Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o
Desenvolvimento Sustentável
FAPESP _ 03/06441-7
Planejamento Integrado de Recursos
Energéticos no Oeste do Estado de São Paulo
Cômputo e Valoração dos Recursos Energéticos
do Lado da Oferta - Dimensão Política
Martim Debs Galvão
André Luis Veiga Gimenes
Setembro de 2009
Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável
Objetivo
• Identificação, descrição, análise e interpretação da
dimensão política na questão do aproveitamento dos
recursos energéticos do lado da oferta na Região
Administrativa de Araçatuba.
• É objetivo direto do projeto a execução de um plano
de análise completa da dimensão política pertinente
ao que diz respeito às diretrizes do projeto:
Sustentabilidade.
Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável
Metodologia - Viabilidade
• A metodologia da primeira etapa do trabalho consiste
num levantamento exaustivo de dados, a fim de
abastecer e completar a mina-de-dados temáticos
variados da Região Administrativa de Araçatuba.
• Os dados encontrados serão organizados numa
planilha de relevâncias dividida por diversos aspectos
interpretativos, tais como geográficos, políticos,
sociais, ambientais, etc.
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Mina de Dados
•
A Mina da Dados é organizada a
partir de itens temáticos compostos
por subdivisões de especialização.
•
Inicialmente, é dividida pelos cinco
grandes “temas” do PIR: Político;
Técnico; Econômico; Ambiental e
Social.
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Mina de Dados
• Cada um dos itens é encontrado no
formato de pastas comuns do Windows
• Dentro de cada pasta, novas
subdivisões são encontradas.
• Exemplo: Dentro de “Dados Gerais”,
encontra-se “Demográficos”,
“Geográficos”, etc.
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Mina de Dados
• Neste ponto, geralmente encontra-se
as seguintes sub-divisões:
Internacional; Brasil; São Paulo;
Araçatuba; Equipe.
• No entanto, novos temas mais
específicos podem eventualmente ser
encontrados. Exemplo: “Ocupação do
Solo” dentro de “Agricultura”.
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Análise dos Fatores Políticos
• Os diferentes aspectos e pontos de influência
deverão estar claros a ponto de que a consideração
dos mesmos permita um mapeamento relativamente
satisfatório das configurações políticas do problema.
• Aprofundamento e expansão qualitativa da
abordagem, procurando identificar e descrever não
só os aspectos políticos em primeira instância
isoladamente, mas também as ingerências destes
nas diversas outras dimensões interpretativas, para
além da puramente política.
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Metodologia de
Aprofundamento
• Contribuir com mais objetividade,
favorecendo a formação de uma
valoração que permita inserir a
dimensão política no escopo analítico
da carteira hierarquizada de recursos
para a RAA.
• Inicialmente não trabalha com valores
numéricos.
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Metodologia de
Aprofundamento
• A primeira etapa consiste apenas em
caracterizar descritivamente os critérios
utilizados para a valoração dos
recursos, explicando a abordagem
realizada por cada um dos “tópicos”
mostrados.
• Trata-se da elaboração conceitual do
método de valoração e hierarquização.
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Atributos Valorativos
• Cinco grandes divisões (abordagens)
analíticas:
•
•
•
•
•
Aceitação (“idéia de passividade”)
Motivação (“idéia de ativismo”)
Apoio Governamental
Propriedade do Recurso
Conjunção e Encontro de Interesses
(intersecções)
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Atributos Valorativos
• Aceitação (“idéia de passividade”):
•
•
•
•
•
Grds. Consumidores (maioria indústrias)
Distribuidores
Geradores
ONG’s (tendência majoritária)
População (tendência - opinião pública
majoritária)
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Atributos Valorativos
• Motivação (“idéia de ativismo”):
•
•
•
•
•
Grds. Consumidores (maioria indústrias)
Distribuidores
Geradores
ONG’s (tendência majoritária)
Sociedade
Organizada
(movimentos
sociais)
• Governo
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Atributos Valorativos
• Apoio Governamental:
• Apoio político (em que medida
determinado recurso encontra entusiastas
na classe política – regional/nacional)
• Incentivos fiscais
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Atributos Valorativos
• Propriedade do Recurso:
• Fonte (regional/nacional ou importada)
• Variação cambial (p/ tecnologias
importadas, e/ou variação dos valores
entre projeto, implementação e
manutenção)
• Tecnologia (nacional ou importada)
Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável
Atributos Valorativos
• Conjunção e Encontro de Interesses:
• “Vetor resultante” na equação da relação
entre todos os atributos no que se refere
aos Envolvidos e Interessados (En/In).
• Deve apresentar um resumo (síntese) da
análise de todos os atributos, resultando
em uma conclusão RELATIVA.
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Tabelão - Atributos
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• Uma vez feita a descrição e
conceituação metodológica, os critérios
então estabelecidos pela equipe serão
aplicados a carteira de recursos ainda
não hierarquizada.
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Documento do Word
• Responsável pela análise
argumentativa da valoração política.
• O cruzamento do critério com os
respectivos recursos, em cada faixa de
potência estipulada, produz um ou dois
parágrafos textuais analíticos.
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•
BA47 – Gasolina/Motivação ONG’s (de 1 a 10 KW):
Devido à forte presença da militância ambientalista, o setor das
organizações não governamentais (ONG’s), em geral, costuma ser inicialmente
tendente as opções por fontes alternativas de energia, de preferência
renováveis e não fósseis.
Entretanto, devido a determinadas condições locais, as ONG’s podem
eventualmente ser favoráveis a utilização restrita da gasolina como recurso
para geração elétrica com potência na faixa de 1 a 10 KW. Neste sentido,
inclusive, a baixa potência sugerida favorece um aproveitamento localizado
praticamente domiciliar, ideal no caso de uma localização geográfica de muito
difícil acesso. Ainda assim, as ONG’s só costumam incentivar este tipo de
recurso no caso de que não seja viável o aproveitamento do Sol ou dos ventos,
por exemplo.
