Explorando o Processo
de Escrita de um
Romance
Alexandre Lobão
[email protected]
www.AlexandreLobao.com
www.alexandrelobao.com
1
Quem sou eu?
www.AlexandreLobao.com
www.alexandrelobao.com
2
Quem somos nós?
α Como professor e escritor, posso dizer que os
professores:
Δ Têm muita intimidade com livros
Δ Têm uma rotina sobrecarregada de atividades
Δ Precisam se esforçar para conseguir algum tempo para:
Ω Leitura = formação pessoal = melhoria como pessoa e
como profissional
Δ Se preocupam com a formação de leitores…
α Ou seja, professores e escritores têm MUITO
em comum! 
www.AlexandreLobao.com
www.alexandrelobao.com
3
Objetivos da palestra
α Trocar idéias
escrever
sobre uma possível forma de se
Δ Não há “forma certa” de se escrever
Δ “Trocar idéias” significa que vocês devem participar! :)
α Destacar alguns
pontos no pré-, durante a
escrita de um romance
α Aproximar tutores/professores e escritor,
aperfeiçoando o “lado professor” do escritor e o
“lado escritor” dos tutores/professores
α Mostrar um exemplo de como mapear isso para
sala de aula
www.alexandrelobao.com
4
Agenda
α Por que lemos?
α Como lemos?
α Leitura em 4 dimensões
α Leitura em 3 níveis
α A relação entre ler e escrever
α “Introdução à arte de escrever”
α Antes de começar a escrever
α Escrevendo
α Como produzir histórias em sala de aula
α Proposta de trabalho
www.alexandrelobao.com
5
Por que lemos?
α Nos manter informados
α Para consulta
α Realizar trabalhos acadêmicos
α Por prazer
α etc
Por que lemos?
α A leitura é requisito básico para
sucesso social
Δ Muitos anúncios de emprego pedem
“escrita própria”
Δ Há profissões onde saber escrever BEM
é essencial (advogados, professores,
jornalistas, etc)
Como lemos?
α Ensinar uma
gramática!
língua é diferente de ensinar
Δ Saber regras é diferente de saber se expressar!
α Alunos devem ser leiturizados, e não
alfabetizados (Foucambert)
α Ler é mais importante
que estudar (Ziraldo)
α A leitura transcende o texto
Δ É muito mais do que decodificar ou treinar o aluno na
estrutura da língua!
Δ Envolve ajudar a compreender a relação
língua/pensamento
Por que lemos?
α A leitura transcende o texto
Δ É muito mais do que decodificar ou treinar o aluno na
estrutura da língua!
Δ Envolve ajudar a compreender a relação
língua/pensamento
α Alunos devem ser leiturizados, e não
alfabetizados (Foucambert)
α Ler é mais importante
α Ensinar uma
gramática!
que estudar (Ziraldo)
língua é diferente de ensinar
Δ Saber regras é diferente de saber se expressar!
Leitura em 4 dimensões
α Contexto:
situa a texto no ambiente
onde ele ocorre
α Texto: Coesão (termos de ligação),
vocabulário e coerência
(desenvolvimento)
α Infratexto: informações implícitas
α Intertexto: conexão com outros
textos
Leitura em 3 níveis
α Leitura objetiva:
decodificação
Δ Mais simples, elementos explícitos
α Leitura inferencial: dedução
Δ Elementos implícitos
α Leitura avaliativa: impressão
Δ Opinião do leitor sobre o texto
A relação entre ler e escrever
α Ao
se estimular a criação de histórias,
amplia-se também a capacidade de leitura
Δ Exercício das dimensões inferencial e avaliativa
α Toda criança já tem competência
comunicativa ao entrar na escola
Δ O que falta é estabelecer a ligação entre
pensamento e escrita / leitura
Agenda
α Por que lemos?
α Como lemos?
