EXERCICIOS APROFUNDAMENTO – HISTORIA BRASIL – 2015 – PERIODO REGENCIAL – 1º REINADO
1. (Fuvest 2015) Considerando-se o intervalo entre o contexto em que transcorre o enredo da obra Memórias de um
sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e a época de sua publicação, é correto afirmar que a esse período
corresponde o processo de
a) reforma e crise do Império Português na América.
b) triunfo de uma consciência nativista e nacionalista na colônia.
c) Independência do Brasil e formação de seu Estado nacional.
d) consolidação do Estado nacional e de crise do regime monárquico brasileiro.
e) Proclamação da República e instauração da Primeira República.
2. (Unicamp 2015) Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária, tornado mais
vivo depois da Independência. (…) O Romantismo apareceu aos poucos como caminho favorável à expressão própria da
nação recém-fundada, pois fornecia concepções e modelos que permitiam afirmar o particularismo, e portanto a
identidade, em oposição à Metrópole (…).
CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19.
Tendo em vista o movimento literário mencionado no trecho acima, e seu alcance na história do período, é correto afirmar
que
a) o nacionalismo foi impulsionado na literatura com a vinda da família real, em 1808, quando houve a introdução da
imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros circularam no país.
b) o indianismo ocupou um lugar de destaque na afirmação das identidades locais, expressando um viés decadentista e
cético quanto à civilização nos trópicos.
c) os autores românticos foram importantes no período por produzirem uma literatura que expressava aspectos da
natureza, da história e das sociedades locais.
d) a população nativa foi considerada a mais original dentro do Romantismo e, graças à atuação dos literatos, os
indígenas passaram a ter direitos políticos que eram vetados aos negros.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
TEXTO PARA A(S) PRÓXIMA(S) QUESTÃO(ÕES)
Tornando da malograda espera do tigre, 1alcançou o capanga um casal de velhinhos, 2que seguiam diante dele o mesmo
caminho, e conversavam acerca de seus negócios particulares. Das poucas palavras que apanhara, percebeu Jão Fera
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que destinavam eles uns cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à compra de mantimentos, a fim de fazer um
moquirão*, com que pretendiam abrir uma boa roça.
- Mas chegará, homem? perguntou a velha.
- Há de se espichar bem, mulher!
Uma voz os interrompeu:
- Por este preço dou eu conta da roça!
- Ah! É nhô Jão!
Conheciam os velhinhos o capanga, a quem tinham por homem de palavra, e de fazer o que prometia. Aceitaram
sem mais hesitação; e foram mostrar o lugar que estava destinado para o roçado.
Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus olhos descobriram entre os utensílios a enxada, a qual ele esquecera
um momento no afã de ganhar a soma precisa, que sem mais deu costas ao par de velhinhos e foi-se deixando-os
embasbacados.
ALENCAR, José de. Til.
* moquirão = mutirão (mobilização coletiva para auxílio mútuo, de caráter gratuito).
3. (Fuvest 2015) Considerada no contexto histórico-social figurado no romance Til, a brusca reação de Jão Fera, narrada
no final do excerto, explica-se
a) pela ambição ou ganância que, no período, caracterizava os homens livres não proprietários.
b) por sua condição de membro da Guarda Nacional, que lhe interditava o trabalho na lavoura.
c) pela indolência atribuída ao indígena, da qual era herdeiro o “bugre”.
d) pelo estigma que a escravidão fazia recair sobre o trabalho braçal.
e) pela ojeriza ao labor agrícola, inerente a sua condição de homem letrado.
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4. (Unicamp 2015) Com a partida de D. João VI, permaneceu como regente do reino do Brasil o príncipe herdeiro.
Contrário à ideia de submissão do monarca a uma assembleia, que ele considerava despótica, mas incapaz de deter o
rumo dos acontecimentos, D. Pedro habilmente se aproximou de uma facção da elite brasileira, a dos luso-brasileiros.
Adaptado de Guilherme Pereira das Neves, “Del Imperio lusobrasileño al imperio del Brasil (1789-1822)”, em FrançoisXavier Guerra (org.), Inventando la nación. México: FCE, 2003, p. 249.
Considerando os processos de independência no continente americano,
a) apresente duas diferenças importantes entre o processo de independência no mundo colonial espanhol e o processo de
independência do Brasil.
b) explique a importância dos luso-brasileiros no governo de D. Pedro I e por que eles foram a causa de diversos conflitos
no período.
5. (Fuvest 2015) O movimento político conhecido como “Confederação do Equador”, ocorrido em 1824 em Pernambuco e
em províncias vizinhas, contou com a liderança de figuras como Manuel Carvalho Paes de Andrade e Frei Joaquim do
Amor Divino Caneca. Relacione esse movimento com
a) o projeto político desenvolvido pela Corte do Rio de Janeiro, na mesma época;
b) outros dois movimentos ocorridos em Pernambuco, em anos anteriores.
