia Fundação Faculdade de Medicina (FFM) Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas de São Paulo Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) Projetos ou comissões Universidade de São Paulo (USP) Ludwig Institute for Cancer Research Memorial Sloan-Kettering Cancer Center de Nova York Agenda Global para Hospitais Verdes e Saudáveis (Health Care Without Harm) Salas modernas e equipadas garantem assistência de qualidade e segurança ao paciente cirúrgico Endossa princípios/ projetos ou comissões Relatório de Sustentabilidade 2013 54 | 55 3 QUEM CUIDA CUIDANDO DE O profissional de saúde dedica seu tempo ao outro. Por isso, respeitamos nosso colaborador e nos preocupamos em melhorar sua qualidade de vida. CUIDANDO DE QUEM CUIDA entrevistas e provas de conhecimento resultou na pré-seleção de 8.900 candidatos contatados e 3.180 aprovados em seleção, dos quais 966 foram efetivados. Em dezembro, 70% dos novos cargos para a primeira fase do projeto de expansão estavam preenchidos. Na área assistencial, 277 profissionais de enfermagem participaram do treinamento admissional. Desses, 21 são alunos residentes que concluíram o programa da primeira turma de residência em enfermagem clínica e cirúrgica e que foram admitidos como enfermeiros nível 1. Número de colaboradores da instituição tem crescido de forma significativa devido ao projeto de expansão O grupo de profissionais da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital SírioLibanês tem características peculiares, o que se constitui em permanente desafio: multidisciplinaridade de áreas; número elevado de novos colaboradores por causa da expansão; ênfase na cultura de priorização do atendimento humanizado com excelência; e busca permanente por melhoria de processos. Assim, atrair, engajar e reter talentos exige rigor na seleção e, posteriormente, um empenho constante por capacitação, motivação e treinamento. ATRAIR TALENTOS A Sociedade conta com 5.086 colaboradores CLT distribuídos no hospital (Bela Vista), nas unidades externas (Itaim, Jardins e Brasília) e no Instituto SírioLibanês de Ensino e Pesquisa. O maior desafio da seleção de novos colaboradores é encontrar aqueles profissionais que tenham sintonia com os valores e a missão da instituição, além dos pré-requisitos técnicos para os cargos. O processo de seleção, em 2013, despendeu energia extra para buscar, em várias frentes, significativo número de candidatos tendo em vista a inauguração do novo prédio em 2014. Para tanto, foi gerado um banco de candidatos, resultado da intensa participação em congressos de saúde e eventos, além da contratação de empresa especializada para selecionar cargos específicos. Todo o processo de seleção, dinâmicas de grupo, COLABORADORES 5.086 Os projetos para captar mão de obra na comunidade local evoluíram em 2013. Os objetivos dessas iniciativas são: valorizar residentes do entorno, fomentar a economia local e reduzir custos ambientais e sociais que os longos deslocamentos causam em uma cidade populosa como São Paulo. O mecanismo de atração foi ofertar cursos de capacitação para copeiro hospitalar. Resultado: capacitação de 59 pessoas, das quais 24 foram contratadas. Do programa de integração participaram 1.289 colaboradores, incluindo 264 terceiros e 15 integrantes do projeto Mais Inclusão. RETER TALENTOS UNIDADES EXTERNAS BRASÍLIA ITAIM JARDINS O Hospital Sírio-Libanês atende com humanização e calor humano, o que depende de comprometimento, dedicação e disposição permanentes de seus profissionais. Ao serem admitidos e treinados, eles passam a fazer parte de um seleto grupo de talentos para o qual é fornecida a estrutura adequada de trabalho e programas de desenvolvimento com vistas a sua retenção. De fato, há uma rotatividade de pessoas (turnover) abaixo da média do referencial da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP). São medidos dois indicadores: demissões e desligamento voluntário. Este último é analisado com mais empenho pela instituição, que se mantém alerta sempre que uma área extrapola os índices médios preestabelecidos. Em 2013, a meta era de 0,70, porém o hospital sustentou a média de 0,58. Com base nesses resultados, a meta fixada para 2014 é 0,60. Para reter seus talentos, a instituição oferece salários compatíveis com o mercado, benefícios competitivos na área de saúde e programas de reconhecimento. Política de remuneração O Hospital Sírio-Libanês entende que remunerar é mais do que retribuir pelo trabalho prestado. É investir no desenvolvimento e reconhecimento de seus colaboradores. Uma pesquisa realizada em 2013 por consultoria especializada apontou que o pacote de remuneração oferecido a todos os níveis mantém-se competitivo. Esse bom posicionamento favorece a retenção dos profissionais. Com isso, a instituição segue seu compromisso de monitorar as práticas dos melhores hospitais, laboratórios e empresas do mercado em que atua, promovendo os ajustes necessários em sua política interna. Relatório de Sustentabilidade 2013 58 | 59 CUIDANDO DE QUEM CUIDA Implantado em 2007, o programa de remuneração variável ELO é outro estímulo aos colaboradores. Considera as metas corporativas, associadas à qualidade e ao resultado financeiro e a metas individuais, que contemplam os treinamentos realizados, prontuário atualizado com os exames periódicos obrigatórios, documentação em dia e avaliação de desempenho concluída. Na prática, trata-se da oportunidade de participação em algo que vai além das atividades cotidianas, com gratificação anual de 30% do salário-base. O programa envolve a totalidade dos colaboradores como forma de desafiálos e incentivá-los. Além do mais, reconhece e favorece a descoberta de novos talentos. O desafio futuro é equipararnos com o mercado de saúde em relação à política de salário variável para líderes. Uma das principais preocupações de colaboradoras com filhos pequenos é deixá-los em um local de qualidade enquanto trabalham. Por isso, a instituição mudou a creche para um local mais amplo e conseguiu atender 16% de crianças a mais do que no ano anterior. Benefícios básicos para colaboradores CLT Assistência médica e odontológica para 10.662 vidas, incluindo dependentes Convênio-farmácia, com desconto mínimo de 15% em medicamentos Restaurante* que oferece gratuitamente café da manhã e ceia. Almoço e jantar são cobrados de acordo com o grupo salarial, variando de R$ 1,00 a R$ 3,29 Vale-alimentação de R$ 137,80 Vale-refeição para os profissionais de unidades externas de R$ 18,00 por dia Seguro de vida em grupo com cobertura de auxílio-funeral para titulares e cônjuges Vale-transporte Benefícios Todos os colaboradores celetistas têm acesso a um pacote de benefícios que proporciona respeito e satisfação, aumentando o bem-estar. A instituição procura manter uma política de benefícios coerente com as melhores práticas do mercado. Além do pacote básico, há outros benefícios específicos diretamente relacionados ao negócio do hospital, como os programas de saúde e de prevenção. Creche para filhos de colaboradoras ou auxílio-creche no valor de R$ 155 Programas de reconhecimento A pesquisa de engajamento (clima) realizada em 2012 detectou oportunidades de melhoria em reconhecimento. Baseada nesses resultados, a instituição criou um conjunto de ações com o objetivo de destacar e celebrar o esforço, o talento, a dedicação e o comprometimento de colaboradores de todas as áreas. Três programas novos tiveram início em 2013. Tempo de Casa Criado para homenagear individualmente aqueles que se mantiveram fiéis à instituição e que ajudaram a perpetuar a história e a cultura institucionais. Em abril foi realizado o evento de premiação que homenageou 884 colaboradores com 10, 15, 20, 25 ou mais anos de casa. Uma estrela foi incorporada ao crachá funcional, representando o agradecimento e o reconhecimento pelo tempo de dedicação à instituição, além de prêmios em dinheiro. Celebra Equipe Programa de valorização de equipes com base em metas alcançadas ou projetos concluídos que teve a participação de 49 equipes e 2.873 colaboradores. *O restaurante só pode ser utilizado por colaboradores com jornada superior a 6 horas, com exceção dos estudantes Benefício especial Exames clínicos Cobertura de exames clínicos no hospital para todos os colaboradores e dependentes Política de gestão de pessoas busca desenvolver e reconhecer os colaboradores Meu Valor Programa de valorização individual com base nas competências institucionais, que indicou 79 colaboradores. Incluiu também workshop para o comitê executivo. Ao todo, 324 gestores estiveram presentes. EVOLUIR COMO PRIORIDADE O treinamento permanente possibilita o crescimento sustentável dos colaboradores e é um fator inerente a uma instituição que prioriza o cuidado de seus pacientes. Os programas buscam aprimorar os colaboradores em suas habilidades e atitudes frente aos desafios diários do trabalho. São eles: Avaliação de desempenho A avaliação de desempenho anual é a primeira etapa para conhecer o estágio de desenvolvimento de cada colaborador, as lacunas de competências, suas necessidades de treinamento e as possibilidades de crescimento profissional. Realizada formalmente no primeiro trimestre do ano, inicia-se com uma autoavaliação. Em seguida é realizada a avaliação de consenso, quando o colaborador e o gestor dialogam e constroem o plano de desenvolvimento individual (PDI), que inclui o quadro geral das competências a serem desenvolvidas e os caminhos de treinamento a serem percorridos. Em 2013, 94,5% dos colaboradores passaram pelo processo, índice maior do que o do ano anterior. Programa de desenvolvimento de gestores (PDG) O treinamento de líderes leva em consideração o perfil de competências de cada um dos quatro níveis: supervisor, coordenador, gerente e superintendente. O desenvolvimento de gestores é um processo contínuo para que eles sejam referência para seus subordinados e colaborem com o desenvolvimento destes. A programação de 2013 trabalhou a competência “gestão de pessoas” e abordou os temas feedback, seleção por competência, remuneração e carreira. Ao todo, foram 296 participações. Relatório de Sustentabilidade 2013 60 | 61 CUIDANDO DE QUEM CUIDA Programas de treinamento Para as equipes assistenciais o treinamento é mais frequente, visto que há uma constante evolução nos equipamentos e nas técnicas de cuidado com o paciente. A gestão desses treinamentos visa alinhar as práticas, a padronização da assistência e a otimização do trabalho. O treinamento assistencial atende todas as unidades e tem a premissa de que os colaboradores devem ser capacitados de acordo com a área de atuação, perfil de competência e função. de aperfeiçoamento e especialização. Para tanto, os candidatos precisam passar no processo seletivo e, se houver um número de aprovados maior que a quantidade de vagas, serão escolhidos os melhores classificados. Para os cursos externos, são oferecidas bolsas de 70% para pós-graduação, mestrado, doutorado, cursos técnicos e de idiomas. Só pode ser candidato quem está há mais de um ano na instituição. Em 2013, foram efetivadas 584 inscrições em treinamentos, sendo 191 cursos no IEP e 393 em instituições externas. Nas unidades externas, o programa incluiu 1.039 horas de treinamento. Programa 2011 2012 2013 Mestrado Gestão de Tecnologia e Inovação em Saúde – IEP 0 5 1 Gestão da Atenção à Saúde – Pós-graduação IEP/FDC 11 8 13 Pós-graduação em entidades externas 14 11 27 Pós-graduação (aperfeiçoamento e especializações) – IEP 12 30 24 Pós-graduação em hotelaria hospitalar 0 8 0 Bacharelado em hotelaria 0 2 2 Curso técnico profissional (enfermagem, farmácia, hospedagem e contabilidade) 0 18 23 Idiomas (inglês e espanhol) 268 216 173 Total 305 298 263 Ensino a distância Há ainda um relevante investimento em cursos de ensino a distância (EAD), uma alternativa prática e eficiente para o desenvolvimento e a capacitação dos colaboradores. Em 2013, cinco novos programas foram desenvolvidos: NR 32/Enfermagem, NR 32/Fisioterapia, NR 32/Hospedagem, NR 32/Nutrição e Metas Internacionais. Ao todo, são 13 programas disponíveis na plataforma, que teve 14.077 acessos ao longo do ano. Há sete programas em desenvolvimento para 2014: Segurança das Instalações, Atendimento ao Cliente, Prevenção de Infecção, Padrões da Qualidade, Brigada de Incêndio e Introdução às Competências. Investimento em treinamento e desenvolvimento profissional A complexidade da instituição impõe relevância à capacitação constante. Concretamente, investiram-se R$ 4 milhões em programas de treinamento e desenvolvimento. Programas de capacitação com bolsas de estudo A capacitação dos profissionais do hospital também é feita por meio da participação em programas de pós-graduação, MBA e cursos técnicos oferecidos em parceria com o mercado ou pelo próprio Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. Incentiva-se a troca de informações e experiências, com subsídio integral para a participação em congressos, muitos dos quais realizados nas instalações do IEP. Cinco por cento das vagas do IEP são destinadas aos colaboradores, que recebem bolsa integral para cursos NÚMERO DE BOLSAS DE ESTUDO PARA CURSOS DE FORMAÇÃO Fórum de Educação Equipes assistenciais participam de treinamentos constantes como forma de se manterem atualizadas em relação a procedimentos e equipamentos O Fórum de Educação é composto por profissionais que fomentam oportunidades de desenvolvimento, atualização e capacitação da equipe assistencial multidisciplinar, preparando-a para assumir novos desafios. Ao longo do ano foram realizadas 11 reuniões, com a participação média de 10 integrantes por reunião. Os principais pontos discutidos foram: lista de presença, controle de treinamento, acompanhamento do ensino a distância, processo de avaliação de conhecimento e habilidades e centro de capacitação multiprofissional. Avaliação das áreas assistenciais A avaliação de conhecimento e habilidades dos colaboradores das áreas assistenciais é realizada anualmente. O feedback sobre os pontos de melhoria e aspectos positivos é feito individualmente, ao término da avaliação. A avaliação de conhecimento foi realizada de maneira integrada ao desenvolvimento organizacional. Dos 1.689 colaboradores das áreas assistenciais, 92,4% realizaram a avaliação (1.560). Desses, 1.503 (92,4%) obtiveram conceito acima de 7. A avaliação de habilidades contou com estratégias diferenciadas ao perfil do cargo e área de atuação. Foram avaliados 100% dos colaboradores, sendo 358 enfermeiros assistenciais e 1.096 profissionais de nível médio da enfermagem. Relatório de Sustentabilidade 2013 62 | 63 CUIDANDO DE QUEM CUIDA GERIR E DESENVOLVER COMPETÊNCIAS Definir e uniformizar os eixos de carreira Trilhas de Carreira O mapeamento dos perfis de competências assistenciais e administrativas, iniciado em 2009 e concluído em 2013, possibilitou a construção dos caminhos possíveis para a evolução e crescimento de todos os cargos que resultou no programa Trilhas de Carreira. Essa iniciativa teve grande repercussão em 2013 e foi uma das mais importantes ações decorrentes dos resultados da pesquisa de engajamento realizada no ano anterior. É um projeto institucional que se destina a todos os colaboradores e que dá transparência à política de remuneração, aos requisitos de acesso aos cargos e ao perfil de competência de cada cargo. Tem como objetivos esclarecer sobre as oportunidades e possibilidades de carreira e alinhar as práticas de reconhecimento. Para o sucesso desse programa, os gestores foram treinados e Orientar a boa prática de enquadramento nas faixas salariais Capacitação dos profissionais envolve a participação em programas de aperfeiçoamento no IEP ou externos Disseminar o conceito dos elementos de carreira Divulgar os mapas de cargo Demonstrar perspectivas de mobilidade entre áreas Disseminar os requisitos de acesso e perfil de competências dos cargos Esclarecer os critérios adotados para movimentação salarial Conhecer os interesses de carreira dos colaboradores incentivados a discutir com suas equipes a trilha relativa a cada área. Criou-se ainda um e-mail exclusivo de comunicação para dúvidas e esclarecimentos e um hot site que traz informações como: descrição de 27 trilhas, conteúdo de todos os cargos e perfis de competência, rotas alternativas, link de acesso ao banco de talentos, conceitos de mérito e promoção, carreira típica e os modelos e eixos de carreira. Os ganhos são relevantes tanto para o colaborador, que visualiza as perspectivas na sua área e em outras, quanto para a instituição, que pratica um modelo transparente e flexível, além de alinhar salários e critérios de mérito. Os resultados desse programa poderão ser avaliados em 2014, quando efetivamente estará implantado. Reavaliação de cargos gerenciais A última pesquisa de clima detectou alguns conflitos quanto às diferenças de grau de responsabilidade em cargos similares. Assim, no período de fevereiro a setembro de 2013, examinou-se o grau de complexidade de todos os cargos gerenciais, de acordo com a metodologia da consultoria externa contratada especialmente para esse projeto. Foi um longo trabalho de discussões e análises que resultou em adequações, tornando mais justa a distribuição de cargos na instituição. O resultado foi imediato, eliminando o desconforto que havia em algumas áreas, sobretudo as assistenciais. ENGAJAR Engajar significa manter um vínculo com a instituição, comprometer-se com o trabalho procurando dar o melhor de si para alcançar metas comuns. O hospital zela pelas relações de longo prazo com seus colaboradores e procura conhecer suas expectativas para poder atendê-las na medida das possibilidades. Para tanto, desde 2008, vem realizando, a cada dois anos, uma pesquisa de engajamento. Considerada um instrumento de gestão estratégica para identificar o grau de engajamento, a satisfação e a motivação dos colaboradores, esta pesquisa está ganhando importância e vem colaborando para o desenvolvimento de ações que objetivam contribuir para a melhoria do clima organizacional. Para garantir a seriedade, a livre expressão e a credibilidade, uma consultoria externa é contratada para aplicar a pesquisa e tabular os dados, sem qualquer interferência dos gestores. Na última edição, em 2012, os resultados foram cuidadosamente avaliados e geraram ajustes no plano estratégico da instituição. Construíram-se planos de ação imediatos, sejam institucionais ou por área, que em conjunto formaram o Projeto Engajamento. Este projeto incluiu a divulgação dos resultados por áreas, o acompanhamento das atividades, a construção dos planos de ação para as áreas com resultado de engajamento inferior a 50% e a celebração nas áreas com resultado acima de 80%. As medidas adotadas em 2013 para aumentar a satisfação do colaborador tendem a melhorar os índices de engajamento na próxima pesquisa. Relatório de Sustentabilidade 2013 64 | 65 CUIDANDO DE QUEM CUIDA A gestão sobre a saúde do colaborador é feita partindo-se de quatro premissas fundamentais: Reconhecer os perigos e riscos existentes nos ambientes de trabalho, nas atividades e as condições de saúde próprias de cada colaborador; Informar aos colaboradores as condições identificadas; Capacitar por intermédio de construção de conteúdos, os colaboradores para lidar com os perigos e riscos existentes e com suas próprias particularidades biopsicossociais; CUIDAR BEM TAMBÉM DE QUEM CUIDA PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL Acolher o colaborador quando há agravo à saúde de qualquer origem. Para atender a essas premissas são agrupados em torno do mesmo objetivo a medicina do trabalho, a engenharia de segurança do trabalho, a qualidade de vida, a psicologia e o serviço social. Em cada pilar, há um profissional especializado responsável pelas ações e pela integração destas com as demais áreas da instituição. Essa estruturação possibilita que o colaborador acesse o sistema por qualquer via, e a integração entre os pilares permite uma visão ampla das necessidades do colaborador e a utilização do melhor recurso para resolução. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS Recepção da Unidade Jardins, em São Paulo Por outro lado, é preciso ponderar que o hospital possui características peculiares de trabalho por ser especializado em tratamentos de alta complexidade, o que acarreta permanência mais longa do paciente e exige dedicação maior da assistência. As consequências disso são a pressão imposta pela constante busca por excelência dos serviços de assistência e o ritmo de trabalho considerável devido às elevadas taxas de ocupação. São ingredientes que impõem um esforço maior e permanente dos gestores para alcançar patamares de satisfação dos colaboradores mais condizentes com o desejo da instituição. GESTÃO DE SAÚDE DO COLABORADOR O Hospital Sírio-Libanês é uma instituição de saúde e, desse modo, entende como dever o cuidado com a saúde de seus colaboradores. Na prática, esse compromisso pode ser observado pela forma como são Hospital é especializado conceituadas nossas práticas de segurança em tratamentos de alta e qualidade de vida dos colaboradores. complexidade ANÁLISE DE INFORMAÇÕES ASSISTENCIAIS Medicina do trabalho 1 Assistência social 2 5 Segurança do trabalho COLABORADOR Qualidade de vida 4 3 Psicologia do trabalho Relatório de Sustentabilidade 2013 66 | 67 CUIDANDO DE QUEM CUIDA NÚMERO DE ACIDENTES DE TRABALHO Em consonância, a instituição prepara-se para obter a certificação OHSAS 18001 em 2014, o que demonstra seu esforço em aprimorar os procedimentos de saúde e segurança do trabalho para todos os seus colaboradores. Algumas ferramentas auxiliam a gestão dos processos, visando a segurança dos profissionais. Anualmente, são desenvolvidas campanhas de prevenção e conscientização por meio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), que tem como funções: prevenir acidentes, notificar incidentes, influenciar os colegas nas boas práticas em saúde e segurança no trabalho, realizar inspeções e organizar e promover a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT). O presidente e o vice-presidente da CIPA representam 100% dos colaboradores no Comitê de Segurança Institucional. Os membros da CIPA são eleitos anualmente, e a eleição é realizada por meio eletrônico, garantindo a segurança pelo uso de senha pessoal do colaborador, o que agiliza a btenção do percentual de votos previsto na Norma Regulamentadora nº 5. Também são realizados treinamentos constantes para todos os profissionais da organização (CLT, temporários e terceiros) e inspeções e auditorias periódicas para garantir boas condições ergonômicas, ambientais e de segurança e cumprir os requisitos e diretrizes da Norma Regulamentadora 32 (NR 32), do Ministério do Trabalho, e das demais normas regulamentadoras aplicáveis. Bela Vista 2011 2012 2013 2011 2012 2013 Taxa de frequência 14,26% 11,37% 14,86% 8,56% 18,55% 13,29% Taxa de gravidade 27,19% 17,27% 29,54% 4,28% 33,39% 13,29% 9.818.784 11.346.864 10.832.124 233.760 269.520 301.060 Número de acidentes 140 129 161 2 5 4 Quantidade de dias perdidos 267 196 320 1 9 4 Horas/Homens Trabalhadas (HHT) Cuidar da saúde dos colaboradores é uma prática que alia ações de segurança e programas de qualidade de vida Ações de apoio à gestão de risco ocupacional Jardins • Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) • Metodologia de dimensionamento de riscos no trabalho • Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) • Implementação do uso correto das sinalizações de segurança em todas as áreas • Proteção contra incêndios • Capacitação dos profissionais para melhor transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais • Desenvolvimento, implantação e treinamento para o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) • Programa de vacinação regular e campanhas • Grupos de atenção psicológica • Campanhas e programas de promoção, prevenção e informação em saúde • Notificação de ocorrências via intranet Itaim Brasília 2011 2012 2013 2011 2012 2013 Taxa de frequência 0 0 0 36,23% 23,06% 6,75% Taxa de gravidade 0 0 0 253,62% 0 6,75 10.000 6.645.120 44.520 55.200 130.080 148.160 Número de acidentes 0 0 0 2 3 1 Quantidade de dias perdidos 0 0 0 14 0 1 Horas/Homens Trabalhadas (HHT) Não houve óbitos relacionados ao trabalho em nenhuma das unidades A instituição calcula suas metas em acidentes de trabalho baseada na metodologia de taxa de frequência de acidentes de trabalho, recomendada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Taxa de frequência = (nº acidentes/HHT) x 1.000.000 Taxa de gravidade = (nº de dias perdidos/HHT) x 1.000.000 Relatório de Sustentabilidade 2013 68 | 69 CUIDANDO DE QUEM CUIDA Programas de qualidade de vida Serviço social ao colaborador Atende o trabalhador afastado, auxiliando no processo de recebimento dos benefícios sociais. Presta apoio às pessoas com problemas pessoais e no trabalho. Pela excelência no atendimento aos pacientes e por inovar em termos de tecnologia e recursos para a saúde, a instituição entende que precisa oferecer oportunidades para que seus colaboradores encontrem o melhor caminho para a qualidade de suas vidas e de seus familiares. Outras ações • Vendas promocionais e sazonais de ovos de Páscoa, panetones e cobertores Saúde envolve bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças. Qualidade de vida é um contribuinte significativo para a saúde, envolvendo também bons relacionamentos nos ambientes de trabalho e familiar, hábitos saudáveis, oportunidades de lazer e diversão; enfim, ter qualidade na vida é ter satisfação dentro e fora do trabalho. Apresentação da peça “A gaiola das loucas” com o grupo de teatro, composto por colaboradores Para tanto, a instituição desenvolve diversos programas de qualidade de vida a todos os colaboradores. Atividades culturais Atividades físicas, bem-estar e integração social • Banda musical, teatro e coral formados e dirigidos por colaboradores. Abrangem programas de ginástica laboral, massagens de shiatsu e campeonatos internos de vôlei, futsal, tênis de mesa e dominó. Além disso, a instituição promove, desde 2007, programas monitorados de caminhada e corrida e passeios ciclísticos no Parque do Ibirapuera, coordenados por educadores físicos profissionais. Procuram os massoterapeutas cerca de 800 a 1.000 colaboradores por mês. A ginástica laboral atende cerca de 3.000 colaboradores a cada mês (inclusive os que trabalham no horário noturno). Os campeonatos de futsal mobilizam cerca de 20 times todos os anos com troféus, medalhas e celebração no fim. • Programa Leitura Compartilhada que visa estimular o hábito da leitura por meio do empréstimo de livros doados pelos gestores, colaboradores e pela Diretoria de Senhoras. Já foram doados 1.654 livros de temas diversos e realizados 1.168 empréstimos. • Distribuição gratuita de preservativos por ocasião do carnaval • Entrega de brindes em ocasiões especiais como Dia das Mães, Dia da Mulher e Dia das Crianças. • Palestra sobre educação financeira • Workshops de artesanato em datas comemorativas como Páscoa, Dias das Mães ou dos Pais etc. Ao todo, inscreveramse cerca de 400 colaboradores em cada workshop. • Concurso cultural no Dia dos Pais • Parceria com o SESC para apresentação musical e leitura de textos literários que aconteceram no refeitório. Programas de Saúde Programa de Gestantes – enfermeiras obstetrizes fornecem orientações por meio de uma central telefônica e acompanham todas as fases da gravidez. O programa inclui sessões semanais de shiatsu e musicoterapia. O objetivo é fornecer orientações sobre as mudanças no organismo a cada fase da gestação e alimentação saudável e dirimir dúvidas gerais. Em 2013, 180 gestantes participaram do programa. Projeto Coluna Certa – vigorando desde outubro de 2013, este projeto tem como objetivo possibilitar uma segunda opinião médica, com médicos especialistas do próprio corpo clínico do hospital, para os casos complexos de coluna, sobretudo os que tiveram indicação cirúrgica. Caso a indicação de cirurgia se confirme, o procedimento pode ser realizado no hospital sem ônus para o colaborador. Já foram acolhidos cinco casos, dos quais dois passaram por procedimento cirúrgico. Previna – estimula a realização de mamografia no próprio hospital visando a detecção precoce do câncer de mama. Nos primeiros seis meses de funcionamento 20 colaboradoras participaram da iniciativa. HSL Cuida de Você – programa criado para dar seguimento ao projeto Previna e que acolhe no próprio hospital as colaboradoras que tenham detectado alterações malignas na mamografia. Oferece tratamento clínico, cirúrgico, quimioterápico e/ou radioterápico, conforme indicação de médico do próprio corpo clínico do hospital, sem ônus para a colaboradora. Nos primeiros seis meses de funcionamento, dois casos já foram acolhidos e tratados no programa. Casos complexos – casos cirúrgicos de alta complexidade podem ser tratados no hospital após avaliação e aprovação da diretoria. Catorze casos foram tratados por especialistas em 2013. Programas de saúde do colaborador incluem tratamento cirúrgico de casos complexos Relatório de Sustentabilidade 2013 70 | 71 CUIDANDO DE QUEM CUIDA TERCEIROS Os trabalhadores terceirizados atuam em diversas áreas: estão nos serviços de manutenção do sistema de arcondicionado e de equipamentos especializados, no restaurante, na lavanderia e integram parte da equipe de segurança e higiene. Esses profissionais passam pelos mesmos processos de admissão e integração dos profissionais regulares, com exames médicos e nutricionais periódicos e acompanhamento da medicina do trabalho – cumprindo-se, assim, as diretrizes da NR 32 sobre segurança ocupacional em serviços de saúde. Programa Jovem Aprendiz apoia a inserção no mercado de trabalho POLÍTICA DE INCLUSÃO SOCIAL Jovem Aprendiz O Hospital Sírio-Libanês apoia, desde 2007, a conquista do primeiro emprego por meio do programa Jovem Aprendiz, por acreditar que é uma maneira de contribuir para o futuro desses jovens e a consequente melhoria de vida de suas famílias. Em 2013, 24% dos 84 participantes foram efetivados. Mais Inclusão Há cinco anos, o hospital desenvolveu o programa Mais Inclusão, que valoriza a empregabilidade de pessoas com deficiência. Em 2013, o quadro de profissionais desse grupo totalizava 138 pessoas. Embora este número esteja acima dos anos anteriores, ainda não foi cumprida a cota de 5% sobre o número de colaboradores exigida pela lei 8.213/91, que estabelece percentuais de contratação de pessoas que tenham algum tipo de deficiência. A instituição possui um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério do Trabalho que prevê o aumento progressivo da quantidade de profissionais com deficiência. O prazo para cumprimento da cota integral é março de 2014, e o desafio é grande por causa das características assistenciais de expressiva parte das atividades da instituição. Em vista disso, uma psicóloga especialista auxilia na contratação e retenção desses profissionais. Antes de uma empresa terceirizada ser contratada, tem início o processo de homologação do fornecedor. Realizamse o controle de documentação para atestar o cumprimento dos deveres fiscais e trabalhistas e a certificação das condições de trabalho dos terceirizados para garantir que a contratada esteja alinhada aos valores e códigos de conduta institucionais. Também são realizadas visitas periódicas às empresas. Essa avaliação inclui, ainda, o cumprimento de normas ambientais e fiscais específicas para cada setor. RELACIONAMENTO COM SINDICATOS São mais de 30 sindicatos que têm relacionamento com o hospital. O majoritário é o sindicato dos empregados de saúde do Estado de São Paulo (SINDSAUDESP). Aqui também a transparência baliza a relação da instituição com seus colaboradores e respectivos sindicatos. São respeitados os acordos coletivos, bem como a incorporação de benefícios pontuais para as diversas categorias de profissionais. Todos os colaboradores CLT são cobertos por acordos de negocição coletiva. Colaboradores terceirizados participam dos mesmos processos de admissão e integração aplicados aos contratados em regime CLT Relatório de Sustentabilidade 2013 72 | 73 INDICADORES GESTÃO DE PESSOAS Taxas de retenção após licença parental 2012 2013 2.672 2.534 Número de colaboradores que usufruíram da licença parental 88 118 Número de colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença parental 84 111 Número de colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença parental e que continuam na empresa passados 12 meses do retorno 77 97 Taxa de usufruto1 3% 5% Taxa de retorno2 95% 94% Taxa de retenção3 92% 82% Número de colaboradores com direito a licença parental INDICADORES DE GESTÃO DE PESSOAS São Paulo Brasília 2010 2011 2012 2013 2012 2013 166.616 197.303 216.021 264.798 1.774 2.821 3.675 4.297 4.690 5.086 51 66 Temporários 29 15 52 34 1 3 Jovens aprendizes 51 60 61 84 0 0 Estagiários 19 30 35 39 0 0 Terceiros 900 1.000 913 913 0 0 Profissionais com deficiência (Mais Inclusão) 76 100 123 138 0 0 Admissões 487 1.101 1.114 1.079 36 25 Colaboradores acima de 45 anos 363 554 630 691 2 4 Idade Mulheres na organização 2.140 2.534 2.812 3.180 34 44 % dos cargos de chefia ocupados por mulheres 62% 65% 70% 65% 33% 33% 0 2 0 1 0 0 Indicador Valor da folha de pagamento bruta (mil reais) Colaboradores CLT Casos de discriminação registrados na empresa 1 - Quantidade de colaboradores que usufruíram da licença parental / quantidade de colaboradores com direito a licença em 2010 2 - Quantidade de colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença parental / quantidade de colaboradores que usufruíram da licença 3 - Quantidade de colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença parental e que continuam na instituição após 12 meses do retorno / quantidade de colaboradores que usufruíram da licença QUANTIDADE DE DESLIGAMENTOS POR FAIXA ETÁRIA Iniciativa da instituição Iniciativa do colaborador Motivo Total Feminino Masculino Feminino Masculino Justa causa Sem justa causa Feminino Masculino < 30 anos 93 91 102 62 7 343 195 155 31 a 50 anos 84 85 116 54 9 332 201 140 > 51 anos 7 7 3 4 0 22 10 12 184 183 221 120 16 697 406 307 Total Relatório de Sustentabilidade 2013 74 | 75 CUIDANDO DE QUEM CUIDA QUANTIDADE DE DESLIGAMENTOS POR FAIXA ETÁRIA (%) Iniciativa da instituição Idade < 30 anos 31 a 50 anos Iniciativa do colaborador Motivo Horas/homem de treinamento por gênero e categoria profissional Total 2012 Feminino Masculino Feminino Masculino Justa causa Sem justa causa Feminino Masculino 13% 13% 14% 9% 1% 48% 27% 22% 12% 12% 16% 8% 1% 47% 28% 20% > 51 anos 1% 1% 0% 1% 0% 3% 1% 2% Total 26% 26% 31% 17% 2% 98% 57% 43% TURNOVER Sexo Masculino < 30 31-50 > 51 Sem aumento de quadro 0,62% 0,46% 0,65% 0,21% 0,28% Com aumento de quadro 0,75% 0,55% 0,80% 0,30% 0,28% NÚMERO DE COLABORADORES POR FAIXA ETÁRIA (CLT) Feminino Masculino < 30 anos 1.005 21% 724 15% 31 a 50 anos 1.755 36% 1.102 23% 141 3% 110 2% 2.901 60% 1.936 40% > 51 anos Total Carga horária Mulheres Homens Mulheres Homens Gestores 4,05 1,21 1,98 0,39 Enfermeiros 4,85 0,69 3,97 0,55 Nutricionistas 9,83 0,22 7,58 0,34 Farmacêuticos 3,61 0,59 4,24 0,49 Fisioterapeutas 3,41 0,60 3,37 0,74 Auxiliares e técnicos de enfermagem 2,06 0,92 1,47 0,72 Médicos 0,49 0,68 0,39 0,50 Biomédicos 0,88 0,34 0,92 0,43 Demais profissionais 0,58 0,63 0,64 0,65 Faixa etária Feminino Idade 2013 Categoria Treinamento dos profissionais permite o compartilhamento de informações, resultando em uma assistência melhor ao paciente Instituição desenvolve ações que têm como objetivo melhorar o clima organizacional Relatório de Sustentabilidade 2013 76 | 77 4 AÇÃO CIDADANIA EM Gerar, compartilhar e construir conhecimento para salvar vidas é uma motivação singular. Mais que um compromisso, está na missão da instituição. CIDADANIA EM AÇÃO de saúde certificada como filantrópica pelo governo federal. Segue a lei 12101/2009, posteriormente alterada pela 12868/2013, que estabelecem que as isenções fiscais sejam utilizadas em prol de ações de apoio ao desenvolvimento institucional do SUS. Essas isenções de tributos se referem à cota patronal, ao PIS e à Cofins que em 2013 totalizaram R$ 82,3 milhões e representaram 6,4% da receita do hospital. Para o cumprimento da nova legislação de filantropia específica para hospitais filantrópicos considerados de excelência (voltados à pesquisa e capacitação de profissionais nas áreas de gestão, saúde e educação), o Ministério da Saúde criou o Proadi-SUS, Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde. Participantes de evento científico acompanham ao vivo a realização de um exame de imagem IDEAL FILANTRÓPICO A política de responsabilidade social da instituição aspira à transformação pela difusão do conhecimento, obtida por meio de ações de caráter filantrópico. Muito mais do que um compromisso, a responsabilidade social está presente na essência da instituição, na sua razão de ser. Os gestores e colaboradores estão imbuídos dos anseios de cuidar, servir e oferecer excelência em tratamento para um número cada vez maior de pessoas. Em favor disso, lançam mão da estratégia de multiplicar a experiência, os ensinamentos e dar transparência ao conhecimento de alta complexidade para que mais regiões do Brasil possam se beneficiar. Há cursos para profissionais da saúde pública destinados a criar centros de captação e transplante de órgãos fora da região Sudeste; apoio para tratar doenças raras e desenvolver pesquisas; implementação de um banco público de sangue de cordão umbilical; estudos para desenvolvimento de terapia celular para doenças congênitas; cirurgias de alta complexidade, entre outros projetos. Todos em sintonia com o Ministério da Saúde para o apoio ao desenvolvimento institucional do SUS. Os projetos de Filantrópicos de Ensino e Pesquisa serão apresentados no próximo capítulo. A instituição desenvolve ainda projetos que visam a melhoria das condições de vida da comunidade próxima e com fragilidades sociais e econômicas. Parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS) O Hospital Sírio-Libanês é uma instituição As ações de apoio ao SUS têm a aprovação e o monitoramento do Ministério da Saúde e relacionam-se com as áreas de excelência da instituição. São projetos focados em assistência, ensino e pesquisa, e englobam estudos de avaliação, incorporação de tecnologias e capacitação de recursos humanos. Em cinco anos, o hospital acumulou experiências nos projetos de responsabilidade social de que cuida, o que possibilitou criar iniciativas ainda mais sensíveis à realidade do SUS e aprimorar as que já estavam em andamento. Mapeou e compreendeu melhor as regiões brasileiras, diversificadas em suas necessidades de saúde, e pôde oferecer programas mais personalizados. Ao ampliar o diálogo com os gestores públicos, construiu o conteúdo de seus programas educacionais baseado nessa multiplicidade de cenários. Por isso, 2013 foi o ano de colher os melhores resultados. Projeto Câncer de Mama Garante a realização de cirurgias para pacientes da rede pública de saúde do município de São Paulo e o acompanhamento clínico do pós operatório por 10 anos, além do segundo tempo de cirurgia quando a paciente necessita realizar a reconstrução da mama. Resultados em 2013 1.604 6.578 pacientes 60.460 276 consultas procedimentos cirurgias Ambulatório de Especialidades em Pediatria Após 15 anos de existência, o Ambulatório de Pediatria Social do Hospital Sírio-Libanês, que atendia às demandas espontâneas de crianças moradoras da Bela Vista, mudou sua estrutura de funcionamento. A partir de setembro de 2013, a unidade tornou-se um serviço conveniado ao SUS. Passou a funcionar como ambulatório de especialidades e oferece consultas pediátricas mediante marcação prévia. O atendimento foi ampliado para atender crianças de outros bairros do município. AMBULATÓRIO DE ESPECIALIDADES EM PEDIATRIA OFERECE: OTORRINOLARINGOLOGIA OBESIDADE E SOBREPESO APOIO À APRENDIZAGEM INFECTOLOGIA SEGUNDA OPINIÃO FONOAUDIOLOGIA ODONTOLOGIA Relatório de Sustentabilidade 2013 80 | 81 CIDADANIA EM AÇÃO Escola de transplantes 2º Fundada em 2009 em parceria com o Ministério da Saúde, é formada por cirurgiões experientes e uma equipe multidisciplinar de enfermeiros, pediatras e psicólogos, com o objetivo de democratizar o acesso ao conhecimento e às técnicas de excelência em prol da vida. Possui três eixos de atuação: Grupo de Transplantes de Fígado Pediátricos profissionais para diagnóstico precoce da - Médicos cirurgiões - Pediatras - Anestesistas tratamento clínico inicial e acompanhamento a longo prazo. No dia nacional de Doação de Órgãos, em setembro de 2013 o grupo comemorou a marca de 91% de sobrevida nas 95 crianças até então desenvolvimento de centros transplantadoresProjeto Pólos operadas. Esse índice se compara aos obtidos pelas melhores instituições norte-americanas que Tem o objetivo de 9 Prevê a preparação de médicos doença hepática na infância, 1º Captação de órgãos e Resultados de 2013 1 ano estágio no hospital 30 transplantes de fígado atuam nesse segmento. desenvolver ações destinadas a consolidar e aumentar a captação de órgãos em todos os polos-alvos. Ações filantrópicas permitem a difusão do conhecimento e facilitam a transformação da realidade brasileira Desenvolver os programas de transplante de fígado e rim obedecendo ao critério de regionalização (ao lado) capaz de atender, a curto prazo, os pacientes atualmente desassistidos. Com base nas várias particularidades de cada polo, a regionalização será interrompida quando o polo-alvo iniciar programas próprios de transplante. Resultados de 2013 Foram realizados: 25 cursos - 4 turmas do curso de Atualização no Processo de Doação e Transplante - 7 turmas do curso Implementação de Organização de Procura de Órgão (OPO) - 6 turmas do curso Retirada de Múltiplos Órgãos 3º Projeto Coração Novo Integra as atividades para tratamento de referência da insuficiência cardíaca e do transplante cardíaco, utilizando novas tecnologias, corações artificiais e gerando conhecimento Resultados de 2013 3 estagiários de: - São Paulo - Pernambuco - Acre para a melhoria da assistência à saúde. 