α Leitura em 4 dimensões
α Leitura em 3 níveis
α A relação entre ler e escrever
α “Introdução à arte de escrever”
α Antes de começar a escrever
α Escrevendo
α Como produzir histórias em sala de aula
α Proposta de trabalho
www.alexandrelobao.com
13
“Introdução à arte de escrever”
α Escrever é fácil!
Ω“Somos todos escritores. Só que uns
escrevem, outros não.”
José Saramago
Ω“Escrever é fácil: Você começa com uma
letra maiúscula e termina com um ponto
final. No meio você coloca idéias.”
Pablo Neruda
www.alexandrelobao.com
14
“Introdução à arte de escrever”
α Mas escrever
bem dá trabalho...
Ω “Existem três regras para saber escrever ficção.
Infelizmente ninguém sabe quais são elas.”
W. Somerset Maugham
Ω “Escrevo trezentas páginas, aproveito no máximo
trinta.”
Fernando Sabino
Ω “O que é escrito sem esforço, geralmente é lido sem
prazer”
Samuel Johnson
www.alexandrelobao.com
15
“Introdução à arte de escrever”
α Mas com amor e persistência se chega lá!
Ω “Uns escrevem para salvar a humanidade ou incitar
lutas de classes, outros para se perpetuar nos
manuais de literatura ou conquistar posições e
honrarias. Os melhores são os que escrevem pelo
prazer de escrever.”
Lêdo Ivo
Ω “Você irá escrevendo, irá escrevendo, se
aperfeiçoando, progredindo, progredindo aos
poucos: um belo dia (se você agüentar o tranco) os
outros percebem que existe um grande escritor.”
Mário de Andrade
www.alexandrelobao.com
16
“Introdução à arte de escrever”
α E já que vamos escrever, falemos de
livros!
Δ “A função do romance é ser a expressão maior e
diríamos homérica, ou seja, épica, da vida
contemporânea”
M. Paulo Nunes
Δ “Romance é a imaginação abrangendo e modelando a
vida”
Joaquim Nabuco
www.alexandrelobao.com
17
“Introdução à arte de escrever”
α Um Romance não é um conto comprido!
podemos explorar melhor:
Nele,
Personagens
Ambientes
Tramas
Tempo
Formas narrativas
Δ etc, etc, etc
Δ
Δ
Δ
Δ
Δ
α O que é “útil” para um escritor de romances, é
útil para qualquer outro escritor!
www.alexandrelobao.com
18
Introdução
α Como os escritores
escrevem?
Δ Alguns definem apenas os personagens e
o ponto de partida
Δ Muitos definem o final da história antes
de começar
Δ Alguns organizam toda a estrutura da
história antes de iniciar
Δ ...
α Infelizmente, não há regra!
www.alexandrelobao.com
Escolhendo a idéia
Δ Por que é única?
Δ Por que vale a pena contá-la?
Δ Acostume-se a registrar suas idéias
Ω Carregando bloco e papel, gravando, etc;
desde que seja fácil de retornar a elas
Δ Guarde referências
Ω emails, sites, fotos, registros de viagem,
etc
www.alexandrelobao.com
20
Organizando as idéias
α
O Quê?
α
Quando?
α
Onde?
α
Sobre o quê?
α
Aos poucos, a idéia começa a se transformar em história...
Δ Gênero / sub-gênero: F.C., Romance, Suspense, Terror,
Policial, etc.
Δ Tempo: Passado, presente, futuro ou atemporal; definir
“datas” exatas se isso for importante.
Δ Duração: do início ao fim da história: uma hora, cem anos?
Δ Local: Nave Espacial, cidade, campo, um quarto de pensão, um
país... ou não interessa?
Δ Assunto / Premissa: Sobre o que é a história, exatamente?
www.alexandrelobao.com
Gestação
α Momento em que detalhes do livro
ainda estão indefinidos
Δ Pesquisa sobre o tema
ΩLeituras direcionadas para “garimpar”
informações
Δ Entrevistas / Conversas com
especialistas
Δ Grupos de leitura / amigos (contar
história e mencionar pontos a
melhorar, colher sugestões)
www.alexandrelobao.com
22
Pesquisa
α O que escolher
para o livro?