6. (Fgv 2015) Observe o mapa.
Os dados do mapa mostram que a emancipação política do Brasil
a) efetivou-se com o chamado Grito do Ipiranga, porque todas as províncias do Brasil, imediatamente, passaram a
obedecer às ordens vindas do Rio de Janeiro na pessoa do Imperador Dom Pedro I e romperam todos os laços com as
Cortes de Lisboa, defensoras da recolonização brasileira.
b) ocorreu de forma homogênea, com a divisão da liderança do movimento emancipacionista entre os principais
comandos regionais do Brasil e com a constituição de acordos políticos que garantiram a unidade territorial e a
efetivação do federalismo.
c) dividiu as regiões brasileiras entre as defensoras de uma emancipação vinculada ao fim do tráfico de escravos, caso
das províncias do Norte e do Nordeste, e as províncias do Centro-Sul, contrárias à separação definitiva de Portugal e
favoráveis à constituição de uma monarquia dual.
d) foi um processo complexo, no qual não houve adesão imediata de algumas províncias ao Rio de Janeiro, representado
pelo poder do imperador Dom Pedro I, pois essas províncias continuaram fiéis às Cortes de Lisboa, levando à guerras
de independência.
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e) diferencia-se radicalmente das experiências da América espanhola, porque a América portuguesa obteve a sua
independência sem que houvesse qualquer movimento de resistência armada por parte dos colonos ou da metrópole,
interessados em uma separação negociada.
7. (Unesp 2015) A escravatura, que realmente tantos males acarreta para a civilização e para a moral, criou no espírito
dos brasileiros este caráter de independência e soberania, que o observador descobre no homem livre, seja qual for o seu
estado, profissão ou fortuna. Quando ele percebe desprezo, ou ultraje da parte de um rico ou poderoso, desenvolve- se
imediatamente o sentimento de igualdade; e se ele não profere, concebe ao menos, no momento, este grande argumento:
não sou escravo. Eis aqui no nosso modo de pensar, a primeira causa da tranquilidade de que goza o Brasil: o sentimento
de igualdade profundamente arraigado no coração dos brasileiros.
Padre Diogo Antônio Feijó apud Miriam Dolhnikoff. O pacto imperial, 2005.
O texto, publicado em 1834 pelo Padre Diogo Antônio Feijó,
a) parece rejeitar a escravidão, mas identifica efeitos positivos que ela teria provocado entre os brasileiros.
b) caracteriza a escravidão como uma vergonha para todos os brasileiros e defende a completa igualdade entre brancos e
negros.
c) defende a escravidão, pois a considera essencial para a manutenção da estrutura fundiária.
d) revela as ambiguidades do pensamento conservador brasileiro, pois critica a escravidão, mas enfatiza a importância
comercial do tráfico escravagista.
e) repudia a escravidão e argumenta que sua manutenção demonstra o desrespeito brasileiro aos princípios da igualdade
e da fraternidade.
8. (Unicamp 2014) Para Portugal, não era interessante trazer para o Brasil imigrantes de estados possuidores de
colônias, tais como França, Inglaterra, Holanda e Espanha. Abrir as portas da colônia e, depois, do recém-criado império
do Brasil poderia significar um risco. Daí, a preferência por imigrantes dos estados alemães, da Suíça, e da Itália. Pedro I
continuou essa política enfatizando que era necessário apoiar o desenvolvimento da agricultura, pelo aliciamento de bons
colonos que aumentassem o número de braços dos quais necessitávamos.
(Adaptado de João Klug, “Imigração no Sul do Brasil, em Keila Grinberg e Ricardo Sales (org.). O Brasil Imperial. v. III.
1870-1889. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p. 247.)
Assinale a alternativa correta.
a) A grande entrada de imigrantes no Brasil ocorreu a partir do Primeiro Reinado, em função do fim do tráfico negreiro e
da maciça propaganda promovida pelo governo brasileiro na Europa.
b) No Primeiro Reinado, a entrada de imigrantes associava-se ao incremento da produção agrícola e tinha em conta o
cenário internacional, no qual as metrópoles europeias disputavam territórios e riquezas.
c) Em meio à corrida imperialista do século XIX, Portugal empenhou-se pelo fim da escravidão em Lisboa e do tráfico
negreiro em suas colônias africanas.
d) A imigração no Brasil surgiu como questão a partir da implantação da Lei Áurea, que alterou os modos de pagamento
do trabalho livre.
9. (Espcex (Aman) 2014) “O mais duradouro movimento rebelde do Império foi a Revolução Farroupilha, ocorrida no Rio
Grande do Sul e em Santa Catarina, entre 1835-1845. [...] Em 1836, após importantes vitórias sobre as tropas legalistas,
os farroupilhas proclamaram a República Rio Grandense”.
