DEFICIÊNCIA VISUAL DADOS ESTATÍSTICOS: – Segundo o Censo do IBGE 2000, no Brasil existem 24,5 milhões de pessoas com deficiência, sendo que destas, 48,1 % são consideradas deficientes visuais; – De acordo com a OMS, existem 140 milhões de pessoas com baixa visão no mundo e 45 milhões de cegos e, 80 % destes casos poderiam ser evitados com tratamento e prevenção. SISTEMA BRAILLE Leitura e acesso ao conhecimento: – Transformar as relações homem/cultura; – Contato com livros amplia as capacidades criativa e crítica; – Noção simbólica; – Compreensão e interpretação do mundo; – Domínio da linguagem; – Maiores oportunidades de inclusão; FATORES DESFAVORÁVEIS – Ausência de materiais em Sistema Braille; – Elevado custo na produção de materiais; – Desconhecimento de profissionais da educação sobre o código; – Despreparo técnico. VISÃO X TATO Tato – Sentido analítico capaz de perceber o mundo pelo toque, ou seja, pelo contato direto entre a superfície cutânea e o objeto de exploração; * Visão – Sentido globalizante, capaz de comunicarse com o mundo captando registros próximos e distantes, com detalhes e relações simultâneas de posição,tamanho, formato, coloração... AUSÊNCIA DA VISÃO O deficiente visual não é mais imaginativo; Mecanismo sensorial e processo de observação são organizados de forma diferente - estimulação de outros sentidos; Percepção de forma, extenção, textura, dimenções é obtida pelo desenvolvimento motor. FASE PREPARATÓRIA Anterior a alfabetização; Atingir a prontidão para os avanços no aprendizado do Braille; Explorar objetos pelo movimento de mãos e dedos; Abundância de materiais para a estimulação tátil em diferentes graus de dificuldade; * Utilização de materiais que direcionem a experiência tátil ao Sistema Braille – materiais em escala ampliada até reduzir à grafia no papel; – Jogos sensoriais e adaptados. Habilidades e capacidades sensoriais, motoras e cognitivas Desempenho satisfatório no rítmo e liberdade dos movimentos; Precisão nos movimentos; Firmeza nos punhos; destreza na manipulação de materiais; Posição correta para a escrita; Controlar a pressão dos dedos e mãos; Qualidade na leitura. ALFABETIZAÇÃO – Ausência de pistas visuais; – Análise fragmentada e não globalizante; – método silábico; – Combinação de elementos isolados para agrupá-los posteriormente em palavras e sentenças; – Alternar processos de leitura e escrita, já que apresentam graus diferentes de dificuldades. COMO FACILITAR A LEITURA EM BRAILLE? – Controlar os movimentos e a pressão dos dedos sobre o papel; – Descansar alguns minutos após longo período de leitura; – Uma temperatura ambiental agradável, que não prejudique a sensibilidade dos dedos, como ocorre em climas frios; – Distribuir o texto de forma lógica no papel; * – Encadernações que facilitem o manuseio das folhas, principalmente no caso de haver escrita interpontada; – Não colocar sobre as folhas escritas em Braille objetos pesados ou que possam danificar o relevo; – Folhas escritas em Braille não podem ser dobradas, a não ser que se destine um espaço "em branco" para esse fim; * – Para processos iniciais de alfabetização, recomenda-se um espaçamento maior entre linhas e palavras, um papel mais encorpado para que os pontos sejam marcados com uma saliência maior; – A posição de leitura deve ser confortável, de modo que as mãos dos leitores fiquem ligeiramente acima dos cotovelos. COMO FACILITAR A ESCRITA EM BRAILLE? – Observar movimentos de transição entre "celas" e linhas, bem como processo de inversão ou "espelho" para a escrita manual; – Para os processos iniciais de alfabetização, recomenda-se "cobrir" algumas linhas da régua metálica do reglete, evitando confusões na troca de linhas e escrita seqüencial, já que o espaço é muito limitado e demora a ser percebido pelo tato e assimilado; * – O punção não deve ser levantado, nem para a troca de janelas, nem para movimentos dentro de uma mesma "cela" braille. O constante contato com o papel facilita a identificação de onde se encontra; – Manter sempre a prancheta do reglete alinhada a carteira, pois sua inclinação pode resultar em dificuldades na localização das "celas" braille; * – Não ter o hábito de executar ações repetitivas, como perfurar as mesmas letras ou seqüências continuamente; – Não é necessário empregar grande força para se obter o relevo. O que garante a qualidade na impressão das letras é o posicionamento correto do punção, de modo que esteja perpendicular ao papel. MATERIAIS Reglete - comparado ao caderno e produz escrita manual, no sentido inverso; Punção - equivalente ao lápis e de acordo com a força empregada, diferencia a escrita de uma pessoa para outra. * máquinas de datilografia - produz escrita mecânica. Ao mesmo tempo em que se escreve , pode-se fazer a leitura. Teclas referentes aos pontos da "cela" Braille, perfurados simultaneamente. * Impressoras - permitem escrita "interpontada" (nas duas faces do papel). Produz em grande escala e com auxílio da informática; TRANSCRIÇÃO – Interpretação do código pela escrita convencional; – Pode ser acessível a todas as pessoas pela transcrição ou pelo domínio de seus sinais; – Não é considerado uma linguagem, por não haver tradução; – Associar a grafia das letras a algum objeto ou imagem mental; * – Quem enxerga não consegue desenvolver habilidades para a leitura tátil, por ter a visão como sentido dominante na construção da linguagem escrita. A leitura se processa com o olho; – A transcrição deve ser feita acima da palavra e obedecer suas produções, mesmo estando com erros; * – O transcritor não corrige os erros, mas sim os reproduz para que a escrita se torne legível a quem a desconheça; – Utilização de letras cursiva, pois representa uma escrita manual; – Não há relação entre Braille e grafia convencional, no desenho das letras. DADOS: Slide preparado e elaborado pela profª Luciane Maria Molina Barbosa, a partir de conteúdo trabalhado em cursos para Capacitação de Professores. [email protected] www.braillu.rg.com.br – Reprodução do conteúdo deste slide somente mediante autorização.