Δ Visão válida <> verdade
Ω Código Da Vinci: fragmento de evangelho apócrifo
diz que “Jesus XXX Maria de Madalena”, onde
XXX, em hebraico significa ser amigo, irmão,
esposo, companheiro ou qualquer outro
relacionamento.
Ω Nome da Águia: descrição dos Kittim nos
Manuscritos do Mar Morto – “Guerra dos Filhos da
Luz contra os Filhos das Trevas”
Δ Versões “polêmicas” garantem base factual
verdadeira e máximo impacto na história
www.alexandrelobao.com
23
Validando a idéia
α Após a “gestação”, quando a idéia
virou um argumento...
α Após toda a pesquisa, quando o
argumento virou uma história...
α A história ainda merece ser contada?
Δ Se sim, continue. Caso contrário, jogue fora!
Δ Ex: Filme “Michelângelo”
www.alexandrelobao.com
24
Validando a idéia
α Agora
que sua idéia já é uma história...
Δ Por que esta história é interessante? Por que
alguém gostaria de lê-la?
Δ O que faz esta história única, o que a
diferencia das demais?
Δ Depois de ler a história, o que o leitor vai
responder quando lhe perguntarem sobre do
que se trata a história?
Δ E quando lhe perguntarem do que gostou mais
na história?
www.alexandrelobao.com
Refinando os personagens
α O seu personagem precisa ter:
α Passado / Background
α Personalidade
α Evolução
Δ bidimensionais
Δ tridimensionais
α Características físicas
α Interesses
α Papel e Importância na trama
α O que move o personagem? Quais são seus
objetivos pessoais e suas necessidades? Como isso
é explorado (ou não) na trama?
www.alexandrelobao.com
Detalhamento de Personagens
α Mapas mentais
Δ Tipo físico, relacionamentos, trabalho, religião, gostos
pessoais, animais de estimação, etc
Δ Dão um passado, uma forma do leitor se identificar
www.alexandrelobao.com
27
Detalhamento de ambientes
α Onde
se passa a história
α Mais
que isso:
Δ País(es), cidade(s), bairro(s), cômodo(s)...
Δ O que é importante neste ambiente?
Δ Por que foi escolhido?
Δ Como ele dá oportunidades dos personagens se
desenvolverem?
Ω Favela, elevador, bairro chique, viagens pelo Brasil...
www.alexandrelobao.com
28
Definindo o tempo da história
α Quando
se passa a história
Δ Ano, mês, dia, hora, minuto...
Δ Duração da história: Gerações, décadas, anos, horas...
α Mais que isso:
Δ O tempo “completa” o ambiente e os personagens
Δ Por que foi escolhido?
Δ Como ele dá oportunidades dos personagens se
desenvolverem?
Ω Tecnologias, rotina do dia a dia
Ω Que eventos acontecem durante o livro, no local e no resto
do mundo?
www.alexandrelobao.com
29
Refinando o ambiente e o tempo
α Pesquisa histórica e geográfica
α Fotos, Viagens
α Conversa com especialistas
α O que aconteceu de importante
em 1892,
no Brasil?
α Como era o dia a dia das pessoas em
1973, no Rio de Janeiro? E em Palmelo
(GO)?
α Quando foi inventada a ferradura?
www.alexandrelobao.com
Refinando os conflitos
α Conflitos são o coração da história.
α Não tem conotação negativa. São
qualquer mudança no Status quo.
α Podem ser:
Δ Internos ou Psicológicos: dúvidas,
indecisões, problemas dos personagens
Δ Externos ou Ambientais
Δ Ambos
www.alexandrelobao.com
Organizando a Obra
α
Abordagem “Sequencial”
α
Produzido de maneira não-estruturada, mais
livre
α
Pontos 2 e 3 acima nem sempre definidos
α
Ex: Jean Angelles, de Jack Farrell, escreve
assim
1.