(BOULOS JR, 2011)
Em 1842, Luís Alves de Lima e Silva, então Barão de Caxias, é enviado pelo Império para comandar as forças legalistas.
A atuação de Caxias pacificou a região já no ano de 1845.
Abaixo são listadas algumas medidas que poderiam ser utilizadas para solução do conflito:
I. Repressão violenta com prisão e fuzilamento de todos os líderes do movimento farroupilha.
II. Aumento de taxas de importação do charque platino para tornar o similar rio-grandense-do-sul mais competitivo no
mercado nacional.
III. Cerco impiedoso sobre as maiores cidades rebeladas, provocando a morte de milhares de civis, minando a moral do
inimigo e levando os insurretos à rendição.
IV. Incorporação ao Exército Brasileiro de comandantes farroupilhas com os mesmos postos que ocupavam nas tropas
rebeldes.
V. Reconhecimento, pelo governo imperial, da liberdade dos escravos que lutaram na revolução como soldados.
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Na ocasião, Caxias propôs
a) todas as medidas acima listadas.
b) apenas as medidas I, II e III.
c) apenas as medidas I, III e IV.
d) apenas as medidas II, III e V.
e) apenas as medidas II, IV e V.
10. (Espm 2014) Num momento da história do império conhecido como "avanço liberal", durante as regências, foram
adotadas algumas medidas que concediam maior poder à representação local.
(Sonia Guarita do Amaral. O Brasil como império)
Aponte entre as alternativas aquela que apresente duas reformas liberais:
a) Ato Adicional – Reforma do Código de Processo Criminal.
b) Lei de Terras – Lei Saraiva Cotegipe.
c) Lei Rio Branco – Código de Processo Criminal.
d) Tarifa Alves Branco – Lei Interpretativa do Ato Adicional.
e) Código de Processo Criminal – Ato Adicional.
11. (Fgv 2013) A independência, porém, pregou uma peça nessas elites. Um ano após ser convocada, a Assembleia
Constituinte foi dissolvida e em seu lugar, o imperador designou um pequeno grupo para redigir uma Constituição “digna
dele”, ou seja, que lhe garantisse poderes semelhantes aos dos reis absolutistas. Um exemplo disso foi a criação do
Poder Moderador (...)
(Mary del Priore e Renato Venancio, Uma breve história do Brasil)
Esse poder
a) ampliava os direitos das Assembleias Provinciais, restringia a ação do Imperador no tocante à administração pública e a
ação do Senado.
b) permitia que o Imperador reformasse a Constituição por decreto-lei e que escolhesse parte dos deputados provinciais.
c) sofria de uma única limitação institucional, pois o Estado brasileiro não tinha direito de interferir nos assuntos
relacionados com a Igreja Católica.
d) proporcionava ao soberano poderes limitados, o que permitiu alargamento da autonomia política e econômica das
províncias do Império.
e) oferecia importantes prerrogativas ao Imperador, como indicar presidentes de províncias, nomear senadores e
suspender magistrados.
12. (Espcex (Aman) 2013) Era “exclusivo do imperador e definido pela Constituição como ‘chave mestra de toda
organização política’. Estava acima dos demais poderes”.
(COTRIM, 2009)
O texto em epígrafe aborda a criação no Brasil, pela Constituição de 1824, do Poder
a) Moderador.
b) Justificador.
c) Executivo.
d) Judiciário.
e) Legislativo.
13. (Enem 2013)
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As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas representações políticas acerca dos
dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia que cada imagem evoca é, respectivamente
a) Habilidade militar — riqueza pessoal.
b) Liderança popular — estabilidade política.
c) Instabilidade econômica — herança europeia.
d) Isolamento político — centralização do poder.
e) Nacionalismo exacerbado — inovação administrativa.
14. (Unesp 2013) O Brasil assistiu, nos últimos meses de 1822 e na primeira metade de 1823,
a) ao reconhecimento da Independência brasileira pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e por Portugal.
b) ao esforço do imperador para impor seu poder às províncias que não haviam aderido à Independência.
c) à libertação da Província Cisplatina, que se tornou independente e recebeu o nome de Uruguai.
d) à pacífica unificação de todas as partes do território nacional, sob a liderança do governo central, no Rio de Janeiro.
e) à confirmação, pelas Cortes portuguesas e pela Assembleia Constituinte, do poder constitucional do imperador.
15. (Unesp 2013) A Revolução Farroupilha foi um dos movimentos armados contrários ao poder central no Período
Regencial brasileiro (1831-1840). O movimento dos Farrapos teve algumas particularidades, quando comparado aos
demais.
Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador Braga e entreguei o governo ao seu substituto legal Marciano
Ribeiro. E em nome do Rio Grande do Sul eu lhe digo que nesta província extrema [...] não toleramos imposições
humilhantes, nem insultos de qualquer espécie. [...] O Rio Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para o Rio da
Prata. Merece, pois, maior consideração e respeito. Não pode e nem deve ser oprimido pelo despotismo. Exigimos que o
governo imperial nos dê um governador de nossa confiança, que olhe pelos nossos interesses, pelo nosso progresso, pela
nossa dignidade, ou nos separaremos do centro e com a espada na mão saberemos morrer com honra, ou viver com
liberdade.
