Coroidopatia Central Serosa Coroidopatia Central Serosa Conceito Doença caracterizada por descolamento seroso da retina neurossensorial, sobre uma área de vazamento originado na coriocapilar e que atravessa o EPR Coroidopatia Central Serosa Formas Apresentação CCS Clásica: Um ou mais pontos de vazamento no EPR (AFG) CCS Crônica: Disfunção do EPR. Descolamento da retina neurossensorial sobre áreas de atrofia do EPR e migração de pigmento. Coroidopatia Central Serosa Grupo de Risco Sexo: Masculino (9:1) Personalidade tipo “A” HAS e Gestantes Idade: 20 – 55 anos Raça: rara em afro-americanos. Severa em asiáticos e brancos hispânicos Coroidopatia Central Serosa Fisiopatologia Personalidade tipo “A” e HAS (aumento do cortisol e epinefrina circulante, afetando autoregulação da coróide) Corticóides têm forte influência no desenvolvimento da CCS Coroidopatia Central Serosa Fisiopatologia Teoria da Disfunção de Coróide (Gueyer, Spaid, et al) Fisiopatologia Hiperpermeabilidade da Coroide Aumento da pressão hidrostática DEP seroso Lesão secundária do EPR Coroidopatia Central Serosa Quadro Clínico BAV (pode ser discreta) (20/20 até 20/200) Metamorfopsia (micropsia) ↓ Sensibilidade contraste ↓ Saturação das cores Escotoma central Hipermetropia Coroidopatia Central Serosa Diagnóstico MR: DR seroso ret. neurossensorial, DEP, migração pigmento, atrofia do EPR AGF: Forma clássica: um ou mais pontos de vazamento no EPR. O sinal da “fumaça de chaminé” só está presente em 10-15% Forma crônica: Hiperfluorescência (defeito em janela), vazamentos e bloqueio por pigmento Coroidopatia Central Serosa Diagnóstico ICG: hipofluorescência na fase precoce, seguida de hiperfluorescência e vazamento. Pode mostrar vazamentos não vistos na AGF OCT: fluído subretiniano, DEP, atrofia retiniana. Pode localizar descolamentos subclínicos Coroidopatia Central Serosa Diagnóstico MR Angio Coroidopatia Central Serosa Diagnóstico •MR •Angiografia fluorescente •Indocianina verde •OCT •Autofluorescência mancha de tinta fumaça de chaminé CCS - ICG CCS - achados OCT 1-DEP 2-Descolamento da RNS 3- Membrana de Bruch CCS - OCT Coroidopatia Central Serosa Evolução Resolução espontânea em 2 a 3 meses Recorrências frequentes Crônica com recorrências frequentes CCS- crônica Coroidopatia Central Serosa Diagnóstico Diferencial Melanoma de coróide Hemangiomas DMRI Doença de Harada Buraco de Mácula em alto Míope Fosseta de papila Coroidopatia Central Serosa Tratamento Clínico: eficácia desconhecida de ansiolíticos e betabloqueadores Antidepressivos foram fator de risco em alguns trabalhos publicados Corticóides devem ser evitados pois podem aumentar o DR seroso presente Coroidopatia Central Serosa Fotocoagulação Laser Fotocoagulação está indicada: DR seroso que dure mais de 4 meses. Recorrência no olho com BAV por episódio prévio de CCS Presença de déficit visual no olho oposto por episódio prévio de CCS Pacientes cujas profissões exijam a pronta recuperação (pilotos, arquitetos, cirurgiões…) Coroidopatia Central Serosa Fotocoagulação Laser Tratar áreas de vazamento que estejam a 300 µ da zona avascular foveal Encurta o curso da doença e diminue o risco de recorrência, porém parece não influenciar no prognóstico visual final Coroidopatia Central Serosa Tratamento Terapia fotodinâmica com indocianina e verteporfirina (Retina. 2003 Jun;23(3):288-98, Retina. 2003 Apr;23(2):235-7 , Curr Eye Res. 2002 Nov;25(5):287-97). Acredita-se que PDT acelere a reabsorção do fluído e recuperação da visão Coroidopatia Central Serosa Prognóstico Os descolamentos serosos da RNS geralmente resolvem-se espontaneamente (80-90%), retornando a 20/25 ou melhor Pacientes com a forma clássica tem 40-50% de risco de recorrência no mesmo olho Mesmo com boa recuperação visual, alguns pacientes queixam de ↓ sensibilidade contraste, metamorfopsia e raramente nictalopia 5-10% podem não recuperar 20/30 ou melhor, por DRs de repetição, resultando em epiteliopatia difusa (crônica) com 20/200 ou pior O risco de formação de MNV é menor que 5% (aumenta em pacientes idosos)