1 ano estágio - 4 turmas do curso Diagnóstico no Hospital Sírio -Libanês, além da parceria com nove hospitais públicos de SP para troca de experiências de Morte Encefalica - 4 turmas do curso de Enucleação Ocular 15 procedimentos cirúrgicos em pacientes do SUS - No total, os cursos ofereceram 400 vagas Relatório de Sustentabilidade 2013 82 | 83 CIDADANIA EM AÇÃO Projeto S.O.S. Emergência Qualifica a gestão e o atendimento em grandes hospitais do SUS, priorizando a atenção nas urgências e emergências. Resultados de 2013 Faz parte desta iniciativa a capacitação de 480 profissionais de 24 hospitais do programa nas iniciativas de Ensino – Gestão de Emergência em Saúde – GES (já citado anteriormente), além do apoio a gestão de seis destes hospitais acompanhados pelo Sírio-libanês nos Estados: Minas Gerais: Hospital João XXIII Bahia: Hospital Roberto Santos Paraná: Hospital do Trabalhador Espírito Santo: Hospital São Lucas Roraima: Hospital Geral Paraíba: Hospital H. Lucena Curso de atualização e aprimoramento em estudo vascular e ultrassonografia com foco na saúde da mulher Qualifica profissionais médicos do SUS em ultrassonografia vinculadas à saúde da mulher e doppler venoso e realiza exames em cinco unidades de saúde de São Paulo, em parceria com o gestor e o SUS. Resultados de 2013: 38 5 exames unidades de saúde pactuadas com a Prefeitura de São Paulo mil 50 profissionais participaram dos cursos de aprimoramento em ultrassonografia, doppler e ultrassom obstétrico Abrace seu Bairro atende pessoas acima de cinco anos, com atividades de promoção de saúde, educação, qualificação profissional e qualidade de vida Resultados em 2013 Abrace seu Bairro Foram coletados e realizados exames nos municípios das regiões Norte e Nordeste do Brasil. promoção da saúde, educação, qualificação Esse programa está integrado às ações de profissional e qualidade de vida para as famílias do bairro da Bela Vista. As atividades são estruturadas de forma a contemplar não apenas as questões de saúde em âmbito individual, Para esses hospitais, são ofertados cursos de classificação de risco, estatística e gestão de leitos, protocolos clínicos, além de consultorias especializadas realizadas pelos profissionais das áreas de apoio e assistência do Hospital Sírio-Libanês. Neste ano, foram doados 27 equipamentos de videoconferência aos hospitais do SUS para comunicação com o Ministério da Saúde, curso de especialização e comunicação entre os hospitais. em cerca de 4 mil domicílios como também familiar e comunitário. Há o incentivo ao desenvolvimento pessoal, familiar e à participação comunitária efetiva. Em 2013, o Abrace recebeu o cadastro de 1.290 famílias, e foram beneficiadas mais de 2.200 pessoas. Mais equipamentos doados expansão do Hospital Sírio-Libanês envolveu empréstimos de instituições financeirasnacionais e internacionais. No Brasil, o BNDES foi responsável pelo financiamento de R$ 430,6 milhões, a principal fonte de recursos para as obras. Em contrapartida, o banco solicitou que 5% desse montante fosse aplicado em projetos de apoio ao SUS até 2014. Pesquisa nacional em saúde investidos em dois projetos filantrópicos É um projeto de apoio às ações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no desenvolvimento de uma pesquisa que pretende dotar o país de informações sobre São, portanto, mais de R$ 20 milhões aprovados pelo Ministério da Saúde para o triênio 2012-2014: mais de R$ 20 milhões os fatores determinantes e condicionantes de saúde. Serão informações a respeito de: saúde criança; dengue; saúde mental; e acidentes e Curso de ultrassonografia com foco na saúde da mulher capacita médicos do SUS A magnitude do programa de de 26 mil vagas foram ocupadas nas atividades. do idoso, pessoa com deficiência, mulher e 27 CONTRAPARTIDA AO BNDES violência. O projeto terá continuidade em 2014 e pretende realizar coletas e exames em 20 mil domicílios em todo o Brasil. 2012 a 2014 aplicados em dois projetos filantrópicos aprovados pelo Ministério da Saúde Relatório de Sustentabilidade 2013 84 | 85 CIDADANIA EM AÇÃO Formulação e desenvolvimento de políticas, iniciativas e projetos de saúde no âmbito do SUS Vista 2020, que busca o desenvolvimento Programa de aprimoramento de e a iniciativa privada. Foram levantados capacidades técnicas e teóricas visando problemas e soluções por meio de a melhoria dos equipamentos públicos de um diagnóstico participativo. Dez saúde quanto à integralidade, à equidade metas principais foram validadas no e à acessibilidade. planejamento e estão sendo implantadas do hospital a perspectiva é dobrar esse número. Com isso, a instituição alcançou, em 2013, o objetivo de gerar sustentabilidade financeira e possibilitar a inclusão social de empreendedores integrantes desse projeto. O passo seguinte será buscar alternativas para a utilização dos materiais recicláveis do hospital para atender ao objetivo de sustentabilidade ambiental pretendido pelo projeto na sua concepção. local por meio da integração com a comunidade residente, o poder público aos poucos. Com a discussão do novo Resultados em 2013 Realização de mais de 20 projetos em parceria com o Ministério da Saúde para todo o Brasil, incluindo estudos para a atualização do regulamento técnico dos transplantes de medula óssea (TMO) no Brasil até a implantação de linhas de cuidados hospitalares e técnicas de planejamento e gestão de leitos nos hospitais do país. Apoio à Força Nacional do SUS Projeto de formação dos profissionais da Força Nacional do SUS (FN-SUS) que objetiva contribuir para o fortalecimento e melhoria da Rede de Atenção às Urgências e o planejamento de emergências e assistência a catástrofes. AÇÕES DE INTEGRAÇÃO COM A COMUNIDADE Rede Social Bela Vista A Rede Social Bela Vista, criada em 2005 com o intuito de reunir pessoas e instituições para construir propostas que beneficiem a vida das comunidades, já implementou mais de 50 ações e projetos de desenvolvimento comunitário no bairro. O hospital é um dos membros fundadores e atuantes do grupo. Em 2009, surgiu o grande desafio: contribuir para o Plano de Bairro Bela Plano Diretor Estratégico (PDE) da cidade de São Paulo, diversas pessoas Projeto Catadores Coletando com Saúde envolvidas com o Plano de Bairro Bela Vista 2020 estão participando ativamente das audiências públicas e outros encontros para defender a inclusão dos planos de bairro na minuta final do PDE. O objetivo é legitimar a iniciativa e também permitir que seja adotada em outras regiões da cidade. Na primeira Em 2013 foram doadas minuta do PDE, publicada em 2013, constava a inclusão dos planos de bairro. Projeto Arte Verde É uma inovadora iniciativa de fomento ao empreendedorismo a partir de materiais do hospital com potencial de reciclagem. O passo inicial foi doar os equipamentos (máquinas de costura) e promover a capacitação de pessoas da comunidade do entorno da unidade Bela Vista para produzir as bolsas de internação – sacolas entregues aos pacientes para guarda de exames médicos. Quando prontas, as bolsas são compradas pelo hospital, garantindo a renda dos participantes. Nessa primeira fase, no entanto, os produtos feitos com os resíduos plásticos não atenderam ao padrão de qualidade exigido pelo hospital, e as bolsas estão sendo feitas com matéria-prima comprada de fornecedor externo. Mensalmente são adquiridas 2.000 sacolas e com a expansão 105 toneladas de papelão Projeto integrante da Estratégia Saúde da Família (ESF), oferece possibilidade de renda e inclusão social a catadores de rua, numerosos na região da Bela Vista. Inicialmente, os catadores foram inscritos em uma das unidades básicas de saúde do bairro (UBS Humaitá), onde tiveram acesso a atendimento médico e odontológico e acompanhamento psicológico e social. Depois, foram motivados a se unir em grupo com a perspectiva de uma cooperativa de trabalho. Os catadores, então, criaram os Independentes da Bela Vista, com logotipo próprio adesivado em cada carrinho. O Hospital Sírio-Libanês forneceu uniformes, bonés, EPIs, orientação e, desde abril de 2013, faz a entrega de 300 quilos de papelão por dia, previamente separados em fardos, para melhor acomodação e transporte nos carros dos catadores. A estrutura e a uniformização possibilitaram ao grupo a abertura de outras oportunidades como o recolhimento de material reciclado em condomínios do bairro, ampliando o negócio e a renda mensal. INSTITUTO SÍRIO-LIBANÊS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL É uma entidade com personalidade jurídica própria que dedica relevante apoio aos projetos sociais da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês, à qual está ligado pela missão de fortalecer a saúde pública do Brasil. É reconhecido como organização social pelo município e pelo Estado de São Paulo com os quais mantém parcerias para a gestão de equipamentos de saúde. No princípio, estava o desejo do Hospital Sírio-Libanês em compartilhar seu conhecimento e sua experiência de décadas em gestão hospitalar com as unidades públicas de saúde. O propósito final era contribuir na efetividade e agilidade das ações com resultados positivos para a população usuária desses serviços, administrando eficazmente as verbas públicas destinadas a eles. Imbuído desses desejos, em 2008 reuniu profissionais de excelência nas áreas de gestão, controle financeiro e assistência médica e constituiu o instituto. O modelo de gestão adotado prioriza resultados assistenciais, atendimento e transparência na prestação de contas aos gestores do poder público. O instituto trabalha de forma matricial com o Hospital Sírio-Libanês, cujas políticas de gestão de pessoas e processos de trabalho são também aplicadas no instituto. Além da experiência acumulada, aproveita o conhecimento dos médicos e demais profissionais assistenciais do hospital para ajudar na solução de casos mais complexos. As obras de engenharia realizadas nas unidades geridas pelo instituto são executadas e coordenadas pelos profissionais da área de engenharia do hospital. Dessa forma, a sintonia entre o hospital e o instituto é altamente benéfica para as comunidades atendidas pelas unidades de saúde geridas pelo instituto. Relatório de Sustentabilidade 2013 86 | 87 CIDADANIA EM AÇÃO PARCERIAS COM O Unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) Hospital Municipal Infantil Menino Jesus O instituto gerencia duas MUNICÍPIO DE SÃO PAULO A dedicação dos profissionais do Hospital Sírio-Libanês ao Menino Jesus é anterior à criação do instituto. Um considerável investimento em obras de reforma do hospital já havia sido feito anteriormente. Em 2008, a oportunidade de administrá-lo veio coroar essa iniciativa, e o instituto assumiu o desafio de gerir esse hospital, unindo sua equipe aos profissionais que lá trabalhavam, criando um único corpo clínico e um time de gestores para atuarem juntos, em prol do mesmo objetivo: cuidar da população infantil de todo o município de São Paulo. Hospital pediátrico historicamente voltado ao atendimento de baixa e média complexidades, incorporou tecnologias e especialidades, ampliando seu alcance aos tratamentos atuais. Sob a gestão do instituto, o Hospital Menino Jesus passou por várias transformações e tornou-se altamente especializado em malformações congênitas. Destacam-se fissuras labiopalatais, displasia congênita do quadril e pé torto congênito, megacólon e atresia de esôfago. O corpo clínico atende mais de 20 especialidades pediátricas em diversas modalidades clínicas, como: diabetes, anemia falciforme, alergia a leite de vaca, epilepsia de difícil controle, respirador bucal, entre outras. Fachada do Hospital Menino Jesus, na Bela Vista DESEMPENHO DO HOSPITAL MENINO JESUS Indicadores 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Cirurgias 2.316 3.264 4.128 4.224 4.332 4286 Saídas hospitalares 3.636 4.248 4.452 4.812 4.920 5184 Consultas de ambulatório 50.220 62.448 72.852 73.320 73.440 79.932 Atendimentos de emergência 63.984 59.004 56.892 53.868 56.592 59.988 Exames diagnósticos 157.200 170.700 188.388 191.304 195.624 198.520 Taxa de ocupação Média de permanência (dias) 78% 7,1 81% 84% 6,8 85% 6,4 6,0 86% 6,1 82% 6,5 DEMONSTRATIVO DO INCREMENTO NA PRODUÇÃO ANO A ANO Indicadores 2009/ 2008 2010/ 2009 2011/ 2010 2012/ 2011 2013/ 2012 Cirurgias 41% 26% 2% 3% -1% Internações 17% 5% 8% 2% 5% unidades de pronto-atendimento em clínica médica e pediatria e uma unidade de especialidades. Sua responsabilidade é contratar recursos humanos, acompanhar os processos de trabalho, capacitar, fazer manutenção de equipamentos e obras com verbas da Prefeitura e doar o que o instituto tem de melhor: a experiência em saúde. e AMA Jardim Peri-Peri prestam atendimento médico sem agendamento prévio para usuários que demandam assistência imediata de baixa e média complexidades. O trabalho dessas unidades tem grande alcance social e é fundamental para reduzir a alta demanda que sobrecarrega o atendimento nos pronto-socorros de São Paulo. A AMA Especialidades Santa Cecília atende uma área de 154 km2, com uma população de cerca de 640 mil pessoas. Oferece consultas em sete especialidades e nove tipos de exames diagnósticos. 24% 17% 1% 0% 9% 7 Atendimentos de emergência -8% -4% -5% 5% 6% especialistas Exames diagnósticos 9% 10% 2% 2% 1% Média de permanência 4% -4% 4% -6% 1% -6% 1% 2% -5% 7% Especialidades Atendimentos 2012 2013 Cardiologia 10.942 11.134 Endocrinologia 8.547 8.629 Neurologia 7.960 8.308 Ortopedia 17.436 17.720 Reumatologia 7.909 8.347 Urologia 7.856 6.825 Vascular 7.415 7.187 Total 68.065 68.150 As unidades AMA Vila Piauí Consultas de ambulatório Taxa de ocupação AMA ESPECIALIDADES SANTA CECÍLIA Produção assistencial (consultas) 9 tipos de exames Uma população de cerca de: 640 mil 2012 2013 Administração de medicamentos Procedimentos 273 249 Aferição da pressão arterial 146 226 Glicemia capilar 185 189 Procedimentos ortopédicos 580 137 Curativo 49 33 2012 2013 Ecodopplercardiograma Exames 1.980 2.309 Eletrocardiograma 2.067 1.802 Eletroencefalograma 1.044 1.048 Holter 798 925 MAPA 295 508 Teste ergométrico 3.601 2.778 Doppler 1.851 2.049 Ultrassonografia 5.316 5.348 Raio-X 14.853 13.871 Total 32.972 30.638 Relatório de Sustentabilidade 2013 88 | 89 CIDADANIA EM AÇÃO AMA JARDIM PERI-PERI E AMA VILA PIAUÍ 2012 Atendimentos 2013 Peri-Peri Vila Piauí Peri-Peri Vila Piauí Clínica médica 40.978 43.633 44.535 40.809 Pediatria 17.737 25.300 19.451 21.066 Total geral de atendimentos médicos 58.715 68.933 63.986 61.875 Total de procedimentos de enfermagem 233.873 72.364 196.660 52.523 Total de atendimentos por especialidade Total de remoções por especialidade Clínica médica 274 390 435 494 Pediatria 306 362 392 418 Encaminhamentos para exames Radiografia 9.934 8.043 10.960 8.334 Eletrocardiografia 915 924 1.264 1.006 ESTRATÉGIA RESULTADOS DA ESF SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) A Estratégia Saúde da Família foi desenvolvida pelo Ministério da Saúde em 1994, com o objetivo de promover a organização e a integração das atividades de promoção e prevenção da saúde no país. As ações estão focadas nas famílias e no contexto do ambiente em que vivem. A ESF permite que as equipes atuem assistindo, intervindo e promovendo mudanças sociais e de saúde na comunidade. Em abril de 2011, o instituto assumiu a administração de nove equipes da ESF nos bairros da Bela Vista e Cambuci, região central da cidade. Atualmente, cada equipe atende entre 600 e 1.000 famílias e cerca de 4.000 pessoas. Essas equipes ficam alocadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) Nossa Senhora do Brasil, Humaitá e Cambuci. Cerca de Atendimentos de cada equipe: 4 mil pessoas Famílias cadastradas 9.396 Visitas domiciliares 19.368 Gestantes cadastradas/ acompanhadas Hipertensos cadastrados/ acompanhados Diabéticos cadastrados/ acompanhados 145 / 150 4.345 / 4.903 26.773 Consultas de enfermagem 11.988 Visitas de inspeção sanitária 88.733 Número de projetos do PAVS 15 em andamento Dispensação de medicamentos Atendimentos: 365 mil pacientes NÚCLEO DE APOIO À PROGRAMA AMBIENTES O NASF foi criado com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações de atenção básica desenvolvidas pela Estratégia Saúde da Família (ESF), bem como sua resolubilidade. A equipe gerida pelo Instituto SírioLibanês de Responsabilidade Social é multiprofissional e composta por dois fisioterapeutas, um assistente social, um fonoaudiólogo, um psicólogo, um médico ginecologista e um médico psiquiatra. Conta, ainda, com coordenador e assistente administrativo. Estes profissionais prestam apoio às nove equipes da ESF e a uma equipe de saúde que atende à população em situação de rua. Apoiam as Unidades Básicas de Saúde (UBS) Nossa Senhora do Brasil, Humaitá e Cambuci. O PAVS é uma iniciativa que integra as secretarias municipais de Verde e Meio Ambiente, Saúde e Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo e tem por objetivos: a construção de uma agenda de ações integradas com enfoque no desenvolvimento de políticas de saúde ambiental no âmbito da Estratégia Saúde da Família (ESF); o fortalecimento de atuação intersetorial e intersecretarias; a sustentabilidade das intervenções no território, fomentando a efetiva participação da comunidade por meio da implantação de projetos desenvolvidos com as equipes da ESF. SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) O Núcleo responsabiliza-se também por desenvolver os profissionais da ESF por meio da capacitação, atendimento compartilhado e desenvolvimento do projeto terapêutico singular. VERDES E SAUDÁVEIS (PAVS) A equipe do instituto de atendimento ao PAVS é composta por um gestor regional e um gestor local, responsáveis pelo desenvolvimento de projetos. Há também um agente de promoção ambiental em cada uma das três UBS para apoiar a articulação e o envolvimento das equipes da ESF com a comunidade. 