FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE DE COIMBRA MESTRADO INTEGRADO EM PSICOLOGIA / ANO LECTIVO: 2007/08 Psicologia Clínica e da Saúde Sub-especializações: Sistémica, Saúde e Família; Psicogerontologia 4º Ano – 2º Semestre EXERCÍCIO 1-A Preparando-nos para atender Maria... Maria chega ao psicólogo encaminhada pelo seu médico de família. Casada e com dois filhos (um com 17 e outro com 13 anos), tem 43 anos e é hipertensa. Sempre que se apercebe de um descontrolo na sua tensão arterial, por pequeno que seja, fica muito ansiosa, o que agrava o seu problema, que é, efectivamente, grave em termos de risco de ataque cardio-vascular. 1. Por meio do encaminhamento, o médico mostra que, perante esta doente, adopta uma postura médica que se enquadra no Modelo . De facto, desde 1977 e do artigo de Engel publicado na Science que se vem tentando compreender a saúde , e a doença à luz das interacções entre , e . De forma metafórica, pode-se dizer que o “doente cardíaco não é só coração” mas também , , etc.. O pedido do médico processa-se num contexto de prestação de cuidados de saúde no qual o profissional de saúde mental é, muitas vezes, entendido como da equipa prestadora de cuidados. Pretende-se, com isto, conseguir o benefício máximo para o doente em termos e . 2. Voltando à história de Maria. O pedido do seu médico, feito por ele próprio através de um contacto telefónico com o psicólogo, foi claro: “Achei que era importante enviar-lhe esta doente porque quando fica ansiosa deixa de tomar a medicação correctamente e piora muito o seu quadro clínico. Veja se consegue reduzir-lhe aquela ansiedade de modo a que ela cumpra rigorosamente o tratamento, 1 pois eu não posso prescrever nada para isso [medicação], uma vez que podem ocorrer interacções indesejáveis com a terapêutica que ela faz para controlo da tensão arterial”. Este pedido expressa, claramente, um dos motivos que mais frequentemente suscita o encaminhamento por parte dos profissionais médicos e que, de algum modo, contribuiu para o desenvolvimento e adesão às abordagens multidisciplinares da doença, ou seja, . Por outro lado, o contacto directo promovido com o pedido abre a porta a entre profissionais. Para reforçar essa “abertura” o psicólogo respondeu: “Muito bem Dr., vou .” Contudo, sobre este encaminhamento é necessário saber mais coisas (sendo certo que já sabemos que o responsável por ele é o médico). Nesse sentido, o psicólogo coloca ao médico mais quatro questões: “Dr., diga-me ?” (expectativas) “Também seria importante eu saber ?” (timming do encaminhamento) “Finalmente, como ?” (preparação) “Só para eu saber como devo actuar ?” (contactos/gestão da troca de informação) Com o primeiro contacto começa-se, também, a gerir algumas diferenças entre os dois profissionais. O pedido coloca o foco (estilo profissional médico); a resposta desloca-o para 2 (idem Psicólogo). E, se pensarmos nas condições gerais para o estabelecimento de uma relação de colaboração entre os dois profissionais, a 1ª questão pode remeter para e a 3ª para . Se quisesse definir claramente a estrutura colaborativa, o psicólogo poderia perguntar: “ ?” 3. A 1ª sessão da Maria foi marcada. Aquando da preparação do caso o psicólogo sabia [informação do médico] que a situação familiar da Maria estava agora um pouco complicada – problemas com um filho de 17/18 anos e preocupação com a mãe idosa que sofrera, há pouco tempo, um AVC. Maria dizia que a sua doença passou para segundo plano. O médico esperava que ele lhe fizesse ver que tinha que pensar nela própria – como já vimos, o seu quadro clínico é grave, com importantes riscos de crises severas se não for bem controlado. Feitos todos os exames e várias “experiências” de tratamentos, a origem da hipertensão – diagnosticada aos 27 anos da Maria - não estava definida. Para o psicólogo, a primeira coisa a fazer era classificar a doença seguindo a matriz tipológica _________________de Rolland. Estava perante uma doença ___________________________, _________________________, ____________________________, ______________________ (Sigla __ __ __ __) em _____________________________. Atendendo às outras características da doença podia, ainda, pensar que ________________________________________________, _______________________________________, ____________________________________, _______________________________________, ____________________________________. A partir daqui podia hipotetizar algumas implicações associadas ao seu aparecimento (fase ________), quer na Maria, quer nos que a rodeiam. Como por exemplo: com 27 anos _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ 3 (perspectiva sobre a relação família / doença assente no Modelo de ________________ ) . Agora, na fase ____________ e no momento actual, as implicações deverão ser outras e a relação entre os ciclos vitais da Maria, da doença e da família aponta, por exemplo, para _____ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________. Pensando nisto, à partida, pode-se pensar que a intervenção, nas suas linhas gerais, deverá focalizar-se nos seguintes tópicos _________________________________________________ _____________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 4. Finalmente o psicólogo pensou ainda algumas questões que poderia colocar à Maria. Sobre crenças associadas à saúde/doença - uma, pelo menos, deve incidir no seu (des)ajuste: Q1 __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________? Q2 __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________? Q3__________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________? Sobre a relação com os profissionais de saúde: Q1__________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________? Q2__________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________? Q3__________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________? Sobre o meio social de apoio/recursos: 4 Q1 __________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________? Q2 __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________? Sobre a história familiar de saúde/doença: Q1 __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________? Q2 __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________? Q3__________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________? Enquanto pensávamos este caso, e particularmente nestes quatro grupos de questões estávamos, claramente, a pensar na aplicação lata do modelo ____________________ (designação) de análise/intervenção na doença crónica de _________________________________ (nome do autor). 5