Aquisição de Conhecimento Explícito [email protected] Aquisição de Conhecimento Explícito • Panorama Fonte de Conhecimento Engenheiros do Conhecimento Aquisição do Conhecimento Sistema Baseado em Conhecimento Representação do Conhecimento Aquisição de Conhecimento Explícito • Onde encontrar o conhecimento? – Especialistas Médico Cirurgião Veterinário Economista Enfermeira Cabeleireiro Dentista Operário Aquisição de Conhecimento Explícito • Possíveis Problemas Conhecimentos Irrelevantes, Incorretos, Incompletos ou Inconsistentes Especialista Especialista não Incapaz de pode especificar Verbalizar o o Raciocínio Conhecimento Aquisição de Conhecimento Explícito • Como evitar (ou minimizar) a ocorrência destes problemas? • Seleção de Domínio – Limites claramente delineados! Aquisição de Conhecimento Explícito • Por exemplo • Sistema de apoio a diagnósticos pediátricos – Especialista: Médico Pediatra – Domínio: Elementos que compõem o raciocínio para encontrar um diagnóstico (exames, sintomas, características físicas, etc) – Cor da pele deve pertencer ao domínio? Aquisição de Conhecimento Explícito • Como evitar (ou minimizar) a ocorrência destes problemas? • Definição de Objetivos – Afinal, o que se quer do sistema baseado em conhecimento? Não confundir Objetivos com Domínio – Este se volta para o conjunto de conhecimentos considerados e aquele é a função a que se presta(rá) o sistema! Aquisição de Conhecimento Explícito • Por exemplo • Sistema de apoio a diagnósticos pediátricos – Especialista: Médico Pediatra – Objetivo: Oferecer ao médico um conjunto de possíveis diagnósticos compatíveis com as informações apresentadas – Deve indicar também o tratamento? De modo geral NÃO passam de auxiliares! Engenharia do Conhecimento • Estuda e estabelece métodos de transferência de conhecimento para o computador • Aquisição do Conhecimento • Administração do Conhecimento Técnicas de Aquisição de Conhecimento Explícito • • • • • • • Entrevista Rastreamento de Processos Análise de Protocolos Brainstorming Estudos de Caso Introspecção Repertório Grid Entrevistas • Técnica mais comum • Herança direta da Análise de Sistemas – Conhecimento a ser eliciado é uma Especificação de Requisitos • Mais empregável em SBC de pequeno porte – Poucas horas de entrevista – Prototipação Um exemplo • SBC de apoio à Triagem de Pacientes de hospital • Entrevistados – Clínico Geral plantonista – Enfermeiros • Objetivos – Identificar a que especialidade médica o paciente deve ser encaminhado Um exemplo • Objetivos (cont) – Identificar se trata-se de uma emergência • Domínio – Informações prestadas pelo próprio paciente ou por pessoa que possa falar por ele, se for o caso • Menores, Incapacitados (momentânea ou permanentemente) Um exemplo • Domínio (cont) – Exames rápidos • Febre, Pressão Arterial, Palidez, Manchas, Hematomas, etc. – Identificação de emergências – Identificação da especialidade médica adequada • Observações importantes – O sistema deverá reconhecer-se incapaz de decidir, se for o caso, bem como deve ser capaz de identificar falsos alarmes Um exemplo • Entrevista: Médicos plantonistas – Poucos conhecimentos inicialmente eliciados sobre identificação da especialidade médica • Entrevista: Enfermeiros – Conhecimentos sobre exames e sintomas mais indicativos • Elaboração de um pequeno protótipo O protótipo • • • • SBC com dimensões reduzidas Sensível à Representação do Conhecimento Pequena parte do conhecimento Útil para – Validação (conhecimento real) – Verificação (conhecimento útil) – Interação com o usuário (solucionar problemas) No Exemplo • Protótipo pronto • Estratégias de teste? – Casos hipotéticos – Casos reais • Teste do protótipo – Validação, Verificação e Interação No Exemplo • Teste do protótipo – O protótipo tira conclusões corretas? • Validade – O protótipo dá todas as respostas possíveis no contexto? • Verificação – O protótipo atua corretamente (pede informações