2.
3.
Como começa?
Quais os pontos mais importantes da obra?
Como termina?
www.alexandrelobao.com
32
Organizando a Obra
α
Abordagem “Top-Down”
1.
2.
Quais as tramas principais?
Resumo de cada capítulo (de 1 a 3 parágrafos)
3.
Organizar as tramas
–
Rapidamente permite a visão da evolução de cada trama e
seu relacionamento
α
Produzido de maneira estruturada
α
Liberdade dentro de cada capítulo, mas a
trama é sempre definida previamente
α
Ex: “O Nome da Águia”
www.alexandrelobao.com
33
Organizando a Obra
α Abordagem “Top-Down”
tramas
α
Δ
α
Δ
α
Δ
Ω
α
Δ
α
Ω
Δ
α
Δ
α
Absolom
Arthur
Shoáh
David
Yahweh
Manuscrito
falta tato
Batizado
leitura nome
Meribá
acorda
Indo ninho
As Treze Tribos
procura ninho
Gautama
– Organizar as
Δ Fuga ninho
α Budha
Δ Descoberta e acidente
α Alexandre
Δ Fuga floresta
α Alexandre III 2(356 a.C.- 323
AC)
Δ Caminhando cidade
Ω Morte dono ninho
Δ chegada cidade
α Janeu 1 (103-74 aC) Zadoc
Ω Encontro Hernando
Δ Sarah inicia história
α Janeu 2 (103-74 aC) Kittim
Ω Hernando chega
www.alexandrelobao.com
34
Escrevendo os Capítulos
α Escrever uma trama de cada
vez ou em paralelo?
Δ Uma por vez: mais fácil aproveitar a pesquisa
Δ Em Paralelo: mais fácil integrar as tramas
α Em cada
seguintes
capítulo, usar ganchos para as tramas
α Voltar e reescrever para dar
sempre que necessário
o “background”
Δ História deve ser toda “amarrada”
Δ Ex: Rato no armário
www.alexandrelobao.com
35
Escrevendo os Capítulos
α Pesquisas
finais (detalhamento)
Δ Enciclopédias
Δ Referências de viagem (arquivo pessoal)
Δ Internet
– Fotolog
– Cias Aéreas (agendamento: vôos, tempo, aeroportos,
etc)
– Agências de Turismo
– Sites das cidades / países
– Sites dos locais (museus, hotéis, etc)
Δ Referências geográficas (mapas, Google Earth)
www.alexandrelobao.com
36
Agenda
α Por que lemos?
α Como lemos?
α Leitura em 4 dimensões
α Leitura em 3 níveis
α A relação entre ler e escrever
α “Introdução à arte de escrever”
α Antes de começar a escrever
α Escrevendo
α Como produzir histórias em sala de aula
α Proposta de trabalho
www.alexandrelobao.com
37
Como produzir histórias em
sala de aula?
α É possível
fazer redações orais!
Δ São “mundos diferentes”, mas com diversas
características em comum
α Vamos
falar sobre criação de histórias
Δ Exercícios podem ser realizados oralmente, por
escrito ou ambos
Δ A idéia é estimular o estudante a organizar
suas idéias para entender as dimensões e
níveis da escrita
Δ Este entendimento reflete-se em melhoria na
leitura
Proposta de trabalho: Criação
coletiva de histórias
α Idéia
geral:
α Antes
da atividade
Δ Explicar aos alunos elementos gerais sobre
criação de histórias e personagens
Δ Dividir a turma em grupos
Δ Cada grupo cria sua história (oralmente ou por
escrito) e a apresenta à turma
Δ A turma deve conhecer o livro “O Menino
Maluquinho”
Fase de Motivação
α “Quem acha que desenhar é mais
divertido que escrever?”