1.475 / 1.653 Consultas médicas Projeto terapêutico singular Produção da farmácia da AMA Especialidades DISTRIBUIÇÃO DE CASOS Setembro 2012 - dezembro 2013 39% (391) NOSSA SENHORA DO BRASIL 991 Primeira consulta odontológica 866 Tratamento odontológico concluído 517 Escovação dental supervisionada 1.034 Total: 991 CAMBUCI 36% (357) 25% HUMAITÁ (243) Relatório de Sustentabilidade 2013 90 | 91 CIDADANIA EM AÇÃO PROJETOS DO PAVS EM 2013 UBS Cambuci PRODUÇÃO DO HOSPITAL GERAL DO GRAJAÚ Nome do projeto Público beneficiado Coleta de pilhas Moradores das áreas de abrangência Criança Saudável Crianças de 5 a 6 anos E aí? Já pensou no futuro? (2ª edição) Adolescentes de 13 anos Brincando de saúde Crianças de 7 anos Coletas eletivas na UBS Colaboradores da UBS e catadores de materiais recicláveis Coleta de pilhas Moradores das áreas de abrangência Coleta de óleo usado Moradores das áreas de abrangência Projeto Catadores: coletando com saúde e cidadania Catadores de material reciclável atuantes no território Adolescentes em foco Adolescentes de 10 a 13 anos Coleta de pilhas Moradores das áreas de abrangência Coleta de óleo usado Moradores das áreas de abrangência Colorindo a Bela Vista Moradores das áreas de abrangência Saberes e Sabores: plantas medicinais na UBS Usuários e colaboradores da UBS Humaitá N. Sra. do Brasil PARCERIAS COM O ESTADO DE SÃO PAULO Serviços do HGG Hospital Geral do Grajaú (HGG) O HGG é uma unidade estadual de assistência médico-hospitalar de referência no atendimento de urgência e emergência de média e alta complexidade. Com 286 leitos, foi inaugurado em 1998, na região sul de São Paulo, que tem uma população de mais de 2,5 milhões de habitantes. Sua área de atendimento inclui as subprefeituras da Capela do Socorro e Parelheiros, que representam quase 33% do território do município O instituto assumiu, em janeiro de 2012, a gestão desse hospital, que recebe integralmente pacientes do SUS em três modalidades: 1 atendimento hospitalar 2 urgências 3 serviço de apoio diagnóstico terapêutico (SADT) O hospital também atua como Núcleo de Vigilância Epidemiológica e desenvolve programas de humanização em consonância com a Política Nacional de Humanização da Atenção e da Gestão em Saúde para melhorar o atendimento dos usuários. - Berçário - Cirurgia geral - Cirurgia pediátrica - Clínica cirúrgica - Clínica médica - Ginecologia - Nefrologia/urologia - Neurologia clínica - Obstetrícia com alojamento conjunto - Ortopedia - Pediatria - Semi-intensiva - Urgência e emergência - UTI neonatal - UTI pediátrica - UTI adulto 2008 2009 2010 Pronto-socorro 299.063 297.709 273.855 311.894 316.042 291.552 Internações 16.186 14.784 14.088 14.769 15.115 16.427 Urgência/emergência 10.352 13.630 13.389 15.601 15.281 14.978 Eletivas 5.829 1.693 2.291 1.444 1.616 1.449 Cirurgias 5.491 5.112 5.317 5.220 5.319 4.920 Cirurgias de urgência 2.942 3.146 3.468 4.086 3.991 3.755 Cirurgias eletivas 2.549 1.966 1.849 1.134 1.328 1.165 Partos 2.052 2.011 2.029 2.254 2.657 2.266 Especialidade 2012 2013 Leitos operacionais Cirurgia geral 33 Clínica médica 78 Ginecologia 6 Nefrologia/urologia 4 Neurologia clínica 8 Obstetrícia 28 Ortopedia 17 Pediatria clínica e cirúrgica 82 UTI adulto 10 UTI neonatal 11 UTI pediátrica 9 Total 2011 286 Hospital do Grajaú é referência no atendimento a casos de urgência e emergência Ensino O HGG é certificado como hospital de ensino e disponibiliza campo para estágio de profissionais das diversas áreas de saúde, além de residência médica e especialização. No ano letivo de 2013, o Hospital Geral do Grajaú promoveu o desenvolvimento e aperfeiçoamento de alunos, residentes e especializandos da Universidade de Santo Amaro (Unisa) e da Universidade Nove de Julho (Uninove), além de cursos técnicos em enfermagem. Relatório de Sustentabilidade 2013 92 | 93 CIDADANIA EM AÇÃO Nível acadêmico Curso/ especialidade Cirurgia do trauma Hospital Geral do Grajaú Medicina intensiva Residência médica (50 residentes) Atividade ambulatorial (especialidades não médicas) Instituição Atendimentos Sessões Enfermagem 9.255 - Farmácia 3.809 - 924 35.028 Clínica médica Fisioterapia Cirurgia geral Fonoaudiologia 281 4.603 Ginecologia e obstetrícia Nutrição 1.469 - Psicologia 1.793 - Pediatria Serviço social 1.157 - Ortopedia Total 18.688 39.631 Universidade de Santo Amaro - UNISA Otorrinolaringologia Residência multiprofissional (8 residentes) Anestesia SMA - Hospital Sírio-Libanês Atendimento ao paciente crítico FAMEMA – Hospital Sírio-Libanês Dermatologia Enfermagem Graduação* (2.506 alunos) Cirurgias ambulatoriais Vascular Medicina Fisioterapia Otorrinolaringologia UNISA Oftalmologia Psicologia Mastologia Serviço social Enfermagem Total UNINOVE 203 2.035 1 243 124 2.606 Escola de Enfermagem do Hospital Sírio-Libanês SENAC – Unidades Santo Amaro e Vila Prudente Técnico de nível médio (1.456 alunos)* ETEC – Paula Souza Enfermagem Sequencial Escola Técnica Assistência ao paciente busca sua completa reabilitação Colégio Certus Instituto Educacional de SP - Intesp *Somando-se mensalmente as vagas de estágio utilizadas AME Dra. Maria Cristina Cury (AME Interlagos) AME é uma unidade de atendimento ambulatorial com alta resolubilidade que oferece serviços para diagnóstico precoce e terapêutica. Atende exclusivamente os pacientesdo SUS. O AME Dra. Maria Cristina Cury é referência para os moradores das regiões de Capela do Socorro, Parelheiros e Marsilac, que têm uma população estimada em 740 mil habitantes. Serviço de Reabilitação Lucy Motoro (Mogi Mirim) Atendimentos Alergia/imunologia 5.323 Cardiologia 7.664 Cirurgia geral 745 Dermatologia 20.693 Endocrinologia 2.545 Gastroenterologia 6.412 Ginecologia 5.196 Hematologia infantil 480 Mastologia 3.758 Neurologia 5.354 Neurologia infantil 1.013 Oftalmologia 18.722 Otorrinolaringologia 13.944 Pneumologia 2.690 Outros Total O instituto, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, inaugurou, em junho de 2012, o Serviço de Reabilitação Lucy Montoro no município de Mogi Mirim, interior de São Paulo. Essa unidade oferece tecnologia de ponta na reabilitação de pacientes com deficiência física, doenças incapacitantes e severas restrições de mobilidade. Seus profissionais atendem desde os casos mais simples até os de alta complexidade. 2012* 2013 Consultas médicas Produção 1.556 4.176 Atendimentos não médicos 4.409 27.083 Oficinas terapêuticas 670 1.559 Dispensação de OPM** 377 620 Atividades educativas 44 372 *Dados de junho a dez/2012 **Órteses e próteses 934 95.473 Relatório de Sustentabilidade 2013 94 | 95 ENSINO E PESQUISA ENSINO E PESQUISA A SERVIÇO À SERVIÇO DADA SAÚDE 5 5SAÚDE Compartilhar Compartilhar o conhecimento o conhecimento para transformar para transformar. ENSINO E PESQUISA A SERVIÇO DA SAÚDE de tributos. Concentram-se nas áreas de educação e pesquisa e são desenvolvidos em conformidade com as estratégias da instituição e com as linhas de interesse e necessidades do Ministério da Saúde. CURSOS DO BIÊNIO 2012-2013 No ensino, os programas em parceria com o SUS estão capacitando mais de 21 mil profissionais de todas as regiões do país durante o triênio 2012-2014, incentivando a disseminação do conhecimento e o avanço de iniciativas na saúde pública. Os gestores do SUS trazem as experiências e necessidades de seu cotidiano e, com isso, fornecem suporte para a construção de projetos educacionais aplicativos de intervenção nas diferentes realidades locais. Abaixo segue a descrição resumida dos projetos de ensino para o SUS: Ensino e pesquisa são dois elementos essenciais para a ciência da saúde que, no Hospital Sírio-Libanês, estão representados pelos valores conhecimento e pioneirismo. Foi para desbravar as fronteiras do conhecimento e buscar soluções pioneiras para tratamentos que, em 2003, criou-se o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP), cuja história iniciou-se em 1978, com o Centro de Estudos e Pesquisa (CEPE). Com a missão de gerar e difundir conhecimento e capacitar profissionais, contribuindo para a excelência da assistência à saúde, o IEP incentiva a criatividade e a liberdade de ideias, valorizando o desenvolvimento de tecnologias que, combinadas, produzem um cuidado humanizado, ético e fundamentado em evidências científicas. Cultiva os objetivos de contribuir para o desenvolvimento da qualidade assistencial, a incorporação de novas tecnologias e a promoção e acesso à medicina de ponta por um número cada vez maior de brasileiros. Por excelência, o IEP reflete e transmite a essência de toda a instituição, construída ao longo de mais de nove décadas e alicerçada em respeito às pessoas, compromisso com a sociedade e cuidado em saúde. Possui uma estrutura tecnológica avançada e diversificada, com atividades educacionais presenciais e a distância. Em um espaço de 5,8 mil m2, contempla auditórios, anfiteatro, sala de simulação, laboratórios de pesquisa, sala de informática, sala de telemedicina (videoconferência), salas de reuniões, serviços de apoio às atividades do IEP, espaço para exposições e biblioteca. Com o Ministério da Saúde, o IEP desenvolve projetos integrantes do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), voltados à capacitação de profissionais nas áreas de gestão, saúde e educação. Esses projetos são decorrentes da lei de filantropia que rege a instituição e, portanto, são financiados por meio de isenções A área de ensino atua como centro difusor de conhecimento sobre saúde São projetos de abrangência nacional que reúnem cursos de especialização, atualização e mestrado profissional, desenvolvidos em parceria com o Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS). Os benefícios dessa metodologia de ensino são compartilhados tanto pelos profissionais bolsistas indicados pelo SUS e alunos pagantes quanto colaboradores do Hospital Sírio-Libanês. As atividades de ensino traduzem a mais importante interface do IEP com o aprimoramento das áreas médicas e assistenciais do hospital. Os cursos de pós-graduação lato sensu são de áreas em que o hospital é reconhecido pela excelência e pelos profissionais renomados. Da mesma forma que os demais cursos, essas especializações têm seus conteúdos construídos sobre a prática. São 15 cursos e um total de 474 alunos. O programa de residência, criado em 2011, é uma modalidade de ensino de pósgraduação cujo curso tem características de aprofundamento científico e proficiência técnica decorrentes do treinamento em serviço. Gestão da Clínica do SUS - 1ª edição Gestão da Clínica do SUS - 2ª edição Gestão da Vigilância Sanitária Gestão de Emergências e Saúde Pública Gestão de Emergências no SUS Rede Sentinelas em Ação A Rede de Hospitais Sentinelas é uma iniciativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) formada por mais de 190 hospitais de todos os Estados do país interligados por um sistema de tecnologia da informação. O objetivo é estimular a melhoria da qualidade dos hospitais pertencentes à rede. Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde Promove a capacitação de profissionais em gestão da clínica, favorecendo uma maior compreensão sobre as distintas modelagens de atenção à saúde e a utilização de ferramentas e dispositivos de gestão da clínica. Relatório de Sustentabilidade 2013 98 | 99 ENSINO E PESQUISA À SERVIÇO DA SAÚDE Especialização em Regulação em Saúde no SUS Tem como objetivo a construção de projetos voltados à qualificação da regulação nas regiões de saúde, para a garantia de acesso e da integralidade do cuidado à saúde para usuários do SUS. Especialização em Educação na Saúde para Preceptores do SUS Capacitação de profissionais do SUS em educação na saúde, de modo a orientar as atividades educacionais com graduandos e profissionais técnicos ou em pós-graduação para o desenvolvimento de um perfil ancorado na integralidade do cuidado e na equidade da atenção. qualificar as ações voltadas ao enfrentamento de situações epidemiológicas, desastres e de desassistência da população que caracterizem situações de emergência em saúde pública. Especialização em Gestão de Emergências no SUS Treinamento de profissionais que atuam nos Núcleos de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH) dos hospitais do SUS participantes do Programa SOS Emergências, visando à qualificação da rede de urgência e emergência, de modo a contribuir para a melhoria da saúde da população brasileira. Especialização em Processos Educacionais na Saúde Esse curso é uma oferta conjunta do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, do Hospital Sírio-Libanês e da Fundação Dom Cabral (FDC). Visa formar gestores competentes para atuar na Gestão da Atenção à Saúde. O curso tem participação mista, e 40% das vagas são voltadas aos profissionais do SUS. A capacitação de professores em metodologias ativas vem se apresentando como uma necessidade para o desenvolvimento de iniciativas educacionais nas quais o papel do docente é de mediador dos processos de ensino-aprendizagem. Isso se traduz como uma estratégia para favorecer a construção de autonomia, independência intelectual, proatividade e iniciativa por parte dos participantes. Especialização em Gestão da Vigilância Sanitária Mestrado Profissional em Gestão de Tecnologia e Inovação em Saúde Capacitação de profissionais de saúde, especialmente os que atuam como gestores em vigilância sanitária, nas três esferas de gestão. Objetiva qualificar as ações do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária na perspectiva da prevenção de agravos e doenças, bem como na promoção da saúde da população e da qualidade de vida. Vinculado à área de Saúde Coletiva da CAPES, o Mestrado Profissional em Gestão de Tecnologia e Inovação na Saúde (MGTIS) tem a gestão em saúde como eixo estruturante do processo de capacitação. Esse eixo implica o desenvolvimento de capacidades para a promoção do aperfeiçoamento tecnológico e inovações em saúde, nos contextos macropolítico, orientado à gestão de sistemas e serviços de saúde, e micropolítico, orientado às práticas de cuidado e à educação na saúde. Metade das vagas é voltada para profissionais do SUS. As linhas de pesquisa são: gestão em saúde, atenção à saúde e educação na saúde. Especialização em Gestão da Atenção à Saúde – GAS Especialização em Gestão de Emergências em Saúde Pública Qualificação para profissionais de saúde, especificamente aqueles que integram a Força Nacional do SUS – FN/SUS. Objetiva Capacitação em Saúde Baseada em Evidências Curso oferecido anualmente desde 2005. Em 2006, passou a ser ofertado em parceria com a ANVISA e, em 2010, com o CONASEMS/ COSEMS. Também há participantes de cursos brasileiros de pós-graduação stricto sensu e de profissionais de países de língua portuguesa. Objetiva o aprimoramento de profissionais de saúde pelo desenvolvimento da capacidade crítica e científica, para o embasamento de tomadas de decisão em relação à incorporação do conhecimento, para o delineamento de pesquisas sobre diagnóstico, terapêutica e prevenção de doenças e implementação de políticas de saúde. Capacitação utilizando estratégia da educação a distância: 7 anos 9 mil profissionais 38 residentes do SUS 8 especialidades médicas Anestesiologia Cancerologia Cardiologia Endoscopia Mastologia Medicina Intensiva Radiologia e diagnóstico por Imagem Radioterapia Apoio a Capacitação de RH para o SUS Este programa contempla a Residência que é uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos e profissionais da saúde, sob a forma de curso de especialização, com características do aprofundamento científico e proficiência técnica decorrentes do treinamento em serviço. Atualmente conta com 38 vagas em oito especialidades médicas: Anestesiologia, Cancerologia, Cardiologia, Endoscopia, Mastologia, Medicina Intensiva, Radiologia e Diagnóstico por Imagem e Radioterapia Escolas Médicas O projeto tem como objetivo propor melhorias nos currículos de graduação médica por meio de um grupo de especialistas em saúde e educação que vão visitar outros países analisando os diferentes currículos médicos. Projeto em fase de construção com os gestores do SUS. Relatório de Sustentabilidade 2013 100 | 101 ENSINO E PESQUISA À SERVIÇO DA SAÚDE Números gerais do IEP em 2013 Cursos de pós-graduação lato sensu 11.000 participantes em 99 simpósios, congressos, jornadas e cursos continuados Especialização 474 alunos de pós-graduação lato sensu em 15 cursos Na espiral construtivista, os alunos são estimulados a elaborar um novo raciocínio ao articular conhecimentos teóricos e a prática Projeto de apoio ao SUS número de 2013 Gestão da Clínica no SUS: 20 regiões, 200 facilitadores e co-facilitadores e 4.320 especializandos. Coloproctologia - 18 alunos 48 cursos de emergência (PALS, ACLS, BLS e SRI) e 967 participantes Ginecologia minimamente invasiva - 25 alunos 21 mil partipantes nos projetos de capacitação de profissionais do SUS Reprodução assistida - 20 alunos 151 residentes em 20 programas de medicina, enfermagem e outras áreas da saúde 13 linhas de pesquisa Enfermagem em cardiologia - 8 alunos 60 especialidades em 1.260 reuniões científicas com, aproximadamente, 27 mil participantes Gestão da Atenção à Saúde - 47 alunos (em parceria com a FDC) Neuro-oncologia - 43 alunos Enfermagem em terapia intensiva - 21 alunos Gestão dos Hospitais Universitários Federais no SUS - 100 alunos (em parceria com a EBSERH) Cursos de aperfeiçoamento Anestesia regional - 24 alunos Cuidados ao paciente com dor - 46 alunos Cuidados paliativos - 26 alunos Identificando o problema Avaliando o processo 1 6 2 5 Formulando explicações Gestão de Emergência no SUS: 24 hospitais, 24 facilitadores e 480 especializandos. TOTAL = 6 cursos e 6.240 especializandos Cirurgia urológica minimamente invasiva - 11 alunos Articulação entre abordagem construtivista, metodologia científica e apredizagem baseada em problemas Capacitação em Saúde baseada em evidências: 2.970 alunos. Gestão de Emergências em Saúde Pública no SUS: 12 regiões, 72 facilitadores e co-facilitadores e 960 especializandos. Endoscopia digestiva terapêutica - 21 alunos ESPIRAL CONSTRUTIVISTA Gestão da Vigilância Sanitária: 12 regiões, 36 facilitadores e cofacilitadores e 480 especializandos. Rede Sentinelas em Ação: aproximadamente 4.087 alunos. Neurointensivismo para adultos - 26 alunos Construindo novos significados 3 Elaborando questões 4 Buscando novas informações Medicina intensiva - 38 alunos Compromisso com a formação profissional A área de ensino no IEP é um centro difusor de conhecimento relacionado às boas práticas e à gestão na área de saúde. Possui cursos de atualização e especialização, programas de pós-graduação e de residência em saúde. Nos cursos, a metodologia adotada de ensino-aprendizagem utiliza como referencial a espiral construtivista, na qual o aluno é estimulado a elaborar um novo raciocínio científico ao articular os conhecimentos teóricos com a prática. Parte-se da aprendizagem reflexiva para construir o conteúdo, de acordo com as necessidades apresentadas pelos participantes. Residência médica – 78 residentes • Anestesiologia • Cancerologia • Cardiologia • Endoscopia • Mastologia • Medicina intensiva • Radiologia/diagnóstico por imagem • Radioterapia Residência em área profissional da saúde – 52 residentes • Biomedicina em diagnóstico por imagem • Enfermagem clínico-cirúrgica • Física médica da radioterapia Relatório de Sustentabilidade 2013 102 | 103 ENSINO E PESQUISA À SERVIÇO DA SAÚDE Residência multiprofissional – 12 residentes • Cuidado ao paciente crítico • Cuidado ao paciente oncológico Programa em regime de residência Médica – 9 especializandos As atividades educacionais estão organizadas de modo a promover e potencializar a construção articulada de capacidades para uma prática médica com foco nas situações de maior relevância social e incidência epidemiológica. • Ecocardiografia • Ecoendoscopia • PET/CT e SPECT/CT • Radiologia e diagnóstico por imagem (áreas: abdome, cardíaca, intervencionista, torácica e ultrassonografia) • Reconstrução mamária • Transplante de medula óssea e onco-hematologia • Urologia Os cursos de educação continuada são oferecidos nas áreas de cardiologia, odontologia hospitalar e enfermagem. Para o biênio 2013-2014, foi desenvolvido um projeto voltado à capacitação gerencial e à construção do plano diretor estratégico de cada um dos dez hospitais universitários (HU) federais selecionados. Essa foi uma demanda da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para o aprimoramento da gestão nessas instituições.O programa CMIRA dá apoio às escolas médicas brasileiras e contribui para a melhoria da qualidade do cuidado e da segurança do paciente. Utiliza a aprendizagem baseada em equipes, simulação clínica e casos clínicos integradores. CMIRA um novo olhar para a avaliação de competência médica 652 alunos e 15 universidades C M I R A ompetência médica obilização estudantil nternacionalização da escola médica esidência médica valiação de competência A área de ensino do IEP é ainda responsável por definir eventos de interesse da instituição, realizando a gestão da organização, viabilização e manutenção da qualidade técnica de congressos, simpósios e demais atividades científicas. Muitos desses eventos são