importantes)? • Interação Objetivos da Entrevista • Engenheiro eliciar: – Conceitos – Vocabulário • Particularmente crucial nos estágios iniciais de qualquer processo de AC • Importante quando o Engenheiro não possui experiência – Encontro e “conversa” com especialista No exemplo • Familiaridade com termos – Bradicardia, Icterícia, IgG, IgM, Imunoensaio, Taquicardia, ... • E com conceitos – Alanina, Aminoácidos, Bilirrubina, Gastroenterologia, Ginecologia, Hemoglobina, Oncologia, Ortopedia, Pediatria, Psiquiatria, Urografia, Urologia, ... Uma entrevista • Especialista: – Extenso arcabouço de experiência e conhecimento • Engenheiro do Conhecimento é especialista também! – Inteligência Artificial e Sistemas Baseados em Conhecimento – Dados que o SBC vai requerer – Técnicas de AC (implícitas e explícitas) Uma entrevista • Objetivos – Informação para adquirir informações e/ou estruturar em conhecimento informações adquiridas • Do Engenheiro do Conhecimento depende – Sucesso da entrevista – Utilidade do conhecimento adquirido Uma entrevista • Antes da entrevista – Que dados, informações e conhecimentos estão sendo procurados? – Decidir se a entrevista é a técnica mais adequada • Tipo e representação de conhecimento • Tempo de preparação • Perfil do especialista Tipos de Entrevista • Desestruturada – Informal – Exploração do problema (conceitos) – Familiarização com o domínio • Estruturada (ou focada) – Informações específicas: dados úteis ao SBC – Organização – Orientada a Objetivos No exemplo • Resultados da entrevista desestruturada: – Que é triagem? – Quais as especialidades médicas triadas? – Que há de especial em casos de emergência? – Significado dos vocábulos específicos • Numa conversa informal! No exemplo • Resultados da entrevista estruturada: – Que informações são mais esclarecedoras e devem ser buscadas logo de início? – Objetivo: Identificar emergências. Quais as informações (e combinações de informações) que determinam uma emergência? – Objetivo: Identificar especialidade. Como identificar cada especialidade médica? – Casos de exceção? Quais? Planejando a entrevista • Selecionar tópicos – Objetivos – Informações • Amostragem das perguntas – Um conjunto de questões que conduzam ao objetivo – Novas questões podem surgir Planejando a entrevista • Ferramentas necessárias – Gravador, Formulários, Filmadora, Máquinas fotográficas e/ou fotocopiadoras, etc. • Quanto de informação será abrangida – Tempo estipulado, normalmente 1 hora – O que é possível investigar nesse intervalo? • Registro da informação – Manuscrita, vídeo, cassete, etc. Começando a entrevista • Fase crítica. Caso a comunicação fique ruim todo o processo estará perdido! • Participantes motivados • Engenheiro do Conhecimento: Profissional, mas tranqüilo. O especialista não pode se sentir ameaçado Começando a entrevista • Especialista participa livre e honestamente • Formatada em duas etapas seqüenciais – Estabelecimento de uma relação de confiança entre o Engenheiro e o Especialista – Engenheiro precisa estar sempre atento ao rumo da entrevista: não se pode perder de vista o objetivo daquela conversa No exemplo • Ferramentas – Um gravador e um Microcomputador com Scanner (se isso não for possível, então uma máquina fotográfica Digital) – Fotos dos formulários de triagem • Objetivos – Familiarização com os termos mais importantes dos formulários – Familiarização com alguns conceitos iniciais Decorrer da entrevista • Comunicação verbal – – – – Buscar sempre o modo mais claro Retificar imperfeições do que é dito Atento a vocabulário Observar experiências passadas, entonação, etc. Podem ser indícios de tratar-se de informação mais ou menos importante • Comunicação não verbal – Expresões faciais, pausas, etc. Decorrer da entrevista • Feed Back – Verificação do que é dito: contradições – Discordância entre especialistas – Revisão – Objetiva intensificar comunicação, ainda não é hora de verificar o