(Bento Gonçalves [carta ao Regente Feijó, setembro de 1835] apud Sandra Jatahy Pesavento. A Revolução Farroupilha,
1986.)
Entre os motivos da Revolução Farroupilha, podemos citar
a) o desejo rio-grandense de maior autonomia política e econômica da província frente ao poder imperial, sediado no Rio
de Janeiro.
b) a incorporação, ao território brasileiro, da Província Cisplatina, que passou a concorrer com os gaúchos pelo controle do
mercado interno do charque.
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c) a dificuldade de controle e vigilância da fronteira sul do império, que representava constante ameaça de invasão
espanhola e platina.
d) a proteção do charque rio-grandense pela Corte, evitando a concorrência do charque estrangeiro e garantindo os
baixos preços dos produtos locais.
e) a destruição das lavouras gaúchas pelas guerras de independência na região do Prata e a decorrente redução da
produção agrícola no Sul do Brasil.
16. (Fgv 2013) Entre 1831 e 1845, estouraram revoltas em diversas províncias brasileiras. A Revolta dos Malês (1835)
teve por base a cidade de Salvador, na Bahia. A Balaiada (1838-1841) alastrou-se pelo Maranhão e Piauí. A Farroupilha
(1835-1845) desenrolou-se no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
a) Aponte uma característica de cada revolta indicada no enunciado.
b) Do ponto de vista das propostas sociais, qual a grande diferença entre os projetos da Balaiada, em sua fase final, e os
da Farroupilha?
c) Em que contexto da política brasileira ocorreram tais revoltas?
17. (Fgv 2013) A independência oficial do Brasil, prevalecendo sobre a libertação sonhada pelos patriotas – para usar
uma palavra em voga na época – frustrou grande parte da população. A independência oficial sedimentou uma estrutura
econômica e política herdada da Colônia, pouco alterando a situação das massas e, por adotar um centralismo autoritário,
pressionava também o sistema político nas províncias.
A oportunidade perdida de democratizar a prática política, de um lado, e a insistência em manter inalterado o instituto da
escravidão, de outro, praticamente fizeram aflorar todo o anacronismo do Estado brasileiro, provocando várias reações.
Entre elas a Sabinada (...)
(Júlio José Chiavenato, As lutas do povo brasileiro)
É correto caracterizar essa rebelião como
a) um movimento apoiado pelas camadas médias e baixas de Salvador, que tomou o poder da cidade e separou a
província da Bahia do resto do Império do Brasil provisoriamente até a maioridade de D. Pedro de Alcântara.
b) a mais radical revolução social ocorrida no Brasil do século XIX, já que o governo sabino foi efetivamente
revolucionário, tendo como uma das primeiras ações a extinção do trabalho cativo em terras baianas.
c) um episódio marcado pelo ingênuo republicanismo dos rebeldes baianos, derivado das reformas políticas ocorridas nos
Estados Unidos do presidente Monroe e que defendia o poder advindo das classes populares.
d) uma rebelião elitista, apoiada nos setores da elite baiana – brancos, proprietários e letrados –, que defendia o
separatismo como forma de preservar os interesses econômicos da mais rica província nordestina.
e) uma revolução liberal radical, inspirada no parlamentarismo inglês, que exigia a imediata convocação de uma
Assembleia Nacional Constituinte e a proclamação de uma república federalista.
18. (Enem 2012) Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande frieza, seus
partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de Janeiro, armando fogueiras e
luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março, tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite
das Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” apagavam as fogueiras “portuguesas” e atacavam as casas iluminadas,
sendo respondidos com cacos de garrafas jogadas das janelas.
VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado).
Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise dos
episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela
a) estímulos ao racismo.
b) apoio ao xenofobismo.
c) críticas ao federalismo.
d) repúdio ao republicanismo.
e) questionamentos ao autoritarismo.
19. (Fuvest 2012) Não parece fácil determinar a época em que os habitantes da América lusitana, dispersos pela
distância, pela dificuldade de comunicação, pela mútua ignorância, pela diversidade, não raro, de interesses locais,
começam a sentir-se unidos por vínculos mais fortes do que todos os contrastes ou indiferenças que os separam, e a
querer associar esse sentimento ao desejo de emancipação
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política. No Brasil, as duas aspirações – a da independência e a da unidade – não nascem juntas e, por longo tempo
ainda, não caminham de mãos dadas.
