São os elementos da PPR responsáveis pelo princípio biomecânico da fixação e também para estabilização. Os apoios asseguram que as cargas que incidem sobre os dentes artificiais não determinem movimento rotacional da PPR. QUANTO À SUPERFÍCIE DE CONTATO: APLICAÇÃO DIRETA APLICAÇÃO INDIRETA QUANTO À LOCALIZAÇÃO INCISAIS OCLUSAIS LINGUAIS / PALATINOS INTERDENTAIS FUNÇÃO PRINCIPAL DO APOIO TRANSMISSÃO DE CARGAS FIXAÇÃO FUNÇÕES SECUNDÁRIAS DO APOIO MANTER A RELAÇÃO OCLUSAL ESTABILIDADE E RETENÇÃO DA PPR PREVENIR LESÃO DO TECIDO MOLE GARANTIR A CORRETA RELAÇÃO ENTRE PONTA ATIVA DO BRAÇO ELÁSTICO E DENTE RESTAURAR DISCREPÂNCIAS DO PLANO OCLUSAL A distribuição e número dos apoios dependem da distribuição e do número dos dentes pilares. Para classe III e IV de kennedy são indicados para todos os dentes pilares diretos, com nichos preparados sobre as cristas marginais próximas ao espaço protético. “Segmentos de retas” unindo estes apoios formam figuras geométricas: quanto maior a área desta figura maior o suporte e estabilidade da PPR. Para Classe I e II de Kennedy, sem modificação, e quando se preconiza a conexão rígida, os apoios devem ser colocados nas cristas mesiais dos pilares diretos. Para classe I e II com modificação os dentes pilares diretos à modificação recebem os apoios na crista próxima ao espaço, e os dentes que determinam a classe, recebem apoios na crista mesial, distante da classe. QUANTO MAIOR A ÁREA MAIOR A ESTABILIDADE Para os dentes posteriores, os apoios oclusais devem apresentar-se com largura igual a 1/3 da extensão vestíbulo-lingual da superfície oclusal do dente pilar, equivalente a 3,0 e 3,5 mm. No sentido mésio-distal deve situar-se com cerca de 3,0 mm. Sua forma, vista de oclusal é semilunar. Sua espessura deve ser de 1,5 a 2,0 mm. Devem ter ângulos arredondados. O apoio oclusal, em relação ao conector menor pode ter três angulações: Ângulo reto (90 º ) ângulo agudo (< 90 º ) ângulo obtuso (>90 º) Ângulo reto: As forças mastigatórias serão transmitidas ao longo eixo do dente. Indicados para dentes normais sem anomalias de posição. É o tipo mais indicado e o que impõe menor quantidade de cargas laterais, patológicas ao dente suporte. Ângulo agudo: As forças transmitidas ao dente suporte normalmente não coincidem com o longo eixo do dente pilar Possui pouca indicação. Ângulo Obtuso: A força da mastigação é decomposta com o aparecimento de componentes laterais O dente pilar tende a migrar mésio-distalmente e a prótese é intruida de encontro ao rebordo residual, danificando tecidos gengivais. Como regra geral não tem indicação correta. São cavidades ou áreas concavadas preparadas nos dentes pilares com a finalidade de alojar os apoios. Podem ser preparados diretamente sobre dentes pilares íntegros (esmalte), ou em próteses unitárias (coroas), ou sobre restaurações. Incluir os apoios no plano de oclusão funcional do paciente, permitindo a distribuição e número dos apoios de acordo com as leis bioprotéticas. Quando realizados diretamente sobre o esmalte, devem ter forma de superfícies concavadas, facilitando a higiene. Devem ser realizados em esmalte e receber proteção pela aplicação de flúor. FUNÇÕES DOS NICHOS Alojar o apoio. Orientar a força mastigatória ao dente pilar. Aumentar as condições de suporte e de estabilidade da PPR. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DOS NICHOS PARA DENTES POSTERIORES: Podem ser realizados sobre PPFU, restaurações de amálgama, ou esmalte íntegro. Possuem cavidades expulsivas, preparadas nas cristas marginais proximais. Possuem conformação semilunar e ângulos internos e externos voltados para as restaurações, arredondados. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DOS NICHOS Deve apresentar de 2,5 a 3,0 mm de largura, ou mais ou menos 1/3 da largura vestíbulo-lingual da superfície oclusal. Profundidade de 2,0 mm, para proporcionar corpo e resistência á fratura ao apoio oclusal. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DOS NICHOS Em grampos geminados, devem abranger ambas cristas marginais, determinando uma passagem para vestibular e outra para lingual. Largura mínima de 2,5 mm e uma profundidade de 2,0 mm, para passagem do grampo e do corpo do retentor, vestíbulo-lingualmente. 2,5mm CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DOS NICHOS O preparo é realizado no laboratório, em modelos em cera , com o auxílio de fresadores ou da adaptação da peça de mão, na haste vertical do delineador. Deve-se utilizar brocas, pontas diamantadas e pontas de polimento cônicas que apresentem angulagem de aproximadamente 2 graus. O modelo é posicionado na platina do delineador obedecendo-se à direção de inserção predeterminada. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DOS NICHOS As paredes dos nichos acompanham o direcionamento dos planos-guia de inserção, sendo levemente expulsivos para oclusal. Quando realizados sobre restaurações em amálgama, a cavidade deverá ser levemente aumentada para proporcionar maior corpo para o material restaurador. Os preparos feitos sobre o esmalte devem ser aconcavados, realizados com pontas diamantadas esféricas (Kg Sorensen 3018), e polidos com pasta polidora (Zirplac – Inodon). As superfícies palatina dos dentes anteriores superiores e lingual dos anteriores inferiores apresentam-se como um plano inclinado. A colocação de apoio nessas regiões oferece menor suporte para a PPR e atuação de forças laterais sobre esses elementos. Vestibular F: Força mastigatória a: Ponto de aplicação da Força a,b : vetor horizontal a,c: vetor de “Intrusão” Intrusão Tem a forma de uma canaleta aconcavada que se estende