No caso específico da Região Administrativa de Araçatuba (RAA), não é
muito abundante a existência de localidades de especial complexidade de
acesso, sendo portanto ainda mais desvantajoso do ponto de vista da maioria
das ONG’s a opção pela gasolina como matéria prima, ainda mais que outras
fontes alternativas são vislumbradas como de oferta abundante na citada
região, tais como o Sol e os ventos.
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• AW171 – Eólico/Aceitação População (maior de
200MW):
A aceitação por parte da população em geral pela
possibilidade de aproveitamento dos ventos para geração
elétrica com potência superior a 200MW é relativamente
positiva, uma vez que a exploração de recursos renováveis
mediante tecnologia limpa é sempre bem recebida pela opinião
pública em geral.
Como elemento de relativização da aceitação pela opção
sugerida, apenas concorre o grande porte do empreendimento
determinado pela alta faixa de potência estipulada. Desta
forma, por exigir um parque eólico de grandes proporções, o
impacto visual chega a ser suficiente para amenizar
negativamente o apoio popular.
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•
BD167 – Carvão/Apoio Gov. Apoio Político (de 30 a 200 MW):
O interesse por parte da classe política em função da
possibilidade de utilização do carvão para geração elétrica com
potência de 30MW a 200MW é relativamente positivo, por apresentar
confiabilidade e facilidade de gerenciamento satisfatórios. Além disso,
por ser de relativa rápida instalação, as termoelétricas a carvão são
importantes mecanismos de reserva para situações emergenciais.
•
BG101 – Fotovoltaico/Propriedade do Recurso; Variação
Cambial (de 500KW a 2MW):
A opção sugerida encontrasse significativamente vulnerável a
variações cambiais, uma vez que a tecnologia utilizada nos
equipamentos implicados pela mesma é majoritariamente de origem
importada.
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• BI101 – Fotovoltaico/Conjunção e Encontro de
Interesses (de 500KW a 2MW):
Nenhum En/In apresenta resistência prática perante a
opção sugerida, ainda que determinados agentes, tais como os
grandes consumidores ou os geradores tradicionais de energia,
não sejam exatamente entusiastas da expansão de sua
utilização.
Especialmente no que diz respeito a empreendimentos de
altas potências, a aceitação certamente cai em virtude do
custo de realização do projeto, exageradamente alto para
diversos agentes dos setores de geração e comercialização de
eletricidade.
Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável
Preenchimento do “tabelão”
•
Sem a utilização de valores numéricos e
nem a hierarquização direta por meio de
qualificação descritiva.
•
•
Descrição sucinta indicativa de qualidades.
Preenchimento por cores, indicando a
tendência positiva, ou não, da análise do
cruzamento entre um determinado recurso
e um determinado critério.
•
Facilitar o processamento dos resultados e a
elaboração de um ranking final.
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“Tabelão Político”
Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável
“Tabelão Político”
Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável
Resultados
• A valoração da Dimensão Política
resultou numa perspectiva segundo a
qual determinados recursos são
claramente
favorecidos
para
determinadas faixas de potências, no
que diz respeito à aceitação/motivação
junto à maioria dos En/In.
Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável
Resultados
• Recursos alternativos, por exemplo,
são mais amplamente aceitos para
pequenas ou médias gerações.
• por implicarem em elementos de inovação
relacionados a expectativas de incertezas
no campo do planejamento e
gerenciamento energético, especialmente
do ponto de vista dos grandes
consumidores e distribuidores de energia
elétrica.
Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável
Resultados
• Recursos tradicionais apresentaram ampla
aceitação junto aos agentes tradicionais,
como grandes consumidores e distribuidores
de eletricidade.
• Entretanto, no caso da perspectiva dos novos
agentes, como as ONG’s ou os movimentos
sociais, a positividade tende a ser restringida
tanto quanto maior for a faixa de potência, por
implicar num aumento na escala dos prejuízos,
sejam de ordem ambiental, ou social, como no
caso de grandes barragens.
Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável
Resultados
• A energia eólica é aquela que
destacadamente encontra maior facilidade
de aceitação para faixas de potências
díspares.
• Dos recursos alternativos, é a que mais satisfaz
as inseguranças dos agentes tradicionais
paralelamente a viabilidade técnico-econômica,
além de gozar de prestigiada aceitação junto aos
chamados novos agentes, àqueles voltados para
a sustentabilidade sócio-ambiental.
Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável
Análise dos Resultados
• Um panorama da aceitação políticosocial específica de cada En/In em
relação aos determinados recursos
elencados, para cada faixa de potência.
• A partir disto, forneceu principalmente um
panorama da aceitação social do conjunto
formado pelos En/In em relação às
possibilidades de escolhas dos
empreendimentos energéticos.
Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável
Conclusões
• A relação fundamental observada pode
ser descrita como uma equação de
balanceamento entre componentes
referentes à sustentabilidade ambiental
e outros referentes à viabilidade
técnico-econômica.
Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável
Conclusões
• O posicionamento social dos agentes, assim
como sua inflexão política, é fruto não de
valores “auto-suficientes”, que se bastem
analiticamente, mas sim da relação entre os
valores criteriosos das demais dimensões
analíticas.
• A dimensão técnico-econômica e a dimensão
ambiental tratam seus resultados segundo
parâmetros isolados específicos, já as duas outras
dimensões valem-se da relação estabelecida
entre estes mesmos parâmetros, de modo corelacionado.
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• Obrigado
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