Sérgio Buarque de Holanda, “A herança colonial – sua desagregação”. História geral da civilização brasileira, tomo II,
volume 1, 2ª ed., São Paulo: DIFEL, 1965, p. 9.
a) Explique qual a diferença entre as aspirações de “independência” e de “unidade” a que o autor se refere.
b) Indique e caracterize ao menos um acontecimento histórico relacionado a cada uma das aspirações mencionadas no
item a).
20. (Espm 2012) Principal artífice da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva nasceu no porto de Santos, em
1763, filho de família das mais ricas da cidade, dedicada à exportação de açúcar. Após estudar com religiosos em São
Paulo, partiu em 1783 para estudar Ciências Naturais na Universidade de Coimbra, cursando as Faculdades de Filosofia e
de Matemática, especialidades em que aí se formou.
Como bolsista, efetuara longa viagem de estudos pela Europa: esteve vários anos na França, entre 1790 e 1799, em
Freiburg, na Áustria, na Itália e por mais dois anos na Suécia e Dinamarca. Em Paris, entre outros cientistas, esteve em
contato com Lavoisier.
Ao voltar a Lisboa, destacou-se como cientista, geólogo e metalurgista, tendo organizado a cadeira de Metalurgia da
Universidade de Coimbra. Ocupou vários postos técnico- administrativos, tendo sido nomeado intendente geral das minas
de Portugal. Como oficial do Corpo Voluntário Acadêmico, lutou contra as tropas de Napoleão que invadiram Portugal (...)
Monarquista de índole reformista e liberal, foi engolfado nas contradições do processo de independência (...)
Em 1823, eleito deputado à Assembleia Geral Constituinte, atuou durante curto período, tendo proposto dois projetos de
lei importantíssimos. Um sobre a integração dos índios na sociedade brasileira, e o outro sobre a abolição da escravatura,
prevendo a emancipação gradual dos escravos.
(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil)
Sobre a participação de José Bonifácio, durante o Primeiro Reinado, em episódios como a Assembleia Constituinte, é
correto afirmar que:
a) foi o ideólogo da Constituição outorgada por D. Pedro I, em 1824, sendo transformado no principal ministro do
imperador;
b) juntamente com seus irmãos, Martim Francisco e Antônio Carlos, apoiou o fechamento da Assembleia Constituinte, em
1823, através de jornais como O Tamoio e Sentinela da Liberdade;
c) no projeto constitucional de 1823, defendia a concentração da autoridade política no imperador e a existência de quatro
poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador;
d) liderou o Partido Brasileiro, que queria um governo mais democrático e que restringisse o poder do monarca,
concedendo maior autonomia às províncias e voto universal;
e) rompeu com D. Pedro I e apoiou o Projeto da Mandioca, redigido por seu irmão Antônio Carlos, que limitava os poderes
do imperador, foi preso e exilado para a França.
21. (Unicamp 2012) Passar de Reino a Colônia
É desar [derrota]
É humilhação
que sofrer jamais podia
brasileiro de coração.
A quadrinha acima reflete o temor vivido no Brasil depois do retorno de D. João VI a Portugal em 1821. Apesar de seu
filho Pedro ter ficado como regente, acirrou-se o antagonismo entre "brasileiros" e "portugueses" até que, em dezembro de
1821, as Cortes de Portugal determinaram o retorno do príncipe. Se ele acatasse, tudo poderia acontecer. Inclusive, dizia
d. Leopoldina, "uma Confederação de Povos no sistema democrático como nos Estados Livres da América do Norte".
(Adaptado de Eduardo Schnoor,"Senhores do Brasil", Revista de História da Biblioteca Nacional, no. 48. Rio de Janeiro,
set. 2009, p. 36.)
a) Identifique os riscos temidos pelas elites do centro-sul do Brasil com o retorno de D. João VI a Lisboa e a pressão das
Cortes para que D. Pedro I retornasse a Portugal.
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b) Explique o que foi a Confederação do Equador.
22. (Unesp 2012) A maioridade do príncipe D. Pedro foi antecipada, em 1840, para que ele pudesse assumir o trono
brasileiro. Entre os objetivos do chamado Golpe da Maioridade, podemos citar o esforço de
a) obter o apoio das oligarquias regionais, insatisfeitas com a centralização política ocorrida durante o Período Regencial.
b) ampliar a autonomia das províncias e reduzir a interferência do poder central nas unidades administrativas.
c) abolir o Ato Adicional de 1834 e aumentar os efeitos federalistas da Lei Interpretativa do Ato, editada seis anos depois.
d) promover ampla reforma constitucional de caráter liberal e democrático no país, reagindo ao centralismo da
Constituição de 1824.
e) restabelecer a estabilidade política, comprometida durante o Período Regencial, e conter revoltas de caráter
regionalista.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[C]
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
A história do livro citado se passa no Rio de Janeiro do início do século XIX e a obra foi publicada, em forma de folhetim,
originalmente, na década de 1850. Logo, esse período de tempo engloba a Independência do Brasil e a formação do
Estado nacional brasileiro.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Português]
Memórias de um Sargento de Milícias inicia-se com a célebre colocação: “Era no tempo do Rei”; dessa forma, ao
apresentar o período joanino, percebe-se que o autor faz referência ao processo de Independência do Brasil. Já a
publicação da obra se deu entre 1852 e 1853, momento de apogeu do Império brasileiro, cuja preocupação era
modernizar o país – inclusive com a proibição do tráfico negreiro – contribuindo para a formação do Estado nacional.