quanto o Engenheiro do Conhecimento eliciou. No exemplo • Pacientes com apnéia vão para a pneumologia em emergência (importante!) • O que é apnéia? (vocabulário) • Se pacientes com diarréia vão à Gastroenterologia, porque houve uma que acabou na Ginecologia? (imperfeição? experiência?) No exemplo • Dores nas panturrilhas é indício de caso de Gastroenterologia de Cardiologia ou de Urologia (contradição?) • Enquanto o médico A acha que febre de 40 °C sugere uma emergência, o médico B define que necessariamente É uma emergência (discordância) Terminando a entrevista • Tende a se dar pouca importância • A primeira impressão e o que aconteceu no final tendem a ser retidos pelas pessoas • Especialista deve se sentir bem – Coisa interessante e frutuosa. – Não pode parecer uma perda de tempo. Terminando a entrevista • O Engenheiro precisa proporcionar – Resumo dos pontos importantes e dos propósitos – Chance do Especialista esclarecer ou corrigir esses pontos – Expectativa para as próximas entrevistas • Técnicas verbais e não verbais – Agradecimentos, cumprimentos, congratulações, etc. Habilidades e técnicas especiais de entrevista • Não há uma receita absoluta! • Dicas importantes – Vários tipos de perguntas – Vários tipos de técnicas de questionamento • Tipos de perguntas – Abertas – Fechadas Perguntas abertas • Encoraja resposta livre – Proporciona informações periféricas (que não foram necessariamente o foco central da pergunta) • Respostas de alto nível – Muito conteúdo • Pode abrir caminho para questionamentos específicos – Coisas que o Engenheiro não teria competência para perguntar sozinho Perguntas abertas • Alto consumo de tempo – Como amante de sua área, o especialista tende a ser prolixo • Difícil controle do andamento da entrevista – Fronteira entre informações periféricas e divagações pessoais • Dificuldade de fazer registros – Cassetes ou vídeos! No Exemplo • Entrevistado: Médico plantonista – “Quando o paciente se apresenta inconsciente ele é imediatamente examinado com urgência em suas funções vitais” – Novo conceito! Exame de funções Vitais. Esclarecendo: – “Exame de funções vitais é a verificação imediata de batimentos, pressão arterial e freqüência respiratória” Perguntas fechadas • Impõe limites na quantidade de informações fornecidas pelo especialista – “Não pode ser NDA?” • Especificidade de informações – Não cabe aporte de informações periféricas • O engenheiro precisa ser o controlador do processo Perguntas fechadas • O engenheiro precisa conhecer muito bem o domínio – Vocabulário – Conceitos • Fácil controle da sessão de entrevista • Facilidade de registro e baixo consumo de tempo No exemplo • Quando o paciente apresenta febre baixa, palidez e vômitos, o que se faz? a) Encaminha para a emergência b) Seguem-se exames de pressão arterial para se poder decidir c) Encaminha para a Gastroenterologia d) Seguem-se questionamentos de sua dieta nas últimas horas para indicar ou não a Gastroenterologia Tipo de questionamento • Fatores que devem ser considerados – Terminologia – Nível – Complexidade Tipo de questionamento • Nível das questões • Primárias – Usado para introduzir novos tópicos ou mudar a área de estudo • Secundária – Explorando mais os resultados de uma questão anterior No exemplo • Questão primária – O que define um paciente em estado de emergência? – Como se sabe que um paciente deve ir à Neurologia? • Questão secundária – A contagem de hemácias e plaquetas estando baixa e o paciente apresentando febre e cefaléia indica tratamento Neurológico? • a) Sim b) Necessário exame de Leucócitos c) Necessário exame de Reflexos Involuntários Seqüenciamento de questionário • Há padrões gerais indicados para o seqüenciamento de um questionário • Seqüência Funil • Seqüência Funil Invertida • Híbridas Seqüência Funil • Início – Perguntas abertas – Nível primário • Fim – Perguntas fechadas – Nível secundário • Estabelecimento de concatenação de idéias • Engenheiro pode avaliar respostas e refinar questões seguintes Seqüência Funil Invertida • Início – Perguntas fechadas – Nível secundário • Fim – Perguntas abertas – Nível primário • Bom para revisar conteúdo discutido • FeedBack • Menos comum Seqüência Híbrida • Para Engenheiros mais experientes • Tópicos que o Engenheiro domina: Seqüência Funil Invertida • Tópicos que o Engenheiro ainda não domina: Seqüência Funil • Opções interessantes – Entrevista faz uma seqüência Funil e outra Funil-Invertida Pontos Importantes • Todo especialista usa sua experiência. Com Engenharia do conhecimento não é diferente • Prática do Engenheiro conduz a entrevistas eficientes e estruturadas • Tempo de espera – O Engenheiro precisa ouvir mais, e o especialista precisa falar mais Terminada a entrevista • Transcrever o conhecimento adquirido • Formato utilizável • Transcrever ou não sessões gravadas (vídeo ou áudio) – Custo-Benefício • Transcrição de detalhes – Requerem tempo – Muitas vezes não são processáveis Terminada a entrevista • Pontos importantes a serem transcritos • Quem fará a transcrição? • Decidir o que é importante – – – – Tarefa não trivial Uso de questões secundárias Opinião de outros Engenheiros Ferramentas de auxílio (tabelas, formulários) para registrar o conhecimento Após a transcrição • Revisão do material pelo Especialista • Determinação do que irá compor o próximo protótipo • Representação do conhecimento para ser codificado • Inclusão do conhecimento no SBC • Geração do protótipo Entrevista Rastreamento de Processos • Técnicas para determinar como um indivíduo pensa • Da psicanálise: atos resultam de pensamentos • Percepção da linha de pensamento enquanto o indivíduo atua Técnicas de RP • • • • • Observação do Ambiente Informações ou Soluções Limitadas Cenários simulados Analogias de episódio Análise de casos difíceis Observação do Ambiente • O Engenheiro observa o especialista atuar • O especialista resolve problemas e o Engenheiro identifica o processo de uso do conhecimento Observação do Ambiente • Vantagens – Boa visão geral das tarefas – Permite tomar conhecimento do domínio – Observação do processo de tomada de decisão • Desvantagens – Consome tempo – Especialista não participa • Pode se sentir pressionado pela observação! No exemplo • Vendo a entrada de um paciente • Observar características do próprio paciente – Consciente (ou não), com documentos, juridicamente responsável, queixas • Observar atitudes do especialista – Preencher formulários, aferir pressão arterial, contar freqüência cardíaca, encaminhar à emergência, solicitar exames, ... Informações ou soluções Limitadas • Observação de parte de um ambiente • Partes que tenham ficado obscuras • Partes que sejam particularmente importantes • Partes que sejam particularmente de difícil compreensão Informações ou soluções Limitadas • Vantagens – Revela aspectos interessantes, singulares ou relevantes de um problema – Revela estratégias para estes casos • Desvantagens – Desconforto do especialista • Normalmente é um caso limite – Necessita seleção de tarefas e/ou variáveis No exemplo • O especialista suspeita de anemia mas não pede exame de contagem de hemácias julgando que pode ganhar tempo encaminhando-o à angiologia (estratégia específica) • O especialista fez exames apalpando o abdome do paciente e registrando informações num formulário (aspecto singular do problema) • O especialista seguiu um protocolo rigoroso de exames antes de decidir um encaminhamento, coisa que normalmente não faria (observação interfere) Cenários Simulados • Construção de uma situação problema • O especialista atua com seu conhecimento • A situação pode ser uma adaptação de evento passado ou totalmente artificial • A interferência do engenheiro em busca de algum esclarecimento é possível e até desejável Cenários Simulados • Vantagens – Usa dados arquivados ou fictícios – Não está acontecendo de verdade! • Permite paradas, esclarecimentos, repetições • Desvantagens – Requer acesso a dados arquivados – Requer ajuda do especialista na elaboração dos cenários No exemplo • Numa situação hipotética um paciente apresenta hipotensão arterial e queixa-se de dor abdominal. • Nunca houve um caso assim. • O especialista decide a partir desta hipótese Analogias de episódios • Refazer experiências vividas pelo especialista • Casos bem ou mal sucedidos • A interferência do Engenheiro é possível e desejável, como nos cenários simulados Analogias de episódios • Vantagem – Permite entender melhor características e importâncias de problemas específicos • Desvantagem – O especialista tem que discutir soluções passadas (que podem ter sido ruins) No exemplo • O especialista reconstitui o caso do paciente surdo-mudo que chegou desacompanhado e obviamente estava com sintomas de problemas de saúde, mas não conseguia verbalizar. • Ele mostra que elementos usou para tomar sua decisão naquele caso. Casos Difíceis • Busca de resolver casos que tenham um grau particularmente alto de dificuldade – Conhecimento profundo do especialista – Uso de uma grande quantidade de variáveis na solução • Busca-se modelar o conhecimento usado em situações limite Casos Difíceis • Vantagens – Toca em questões que não são do dia-a-dia – Ajuda a identificar dados e conhecimentos prioritários • Desvantagens – Muito complicado de preparar e acompanhar – Baseado em um ou poucos especialistas que vivenciaram a situação No exemplo • Um paciente apresenta extremidades escurecidas, anemia e dores no abdome e na cabeça. – O especialista mostra o que fazer para decidir a que especialidade encaminhá-lo • Um acidente entre dois ônibus produz muitos pacientes, quase todos para a emergência e ortopedia, mas esses setores estão lotados – O especialista decide convocar médicos de outras especialidades para a emergência – O especialista decide alocar a maternidade e a geriatria para casos de emergência Rastreamento de Processos • Prós – O especialista traz à sua própria consciência os mecanismos de seu raciocínio: alternativas, variáveis, etc. – O Engenheiro verifica o conhecimento sendo utilizado de fato – Pode-se registrar e depois (entrevista) confrontar os registros com o conhecimento do especialista Rastreamento de Processos • Mais Prós – Minimiza o número de interações entre o Especialista e o Engenheiro – Permite que o processo seja menos burocrático, levando-se para a entrevista apenas pontos específicos a serem esclarecidos Rastreamento de Processos • Contras – Requer consciência do especialista • “Não sei porque fiz isso. Apenas sei que tem que ser assim” – Especialista precisa saber categorizar alternativas • “Isso é para identificar a situação A e aquilo para evitar uma situação B Rastreamento de Processos • Mais Contras – Especialista precisa verbalizar atributos e valores • “Motor quente” ou “Temperatura do motor acima de 90 °C”? – Observação e interferências do Engenheiro podem distorcer a atuação do especialista Verbalização em RP • É desejável que o especialista “explique” o que está fazendo • Durante o RP o especialista pode – Resolver uma etapa e depois explicar – Explicar e depois resolver uma etapa – Fornecer esclarecimentos para depois resolver o problema – Resolver o problema para depois fornecer esclarecimentos Verbalização Concorrente • O especialista verbaliza seu processo durante a tomada de decisão • A cada etapa uma explicação • O especialista trabalha “pensando em voz ? ?? alta” Verbalização Retrospectiva • O especialista verbaliza seu processo depois da tomada de decisão • Após cada etapa uma explicação, ou • Uma explicação após todo o processo • Alternativamente uma gravação de verbalização concorrente tem o mesmo efeito Verbalização Prospectiva • O especialista verbaliza seu processo antes da tomada de decisão • Antes de cada etapa uma explicação ou • Uma explicação antes de todo o processo