contemplados com patrocínios de empresas ligadas à área da saúde. Atividades de ensino do IEP buscam estimular boas práticas nas áreas de assistência à saúde e gestão PESQUISA A pesquisa no Hospital SírioLibanês é parte integrante da busca permanente por entregar serviços de excelência em saúde. Por meio do processo de geração do conhecimento e qualificação técnica e científica de seus integrantes são desenvolvidas 13 linhas de pesquisa associadas às estratégias da instituição. O IEP possui um programa de pós-graduação stricto sensu nos níveis de doutorado e mestrado em ciências da saúde. Além disso, sempre em sintonia com os avanços das tecnologias, busca parcerias com outras entidades de pesquisa, empresas inovadoras e agências financiadoras em prol da efetividade e sustentabilidade de seu trabalho. A pesquisa fundamenta-se em duas premissas fundamentais. Primeiro busca-se a maior interação possível entre as atividades de pesquisa e de assistência e, para isso, os pesquisadores estão diretamente envolvidos nas atividades do hospital, quer seja como parte do corpo de colaboradores ou do corpo clínico. Com isso, garantese a segunda premissa, que é a preocupação com a relevância e aplicabilidade dos projetos no processo assistencial. É preciso assegurar que a geração de conhecimento esteja sempre vinculada a um processo de desenvolvimento e inovação que possa trazer benefícios para a sociedade. AS 13 LINHAS DE PESQUISA DO IEP Terapia celular Oncologia Medicina molecular Intensiva Neurociências Fisiopatologia Ginecologia da dor Pesquisa clínica Cirurgia Pesquisa robótica observacional Nutrição Endoscopia Informações médicas Bioengenharia de tecidos Relatório de Sustentabilidade 2013 104 | 105 ENSINO E PESQUISA À SERVIÇO DA SAÚDE A conexão com as competências do corpo clínico está refletida na criação do programa de mestrado e doutorado em ciências da saúde e na definição das áreas de concentração voltadas para a oncologia, para o paciente crítico e para a cirurgia. Muito embora o hospital possua um grande número de doutores nas mais diferentes especialidades, nessas três áreas há uma massa crítica que representa a maior parte da produção científica da instituição. O ano de 2013 marcou o início deste programa, que foi aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). No início de 2013 foram aprovados 31 alunos e no meio do ano abriram-se mais 13 vagas. Para o terceiro edital, no início de 2014, foram abertas mais 24 vagas, o que totalizará 68 alunos nos cursos de pós-graduação stricto sensu. A demanda de candidatos tem sido alta. Em média, são oito por vaga. Projetos filantrópicos de pesquisa O trabalho da área de pesquisa é também estendido aos projetos filantrópicos em parceira com o Ministério da Saúde, atendendo aos programas do Sistema Único de Saúde (SUS). Cíiclotron e desenvolvimento de projetos de pesquisa em imagem molecular Tem o objetivo de aumentar a oferta de isótopos radioativos utilizados para diagnóstico nas unidades de medicina nuclear do Estado de São Paulo, e fomentar o desenvolvimento de pesquisas para novos métodos de detecção de doenças. Tratamento cirúrgico em pacientes diabéticos com obesidade grau I Propõe avaliar e comparar a eficácia, a segurança e os custos entre os tratamentos clínico e cirúrgico para pacientes diabéticos com obesidade grau I (IMC: 30-35). O projeto busca evidências experimentais para fundamentar uma política nacional para o tratamento cirúrgico do diabetes com redução de custos para o SUS. Uso de cirurgia transoral robótica no tratamento de carcinomas epidermoides de faringe Estuda os procedimentos cirúrgicos robóticos no intuito de compará-los a resultados obtidos em cirurgias convencionais para tratamento de câncer de faringe. Resultados até 2013: • Pacientes selecionados: 11 • Pacientes operados: 11 Engenharia de tecidos fetais para o tratamento de malformações congênitas Desenvolve terapias baseadas em células-tronco mesenquimais no tratamento de doenças congênitas. Visa incorporar o tratamento ao Hospital Sírio-Libanês, capacitando o hospital a participar de ensaios de aplicação clínica em terapias. Dessa maneira, outros laboratórios da Rede Nacional de Terapia Celular poderão ser posteriormente treinados nesses princípios terapêuticos. Resultados até 2013: • Pacientes triados: 37 • Pacientes randomizados: 18 (11 no braço cirúrgico do estudo e 7 no braço de acompanhamento clínico do estudo) Tratamento cirúrgico de pacientes com Parkinson por meio de implante estereotáctico de estimuladores cerebrais profundos Projeto que acompanha clinicamente os indivíduos submetidos a cirurgias de implante de estimuladores cerebrais para o tratamento da doença de Parkinson. Treinamento prático em pesquisa clínica e capacitação dos comitês de ética em pesquisa (CEP) de hospitais integrantes do SUS Capacita profissionais para aprimorarem sua atuação na área, seguindo padrões éticos e de qualidade internacionais. Os objetivos da capacitação destes profissionais é melhorar a produção de dados que possam ser utilizados como ferramenta para melhoria das condições de saúde da população. Resultados até 2013: • Pacientes selecionados: 5 • Pacientes operados e em seguimento: 3 Banco público de sangue de cordão umbilical e placentário (BSCUP) Visa expandir o banco de cordão criado pelo Hospital Sírio-Libanês em 2009, aprimorar os procedimentos técnicos de coleta, armazenar maior número de bolsas e capacitar mais profissionais de bancos públicos de sangue de cordão umbilical em todo o país. Resultados até 2013: Resultados até 2013: • Pacientes selecionados: 15 • Pacientes operados: 15 Todos os módulos da fase teórica foram disponibilizados para que 83 colaboradores dos centros de pesquisa clínica ligados à Rede Nacional de Pesquisa Clínica realizassem os treinamentos. Resultados até 2013: • Doações: 3.279 • Coletas: 2.875 • Bolsas congeladas: 1.452 • Bolsas liberadas para Rede BrasilCord: 423 • Participantes em capacitação de recursos humanos para profissionais de BSCUP (módulo prático): 19 Relatório de Sustentabilidade 2013 106 | 107 ENSINO E PESQUISA À SERVIÇO DA SAÚDE crescente produção científica e das necessidades sociais. Publicações científicas Gerar conhecimento, promover a inovação e contribuir para a formação de novos talentos. Gerar conhecimento qualifica a ensinar. Por isso, o aumento da produção científica em 2013 foi comemorado pela instituição. Foram 117 artigos publicados em revistas indexadas de circulação internacional e com política de revisão por pares. Como meta para os próximos anos, pretendese manter um aumento constante dessa produção. Com a preocupação de uma melhoria qualitativa dos trabalhos científicos, haverá o monitoramento sobre a qualidade das revistas nas quais os artigos são publicados e sobre o impacto desses trabalhos nas diferentes áreas do conhecimento. Na medida em que o hospital se destaca nas atividades de pesquisa e produção de conteúdo, fortalece parcerias com outras instituições públicas ou privadas igualmente envolvidas no desenvolvimento e na inovação em medicamentos, equipamentos ou processos ligados à assistência. Com isso, é possível garantir o acesso ao que há de mais inovador no mercado, além de contribuir diretamente nesse processo de inovação, acelerando a incorporação e o domínio de modernas tecnologias e de novos tratamentos. Parcerias Entre os parceiros de pesquisa do Hospital Sírio-Libanês estão o Instituto Ludwig de Pesquisa sobre Câncer e o Memorial Sloan-Kettering Cancer Center de Nova Iorque, duas das maiores instituições mundiais na área de pesquisa em oncologia. Essa parceria levou à criação do Centro de Oncologia Molecular , que funciona em Contribuir para a formação de novos profissionais da saúde é premissa da atuação do hospital perfeita sintonia com a pesquisa clínica e a atividade assistencial do centro de oncologia. Outro apoio importante vem das agências de fomento, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o CNPq e a CAPES, que financiam projetos e bolsas de estudo. O Hospital Sírio-Libanês mantém parcerias com entidades nacionais e internacionais que compartilham seus ideais e contribuem para ampliar a difusão do conhecimento, como o National Board of Medical Examiners (NBME), o Ludwig Institute for Cancer Research, a Fundação Dom Cabral, e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), o Centro Cochrane do Brasil, o Instituto EmbraerPró Bio e o SENAC, além do Ministério da Saúde e da ANVISA. A parceria com o NBME foi efetivada em 2013, e o IEP utilizará a expertise dessa entidade para criar e difundir a cultura de avaliação de profissionais médicos, inserindo-a em seus programas. Um dos desafios do IEP é tornar-se indissociável do hospital em relação ao seu corpo docente, pesquisadores e linhas de pesquisa. Para tanto, as perspectivas são aumentar a interação com os profissionais do hospital, ampliando as oportunidades para o corpo clínico e colaboradores com aptidão acadêmica; e facilitar o engajamento do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês às atividades do IEP. A disseminação da cultura de ensino e pesquisa por toda a instituição permitirá mais contribuições científicas, beneficiando a prática assistencial e os pacientes. Com suas salas ocupadas por diversos cursos e eventos, o espaço é uma limitação para o crescimento do IEP. A demanda aumenta mais do que a oferta, de vagas fazendo com que se restrinja o número de candidatos participantes. O instituto busca sua sustentabilidade econômica por meio de parcerias com agências de fomento e com indústrias, seja em forma de patrocínio às pesquisas, seja em doação de equipamentos. O embasamento da sustentabilidade, no entanto, está muito mais em sua relevância enquanto fonte de inovação e disseminação de conhecimento, formação de recursos humanos capacitados e, especialmente, contribuição social por meio dos projetos filantrópicos de ensino e pesquisa. O IEP mantém uma biblioteca para consultas e pesquisas bibliográficas. Na pesquisa, a premissa básica é desenvolver projetos que estejam em harmonia com as competências das equipes assistenciais e com os tratamentos das unidades de saúde geridas pelo instituto. A integração precisa ser efetiva para que as pesquisas desenvolvidas beneficiem diretamente seus pacientes. O IEP promove mais de 1.000 reuniões científicas por ano, com o objetivo de apresentar e discutir casos clínicos e erros e buscar melhorias. Cerca de 60 grupos movimentam um número significativo de pessoas, já que o uso de teleconferência (telemedicina) amplia o alcance dos debates. Constituem-se em oportunidades de atualização em áreas que avançam continuadamente diante das inovações tecnológicas, da Trabalhos de pesquisa desenvolvidos na instituição resultaram na publicação de 117 artigos em periódicos do Brasil e do exterior Relatório de Sustentabilidade 2013 108 | 109 6 MEIO AMBIENTE EM SINTONIA COM O Sabemos que a perenidade da instituição depende de nossas ações e decisões atuais.Estamos atentos ao futuro e, por isso, conscientizar, mobilizar e educar também faz parte do empenho em minimizar os impactos de nossas operações no meio ambiente. Acreditamos que todos têm responsabilidade na proteção do planeta e que é nas tarefas do dia a dia que devemos agir. EM SINTONIA COM O MEIO AMBIENTE ISO 14001 Construção da nova torre (bloco D) no complexo hospitalar da Bela Vista GESTÃO AMBIENTAL A sustentabilidade ambiental envolve muitos fatores, sobretudo quando concerne a uma grande instituição de saúde. Em seu dia a dia, o Hospital Sírio-Libanês trabalha e investe para minimizar os impactos causados pelas suas operações. Há várias frentes de atuação. Uma das principais é o novo edifício, projetado e construído nos padrões da acreditação LEED Gold. Essa certificação é emitida pelo U.S. Green Building Council, entidade que criou um sistema para avaliar a sustentabilidade de uma construção de acordo com critérios como: eficiência no uso da água e da energia, inovação em equipamentos É uma norma internacionalmente aceita que define os requisitos para a instituição fazer com eficácia sua gestão ambiental. O empenho do Hospital SírioLibanês em obter essa certificação, prevista para o 1o semestre de 2014, indica que pretende reproduzir o alto padrão de seu atendimento humanizado ao público interno e à comunidade em que está inserido. se mostrado um caminho longo, porém adequado para que as atitudes em prol da sustentabilidade ambiental se fortaleçam e se tornem permanentes. Outras importantes ações foram a compostagem, a ampliação do grupo de agentes ambientais, o reaproveitamento de plástico de garrafas para produção de sacos de lixo, além da adoção de boas práticas na área de higiene e limpeza que permitem um melhor gerenciamento dos resíduos. No que concerne especificamente aos fornecedores, a instituição vem intensificando a exigência da logística reversa de embalagens ao inserir uma cláusula específica nos contratos de fornecimento de equipamentos e utensílios adquiridos para as novas edificações como, por exemplo, camas e mesas de refeição. A instituição monitora seus indicadores ambientais e persegue metas cada vez mais rigorosas. Seu empenho corrobora as exigências da ISO 14001 e do U.S. Green Building Council, visando a construção de planos e melhoria ambiental para cada área e público diretamente relacionado às operações. Outra evidência do crescente envolvimento do hospital com a gestão ambiental é sua participação na Agenda Global para Hospitais Verdes e Saudáveis, que se propõe a oferecer apoio às iniciativas mundiais relacionadas à sustentabilidade e ao respeito ambiental no setor de saúde. Essa agenda atua com dez princípios interligados focados na redução dos impactos ambientais, como os provenientes dos resíduos e insumos. Em 2013, a instituição traçou um plano de médio prazo para atender a todos esses princípios, o que exige um intenso trabalho de conscientização dos gestores e colaboradores. Hoje há a adesão da instituição a seis dos objetivos, mas todos serão implementados de modo sistematizado no futuro. e projeto e qualidade do ar no interior. Além da estrutura, as complexas atividades desenvolvidas internamente no hospital também causam impactos por serem geradoras de diversos tipos de resíduos. O esforço para a redução da geração de resíduos, o descarte apropriado de cada grupo e o reaproveitamento de recicláveis têm sido temas de atenção e investimento. Agir para mitigar os impactos de toda a operação hospitalar envolve a mobilização e o comprometimento de colaboradores, fornecedores e demais públicos diretamente envolvidos nas operações. Dessa forma, educar e conscientizar têm Vista interna das obras da nova torre Relatório de Sustentabilidade 2013 112 | 113 EM SINTONIA COM O MEIO AMBIENTE Tecnologias em favor da sustentabilidade OBJETIVOS DA AGENDA Liderança: priorizar a saúde ambiental como imperativo estratégico • Nova central de água gelada com consumo de energia 40% inferior em relação ao sistema anterior, possibilitando dobrar a capacidade de geração de água gelada do sistema com praticamente o mesmo consumo de energia. Substâncias químicas: substituir substâncias perigosas por alternativas mais seguras Resíduos: reduzir, tratar e dispor de forma segura os resíduos de serviços de saúde • Aquecimento de água por meio da utilização conjunta de sistema solar, bomba de calor, gás natural e energia elétrica automatizados, otimizando a sua utilização no ponto de melhor desempenho, o que proporciona resultado cerca de 30% mais eficiente que o sistema convencional. Energia: implementar eficiência energética e geração de energia limpa renovável Água: reduzir o consumo de água Transporte: melhorar os meios de transporte para pacientes e colaboradores • Sistema de iluminação de alto rendimento, proporcionando um baixo consumo de energia. Alimentos: comprar e oferecer alimentos saudáveis e cultivados de forma sustentável • Sistema de automação predial para gerenciamento da operação das utilidades com capacidade de otimização, proporcionando ganhos potenciais em torno de 20%. Produtos farmacêuticos: gerenciar e destinar produtos farmacêuticos de forma segura Edifícios: apoiar projetos e construções de hospitais verdes e saudáveis Compras: comprar produtos e materiais mais seguros e sustentáveis Novo edifício foi projetado e é construído de acordo com os padrões do US Green Building Council • Utilização de elevadores de alto rendimento e sistemas pneumáticos para o transporte de roupa suja e resíduos (novas torres). Construção sustentável e gestão de utilidades O projeto de expansão que vem ocorrendo nos últimos anos e que efetivamente entra em operação em 2014 mais que dobra o tamanho do complexo hospitalar da Bela Vista. Com 85 mil m2, grande parte destinada a áreas assistenciais, o novo edifício terá atividades e ocupação muito intensas e significativa demanda de insumos, especialmente por causa de tratamentos de alta complexidade. Seu projeto contemplou a busca por tudo o que há de inovador sob o ponto de vista da construção e do atendimento. • Fachadas com a utilização de vidros de alto desempenho que evitam insolação e a propagação do calor para dentro do edifício (novas torres). Para cada um dos sistemas, tais como iluminação, ar-condicionado, aquecimento de água, fachadas, coberturas, transporte vertical, entre outros, foram feitos estudos de viabilidade técnica e econômica, buscando-se a melhor eficiência. Grande parte dos projetos previstos para as novas torres também atenderá todo o complexo hospitalar. No processo de ocupação dos novos andares, será possível realizar o retrofit gradual dos leitos antigos de modo a reduzir o impacto no consumo de utilidades e seguir a tendência de construção sustentável adotada como diretriz pela instituição. • Sistema de água de reúso, por meio de uma estação tratamento de efluentes e captação de água pluvial. • Barramento blindado para condução de energia nas novas torres, o que evita queda de tensão e desperdício, propiciando economia energética. • Novos sistemas de iluminação com lâmpadas Led que reduzem ainda mais o consumo desse insumo. As taxas previstas são de 6,6 Watts por m2. • Misturador de água para o chuveiro, limitador de vazão nas torneiras e readequação dos vasos sanitários com novas válvulas de descarga. Em 2014 entrará em funcionamento o sistema pneumático para o transporte de roupas sujas e de resíduos. Este sistema consiste em um conjunto de bombas de vácuo e seis dutos, sendo três para o transporte de roupas sujas e os demais para resíduos. Principais vantagens: reduzir o risco de infecção hospitalar, aumentar a segurança dos profissionais e oferecer maior conforto e bem-estar aos pacientes, ao restringir a circulação dos equipamentos que transportam materiais. De modo geral, o novo edifício foi concebido de forma a harmonizar-se com o espaço atual. Propicia que equipes médicas e assistenciais trabalhem em convergência, de forma a manter sua identidade e seus valores. A entidade responsável pela certificação LEED Gold acompanha mensalmente a execução das obras das novas torres em todos os seus quesitos. Espera-se que, em 2015, com a operação plena, o Hospital Sírio-Libanês receba o título de edifício verde. Uma obra de engenharia dessa magnitude é um desafio sob todos os pontos de vista. A despeito dos esforços empreendidos para mitigar impactos na comunidade vizinha, gerou inconvenientes como barulho e aumento de trânsito para os moradores da região e para o próprio hospital em operação. A instituição gerencia a obra de forma a reduzir os impactos na comunidade, porém, a proximidade produz insatisfações por vezes registradas no SAC do hospital. Evitar trabalho aos domingos e feriados é uma das iniciativas para minimizar o desconforto. Interdições de ruas são avisadas antecipadamente, e a logística de carga e descarga é realizada com o devido cuidado para reduzir ruídos, pois ocorre no período noturno, atendendoà legislação vigente. No período compreendido entre 2010 e 2013, o crescimento médio da instituição Relatório de Sustentabilidade 2013 114 | 115 EM SINTONIA COM O MEIO AMBIENTE foi de 15% ao ano. A análise dos indicadores mostra que, neste mesmo período, o consumo de água e energia mantevese praticamente estável. Esse resultado pode ser atribuído aos investimentos e gerenciamento, que visaram a racionalização do uso desses recursos. O consumo de gás natural apresentou crescimento mais expressivo, porém, abaixo do crescimento acumulado do hospital. e as fontes de combustão estacionária (grupos geradores). O cômputo total das emissões apresentaram um aumento considerável em relação ao ano anterior. Os motivos principais foram as obras das novas torres e o aumento do movimento do hospital (que pressiona o consumo de energia e o aumento do uso de óxido nitroso - gás utilizado pela anestesia no centro cirúrgico que possui um alto fator de emissão). Esses fatores somado ao maior consumo dos gases de ar condicionado foram responsáveis pelo aumento de 28% nas emissões de CO2 equivalente. As emissões relativas ao consumo de energia comprada tiveram um aumento significativo, muito Emissões de CO2 O hospital passa por um período de duplicação do seu parque instalado que é responsável por um grande consumo de diversos insumos, inclusive energia elétrica CO 2 de emissão e as possíveis melhorias necessárias para tentar reduzi-las. Esse tipo de situação desafia a gestão das emissões do hospital, mesmo estabelecendo metas de redução ainda há parâmetros que fogem ao controle da instituição. O inventário de emissões serve como ferramenta de gestão para o mapeamento das maiores fontes O aumento de 5% no número de pacientes/ dia teve quase que o mesmo aumento no consumo de energia que ficou em 6%. As emissões por outro lado, que em 2012 eram de 0,07 CO2e(t) por pacientes/dia, subiram 22%, atingindo 0,09 CO2e(t) em 2013. Acompanhamos mês a mês o consumo de energia e emissões de CO2 equivalente por paciente/dia. Emissões de CO2 equivalente (em toneladas) 2012 Escopo 1 RESULTADO DAS EMISSÕES Combustão estacionária e móvel CONSUMO DE ÁGUA (EM MIL M3) Fonte de retirada em função do fator de emissão. Enquanto o consumo em KWH aumentou 11%, o aumento das emissões nesse mesmo item foi de 62%, algo que pressionou bastante o quadro geral das emissões da instituição. Ar-condicionado Variação 2010/2013 2013 Variação 8 20 150% 5.612 6.658 19% 2010 2011 2012 2013 Sabesp* 178 122 153 178 0 Eletricidade comprada e consumida 1.952 3.162 62% Poço artesiano 86 72 77 72 -19% Total dos escopos 1 e 2 7.572 9.840 30% Caminhão-pipa 23 21 23 20 -15% Escopo 3 271 219 -19% Total 287 215 253 270 -6% Total geral 7.843 10.059 28% Escopo 2 * Em Brasília, a fonte é a Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal). Todos os efluentes são descartados via sistema de saneamento local (Sabesp e Caesb). Gerenciamento de resíduos EVOLUÇÃO DO VOLUME DE ENERGIA COMPRADA (EM MILHÕES DE KWH) Energia comprada* 2010 2011 2012 2013 Variação 2010/2013 27 28 30 33 22% * As concessionárias de energia que abastecem as unidades assistenciais são a AES Eletropaulo (em São Paulo) e a Companhia Energética de Brasília, CEB, na capital federal. 