Resposta da questão 2:
[C]
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
Somente a alternativa [C] está correta. A questão remete à chegada do Romantismo ao Brasil. O texto do escritor Antônio
Cândido aponta para o desejo de autonomia literária brasileira nas décadas de 1820 e 1830. Do ponto de vista político
também havia o desejo do Brasil de buscar sua emancipação política frente a metrópole portuguesa, o que ocorreu em
setembro de 1822 com o “Grito do Ipiranga”. No dia 7 de Abril de 1831 D. Pedro I abdicou ao trono: era o início do Período
Regencial que durou de 1831 até 1840. Neste contexto, consolidou-se a independência do Brasil considerando que pela
primeira vez o Brasil foi governado por brasileiros, e surgiu o Estado Nacional Brasileiro através de uma gradativa
substituição dos portugueses por brasileiros. Daí havia uma necessidade de construir uma identidade nacional mostrando
nossas particularidades em relação às demais nações. Os autores do Romantismo foram importantes ao expressar
elementos da nossa “brasilidade tupiniquim”.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Português]
O Romantismo é um estilo literário nacionalista por natureza; aliás, não só nacionalista como ufanista, em muitos casos.
Considerando que tal estilo literário sofre influências dos ideais da Revolução Francesa, “Liberdade, Igualdade e
Fraternidade”, é esperado que as nações busquem expressar aquilo que lhe é próprio – fato ocorrido inclusive no Brasil.
Assim, enquanto a Europa valorizava a Idade Média, o Brasil valorizou o indígena: o governo chegou a viabilizar
financeiramente a publicação do poema Conferência dos Tamoios, escrito por Gonçalves de Magalhães. A temática
indígena, portanto nacionalista, foi bastante desenvolvida pelo poeta Gonçalves Dias. Vale ainda ressaltar que o
nacionalismo se fez presente na Literatura Brasileira na prosa, inclusive com o Regionalismo, por meio da escrita de
romances de José de Alencar, Visconde de Taunay e Bernardo Guimarães.
Resposta da questão 3:
[D]
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
O romance Til, de José de Alencar, passa-se na Campinas da década de 1830. Nesse contexto, a escravidão estava
enraizada no Brasil, marcando e marginalizando as pessoas que viviam do trabalho braçal, característico dos escravos.
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[Resposta do ponto de vista da disciplina de Português]
Ao ver a enxada, Jão Fera associa o trabalho braçal que prestaria ao casal de velhinhos às atividades desempenhadas
pelos escravos, percebido de forma preconceituosa por muitos daqueles que viviam o contexto histórico-social retratado
por Til, obra de 1872.
Resposta da questão 4:
a) DUAS DIFERENÇAS: o caso brasileiro foi relativamente pacífico e não contou com a participação popular.
b) Os luso-brasileiros – ou, simplesmente, os integrantes do Partido Português – deram sustentação política a D. Pedro,
apoiando a sua autoridade, e, por isso, por diversas vezes, entraram em conflito com o Partido Brasileiro, formado pela
aristocracia rural brasileira.
Resposta da questão 5:
a) A Confederação do Equador foi um movimento deflagrado em Pernambuco como resposta a centralização de poder
nas mãos do Imperador Pedro I, conferida pela outorga da Constituição de 1824.
b) Guerra dos Mascates (1710), que foi igualmente “anti-Portugal” e Revolução Pernambucana (1817), de caráter liberal,
federalista e anti-Portugal.
Resposta da questão 6:
[D]
Somente a proposição [D] está correta. O mapa aponta para o processo de independência do Brasil. O processo de
independência do Brasil foi bem complexo começando em 1808 com a vinda da corte portuguesa para o Brasil e a
Abertura dos Portos rompendo com o pacto colonial e foi concluído em 1831 quando D. Pedro I abdicou ao trono deixando
para seu filho de apenas 5 anos de idade. Havia dois grupos: os brasileiros compostos pela elite agrária e favoráveis a
independência e o grupo português muito forte no nordeste e contrário a independência. Assim, quando ocorreu o grito do
Ipiranga no dia 7 de setembro de 1822, era preciso nacionalizar a independência considerando que boa parte era contrário
a ela. Daí surgiram as guerras de independência em 1823 constituindo praticamente uma guerra civil.
