• URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA
PRÁTICA CLÍNICA
• Dra. Gilcinéia Rose Silva dos Santos
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO EM INSTITUIÇÃO DE SAÚDE
•
Historicamente, a inserção do psicólogo no setor de
saúde mental ocorreu em um contexto históricopolítico-econômico no qual alguns fatores, segundo
DIMENSTEIN (1998), foram decisivos, a saber:
1. O contexto das políticas públicas de saúde do final dos
anos 70 e da década de 80 no que se refere à política
de recursos humanos;
2. A crise econômica e social no Brasil na década de 80 e a
retração do mercado dos atendimentos privados;
3. Os movimentos destes profissionais na tentativa de
redefinição da função do psicólogo na sociedade;
4. A difusão da psicanálise e a psicologização da
sociedade. (pg. 55)
1 Implantação de Atendimento Psicológico em Unidades
Básicas de Saúde
• As Unidades Básicas de Saúde surgiram na década de
80 no Estado de São Paulo, com o objetivo de atender a
sua população. O Estado procurou, baseado em
documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS),
estruturar seu sistema de saúde com a finalidade de
trabalhar nos seguintes âmbitos:
1. Atenção Primária à Saúde, visando promover a saúde e
informar a população sobre hábitos e atitudes que
possam manter sua saúde;
2. Atenção Secundária à Saúde, atuando em nível de
ambulatório sem remover o doente de seu meio;
3. Atenção Terciária à Saúde, atuando de forma direta com
a doença instalada, de forma a remediá-la, com
internações.
•
•
2 Políticas Públicas de Saúde
Para DIMENSTEIN (1998) a entrada de psicólogos na
área de saúde mental ocorreu no momento da critica ao
modelo asilar e às equipes de saúde formadas
predominantemente por médicos, e da ênfase na
formação de equipes multiprofissionais preconizando
condição única para um novo modelo de assistência em
psiquiatria.
A inserção do psicólogo no setor público de saúde, no
Brasil, aconteceu nesse momento, em que o modelo
médico privativista-assistencial entrou em crise, e em que,
mundialmente, buscavam-se modos de serviços
alternativos ao hospital psiquiátrico, que pudessem ser
mais eficazes e de menor custo. Neste sentido, abriu-se a
possibilidade de psicólogos entrarem no serviço público
de saúde, uma vez que, constatou-se que apenas
atendimentos psiquiátricos não podiam dar conta das
demandas, tanto do ponto de vista da quantidade de
pessoas a serem atendidas quanto, e principalmente, do
ponto de vista da qualidade do serviço.
3 Práticas Clínicas em Instituição de Saúde e a
Formação Profissional
• De acordo com pesquisa realizada em UBSs por
BOARINI (1991), as dificuldades que os
psicólogos enfrentam são percebidas como
decorrentes de defasagem na sua formação
profissional. Algumas delas são retratadas
como
fragmentação
dos
conhecimentos
acadêmicos, transmissão do conhecimento
com base no modelo de trabalho clinico em
consultório particular, distanciamento da visão
do professor da realidade do trabalho em saúde
pública.
• Segundo DIMENSTEIN (1998), a formação
acadêmica para o trabalho em UBSs se
diferencia da clinica privada pois:
• [...] no que tange ao campo da psicologia, é
possível
apontar
que
tais
dificuldades
apontadas pelos psicólogos para a realização
da psicologia nas Unidades Básicas de Saúde
no pais advém tanto da inadequação da sua
formação acadêmica para o trabalho no setor,
quanto do seu modelo limitado de atuação
profissional, bem como da sua dificuldade de
adaptar-se às dinâmicas condições de perfil
profissional exigido pelo Sistema Único de
Saúde (SUS). (pg. 69).
• ANCONA-LOPEZ (1995), ao analisar a
implantação de mudanças em clínica-escola
de Psicologia, para o atendimento à
população relata dificuldades de ordem
teórico-práticas que dificultam a formação do
aluno para lidar com a demanda institucional.
Cita também, as posturas defensivas dos
supervisores que se configuram, na maioria
das
vezes
como
dificuldades
para
compartilhar com os alunos dúvidas e
incertezas frente ao trabalho institucional,
ainda desconhecido em grande parte.
DIRETRIZES PSICOLOGIA
... pretendem, ainda, que o psicólogo formado seja
capaz de diagnosticar, avaliar e atuar em
problemas humanos de ordem cognitiva,
comportamental e afetiva, coordenar e manejar
processos
grupais,
atuar
inter
e
multiprofissionalmente,
realizar
orientação,
aconselhamento psicológico e psicoterapia,
levantando questões teóricas e de pesquisa e
gerando conhecimentos a partir de sua prática
profissional. O psicólogo deve, outrossim, ser
capaz de elaborar relatos científicos, pareceres e
laudos técnicos, apresentar trabalhos e discutir
idéias em público.
OBJETIVOS DO ATENDIMENTO EMERGENCIAL
• promover uma maior expressão e uma
utilização funcional dos recursos internos
latentes do indivíduo, acolher profundamente
o outro (escuta qualificada).
• um tipo de Intervenção psicológica que
acolhe a pessoa no exato momento de sua
necessidade, ajudando-a a lidar melhor com
seus recursos e limites, na medida em que (o
psicólogo) se coloca disponível a acolher a
experiência do cliente em determinada
situação, ao invés de enfocar o seu
problema.
• AÇÕES TERAPÊUTICAS NA PSICOLOGIA
CLÍNICA X PSICOTERAPIA
• ÊNFASE NO SOCIAL X ÊNFASE NO INDIVIDUAL
• REFLEXÕES E DECISÕES
INTERDISCIPLINARES X TRABALHO ISOLADO
• PRIORIZA O COLETIVO X REJEIÇÃO SUMÁRIA
DO ATENDIMENTO INDIVIDUAL
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1. O contexto das políticas públicas de saúde do final dos anos 70 e