2010 2011 2012 2013 Variação 2010/2013 181.795 184.359 215.949 243.264 33% TOTAL DE INVESTIMENTOS E GASTOS COM AÇÕES PARA REDUÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL (2013) Obras das novas torres de resíduos por dia 722 t CONSUMO DE GÁS NATURAL (EM M³) Programa de Gestão Ambiental 7,7 t R$ 500 mil Acréscimo de 30% no valor total da obra de lixo orgânico (resíduos para compostagem) A coexistência harmônica com o meio ambiente também passa pela destinação dos resíduos. Desde 1998, a instituição desenvolve um plano de gerenciamento de resíduos que abrange toda a estrutura hospitalar, serviços de apoio e áreas administrativas. Ao longo de 2013, produziram-se uma média de 7,7 toneladas de resíduos/dia, um volume grande e condizente com o porte da instituição, mas que o plano de gerenciamento se empenha em diminuir, além de buscar descartes adequados para cada tipo de lixo. Os materiais infectantes, químicos perigosos e radioativos são descartados adequadamente por meio de empresas especializadas. Em relação aos resíduos recicláveis, 241 toneladas de papelão, papel, plástico, metal, vidro, alumínio, lâmpadas fluorescentes, pilhas, raios-X, tíner e óleo de cozinha foram reaproveitadas. Como citado no capítulo 4 - Cidadania em Ação, o trabalho realizado com os catadores do bairro da Bela Vista por meio do projeto Catadores – Coletando com Saúde forneceu 105 toneladas de papelão (material de maior valor agregado), que se converteram em renda para essas pessoas. O resíduo orgânico gerado na cozinha do hospital (cascas e aparas de alimentos) é encaminhado para compostagem e transforma-se em adubo. No ano, 722 toneladas de resíduos tiveram esse destino. O Hospital Sírio-Libanês entende que seria um contrassenso enviar esse material para o aterro sanitário, podendo dar a ele uma destinação útil, mesmo que exija maior aporte financeiro. Relatório de Sustentabilidade 2013 116 | 117 EM SINTONIA COM O MEIO AMBIENTE FORNECEDORES RECICLAGEM POR MATERIAL (EM TONELADAS) RECICLAGEM DE RESÍDUOS (EM TONELADAS) 8 10 34 241 722 139 50 Total: 963 toneladas Papelão Metal Compostagem Papel Vidro Reciclagem geral Plástico QUANTIDADE DE RESÍDUOS GERADOS POR ANO (EM TONELADAS)* Tipo de resíduo 2010 2011 2012 2013 Disposição final 584 643 573 635 ETD – Desativação Eletrotérmica Comum 1.560 1.209 1.085 1174 Aterro sanitário - Rodovia dos Bandeirantes, km 33 - Caieiras, SP Radioterápico Infectante 0,466 0,655 0,455 0,318 ETD – Desativação Eletrotérmica Químico perigoso 11 8,5 6,8 11,9 Essencis Soluções Ambientais Ltda Reciclado 314 248 244 241 Papelão e Papel – GTF Plásticos (polietileno) – Nova Reciclagem Plásticos diversos (exceto polietileno) – Aplascon Metal Compostagem 389 461 649 722 Biomix Indústria e Comércio de Insumos Pérfuro-cortante 17 52 49 49,5 ETD – Desativação Eletrotérmica Média/dia 7,8 7,2 7,1 7,7 - *Mensuração apenas da unidade Bela Vista desnecessariamente e outros fatores que causam impactos negativos. Na medida em que há a identificação desses episódios pode-se intervir por meio de capacitação, treinamento e programas educacionais. Em 2013, os 60 agentes realizaram 2.300 intervenções por todo o complexo hospitalar. Para 2014, está previsto um projeto de comunicação a fim de divulgar a importância do agente ambiental, tornar o tema mais presente no cotidiano dos colaboradores e motivar o engajamento de mais colaboradores no programa. plataforma eletrônica de compras. Desta forma, o hospital sinaliza sua disposição de trabalhar com fornecedores que, além de apresentar reconhecida capacidade técnica, estejam comprometidos com a preservação do meio ambiente, a saúde e a segurança dos trabalhadores. O processo de avaliação e homologação de fornecedores começou com os principais parceiros e será estendido gradativamente. A conformidade com as normas técnicas editadas por órgãos reguladores são os requisitos mínimos para a inclusão ou exclusão de um fornecedor. CICLO DE AVALIAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DE FORNECEDORES 1 Manutenção da documentação Agentes ambientais Por entender que a proteção ao meio ambiente não pode ser uma bandeira discursiva e, sim, deve instalar-se na cultura, o Hospital SírioLibanês incentiva a participação de seus colaboradores nos programas internos de cuidados com o meio ambiente. Em favor disso, a instituição se empenha em aumentar o número de agentes ambientais que são voluntários responsáveis por zelar pelo ambiente e identificar desvios como: torneira pingando, lixo jogado em lugar indevido, luz acesa Documento institucional especifica os critérios de seleção e detalha os padrões de conduta esperados na relação com empresas terceiras Os fornecedores de produtos e serviços são fundamentais para o sucesso das operações do Hospital Sírio-Libanês, tanto em relação à satisfação dos clientes, como na eficácia da gestão ambiental e saúde e segurança dos trabalhadores que atuam na instituição. Com a meta de conquistar as certificações ISO 14001 (gestão ambiental) e OHSAS 18001 (saúde e segurança do trabalhador), a instituição estruturou-se para estreitar seu relacionamento com seus parceiros. Para tanto, disponibiliza o Manual de Relacionamento com Fornecedores, em que estabelece padrões obrigatórios e desejáveis de conduta, além de sistematizar o controle de documentos pertinentes na Avaliação do processo Cadastro de empresa e usuário no site da Bionexo (plataforma eletrônica de compras) 7 2 6 3 5 Avaliação da documentação Acesso ao Manual de Relacionamento com Fornecedores Envio de documentação 4 Questionário de qualificação Relatório de Sustentabilidade 2013 118 | 119 EM SINTONIA COM O MEIO AMBIENTE Cadeia de fornecimento A cadeia de suprimentos é composta por 3.470 fornecedores ativos, distribuídos nas categorias medicamento, material hospitalar, consignados, serviços e outros, das quais a de serviços é, de longe, a mais ampla. assunto sobre o qual a instituição ainda irá se estruturar para, futuramente, fazer a gestão. Há de se considerar a complexidade da regulação do setor e a dimensão de recursos humanos e financeiros que serão necessários para essa tarefa. Portanto, a dimensão da cadeia de fornecedores da instituição é significativa. No segmento da saúde, as normas técnicas editadas por órgãos reguladores e comissões especializadas são os principais balizadores para a inclusão ou exclusão de um fornecedor. • Materiais médico-hospitalares: R$ 57,9 milhões em compras, com crescimento de 13,14% em relação ao ano anterior. milhões R$ 70,5 milhões Regras de conduta incluem o respeito pelos direitos humanos R$ 57,9 milhões 600.000,00 R$ 534.113 1.538 1400 500.000,00 1.283 400.000,00 1200 1000 300.000,00 800 600 400 R$ 113.139 136 R$ 57.873 336 200.000,00 R$ 143.442 R$ 70.507 100.000,00 177 200 0 0,00 MEDICAMENTOS MATERIAL HOSPITALAR CONSIGNADOS SERVIÇOS R$ 677 DEMAIS GRUPOS milhões GASTOS NÚMEROS FORMADORES A instituição administrou ao longo do ano 1.734 novos contratos, aditivos e distratos. Processou cerca de 28.000 notas fiscais, envolvendo o controle do cumprimento da legislação tributária e trabalhista pelos prestadores de serviços com mão de obra alocada na instituição. Práticas trabalhistas na cadeia de serviços O Hospital Sírio-Libanês contrata profissionais terceirizados nas áreas de limpeza, segurança, manutenção e transporte. Respeita-os e procura dar boas condições de saúde, segurança e trabalho para que eles possam desempenhar com excelência suas funções. Para isso, exige das empresas contratadas que as regras de conduta quanto aos direitos humanos sejam seguidas rigorosamente. O Manual de Relacionamento com Fornecedores dispõe com clareza sobre itens como: 4,24% 2013 18,3% 2013 13,14% 2012 2013 • Não empregar mão de obra infantil; de crescimento • Garantir as condições dignas para os colaboradores, inclusive de empresas subcontratadas, relativas a local de trabalho, transporte, alojamento, alimentação, higiene e outros aspectos correlatos; R$ 113,1 CATEGORIAS E OS RESPECTIVOS VOLUMES DE GASTOS DE 2013 1600 • Medicamentos: R$ 113,1 milhões em compras, com crescimento de 4,24% sobre o ano anterior. Destaque para contratos diretos com a indústria, que respondem por 61% dos fornecedores da curva A de medicamentos; • Materiais cirúrgicos: R$ 70,5 milhões em compras, com crescimento de 18,3 % em relação ao ano anterior; É possível afirmar que o percentual analisado de fornecedores de acordo com os critérios técnicos, de direitos humanos, práticas trabalhistas e impactos na sociedade inclui, a princípio, toda a cadeia de fornecimento. No entanto, a gestão dos impactos negativos dessa cadeia, segundo todos os critérios mencionados, apesar de recomendável, é considerada uma meta a longo prazo e um 1800 O volume de compras em insumos hospitalares de R$ 241,5 milhões representou um crescimento de 10% em relação ao ano de 2012: 2012 2012 2012 de crescimento de crescimento 2013 34% de crescimento Ao analisar o volume de serviços e equipamentos, que englobam despesas correntes e investimentos nas novas edificações, observa-se o aumento de 34% em 2013, atingindo R$ 677 milhões: 2012 29% 2013 de crescimento • Serviços: R$ 534,1 milhões, com crescimento de 29% em relação a 2012. 2012 56% 2013 de crescimento • Equipamentos / imobilizados: R$ 143,4 milhões, com crescimento de 56% em relação ano anterior. • Não utilizar trabalho escravo, forçado ou involuntário; • Respeitar e valorizar a diversidade, garantindo tratamento equânime, repudiando preconceitos e discriminações de gênero, orientação sexual, etnia, raça, credo ou qualquer outra; • Eliminar todas as formas de ameaças, coerção e violência física, verbal ou psicológica, tornando clara a proibição de assédio moral e sexual; • Permitir efetivamente o exercício do direito de livre associação profissional ou sindical dos trabalhadores. Para garantir a qualidade dos prestadores de serviços e dos resultados do trabalho, em 2013, o Hospital Sírio-Libanês retomou o programa Integração para Terceiros, a fim de que haja um envolvimento ainda maior com os valores da instituição, sobretudo, o comprometimento com o cuidado humanizado. Relatório de Sustentabilidade 2013 120 | 121 EM SINTONIA COM O MEIO AMBIENTE Qualificação técnica de medicamentos e materiais A qualificação técnica dos fornecedores de medicamentos e de materiais médico-hospitalares é realizada por meio de visitas técnicas de farmacêuticos às várias categorias de fornecedores da cadeia logística hospitalar, seguindo a regulamentação brasileira para cada categoria de fornecedor. PERCENTUAL DE COMPRAS REALIZADAS DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICOHOSPITALARES DE ACORDO COM O STATUS DA QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PRODUZIDO PELO GAFO (2012 E 2013) Comissões técnicas especializadas O hospital conta com duas comissões técnicas que realizam a qualificação A farmácia do hospital faz parte do GAFO (Grupo de Avaliação de Fornecedores), que é composto por profissionais farmacêuticos dos principais hospitais privados do Estado de São Paulo. Os status de avaliação das visitas são: qualificado (fornecedor homologado), necessita de melhorias e não visitado (fornecedor não está homologado). Para este último status a orientação da área de Suprimentos é a interrupção do relacionamento comercial. 50% A farmácia, conjuntamente com a área de segurança assistencial, promove a análise de todas as ocorrências de produtos que apresentem desvio de qualidade, de produtos farmacêuticos: a Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) e a Comissão de Padronização de Materiais (CPM). São grupos multiprofissionais que se reúnem mensalmente para discutir a seleção de produtos e as práticas que envolvem a utilização desses produtos no Hospital Sírio-Libanês, com enfoque na segurança e na racionalidade. 2012 NOTIFICAÇÕES DE QUEIXAS TÉCNICAS E REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS À ANVISA Número de notificações à Anvisa 5% 80 70 45% Os percentuais de 2013 estão ligeiramente aquém do ano anterior, o que é atribuído ao excessivo número de faltas de produtos no mercado e à necessidade da manutenção dos estoques para atender à demanda assistencial. Independentemente da qualificação efetivada pela participação no GAFO, a farmácia realiza diariamente busca ao site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para obter informações sobre fornecedores e produtos. intituladas como queixas técnicas, e também das reações adversas a medicamentos (RAM). No caso de esta análise apontar evidências que envolvam fornecedores, a ocorrência é notificada ao fornecedor e também à ANVISA. 60 50 2013 49% 40 30 20 4% 47% 10 0 QUALIFICADOS 2011 2012 2013 NECESSITA DE MELHORIAS NÃO VISITADOS QUEIXAS TÉCNICAS REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS Relatório de Sustentabilidade 2013 122 | 123 DESEMPENHO 7 ECONÔMICOFINANCEIRO Os projetos ambiciosos de expansão que estão se concretizando comprovam que somos sustentáveis também sob o ponto de vista econômico-financeiro. Nosso crescimento apoia-se sobre uma base sólida de gestão. DESEMPENHO ECONÔMICOFINANCEIRO DEG e Proparco financiaram US$ 40 milhões, e o BNDES e o Banco do Brasil, R$ 430,6 milhões. Esses financiamentos foram fechados com prazos de amortização e condições de carência compatíveis com as necessidades da instituição. A organização aportará, ao fim do projeto de modernização e expansão, R$ 253 milhões em recursos próprios. O programa de financiamento aos Hospitais de Excelência, aprovado pelo BNDES, estabelece uma contrapartida. A instituição deve aplicar 5% do valor do empréstimo em projetos filantrópicos de interesse do Ministério da Saúde. No capítulo 4 foram detalhados os dois projetos que compõem essa contrapartida. Investimentos em ações de responsabilidade social são proporcionais ao faturamento do hospital O Hospital Sírio-Libanês é uma entidade filantrópica e, por isso, não tem proprietários, acionistas nem faz distribuição de lucros. Seus recursos são inteiramente revertidos para sua operação. Sua perenidade depende da competência do desempenho econômico-financeiro. O cumprimento de seus projetos filantrópicos, sua expansão, as inovações, a efetividade de seus processos operacionais, o alcance de seus projetos sociais e sua estabilidade estão vinculados à sustentabilidade econômico-financeira. Sua capacidade de investimento, portanto, é proporcional à aptidão de gerar e bem administrar recursos. Assim, quanto mais eficiente na geração de valor, mais poderá aplicar em seus programas. Quanto maior seu faturamento, mais recursos para investimentos em responsabilidade social, em prol da saúde e do desenvolvimento social do país. A obtenção de recursos no mercado financeiro nacional e internacional para viabilizar o programa de expansão iniciado há alguns anos comprova sua saúde financeira. Ao apresentar o plano diretor de obras e o planejamento financeiro dos próximos 10 anos, o hospital obteve sinalização positiva do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de outras três instituições estrangeiras multilaterais. O projeto foi apresentado e aprovado por essas instituições. As boas práticas exigidas pelas instituições financeiras nacionais e internacionais contribuíram para o amadurecimento das práticas de gestão. Além disso, para cumprir as exigências dos contratos, o hospital teve de dar foco aos programas de gestão ambiental, segurança, qualidade e padronização. Aperfeiçoou procedimentos e práticas para implantar as certificações ISO 14001 e OHSAS 18001. Configurou processos já existentes, adotou padrões e indicadores, alinhou rotinas e otimizou atividades que já eram desempenhadas. SÍNTESE DO DESEMPENHO ECONÔMICOFINANCEIRO A soma das receitas totalizou R$ 1,275 bilhão, com crescimento de 18% em relação a 2012 e 7% acima do orçado. A receita operacional líquida ficou 18% acima do ano anterior, e o EBITDA teve um crescimento de 35%. O superávit do exercício foi de R$ 101,7 milhões, 69% superior a 2012. Os investimentos em 2013 ficaram no patamar de R$ 290 milhões, dos quais R$ 260 milhões foram destinados ao projeto de expansão. O restante foi aplicado em diversas adequações da estrutura atual, além de máquinas, equipamentos e tecnologias. Em responsabilidade social, foram aplicados R$ 82,3 milhões em projetos de assistência à saúde, ensino, pesquisa e gestão, o que significa 43% a mais do que em 2012. A instituição efetuou o pagamento de R$ 32,3 milhões em amortização de empréstimos e R$ 13,9 milhões em liquidação de despesas financeiras. Encerra o exercício com indicadores de alavancagem financeira controlados. Programa de expansão é sustentado por uma soma de financiamentos e recursos próprios Relatório de Sustentabilidade 2013 126 | 127 DESEMPENHO ECONÔMICOFINANCEIRO DADOS CONSOLIDADOS BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 (EM MILHARES DE REAIS) E AUDITADOS Em milhares de reais 2013 2012 A.H. (%) 1.274.682 1.080.714 18% (234.019) (224.423) 4% Receitas operacionais 1.040.663 856.291 Custos com medicamentos, materiais e serviços médicos (277.745) 762.918 Receitas brutas Deduções RESUMO DE 2013: RECEITA E DESPESA Superávit bruto 2013 2012 Circulante 161.868 Fornecedores 67.047 50.145 (233.071) 19% Títulos e valores mobiliários 23.566 19.711 Obrigações trabalhistas e tributárias 45.561 36.920 623.220 22% Contas a receber de pacientes e convênios 209.837 248.529 Empréstimos e