Resposta da questão 7:
[A]
Somente a alternativa [A] está correta. A questão remete ao Período Regencial, 1831-1840. O texto do padre e depois
regente Feijó aponta para alguns elementos da escravidão no Brasil. Primeiramente Feijó mostra o aspecto negativo da
escravidão ao afirmar “que realmente tantos males acarreta para a civilização e para a moral” em seguida levanta aspecto
positivo da escravidão no povo brasileiro quando escreve “criou no espírito dos brasileiros este caráter de independência e
soberania, que o observador descobre no homem livre”. A alternativa [A] está condizente com o texto.
Resposta da questão 8:
[B]
Como o próprio texto deixa claro, d. Pedro I preferiu trazer imigrantes de nações que não possuíam colônias, numa forma
de evitar possíveis rebeliões de imigrantes que ameaçassem a soberania brasileira. O texto afirma, também, que o
incremento da agricultura era o principal objetivo que d. Pedro I queria atingir com a vinda de imigrantes.
Resposta da questão 9:
[E]
O fim da Revolução Farroupilha foi baseado, todo ele praticamente, em diálogos entre os líderes revolucionários e o Barão
de Caxias, representante do governo. Através das negociações, os revolucionários concordaram em se render a partir da
taxação do charque internacional, da incorporação de seus líderes ao Exército imperial e da liberação dos escravos
envolvidos nos conflitos.
Resposta da questão 10:
[E]
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Código do Processo Criminal concedeu grande autonomia aos poderes locais, uma vez que descentralizava a justiça
colocando-a nas mãos dos juízes de paz, eleitos pela aristocracia rural dominante.
O Ato Adicional significou maior descentralização do poder e, para alguns, permitiu uma “experiência republicana” na
medida em que definiu um governante eleito para um mandato de quatro anos e deu autonomia ás províncias com a
criação das Assembleias Provinciais.
Resposta da questão 11:
[E]
O Poder Moderador dava a d. Pedro I a prerrogativa de intervir nos demais três poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário). Tal poder dava ao imperador, na prática, todo o poder político do Brasil independente.
Resposta da questão 12:
[A]
O Poder Moderador foi uma criação da Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, e dava ao imperador o controle
sobre as estruturas políticas e judiciais do país, caracterizando seu governo como centralizador e autoritário.
Resposta da questão 13:
[B]
A questão deve ser respondida a partir da interpretação das imagens fornecidas. Na primeira, D. Pedro I aparece no "ato"
da Independência, rodeado de brasileiros, numa clara demonstração de "liderança popular", ainda que nossa
Independência não tenha sido um movimento do povo. Na segunda imagem, D. Pedro II aparenta calma e tranquilidade,
denotando a "estabilidade política" pela qual seu governo passava.
Resposta da questão 14:
[B]
O período que se seguiu a proclamação da independência foi marcado por um conjunto de conflitos e denominado de
“guerras de independência”. A cultura social foi marcada historicamente pela ideia de que a Independência do Brasil foi
pacífica, desprezando as lutas das populações urbanas e das elites agrárias regionais, destacando-se as províncias do
norte (nordeste) do Brasil. Tais conflitos se deram pela resistência de militares e mercadores lusitanos, contrários à
Independência, e, em diversas casos, a vitória ocorreu com a ajuda de mercenários.
Resposta da questão 15:
[A]
A Revolução Farroupilha iniciou-se durante o período regencial e se estendeu até o Segundo Reinado, liderada pela elite
gaúcha, formada principalmente por estancieiros criadores de gado e produtores de charque. É considerado um
movimento republicano e separatista, apesar de que, no texto, ainda no primeiro momento da Revolução, os
representantes dos rebeldes façam reivindicações, exigindo direitos e maior autonomia, e não a separação.
Resposta da questão 16:
a) A Revolta dos Malês ocorreu na Bahia, em 1835, liderada por negros muçulmanos que falavam árabe. Criticavam a
escravidão e a imposição do catolicismo. A Revolta da Farroupilha ocorreu no Rio Grande do Sul, entre 1835-1845, e
possuía um caráter separatista, ou seja, separar-se do Brasil e adotar uma república. A Balaiada ocorreu no Maranhão
e suas origens remetem às disputas políticas pelo controle do poder local.
b) A Balaiada foi constituída por elementos populares, incluindo escravos que sonhavam com a liberdade. Estes sujeitos
históricos contestavam os privilégios dos comerciantes portugueses e da elite agrária. Devido à divergência entre os
líderes e a falta de unidade em torno de um projeto, o movimento entrou em declínio e foi derrotado em 1841. A
Farroupilha, por sua vez, foi um movimento de elite liderado pelos estancieiros contra os impostos abusivos cobrados
sobre o charque, que acabavam beneficiando o charque dos países vizinhos. Desta forma, o movimento defendeu a
separação, surgindo à República Rio-grandense e a República Juliana em Santa Catarina. O movimento terminou em
1845 depois de uma intensa luta entre as tropas do império e os revoltosos.