Δ Normalmente, os alunos preferem
desenhar
α “Pois hoje vamos descobrir que
escrever é mais divertido!”
α “Para provar isso,
desenho”
vou fazer um
Fase de Motivação
α “Quem acha que desenhar é mais
divertido que escrever?”
Δ Normalmente, os alunos preferem
desenhar
α “Pois hoje vamos descobrir que
escrever é mais divertido!”
α “Para provar isso,
desenho”
vou fazer um
Fase de Motivação
(desenhar um menino)
α O que é este desenho?
α “é um menino”,
“um garoto careca”, etc
Fase de Motivação
(Completar o desenho com uma panela)
α E agora?
α “É o Menino Maluquinho”
α Se a turma não conhece o livro
e não
responder, apresentar o livro à turma
Fase de Motivação
α Quando
falamos que ele é o “Menino Maluquinho”,
não estamos falando do desenho – estamos
falando de uma história!
α O desenho é apenas um menino com uma panela
na cabeça
Δ O que faz ele ser divertido é que conhecemos sua
história!
α “Já pensaram se a gente pudesse criar nossas
próprias histórias?”
Δ Por isso é que escrever é mais divertido que desenhar,
porque ao escrever inventamos histórias!
Fase de Preparação
α Para criarmos
histórias, precisamos
entender dois elementos principais:
Δ A organização das histórias
Δ A criação dos personagens
α Se os estudantes entenderem bem
estes dois elementos, a história é
criada “naturalmente”
Fase de Preparação
α A organização das histórias
Δ Uma história, para ser uma história,
precisa ter:
ΩComeço
ΩMeio
ΩFim
Fase de Preparação
α Explicando mais
Δ Começo é onde temos a APRESENTAÇÃO
dos personagens e de como eles vivem.
Δ Meio é onde sabemos o que aconteceu na
vida destes personagens e o que eles
fizeram para resolver seus problemas. É o
DESENVOLVIMENTO da história.
Δ Fim é onde descobrimos o que eles
aprenderam com tudo isso, e como viveram
depois. É a CONCLUSÃO da aventura!
Fase de Preparação
α “Status Quo” é um termo em latim, que
significa algo como o “Estado das coisas”.
Como é a vida do personagem, o que ele faz,
quem ele conhece, onde mora... enfim, a vida
normal, no dia-a-dia, sem problemas.
α Toda história precisa ter uma mudança do
status quo para ser interessante.
Fase de Preparação
Vamos ver com mais detalhes as partes que toda história precisa ter, falando
agora sobre o status quo e o conflito, com um exemplo bem conhecido!
α
Começo (ou apresentação): Era uma vez 3 porquinhos, que saíram da casa da
mãe e construíram suas casas para viver em paz (este é o status quo deles!)
α
Mudança: Certo dia, aparece um lobo que quer comê-los!
α
Meio (ou desenvolvimento): O lobo derruba as casas de palha e de madeira,
dos porquinhos preguiçosos, que fogem para a casa de tijolos de seu irmão
trabalhador.
α
Resolução da mudança: Quando o lobo tenta entrar na casa de tijolos pela
chaminé, os porquinhos acendem o fogo com uma panela de água, que fica bem
quente... e o lobo cai na água, foge e nunca mais volta!
α
Fim (ou conclusão): Os porquinhos preguiçosos aprendem a lição, e todos se
tornam trabalhadores e felizes para sempre! 
Fase de Preparação
α A criação
dos personagens
Δ Além de entender a história, definir
bem os personagens ajuda a tornar a
história interessante
ΩVeja os exemplos: Porquinhos, Menino
Maluquinho, etc – bons personagens sempre
vivem boas histórias
Fase de Preparação
α O personagem deve ter:
Características físicas, Gostos,
objetivos (“o que quer da vida”),
família, amigos, etc – seu status quo
Fase de Execução
α Dividir a turma em grupos de 5 alunos
α Cada grupo vai executar as atividades em
3 passos
Δ Apresente um passo de cada vez!