financiamentos 71.001 30.235 Estoques 22.533 19.657 Outras contas a pagar 25.916 27.402 57.286 41.089 Provisão para gastos e responsabilidade social 24.841 20.632 580.696 490.854 234.366 165.334 (273.239) 21% Depreciações e amortizações (34.998) (43.608) -20% Despesas administrativas e gerais (229.000) (180.769) 27% Outras despesas operacionais líquidas (52.826) (57.573) -8% Superávit operacional antes do resultado financeiro Despesas financeiras líquidas Superávit do exercício Passivo 267.474 (330.184) Ebitda/Receitas operacionais 2012 22% Despesas com pessoal e encargos Ebitda 2013 Circulante Caixa e equivalentes de caixa Despesas operacionais Total das despesas operacionais Ativo Créditos diversos (647.008) (555.189) 17% Não circulante 150.908 111.639 35% Realizável a longo prazo 14,5% 13% 115.910 68.031 70% (14.163) (7.718) 84% 101.747 60.313 69% Depósitos judiciais Outros ativos Imobilizado Total do ativo As demosntrações financeiras cobrem todas as unidades da Sociedade (Bela Vista, Itaim, Jardins e Brasília) 31.803 Não circulante 7.337 1.460 1.923 951.296 694.538 984.559 703.798 1.565.255 1.194.652 Empréstimos e financiamentos 482.473 282.281 Provisões para contingências 1.656 2.023 484.129 284.304 Patrimônio líquido Patrimônio social 740.102 632.260 Doações acumuladas 46.923 46.923 Reserva e reavaliação 59.736 65.831 Total do passivo 1.565.255 1.194.652 PERSPECTIVAS O Hospital Sírio-Libanês manteve, em 2013, saúde financeira mesmo diante de desafios decorrentes de um amplo processo de modernização e expansão. O cenário futuro configura-se ainda mais positivo considerando a duplicação de suas instalações e as expectativas quanto ao aumento da ocupação. O desenvolvimento social do país nos últimos anos tem indicado melhoria de renda de uma parcela importante da população brasileira, o que aumenta o acesso aos planos de saúde que utilizam os serviços dos hospitais. A sustentabilidade financeira da instituição, associada ao bom desempenho de seus indicadores, à manutenção da qualidade de processos e profissionais, à continuidade do atendimento com foco no acolhimento humanizado e ao desempenho socioambiental, projeta um futuro com muitas perspectivas positivas. Relatório de Sustentabilidade 2013 128 | 129 8 RELATÓRIO SOBRE ESTE O 5º relatório de sustentabilidade da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês reúne informações sobre a atuação da instituição, evidenciando seu compromisso com a transparência, o permanente diálogo e a prestação de contas para seus públicos. SOBRE ESTE RELATÓRIO MATERIALIDADE A instituição optou por realizar a revisão de seus temas materiais identificados nos últimos anos por meio de pesquisa com seus públicos, complementado com a integração de documentos setoriais, realização de benchmarkings de processos de definição da materialidade e painel interno com 25 gestores. Publicação dos resultados anuais é parte do compromisso da instituição com a transparência no relacionamento com a sociedade Destinado aos públicos com os quais o Hospital Sírio-Libanês se relaciona, essa edição detalha as ações referentes ao ano de 2013 com o intuito de dar visibilidade às atividades desenvolvidas em prol da saúde, da educação e da pesquisa, sob o ponto de vista da responsabilidade social, ambiental e econômica. Publicado anualmente em português e inglês, o relatório apresenta as operações e os indicadores referentes às diversas áreas e unidades da instituição. A concepção do relatório acompanha as diretrizes da organização internacional Global Reporting Initiative (GRI), uma referência em relatórios de sustentabilidade. Nesse ano, o Hospital Sírio-Libanês fez a transição para a versão G4 do GRI e, entre as opções Essencial e Abrangente, escolheu a primeira. Essa opção permite ao leitor ter um entendimento do desempenho econômico, social e ambiental da instituição e seus impactos positivos e negativos, sobretudo referente aos assuntos especificados na materialidade. Ao definir os itens materiais, faz-se o direcionamento da estratégia de sustentabilidade do hospital apontando as questões mais relevantes. As fontes de consulta para o benchmarking e o levantamento de temas foram os resultados da pesquisa de materialidade do relatório anterior (2012) e organizações do setor de saúde, como o National Health Service (serviço de saúde britânico); a Kaiser Permanente (grupo de hospitais norte-americanos); a Agenda Global para Hospitais Verdes e Saudáveis, rede mundial de especialistas em sustentabilidade que atua em hospitais e serviços de saúde, e a Sustainability Accounting Standards Board – SASB, grupo norte americano que fornece normas e padrões de sustentabilidade e tem um dos braços com foco na prestação de serviços de saúde. A BSD Consulting assessorou a adequação do processo de definição do conteúdo. Identificaram-se 12 assuntos de alta materialidade que foram cruzados com aspectos e indicadores GRI para a definição do escopo de temas de indicadores. Após o alinhamento com a liderança da instituição, foram considerados apenas os temas de alta materialidade, mesmo que pela metodologia aplicada tenham sido apontados seis temas de média materialidade. Os temas materiais foram definidos por meio de uma metodologia dividida em etapas 1 Identificação de 27 assuntos relacionados à sustentabilidade do setor 2 Aplicação de ferramenta de priorização dos assuntos a partir de dois eixos de análise: influência na avaliação de público x impacto do assunto para o Hospital Sírio-Libanês, resultando na priorização de 18 itens entre alta e média materialidade 3 Workshop com 25 gestores que partiram dos 18 assuntos para realizar a priorização definitiva dos temas, identificação dos impactos e público associados a eles. Como resultado, escolheramse 12 temas de alta materialidade e seis de média materialidade 4 A avaliação inicial da BSD apontou 57 indicadores relacionados a 20 aspectos relativos aos 12 temas de alta materialidade 5 Reunião com líderes do hospital para validação do processo e dos assuntos priorizados. Eles decidiram considerar apenas os temas de alta materialidade. Entre os indicadores, por meio de análise técnica voltada para as características do hospital, foram considerados 19 aspectos materiais e 37 indicadores relacionados aos aspectos de maior impacto social, econômico e ambiental Relatório de Sustentabilidade 2013 132 | 133 SOBRE ESTE RELATÓRIO LEVANTAMENTO DE TEMAS – METODOLOGIA DE ANÁLISE Eixo externo: influência do assunto na avaliação e decisão dos público O assunto é prioritário para os pares? Benchmarking O assunto é relevante para o setor? Referências técnicas Eixo interno: impactos econômicos, ambientais e sociais do assunto na organização TEMAS, ASPECTOS E INDICADORES DE ALTA MATERIALIDADE: ASPECTOS RELACIONADOS À CATEGORIA ECONÔMICA Total influência Qual é a materialidade atual do Sírio-Libanês para esse assunto? Materialidade Qual o tratamento atual do SírioLibanês sobre esse assunto? (políticas, estratégias, ações etc.) Classificação Total impacto Classificação Total TEMA MATERIAL Classificação final ASPECTO G4 - IMPACTOS ECONÔMICOS INDIRETOS CÓDIGO DESCRIÇÃO DO INDICADOR G4-EC7 Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestrutura e serviços oferecidos. G4-EC8 Impactos econômicos indiretos significativos, incluindo a extensão dos impactos. INVESTIMENTO SOCIAL/ GESTÃO DE RESÍDUOS Média prioridade Baixa relevância Média materialidade Compromissos e ações Baixa Influência Alto Impacto Média Materialidade Baixa prioridade Baixa relevância Baixa materialidade Não identificado / tratado Baixa Influência Baixo Impacto Baixa Materialidade IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) DESCRIÇÃO Por meio dos projetos de investimento social do Hospital Sírio-Libanês há uma geração de emprego e renda que impacta no desenvolvimento socioeconômico da população. Além disso, ao estabelecer parcerias com cooperativas/empresas que auxiliam na coleta de resíduos do Hospital há contribuição para a geração de renda desse público, consequentemente um desenvolvimento socioeconômico. F ASPECTOS RELACIONADOS À CATEGORIA AMBIENTAL TEMAS, ASPECTOS E INDICADORES DE ALTA MATERIALIDADE: TEMA MATERIAL ASPECTOS RELACIONADOS À CATEGORIA ECONÔMICA TEMA MATERIAL SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA/ ASPECTO G4 - DESEMPENHO ECONÔMICO CÓDIGO DESCRIÇÃO DO INDICADOR G4 - EC1 Valor econômico gerado e distribuído EDUCAÇÃO, P&D E INOVAÇÃO G4 - EC4 Assistência financeira recebida do Governo ASPECTO G4 - ENERGIA CÓDIGO DESCRIÇÃO DO INDICADOR G4-EN3 Consumo de energia dentro da organização. IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) DESCRIÇÃO D O foco de atuação do Hospital Sírio-Libanês é reduzir o seu impacto ambiental causado pelo alto consumo de energia - uma característica do setor de saúde e emissões de GEE, por meio da otimização de processos internos e conscientização do público interno. IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) DESCRIÇÃO D O desempenho econômico positivo garante a perenidade do negócio e possibilita investir em projetos associados à sua história e missão como a Responsabilidade Social, além disso, também viabiliza a investir em P&D e Inovação que impacta na qualidade do serviço prestado aos clientes. CONSUMO E USO EFICIENTE DE ENERGIA/ CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL G4-EN5 Intensidade energética. G4-EN6 Redução do consumo de energia. Relatório de Sustentabilidade 2013 134 | 135 SOBRE ESTE RELATÓRIO ASPECTOS RELACIONADOS A CATEGORIA AMBIENTAL TEMA MATERIAL ASPECTO G4 - ÁGUA CÓDIGO CONSUMO E USO EFICIENTE DE ÁGUA/ DESCRIÇÃO DO INDICADOR IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) Total de retirada de água por fonte. G4-EN8 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL D Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água. G4-EN9 ASPECTOS RELACIONADOS À CATEGORIA AMBIENTAL TEMA MATERIAL ASPECTO G4 - EFLUENTES E RESÍDUOS CÓDIGO DESCRIÇÃO O principal impacto associado ao consumo de água do Hospital Sírio Libanês é a diminuição das reservas de água. A entidade visa contribuir para a diminuição desse consumo por meio da otimização de processos internos e conscientização do público interno. CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL G4-EN22 G4-EN23 CÓDIGO CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL DESCRIÇÃO DO INDICADOR G4-EN15 Emissões diretas de gases de efeito estufa (GEE) (Escopo 1). G4 - EN16 Emissões indiretas de gases de efeito estufa (GEE) provenientes da aquisição de energia (Escopo 2). G4-EN18 Intensidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE). D Uma gestão de resíduos estruturada gera impactos positivos como a diminuição de riscos à saúde do colaborador, prevenção de poluição e contaminação, assim como uma imagem positiva da empresa perante a sociedade. DENTRO (D) OU FORA (F) DESCRIÇÃO D O principais impactos positivos em relação a construção sustentável são a otimização dos recursos naturais (água, energia), a redução nas emissões de GEE, assim como uma redução no risco operacional através de processos mais estruturados que visem a saúde e segurança do paciente e do colaborador. Além disso, ao término da obra também existe uma redução no custo financeiro da unidade. Peso total de resíduos, discriminado por tipo e método de disposição. ASPECTO G4 - GERAL CÓDIGO IMPACTOS Descarte total de água, discriminado por qualidade e destinação. ASPECTOS RELACIONADOS A CATEGORIA AMBIENTAL ASPECTOS RELACIONADOS A CATEGORIA AMBIENTAL ASPECTO G4 - EMISSÕES DESCRIÇÃO GESTÃO DE RESÍDUOS/ TEMA MATERIAL TEMA MATERIAL DESCRIÇÃO DO INDICADOR IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) DESCRIÇÃO DO INDICADOR IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL G4 EN31 Total de investimentos e gastos com proteção ambiental por tipo. D DESCRIÇÃO Existe um impacto financeiro significativo para o hospital em relação aos procedimentos adotados quanto ao programa de expansão que contempla investimentos e gastos com proteção ambiental. Relatório de Sustentabilidade 2013 136 | 137 SOBRE ESTE RELATÓRIO ASPECTOS RELACIONADOS A CATEGORIA AMBIENTAL TEMA MATERIAL ASPECTO G4 - AVALIAÇÃO AMBIENTAL DE FORNECEDORES CÓDIGO DESCRIÇÃO DO INDICADOR IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) DESCRIÇÃO F As práticas de avaliação e monitoramento de aspectos socioambientais em sua cadeia de fornecedores permitem ao Hospital Sírio-Libanês minimizar e gerir riscos associados aos aspectos socioambientais relevantes para a sociedade e para o consumidor, além de estimular boas práticas em toda a sua cadeia. O serviço prestado e/ou produto fornecido também impactam significativamente na qualidade do serviço que o paciente recebe CADEIA DE FORNECEDORES G4-EN32 Percentual de novos fornecedores selecionados com base em critérios ambientais. ASPECTOS RELACIONADOS À CATEGORIA SOCIAL - PRÁTICAS TRABALHISTAS TEMA MATERIAL ASPECTO G4 - SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO IMPACTOS CÓDIGO DESCRIÇÃO DO INDICADOR G4-LA5 Percentual de força de trabalho representada em comitês formais de saúde e segurança, compostos por empregados de diferentes níveis hierárquicos, que ajudam a monitorar e orientar programas de saúde e segurança no trabalho. G4-LA6 Tipos e taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e número de óbitos relacionados ao trabalho, discriminados por região e gênero. G4-LA7 Taxas de retorno ao trabalho e retenção após uma licença maternidade/paternidade, discriminadas por gênero. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR DENTRO (D) OU FORA (F) DESCRIÇÃO D A minimização de riscos à saúde e à segurança do colaborador, bem como a implementação de programas que incorporem temas como qualidade de vida, são fundamentais para que impactos positivos como produtividade, retenção profissional e engajamento interno ocorram. Os impactos negativos como passivos trabalhistas, afastamentos e queda de rendimento também serão reduzidos com a minimização desses riscos. ASPECTOS RELACIONADOS À CATEGORIA SOCIAL - PRÁTICAS TRABALHISTAS TEMA MATERIAL ASPECTO G4 - EMPREGO CÓDIGO DESCRIÇÃO DO INDICADOR G4-LA1 Número total e taxa de novas contratações de empregados e rotatividade de empregados por faixa etária, gênero e região. GESTÃO DE PESSOAS G4-LA2 G4-LA3 Benefícios concedidos aos colaboradores de tempo integral que não são oferecidos a funcionários temporários ou em regime de meio período, discriminados por unidades operacionais importantes da organização. Taxas de retorno ao trabalho e retenção após uma licença maternidade/paternidade, discriminadas por gênero. IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) DESCRIÇÃO ASPECTOS RELACIONADOS À CATEGORIA SOCIAL - PRÁTICAS TRABALHISTAS TEMA MATERIAL ASPECTO G4 - TREINAMENTO E EDUCAÇÃO CÓDIGO D O principal impacto em emprego encontra-se na atração e retenção de talentos do público interno, uma vez que há uma grande concorrência por profissionais bem qualificados no setor de saúde. G4-LA9 Número médio de horas de treinamento por ano por colaborador, discriminado por gênero e categoria funcional. G4-LA10 Programas de gestão de competências e aprendizagem contínua que contribuem para a continuidade da empregabilidade em período de preparação para a aposentadoria. GESTÃO DE PESSOAS/ EDUCAÇÃO, P&D E INOVAÇÃO DESCRIÇÃO DO INDICADOR Percentual de colaboradores que recebem regularmente análises de desempenho e de G4 - LA11 desenvolvimento de carreira, discriminado por gênero e categoria funcional. IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) DESCRIÇÃO D Os impactos positivos quanto ao desenvolvimento dos profissionais do hospital é a qualidade do serviço prestado e a garantia de excelência, gerando uma satisfação do cliente e credibilidade perante o mercado. Relatório de Sustentabilidade 2013 138 | 139 SOBRE ESTE RELATÓRIO ASPECTOS RELACIONADOS A CATEGORIA SOCIAL - PRÁTICAS TRABALHISTAS TEMA MATERIAL G4 - AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES EM PRÁTICAS TRABALHISTAS CÓDIGO CADEIA DE FORNECEDORES G4-LA14 DESCRIÇÃO DO INDICADOR Percentual de novos fornecedores selecionados com base em critérios relativos às práticas trabalhistas. IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) F ASPECTOS RELACIONADOS A CATEGORIA SOCIAL - SOCIEDADE TEMA MATERIAL DESCRIÇÃO As práticas de avaliação e monitoramento de aspectos socioambientais em sua cadeia de fornecedores permitem ao Hospital Sírio-Libanês minimizar e gerir riscos associados à aspectos socioambientais relevantes para a sociedade e para o consumidor, além de estimular boas práticas em toda a sua cadeia. O serviço prestado e/ou produto fornecido também impactam significativamente na qualidade do serviço que o paciente recebe. INVESTIMENTO SOCIAL ASPECTO G4 - AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES EM DIREITOS HUMANOS CÓDIGO CADEIA DE FORNECEDORES G4-HR10 DESCRIÇÃO DO INDICADOR Percentual de novos fornecedores selecionados com base em critérios relacionados a direitos humanos. CÓDIGO DESCRIÇÃO DO INDICADOR G4 - SO1 Percentual de operações com programas implementados de engajamento da comunidade local, de avaliação de impactos e desenvolvimento. G4 - SO2 Operações com impactos negativos significativos reais e potenciais nas comunidades locais. IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) F TEMA MATERIAL Aspecto G4 - AVALIAÇÃO DOS FORNECEDORES EM IMPACTOS NA SOCIEDADE D DESCRIÇÃO As práticas de avaliação e monitoramento de aspectos socioambientais em sua cadeia de fornecedores permitem ao Hospital Sírio Libanês minimizar e gerir riscos associados aos aspectos socioambientais relevantes para a sociedade e para o consumidor, além de estimular boas práticas em toda a sua cadeia. O serviço prestado e/ou produto fornecido também impacta significativamente na qualidade do serviço que o paciente recebe. A parceria com do Hospital Sírio Libanês com o SUS impacta diretamente na criação de uma rede colaborativa e de atração de talentos. Além disso auxilia na acessibilidade dos serviços, visto que proporciona oportunidades de tratamento à população que utiliza os serviços públicos de saúde. CÓDIGO DESCRIÇÃO DO INDICADOR IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) DESCRIÇÃO F As práticas de avaliação e monitoramento de aspectos socioambientais em sua cadeia de fornecedores permitem ao Hospital Sírio Libanês minimizar e gerir riscos associados aos aspectos socioambientais relevantes para a sociedade e para o consumidor, além de estimular boas práticas em toda a sua cadeia. O serviço prestado e/ou produto fornecido também impactam significativamente na qualidade do serviço que o paciente recebe. IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) DESCRIÇÃO ASPECTOS RELACIONADOS A CATEGORIA SOCIAL - SOCIEDADE ASPECTOS RELACIONADOS À CATEGORIA SOCIAL - DIREITOS HUMANOS TEMA MATERIAL ASPECTO G4 - COMUNIDADES LOCAIS CADEIA DE FORNECEDORES G4-SO9 Percentual de novos fornecedores selecionados com base em critérios relativos a impactos na sociedade. Relatório de Sustentabilidade 2013 140 | 141 SOBRE ESTE RELATÓRIO ASPECTOS RELACIONADOS A CATEGORIA SOCIAL - PRODUTOS TEMA MATERIAL ASPECTO G4 - SAÚDE E SEGURANÇA DO CLIENTE CÓDIGO DESCRIÇÃO DO INDICADOR G4-PR1 Percentual de categorias de produtos e serviços significativas para as quais são avaliados impactos na saúde e segurança buscando melhorias. QUALIDADE DO SERVIÇO G4-PR2 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados aos impactos causados por produtos e serviços na saúde e segurança durante o seu ciclo de vida, descriminados por tipo de resultado. IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) D ASPECTOS RELACIONADOS A CATEGORIA SOCIAL - PRODUTOS TEMA MATERIAL ASPECTO G4 - COMUNICAÇÕES DE MARKETING DESCRIÇÃO A qualidade do serviço prestado ao cliente que - engloba a sua satisfação e saúde e segurança bem como a sua privacidade, - tem um grande impacto na credibilidade e imagem do Hospital Sírio Libanês, a. Além disso, influencia na manutenção da certificação da (Joint Commission International (JCI), considerada a principal entidade certificadora de qualidade e segurança na área da saúde. CÓDIGO DESCRIÇÃO DO INDICADOR G4-PR7 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio, discriminados por tipo de resultados. TRANSPARÊNCIA IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) DESCRIÇÃO D A transparência com o paciente em relação às cobranças e procedimentos do Hospital gera credibilidade e confiança, além de fortalecer o relacionamento. Caso contrário, haveria um grande risco de prejudicar a imagem do Hospital perante os clientes. ASPECTOS RELACIONADOS A CATEGORIA SOCIAL - PRODUTOS TEMA MATERIAL ASPECTO G4 - PRIVACIDADE DO CLIENTE IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) DESCRIÇÃO CÓDIGO DESCRIÇÃO DO INDICADOR ASPECTOS RELACIONADOS A CATEGORIA SOCIAL - PRODUTOS TEMA MATERIAL ASPECTO G4 - ROTULAGEM DE PRODUTOS E SERVIÇOS CÓDIGO DESCRIÇÃO DO INDICADOR G4-PR3 Tipo de informações sobre produtos e serviços exigidas pelos procedimentos da organização referentes a informações e rotulagem de produtos e serviços sujeitas a essas exigências. QUALIDADE DO SERVIÇO G4-PR24 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos a informações e rotulagem de produtos e serviços, discriminados por tipo de resultado. G4-PR5 Resultado de pesquisas de satisfação do cliente. IMPACTOS DENTRO (D) OU FORA (F) D DESCRIÇÃO QUALIDADE DO SERVIÇO G4-PR8 Número total de queixas comprovadas relativas à violação de privacidade e à perda de dados de clientes. D A qualidade do serviço prestado ao cliente que engloba a sua satisfação e saúde e segurança bem como a sua privacidade – tem um grande impacto na credibilidade e imagem do Hospital Sírio-Libanês. Além disso, influencia na manutenção da certificação Joint Comission International (JCI), considerada a principal entidade certificadora de qualidade e segurança na área da saúde. A qualidade do serviço prestado ao cliente que - engloba a sua satisfação e saúde e segurança bem como a sua privacidade, - tem um grande impacto na credibilidade e imagem do Hospital Sírio Libanês, a. Além disso, influencia na manutenção da certificação da (Joint Commission International (JCI), considerada a principal entidade certificadora de qualidade e segurança na área da saúde. Relatório de Sustentabilidade 2013 142 | 143 SOBRE ESTE RELATÓRIO CONTEÚDO VERIFICAÇÃO O teor do relatório de 2013 começou a ser construído a partir de entrevistas com superintendentes de diversas áreas que, juntos, forneceram uma visão abrangente da instituição. Com base no descritivo de cada área e nos aspectos de alta materialidade e indicadores do GRI, criouse um roteiro individual de cada entrevista que norteou as perguntas. Esse conteúdo, somado aos materiais complementares fornecidos pelos entrevistados, compôs os capítulos aqui apresentados. O relatório passou por verificação externa e independente. A responsável foi a Lanakaná Princípios Sustentáveis, auditoria especializada em relatórios de sustentabilidade elaborados segundo a metodologia GRI. Ressalte-se, todavia, que na redação desse relatório os aspectos materiais abordados não esgotaram o conteúdo. Pela complexidade da instituição e da variedade de públicos, optou-se por incluir outros aspectos que, embora não tenham sido avaliados como relevantes, contribuem para o diferencial da instituição. Com o intuito de realizar o aprimoramento contínuo do processo de relato e gestão de sustentabilidade, pretende-se para o próximo ano ampliar o número de painéis com outros públicos de relacionamento estratégico, objetivando a validação dos assuntos identificados neste ano ou de outros prioritários. A intenção de consultar presencialmente públicos estratégicos legitima o processo de definição da materialidade e auxilia o direcionamento das estratégias de sustentabilidade da organização. SUMÁRIO DE CONTEÚDO DA GRI - (opção essencial) CONTEÚDO GERAL PÁGINA/ RESPOSTA VERIFICAÇÃO EXTERNA Mensagem do presidente 08 150 e 151 G4-3 Nome da organização 02 G4-4 Principais marcas, produtos e/ou serviços 12 a 15 G4-5 Localização da sede da organização 152 Para outras informações sobre este relatório de sustentabilidade e a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital SírioLibanês, acesse o portal www.hospitalsiriolibanes.org.br ou envie um e-mail para [email protected] G4-6 Países onde estão as principais unidades de operação ou as mais relevantes para os aspectos da sustentabilidade do relatório Brasil G4-7 Tipo e natureza jurídica da propriedade 24 G4-8 Mercados em que a organização atua 46 a 53 G4-9 Porte da organização 128 e 129 Dados referentes ao ano anterior continuam disponíveis no portal acima. G4-10 Perfil dos empregados 74 a 77 G4-11 Percentual de empregados cobertos por acordos de negociação coletiva 73 G4-12 Descrição da cadeia de fornecedores da organização 120 a 123 G4-13 Mudanças significativas em relação a porte, estrutura, participação não houve G4-14 Descrição sobre como a organização adota a abordagem ou princípio da precaução 36 a 41 G4-15 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente 55 G4-16 Participação em associações e organizações nacionais ou internacionais 55 A decisão de solicitar verificação por especialistas no assunto também está relacionada à opção do Hospital SírioLibanês pela transparência de informações e conformidade de dados. ESTRATÉGIA E ANÁLISE G4-1 PERFIL ORGANIZACIONAL 150 e 151 ASPECTOS MATERIAIS IDENTIFICADOS E LIMITES G4-17 Entidades incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas e entidades não cobertas pelo relatório 129 G4-18 Processo de definição do conteúdo do relatório 132 a 143 G4-19 Lista dos temas materiais 132 a 143 G4-20 Limite, dentro da organização, de cada aspecto material 132 a 143 G4-21 Limite, fora da organização, de cada aspecto material 132 a 143 G4-22 Reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores não houve G4-23 Alterações significativas de escopo e limites de aspectos materiais em relação a relatórios anteriores não houve 150 e 151 Relatório de Sustentabilidade 2013 144 | 145 SOBRE ESTE RELATÓRIO CONTEÚDO ESPECÍFICO CONTEÚDO GERAL PÁGINA/ RESPOSTA VERIFICAÇÃO EXTERNA PÁGINA CATEGORIA ECONÔMICA ENGAJAMENTO DE STAKEHOLDERS G4-24 Lista de grupos de stakeholders engajados pela organização 133 G4-25 Base usada para a identificação e seleção de stakeholders para engajamento 133 G4-26 Abordagem para envolver os stakeholders 133 G4-27 Principais tópicos e preocupações levantadas durante o engajamento, por grupo de stakeholders 133 a 143 G4-28 Período coberto pelo relatório 2013 G4-29 Data do relatório anterior mais recente 2012 G4-30 Ciclo de emissão de relatórios anual G4-31 Contato para perguntas sobre o relatório ou seu conteúdo 150 G4-32 Opção da aplicação das diretrizes e localização da tabela GRI 132 e 144 G4-33 Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório 143 Estrutura de governança da organização 22 a 27 Desempenho Econômico 150 e 151 PERFIL DO RELATÓRIO G4-EC1 Valor econômico gerado e distribuído 128 e 129 G4-EC4 Assistência financeira recebida do governo 80 G4-EC7 Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestrutura e serviços oferecidos 86 e 87 G4-EC8 Impactos eonômicos indiretos significativos incluindo a extensão dos impactos 86 e 87 G4-EN3 Consumo de energia dentro da organização 116 G4-EN5 Intensidade energética 117 G4-EN6 Redução do consumo de energia 114 G4-EN8 Total de retirada de água por fonte 116 G4-EN9 Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água 116 G4-EN15 Emissões diretas de gases de efeito estufa (GEE) (Escopo 1) 117 Valores, princípios, padrões e normas de comportamento da organização INFORMAÇÕES SOBRE A FORMA DE GESTÃO Categoria Econômica – Aspectos materiais: Desempenho Econômico e Impactos Econômicos Indiretos G4-DMA: Os impactos econômicos da instituição são monitorados por diversos indicadores acompanhados periodicamente. A maioria dos indicadores são focados nos impactos econômicos diretos e no desempenho financeiro da instituição. As metas que buscam a perenidade da instituição estão definidas no mapa estratégico do Hospital e em uma série de dados operacionais acompanhados periodicamente por todas as áreas. No atual momento da instituição, esses aspectos têm sido considerados de maior materialidade, pois o envolvimento de toda a instituição pela conclusão das obras das novas torres é de fato o projeto de maior relevância por representar a duplicação da capacidade assistencial e de geração de valor, o que terá significativa influência nos impactos socioambientais e econômicos no futuro próximo. Categoria Ambiental – Aspectos materiais: Energia, Água, Emissões, Efluentes e Resíduos, Geral, Avaliação ambiental de fornecedores G4-DMA: O dia a dia de um Hospital envolve atividades ligadas a substâncias químicas perigosas, materiais radioativos, resíduos infectantes, alto consumo de energia e água, são diversos os riscos e impactos que a operação do serviço gera ao meio-ambiente. Como a categoria ambiental abrange muitas áreas, a gestão dos seus indicadores envolve uma série de novas tecnologias e processos 22 e 23 G4-EN16 Emissões indiretas de gases de efeito estufa (GEE) provenientes da aquisição de energia (Escopo 2) 117 G4-EN18 Intensidade de emissões de gases de efeito estufa 117 G4-EN22 Descarte total de água, discriminado por qualidade e destinação 116 G4-EN23 Peso total de resíduos por tipo e método de disposição 118 Total de investimentos e gastos com proteção ambiental, por tipo 116 150 e 151 119 150 e 151 150 e 151 CATEGORIA AMBIENTAL Energia 150 e 151 150 e 151 Água 150 e 151 ÉTICA E INTEGRIDADE G4-56 150 e 151 Impactos Econômicos Indiretos GOVERNANÇA G4-34 VERIFICAÇÃO EXTERNA 150 e 151 que necessitam de altos padrões de controle. O respeito ao meio ambiente é um dos principais objetivos estratégicos do hospital, a busca pela certificação ISO 14001 é um reflexo do esforço institucional em adotar rígidos padrões de controle de seus aspectos e impactos ambientais: todos os indicadores relacionados à norma já estão sob monitoramento contínuo. Por meio do mapa estratégico e de indicadores operacionais de diversas áreas os impactos são monitorados e gerenciados cotidianamente. Categoria Social – Aspectos materiais: Práticas Trabalhistas, Saúde e Segurança no Trabalho, Treinamento e Educação, Avaliação de Fornecedores em Práticas Trabalhistas, Avaliação de Fornecedores em Direitos Humanos, Comunidades Locais, Avaliação de Fornecedores em Impactos na Sociedade, Saúde e Segurança do Cliente, Rotulagem de Produtos e Serviços, Comunicações de Marketing, Privacidade do Cliente 150 e 151 Emissões 150 e 151 Efluentes e Resíduos 150 e 151 Geral G4-EN31 Avaliação Ambiental de Fornecedores G4-EN32 Percentual de novos fornecedores selecionados com base em critérios ambientais G4-DMA: Os aspectos sociais do hospital são os de maior variedade e abrangem uma gama imensa de impactos e ações para potencializar seus impactos positivos. Pela característica de ser uma instituição filantrópica, voltada à assistência médica de excelência, ensino e pesquisa, muitas das propostas implementadas nos diversos aspectos são parte integrante da instituição e monitoradas continuamente pelos indicadores do mapa estratégico e demais controles operacionais distribuídas pelas áreas responsáveis. Relatório de Sustentabilidade 2013 146 | 147 SOBRE ESTE RELATÓRIO CONTEÚDO ESPECÍFICO CONTEÚDO ESPECÍFICO PÁGINA/ RESPOSTA VERIFICAÇÃO EXTERNA PÁGINA Direitos Humanos CATEGORIA SOCIAL G4-HR10 Percentual de novos fornecedores selecionados com base em critérios relacionados a direitos humanos 119 G4-SO1 Percentual de operações com programas implementados de engajamento da comunidade local, de avaliação de impactos e desenvolvimento 86 e 87 G4-SO2 Operações com impactos negativos significativos reais e potenciais nas comunidades locais 115 Emprego G4-LA1 Numero total e taxa de novas contratações de empregados e rotatividade de empregados por faixa etária, gênero e região 74 G4-LA2 Benefícios concedidos a funcionários de tempo integral que não são oferecidos a funcionários temporários ou em regime de meio período, discriminados por unidades operacionais importantes da organização 160 Taxas de retorno ao trabalho e retenção após uma licença maternidade/paternidade, discriminadas por gênero 75 G4-LA5 Percentual de força de trabalho representada em comitês formais de saúde e segurança, compostos empregados de diferentes níveis hierárquicos, que ajudam a monitorar e orientar programas de saúde e segurança no trabalho 68 G4-LA6 Tipos e taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e número de óbitos relacionados ao trabalho, discriminados por região e gênero 69 G4-LA7 Trabalhadores com alta incidência ou alto risco de doenças relacionadas à sua ocupação 77 Número médio de horas de treinamento por ano por empregado, discriminado por gênero e categoria funcional 77 Programas de gestão de competências e aprendizagem contínua que contribuem para a continuidade da empregabilidade dos empregados em período de preparação para a aposentadoria 64 e 65 G4-LA3 150 e 151 G4 - LA11 Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira, discriminado por gênero e categoria funcional G4-SO9 Percentual de novos fornecedores selecionados com base em critérios relativos a impactos na sociedade 119 G4-PR1 Percentual de categorias de produtos e serviços significativas para as quais são avaliados impactos na saúde e segurança buscando melhorias 41 G4-PR2 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados aos impactos causados por produtos e serviços na saúde e segurança durante o seu ciclo de vida, descriminados por tipo de resultado Não houve G4-PR3 Tipo de informações sobre produtos e serviços exigidas pelos procedimentos da organização referentes a informações e rotulagem de produtos e serviços sujeitas a essas exigências 36 a 47 G4-PR4 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos a informações e rotulagem de produtos e serviços, discriminados por tipo de resultado Não houve G4-PR5 Resultado de pesquisas de satisfação do cliente 32 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio, discriminados por tipo de resultados Não Houve Percentual de novos fornecedores selecionados com base em critérios relativos a práticas trabalhistas Número total de queixas comprovadas relativas à violação de privacidade e perda de dados de clientes Não houve 150 e 151 150 e 151 Rotulagem de Produtos e Serviços 150 e 151 150 e 151 Comunicações de Marketing 63 G4-PR7 119 150 e 151 Saúde e Segurança do Cliente Avaliação de Fornecedores em Práticas Trabalhistas G4-LA14 150 e 151 Avaliação dos Fornecedores em Impactos na Sociedade Treinamento e Educação G4-LA10 150 e 151 Comunidades Locais Saúde e Segurança no Trabalho G4-LA9 VERIFICAÇÃO EXTERNA 150 e 151 150 e 151 Privacidade do Cliente G4-PR8 150 e 151 Relatório de Sustentabilidade 2013 148 | 149 SOBRE ESTE RELATÓRIO DECLARAÇÃO DE VERIFICAÇÃO Tópicos realizados no Processo de Verificação DECLARAÇÃO DE VERIFICAÇÃO Levantamento e análise de documentos e informações contidas no relatório de sustentabilidade 2013, engajamento com os stakeholders e materialidade; Análise sobre a Evolução frente ao Relatório de Sustentabilidade 2012; Entrevistas com equipe de Sustentabilidade, Meio Ambiente, Recursos Humanos, Controladoria e Superintêndencia; Visita na Unidades Bela Vista A Sociedade Beneficiente de Senhoras – Hospital Sirío Libânes, A TUVRheiland-Lanakaná foi contratada, para a verificação dos processos e informações apresentadas na versão em português do seu Relatório de Sustentabilidade 2013, elaborado sob a responsabilidade da sua administração. O objetivo da verificação é assegurar que o relatório de sustentabilidade 2013 apresentado esteja de acordo com a diretriz da GRI (Global Reporting Initiative) G4 e que as informações apresentadas estejam de acordo com o limite estabelecido, considerando as limitações apresentadas quanto a compilação dos dados de resíduos que compreende apenas a unidade Bela Vista. A TUVRheiland-Lanakaná não foi envolvida na elaboração de qualquer informação contida no Relatório além da declaração de Verificação. A verificação abrangeu todas as informações referentes ao período de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2013 da Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libânes, considerando: Princípios de Conteúdo: Materialidade, Inclusão dos Stakeholders, Contexto da Sustentabilidade e Completude; Princípios de Qualidade: Equilíbrio, Tempestividade, Clareza e Confiabilidade; Dados de Perfil; Indicadores GRI G4 Comparabilidade, Exatidão, Esta verificação foi realizada por profissionais da TUVRheiland-Lanakaná detentores de qualificações e experiência adequadas, com base nos princípios e nas diretrizes da GRI . Conclusão Concluimos que o Relatório de Sustentabilidade 2013 da Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libânes e o limite estabelecido estão de acordo com a diretriz G4 nível Essencial da Global Reporting Initiative. Recomendações Integrar o processo de engajamento e inclusão dos stakeholders utilizando todos os canais de relacionamento já existentes na Sociedade. Promover maior gestão dos indicadores utilizados para medir o desempenho dos temas materiais. São Paulo, 05 de Junho de 2014 Rodrigo Henriques Debo ra Mello Relatório de Sustentabilidade 2013 150 | 151 AGRADECIMENTOS A Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês contou sempre com o apoio de pessoas e empresas comprometidas com seu desenvolvimento e expansão. Em 2013, as ações de mobilização de recursos obtiveram R$ 11.752.198,08 em doações. Grandes beneméritos Amigos do Hospital Sírio-Libanês Aída Srur Abel Sarmento da Rocha Carlos Alberto Mansur André Pitaguari Germanos Dina Binzagr Eduardo de Souza Ramos Anna Schnyder Germanos (homenagem de seus filhos) Fábio Cutait Basílio Chedid Jafet Guilherme Augusto Frehring Carlos Saddi João Guilherme Ometto Élbio Fernandez Mera Joseph Safra Emilio Kallas Miguel Mofarrej Neto Flavio Augusto Ayres Amary Flávio Frederico Jafet Agradecemos a todos os amigos e empresas que contribuíram para os projetos e programas da instituição. Neste relatório, encontram-se os doadores e empresas que fizeram doações em 2013. Beneméritos Hubert Gebara Bradesco Ivette Bachir Kanawati Atallah FG Farma Ivonete Chede Giovanni Guido Cerri João Batista Crestana Paulo Marcelo Gehm Hoff José Roberto Bernasconi Pedro Jorge Filho José Yunes Vivian Abdalla Hannud Lourdes Henaisse Abdon Luiz Antonio Miranda de Lucca Luiz Carlos Pereira de Almeida Luiz Fernando e Celina Gambi Marcelo Terra Márcio Arduin Saraiva Maria Cecília de Roode Marilia Germanos de Castro Marlus Dall’Stella Mauro Piccoloto Dottori Mauro Teixeira Pinto Oz Design Paraska Hossni Raul Chohfi Renata Rizkallah Ricardo e Ingrid Yazbek Roberto Duailibi Romeu Chap Chap Samir Abdenour Telefonica | Vivo Vania Boghossian Marinho SOBRE ESTE RELATÓRIO FICHA TÉCNICA Coordenação geral Superintendência Corporativa Superintendência de Estratégia Corporativa Superintendência de Filantropia Fotos Maurilo Clareto, acervo do Hospital Sírio-Libanês, Thinkstock e Fotolia Gráfica Coordenação editorial Stilgraf Superintendência de Estratégia Corporativa Colaboração Diretoria de Senhoras Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social Superintendência Comercial Superintendência de Atendimento e Operações Superintendência de Controladoria e Finanças Superintendência de Engenharia e Obras Superintendência de Gestão de Pessoas e Qualidade Superintendência de Logística Superintendência de Novos Negócios e Farmácia Superintendência de Pacientes Internados Superintendência Técnica Hospitalar Superintendência de Tecnologia da Informação Contato [email protected] Conteúdo e redação Gerência de Marketing e Comunicação Corporativa Coordenação de Sustentabilidade Suliz Comunicação e Memória Empresarial Projeto gráfico e diagramação KF Comunicação Ludmilla Rodrigues Monica Deliberato Baptista A Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês é uma instituição filantrópica brasileira que desenvolve ações integradas de assistência social, de saúde, de ensino e de pesquisa. Relatório de Sustentabilidade 2013 154 | 155 Rua Dona Adma Jafet, 91 | Bela Vista CEP 01308-050 | São Paulo | SP | Brasil 55 (11) 3155.0200 www.hospitalsiriolibanes.org.br Rua Joaquim Floriano, 533 – Itaim Bibi Avenida Brasil, 915 – Jardim América SGAS 613 – Asa Sul CEP 04534-011 – São Paulo / SP CEP 01431-000 – São Paulo / SP CEP 70200-730 – Brasília / DF