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c) Estas revoltas ocorreram no Período Regencial, 1831-1840, momento em que começou a surgir o Estado Nacional
Brasileiro e os partidos políticos: Partido Liberal (defendeu o federalismo, maior autonomia para as províncias) e o Partido
Conservador (defendeu a centralização do poder).
Resposta da questão 17:
[A]
A Sabinada foi um movimento revolucionário promovido pelas camadas médias urbanas de Salvador contra a
concentração de poder nas mãos da aristocracia rural da província. Defendendo a monarquia, o movimento separou a
província do império, na espera da maioridade de Pedro de Alcântara.
Resposta da questão 18:
[E]
O Primeiro Reinado foi marcado pelo confronte entre “portugueses”, partidários do Imperador, que governava de forma
autoritária e centralizado a partir da Constituição outorgada, e “brasileiros”, que faziam oposição ao imperador e utilizaram
diversas formas de pressão para dificultar a acabar com seu reinado.
Resposta da questão 19:
a) Os primeiros movimentos de emancipação frente à metrópole surgiram com força no decorrer do século XVIII e
foram fortemente influenciados pela percepção de que a exploração portuguesa impedia o desenvolvimento, assim
como pelos ideais iluministas, mas nesse momento não havia a preocupação em discutir a unidade territorial. Na
década de 1820, enquanto o desejo de independência era percebido em toda a elite colonial de diferentes regiões do
Brasil, o “unitarismo” era rejeitado, pois as elites regionais, principalmente do nordeste, defendiam uma situação de
autonomia ou mesmo de separação em relação ao restante do Brasil.
b) diversos movimentos emancipacionistas podem ser destacados, sendo o mais conhecido a “Inconfidência Mineira”,
liderado pela elite econômica e intelectual da região, que vivia a decadência da mineração e os abusos da política lusitana
desde a implantação da derrama. Quanto à questão da unidade territorial, destaca-se a “Confederação do Equador”,
nascida em Pernambuco e espalhada pelo nordeste, contra a centralização e autoritarismo do imperador D. Pedro I,
pretendeu a formação de um Estado independente na região.
Resposta da questão 20:
[E]
Apesar da ligação de José Bonifácio com o príncipe regente D. Pedro I, no período que antecede a Independência do
Brasil, na função de ministro de Estado, depois de declarada a independência e ao se estruturar o processo político da
primeira constituição do Brasil, D. Pedro e José Bonifácio passaram a se opor, principalmente no que se refere à forma de
como deveria ser organizado o poder executivo no primeiro reinado. Enquanto D. Pedro I tinha uma posição política mais
centralizadora e autoritária, José Bonifácio defendia um poder legislativo mais participativo. Nesse sentido, deveria ocorrer
uma certa diminuição dos poderes do imperador. Devido ao debate intenso sobre como deveria ser organizado o Estado
brasileiro e após a demissão de José Bonifácio, as relações entre o Imperador e a Assembleia Constituinte se tornaram
mais ainda insuportáveis, levando à ocorrência da Noite da Agonia, quando, a mando do Imperador, o exército cercou o
recinto onde se reunia a Assembleia, decretando o seu fechamento e a prisão dos irmãos Andrada e sua transferência
para a Europa na qualidade de exilados políticos.
Resposta da questão 21:
a) As elites brasileiras temiam a recolonização do Brasil. Este temor estava baseado na política desenvolvida pelas
cortes portuguesas que adotaram medidas liberais em Portugal, como a elaboração de uma Constituição e a limitação
do poder real, mas, frente ao Brasil, desenvolveram uma política conservadora que pretendia o fechamento dos portos,
restaurando o monopólio comercial perdido em 1808 e a situação colonial. Essa política restauradora dos portugueses
contrariava os interesses da elite, formada por grandes proprietários rurais, que lucravam mais com os portos abertos e
o comércio realizado diretamente.
b) Após a Independência do Brasil, iniciou-se o processo de organização do Estado, caracterizado pelos choques de
interesses, principalmente de “brasileiros” e “portugueses” (defensores de Portugal, mas residentes no Brasil e ligados ao
comércio). Nesse contexto, D. Pedro I outorgou a Constituição, autoritária e centralizadora. A luta contra o autoritarismo
imperial manifestou-se no mesmo ano quando da eclosão de uma grande rebelião em Pernambuco, que se alastrou pelo
nordeste, com caráter separatista e republicano, denominada Confederação do Equador.
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Resposta da questão 22:
[E]
O golpe da maioridade foi articulado pelo Partido Liberal, como forma de recuperar o poder que estava nas mãos de
Araújo Lima do Partido Conservador. No entanto, a lei que antecipou a maioridade de D. Pedro II foi aprovada com o
apoio de deputados do Partido Conservador, que viam nesse procedimento político uma forma de garantir a unidade
nacional e centralizar o poder, já que as rebeliões que ocorriam no país ameaçavam a unidade territorial.
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