α Passo
1:
Δ Definir (oralmente) um personagem e suas
características
Ω Pode criança, adulto, animal, etc
Ω Dê um limite de tempo ou a conversa não termina! 
Fase de Execução
α
Passo 2:
Δ Sorteie em cada grupo papéis
numerados, com cada “trecho” da
história:
1.
2.
3.
4.
5.
Começo (ou apresentação)
Mudança
Meio (ou desenvolvimento)
Resolução da mudança
Fim (ou conclusão)
Fase de Execução
α Passo 2:
Δ O aluno que tirou o “1.Começo” inventa,
em voz alta, o início da história,
apresentando o personagem que o grupo
definiu
Δ O aluno que tirou o “2.Mudança” fará o
mesmo, indicando o que mudou na rotina
(“status quo”) do personagem
Fase de Execução
α
Passo 2:
Δ O aluno que tirou o “3.Meio” conta
como o personagem reagiu à mudança
Δ O aluno que tirou o “4.Resolução”
contará como o personagem resolveu o
problema
Δ O aluno que tirou o “5. Conclusão”
contará o que o personagem aprendeu
da história
Fase de Execução
α Passo
3:
Δ Dependendo da série e da quantidade de
alunos, é possível realizar diferentes tarefas:
Ω Cada grupo apresenta sua história à turma, na forma
de jogral.
– Na segunda vez, a história muda um pouco, mas não tem
problema; isso faz parte da dinâmica de criação de uma
história!
Ω Cada grupo escreve sua história
– Cada um escreve sua parte, começando pelo primeiro e
passando adiante OU
– Todos escrevem a mesma história que criaram – neste
caso, outra dinâmica interessante é deixar que leiam os
textos uns dos outros
Fase de Avaliação
α Caso
seja necessária uma avaliação é
possível
Δ Avaliar o trabalho do grupo (nota coletiva pelo
trabalho)
Δ Avaliar a parte escrita, focando apenas nos
erros gramaticais que envolvam assuntos sendo
estudados no momento
Ω Apontar erros demais desestimula e atrapalha a
absorção das informações!
Δ Pedir que os alunos sigam as idéias da
atividade e produzam histórias individuais, para
serem avaliadas
Fase de Avaliação
α Esta atividade não é necessariamente
avaliada
Δ O ideal é que os alunos se sintam em um
ambiente onde:
ΩEle possam errar à vontade, sem serem
culpados de nada, para se sentirem à
vontade para arriscar
ΩOs pontos fortes (imaginação, estruturação
da história, etc) sejam elogiados, para
estimulá-los a gostar de escrever
O professor como pesquisador
α
Fazer perguntas sobre as histórias criadas pelos alunos,
envolvendo os três níveis de leitura
Δ Leitura objetiva: pergunte sobre elementos objetivos da
história criada pelos alunos: “O que o personagem foi fazer em…?”
Δ Leitura inferencial: pergunte sobre elementos implícitos na
história: “Por que o personagem fez …?”
Δ Leitura avaliativa: pergunte qual a opinião sobre algo da história:
“O vocês acharam do personagem ter feito…? O que vocês fariam
no lugar dele?”
α
As perguntas podem ser feita para a turma ou para o grupo que
contou a história
Δ Não deve parecer “sabatina”, mas sim uma curiosidade sobre a
criação do grupo!
Δ O grupo deve se sentir importante por ter criado uma história que
é interessante!
O professor como pesquisador
α Explicar as diferenças
dos níveis de
leitura à turma, com linguagem apropriada
α Propor
à turma fazerem estudo dos níveis
também em histórias que eles irão ler
α Avaliar
o nível de leitura / escrita de cada
aluno através da atividade para poder dar
assistência de acordo com a necessidade
de cada um
Conclusão
Para meditar e responder
α Você é um leitor assíduo?
Δ Qual seu gênero preferido de livros?
α Como os tutores podem estimular os professores a
se tornarem leitores?
Δ E como melhor orientar os professores para que sejam
formadores de leitores, e não apenas alfabetizadores?
α E como
os escritores podem ajudar neste
processo?
www.AlexandreLobao.com - [email protected]
Estilo
α
Não se copia
Δ Mas pode ser “aprendido”
α
Varia conforme o autor e o gênero
literário
α
Só a prática leva a perfeição
Δ “Escrever é a arte de saber cortar”
www.alexandrelobao.com
Recursos de Narrativa
α
α
α
α
α
Flashback e flashfoward
Δ
Cenas ou insights do passado ou futuro
Referências recursivas
Δ
Retorno ao mesmo ponto, no correr da história
Inversão
Δ
Troca da ordem cronológica
Referências a outras obras
Δ
Δ
Sutis ou explícitas
Não é plágio!
Tramas Paralelas
Δ
Δ
Ajudam a balancear melhor a história
Cuidado com os pontos de contato!
www.alexandrelobao.com
Sagas ou Ciclos
α
α
α
Se a história transcende a narrativa
atual (livro, conto), é importante ter:
Δ
Δ
Δ
Prólogos
Ganchos
Epílogos
A motivação do protagonista precisa
ser coerente e, se possível, também
transceder a narrativa
Cuidado com os lugares comuns!
www.alexandrelobao.com
Formas de Narração
α
α
Primeira pessoa, única
Δ
Primeira pessoa, variada
Δ
α
α
Narrador conta toda a história
Conjunto de pontos de vista compõe a
história
Terceira pessoa, onipresente
Δ
Narrador “fora da história”
Terceira pessoa, não onipresente
Δ
Narrador funciona como um “personagem
invisível”
www.alexandrelobao.com
Recursos de Linguagem
α
α
Enriquecem a narrativa
Δ
Δ
Δ
Δ
Metáforas
Antíteses
Repetição
...
Procure em sua gramática
www.alexandrelobao.com
É só isso?
α
α
α
Lembrando: não há regras!
Nada do que foi falado aqui é “completo” ou
“absoluto”
Procure seus próprios caminhos
α
Dica do autor:
Δ
Δ
α
Picasso, antes de pintar “do jeito que queria”,
provou ao mundo que era exímio retratista
Domine a técnica, mesmo que seja para subvertê-la
depois!
Veja outras dicas no meu site, na seção “Para
escritores”
www.alexandrelobao.com
Toques Finais
α Importante
à obra
para dar substância e ritmo
Δ “Costurar” passado e futuro nas tramas
(referências cruzadas)
Δ Suspense ao fim de cada capítulo
Δ Incluir detalhes sobre personagens, mesmo
secundários
www.alexandrelobao.com
68
Toques Finais
α Revisão
inicial pelo autor
Δ Digitação, Ortografia, “furos” nas tramas
Δ Não confie nas indicações de “erro” pelos
revisores automáticos de texto!
Δ Vícios de linguagem
Δ Vícios de narrativa: todas pontas precisam
estar amarradas – nunca há fuga ao tema
α Revisão
por pares - ajuda a detectar
falhas maiores
www.alexandrelobao.com
69
Toques Finais
α Revisão
profissional – necessária para
pegar erros sutis (repetições, ritmo, etc)
α Leitura
crítica
Δ Avalia: Coesão, Consistência, Coerência,
Concisão, Clareza, Cadência, Correção,
Diagramação (eventualmente), Linguagem,
Suspensão da descrença
α Mais
sobre Leitura Crítica:
Δ Palestra “Escrever: Arte ou Ofício”,
Δ Aqui, Domingo, 15:30h
www.alexandrelobao.com
70
Download

Como Escrever um Romance de Sucesso