mésio-distalmente, acompanhando a anatomia do cíngulo, com largura de 2 a 2,5mm. São indicados para dentes anteriores superiores sendo que nos inferiores apenas sobre PPFU. Dificultam a higienização favorecendo cáries. Idealmente devem ser indicados sobre reconstruções protéticas, com as devidas modificações de acordo com os princípios bioprotéticos . São mais indicados para caninos com cíngulo pronunciado. São contra-indicados para mordida profunda. São indicados para dentes anteriores inferiores, quando não se pode colocar PPFU. São realizados nas superfícies linguais ou proximais desses dentes. O patamar lingual é pouco indicado para dentes anteriores inferiores devido ao reduzido volume desses pilares. Possuem forma de canaletas executadas nas áreas proximais incisais. As paredes proximais das canaletas são ligeiramente expulsivas para incisal e convergentes para vestibular. Todas as paredes devem ter ângulos arredondados. A parede gengival encontra a face lingual do dente pilar também em ângulo arredondado, para proporcionar corpo e impedir fratura na união entre apoio e conector menor. É a direção que a prótese deve seguir ao ser assentada na arcada, desde o momento em que suas partes metálicas iniciam o contacto com os dentes pilares até o seu posicionamento final. É a direção que a prótese terá de seguir ao ser retirada, desde a sua posição de assentamento na arcada até o momento em que suas partes metálicas não mais apresentem contacto com os dentes pilares. São duas ou mais áreas planas preparadas no esmalte dos dentes pilares, em restaurações ou próteses fixas unitárias, paralelas entre si e com a mesma direção de inserção que a prótese. Proporcionar direção de inserção e retirada das PPR, segundo aquela pré-estabelecida durante o planejamento Proporcionar ativação do grampo de retenção durante a inserção e retirada das PPR. Evitar que se estabeleça forças nocivas sobre os dentes pilares e sobre os componentes da armação metálica. Diminuir a impacção alimentar entre o pilar e PPR. Quando da prótese instalada, proporcionar retenção contra o seu deslocamento, neutralizando forças diferentes daquelas da direção do eixo de inserção. Proporcionar ativação do grampo de retenção durante a direção e retirada das PPR. Evitar que se estabeleça forças nocivas sobre os dentes pilares e sobre os componentes da armação metálica. Diminuir a impacção alimentar entre o pilar e PPR. Proporcionar características estabilizadoras, quando a prótese estiver instalada, evitando a rotação horizontal da mesma. O comprimento ocluso-gengival do plano-guia, preparado no dente pilar, deve ser igual a distância de ação do grampo retentivo. São aparelhos utilizados para determinar o . paralelismo relativo entre duas ou mais superfícies dentais ou estruturas adjacentes de interesse protético. É fundamental no diagnóstico, planejamento e execução das PPR. Determinar a direção de inserção mais favorável para o caso. Determinar as áreas retentivas dos dentes pilares onde atuarão as pontas ativas dos grampos de retenção. Determinar nos dentes pilares áreas paralelas ou que possam ser tornadas paralelas, que serão utilizadas como planos-guia de inserção. Determinar regiões mucosas, ósseas ou musculares, incluídas na área de suporte mucoso, que sejam retentivas e que evidenciem a necessidade de se corrigir ou alterar a direção de inserção selecionada para o caso. Determinar a existência de dentes mal posicionados que devam ser extraídos ou corrigidos por meio de próteses ou ortodontia. Determinar a direção de inserção que favoreça além dos objetivos propostos a melhor condição estética para o caso. A direção de inserção deve ser estabelecida pelo cirurgião-dentista durante o planejamento da prótese e sobre o modelo de estudo montado no delineador. Como primeira tentativa para seleção da direção de inserção deve-se optar por uma posição em que o plano oclusal dos dentes remanescentes se apresentem perpendicular à haste vertical do delineador. Esta é a direção de inserção inicial ou de diagnóstico, a qual representa a média da orientação das bissetrizes obtidas em relação ao posicionamento dos longos eixos dos dentes pilares. Para determinação da direção de inserção seleciona-se três pontos de referência sobre o modelo, sendo dois posteriores e um anterior. Para arcada inferior os pontos posteriores localizam-se em cada lado, correspondente à cúspide disto-vestibular dos segundos molares. O anterior se localiza no contato próximo-incisal dos incisivos centrais. Nos superiores possuem a mesma distribuição, diferindo que nos molares os pontos situam-se na fossa central dos segundo molares e nos anteriores na região mediana onde se contactam os inferiores. A direção de inserção que se mostre perpendicular ao plano oclusal do modelo é efetuada, situando esses três pontos equidistantes da ponta da haste vertical do delineador. A haste vertical do delineador é fixada em uma altura constante e após desapertar o parafuso da junta universal da platina, faz-se o modelo girar em torno dessa junta até se obter uma posição em que os três pontos coincidam em altura com a ponta dessa haste. Obtida a posição acionar o parafuso da junta universal e fixar o modelo nessa posição. Com o modelo fixado na platina do delineador determina-se a direção de inserção inicial ou de diagnóstico, que corresponde ao direcionamento da haste vertical do delineador e que nesta situação é perpendicular ao plano oclusal dos dentes remanescentes. Quando a PPR é confeccionada nesta direção, o eixo de direção e retirada deve seguir um direcionamento perpendicular ao plano oclusal dos dentes remanescentes.