Rastreamento de Processos Análise de Protocolos • Problema: – Analisar resultados de uma sessão de Aquisição de Conhecimento • Antecedido por uma técnica de Aquisição – Entrevista – Rastreamento de Processos Análise de Protocolos • Insumos para a Análise de Protocolos – Resultados (histórico) de uma sessão de Aquisição de conhecimento – Sinais verbais • Voz, Ênfase – Sinais não verbais • Coçar a cabeça, expressão de desagrado Análise de Protocolos • A partir do histórico – Geração de Protocolos • Protocolos são os registros (gravados ou transcritos) de uma sessão • Necessários para uma análise porterior • Problema: Como “traduzir” o que foi eliciado de forma que outras pessoas també compreendam? Análise de Protocolos • McGraw e Harbison-Briggs – Necessidade de estabelecimento de um (ou mais de um) padrão de codificação do conhecimento • Todo Engenheiro do Conhecimento compreende! Análise de Protocolos • O que precisa ser codificado? • Basicamente duas características do conhecimento: – De que forma um especialista resolve um problema? – Como se muda de um estado para outro, dentro da rede de possibilidades do conhecimento? Análise de Protocolos • Por exemplo – Como um Operador de vôo faz para organizar os aviões que demandam permissões de pouso e decolagem no aeroporto de Congonhas (uma operação a cada 30 segundos) – Dado o padrão de comportamento, como e porque o operador muda de ação ao se deparar com uma aeronave com problemas técnicos? E com uma emergência a bordo (paciente, órgão, etc)? Análise de Protocolos • Transcrição das sessões para protocolos de Conhecimentos: Análise de Protocolos • Em geral perde-se mais tempo na transcrição do que na sessão (razão de 2 a 3 para 1) • Duas alternativas – Procedimentos rígidos para protocolos formais – Anotações informais Análise de Protocolos • Estrutura básica da análise – Por alternativas de decisão – Por atributos – Por aspectos – Pelo valor psicológico de um aspecto (difícil) Análise de Protocolos • Por alternativas de decisão • Pergunta-se: Quais as possíveis alternativas que se pode ter? • Por exemplo – Quais os possíveis encaminhamentos que um paciente deverá seguir? Análise de Protocolos • Por atributos – Atributos são os componentes (dimensões) que definem uma alternativa • Por exemplo – Que dimensões são consideradas para determinar que um paciente deverá ir para a Cardiologia? Análise de Protocolos • Por Aspectos – Aspectos são valores que definem os atributos • Por exemplo – Freqüência cardíaca e Pressão Arterial são atributos que determinam um encaminhamento à Cardiologia. – F.C. <=60 ou >=200 ou P.A. <= 7/5 ou >= 16/14 Análise de Protocolos • Pelo valor psicológico de um aspecto • Para Engenheiros muito experientes • Por exemplo – Pela veemência do especialista, e pelo fato de ele, nesses casos, falar veementemente ao paciente: – Eliciar que Caso a P.A. seja maior que 18/* o paciente precisa MUITO de consulta ao cardiologista, embora não se trate de uma emergência Análise de Protocolos • O objetivo: • Determinar regras de decisão • Uma regra de decisão? – Conjunto de atributos, aspectos e alternativas de decisão • Por exemplo – Se (P.A. >= 16/4 ou P.A. <= 7/5) e (F.C. >= 200 ou F.C. <= 60) então CARDIOLOGIA Análise de Protocolos • Determinação de Regras de decisão • Problema: Dentre todas as regras existentes, qual deve-se empregar? • Há maneiras diferentes de se abordar o problema: • Regras sobre como usar as regras (Meta-Regras) Análise de Protocolos • Regras Dominantes – Procura-se regras “superiores”, que sejam melhores ou iguais em todos os atributos que as outras alternativas • Por exemplo – Se Temperatura >= 37 e Dores Abdominais = Sim então Gastroenterologia – Se Temperatura >= 40 então Emergência Análise de Protocolos • Regras Disjuntivas – Indica-se valores bons e seleciona-se alternativas que tenham pelo menos um valor fora da faixa • Por exemplo – P.A entre 13/9 e 9/6. F.C. entre 70 e 150 – