A Sondagem Industrial de setembro mostra que a produção da indústria manteve-se estável – índice
praticamente sobre a linha divisória de 50 pontos – e que não houve aumento do número de
empregados. Além disso, a utilização da capacidade instalada se manteve inalterada no mesmo nível
de agosto. A notícia positiva fica por conta dos estoques de produtos finais da indústria, que retomaram
ao nível planejado após cinco meses de excesso. Isso abre espaço para que eventuais aumentos da
demanda sejam respondidos com aumentos da produção industrial.
O quadro das condições financeiras ainda permanece adverso, embora esteja melhor que no segundo
trimestre. Os empresários permanecem insatisfeitos com as margens de lucro e com a situação
financeira, mas em menor grau do que sinalizado no trimestre anterior. Em relação às condições de
acesso ao crédito, apesar da melhora do índice, esse ainda revela dificuldade por parte das empresas.
A Sondagem também mostra que a elevação dos custos de matérias primas se acelerou no trimestre. O
índice de preço médio das matérias-primas aumentou para 65,8 pontos, o maior valor em dois anos.
Movimento refletido nas respostas sobre os principais problemas enfrentados pela indústria. O alto
custo de matéria-prima permaneceu como o terceiro principal problema, mas ganhou grande
importância entre pequenas e médias empresas, chegando a assumir a segunda posição no ranking para
as pequenas. Os dois principais problemas seguem sendo a elevada carga tributária e competição
acirrada de mercado. Para conhecer mais detalhes dessa pesquisa, acesse o site da CNI.
O pessoal ocupado da indústria brasiliense voltou a oscilar, o indicador registrou leve expansão em
agosto. Desde janeiro o contingente de emprego vem alternando entre redução e aumento, no entanto,
nos últimos três meses o indicador manteve uma trajetória de estabilidade. Os dados são provenientes
da pesquisa “Indicadores de Desempenho da Indústria” realizada pela Federação das Indústrias do DF
(FIBRA) e Instituto Euvaldo Lodi do DF, com apoio do SEBRAE/DF e em parceria com a Confederação
Nacional da Indústria (CNI).
O emprego industrial registrou moderado crescimento de 0,22% na passagem de julho para agosto,
dessa forma, recuperando-se da queda observada no mês anterior. Essa oscilação entre leve redução e
aumento vem configurando um cenário de estabilidade no nível de emprego. Frente agosto de 2012, o
indicador de emprego cresceu 5,41%. O indicador acumulado no ano até agosto apresentou expansão
de 4,40% frente a igual período de 2012.
Em agosto o faturamento industrial registrou expansão de 5,60% em relação a julho de 2013, esse
resultado foi disseminado entre as cinco atividades pesquisadas. Frente a agosto de 2012, o
faturamento apresentou crescimento de 25,28%. No acumulado do ano até agosto, o indicador cresceu
35,48%, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
A utilização da capacidade instalada da indústria (UCI) apresentou queda de 1,45 ponto percentual,
passando de 74,44% em julho para 72,99% em agosto. Frente ao mês de agosto de 2012, a indústria
registrou leve redução de 0,05 p.p. Apesar da queda na base mensal, o índice médio acumulado foi de
75,02%, registrando expansão de 2,56 p.p. na comparação com igual período do ano anterior. Para
saber mais a respeito dessa pesquisa, acesse o site da FIBRA.
A Sondagem Industrial do DF de setembro traz como destaque a alteração no ranking dos principais
problemas dos itens “alto custo de matéria-prima”, “falta de capital de giro” e “competição acirrada
do mercado” nesse terceiro trimestre do ano.
O item “alto custo de matéria-prima” foi assinalado por 21,7% dos entrevistados no terceiro trimestre
contra 9,5% dos entrevistados no trimestre anterior. Com esse resultado, esse item subiu do 7º para o
6º lugar no ranking dos principais problemas enfrentados aqui no Distrito Federal.
O item “falta de capital de giro”, assinalado por 13,0% dos entrevistados no terceiro trimestre, subiu da
14ª posição para a 8ª posição. Cabe destacar que no trimestre anterior esse item (0,0%) não havia sido
apontado como uma preocupação dos entrevistados.
Já o item “Competição acirrada do mercado”, assinalado por 43,5% dos entrevistados no terceiro
trimestre contra 40,5% dos entrevistados no trimestre anterior, subiu da 3ª posição para a 2ª posição.
Por fim, o item “elevada carga tributária” permanece pelo terceiro trimestre consecutivo como sendo
o principal problema dos entrevistados. O item foi assinalado por 63,0% dos entrevistados no terceiro
trimestre contra 59,5% dos entrevistados do trimestre anterior.
Em relação à produção industrial do DF, a Sondagem Industrial revela que, após registrar dois meses
de crescimento, ocorreu queda em setembro na comparação com o mês anterior. O indicador de
evolução da produção situou-se em 46,3 pontos em setembro frente aos 52,9 pontos registrados no
mês anterior, segundo pesquisa realizada, no período de 1º a 11 de outubro de 2013, pela Federação
das Indústrias do DF (Fibra), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Apesar da queda da produção, os estoques permanecem abaixo do nível planejado. Em setembro, o
indicador de estoques em relação ao Planejado/Desejado situou-se em 44,9 pontos em setembro.
Em decorrência da queda da produção, o mercado de trabalho foi afetado. O indicador de evolução do
emprego industrial situou-se em 48,8 pontos em setembro e voltou a se posicionar abaixo da linha
divisória dos 50 pontos. Já o indicador do nível de Utilização da Capacidade Instalada (UCI) efetiva em
relação ao usual se situou 45,9 pontos em setembro, permanecendo abaixo da linha divisória dos 50
pontos.
Em relação às expectativas para os próximos seis meses, praticamente todos os indicadores sofreram
reavaliação por parte dos entrevistados. Isso sinaliza um momento de cautela em relação à evolução
do conjunto de indicadores antecedentes da atividade industrial no DF, embora os indicadores ainda
permaneçam acima da linha divisória dos 50 pontos. Para conhecer mais detalhes dessa pesquisa,
acesse o site da FIBRA.
O relatório de mercado Focus desta semana, publicado pelo Banco Central, revelou bastante
estabilidade nas estimativas para a inflação deste ano. A mediana para o IPCA de 2013 seguiu em 5,83%.
No caso da mediana das estimativas suavizadas à frente para a inflação acumulada em 12 meses, houve
uma desaceleração de 6,25% para 6,22%. A estimativa para o IPCA de outubro foi ajustado de 0,56%,
patamar em que se encontrava também há um mês, para 0,57%.
Após atingir a marca de dois dígitos na semana passada, a Selic, segundo as projeções de analistas do
mercado financeiro consultados para a pesquisa Focus do Banco Central, ficou estacionada em 10% ao
ano em 2013. Atualmente, a Selic está em 9,50% ao ano. No caso de 2014, a Focus revelou que a
mediana das previsões para os juros básicos da economia seguiu em 10,25% ao ano.
Todas as projeções para o câmbio ficaram congeladas no relatório de mercado Focus mais recente,. A
mediana das estimativas para o câmbio ao final de 2013 ficou em R$ 2,25. Para o fim de 2014, as
previsões para o dólar também ficaram estancadas, em R$ 2,40.
A projeção para o PIB foi mantida em 2,50% em 2013. Para 2014, porém, analistas que há uma semana
esperavam crescimento de 2,20% agora acreditam em uma alta de 2,13%. Para saber mais, acesse o site
do jornal Estadão.
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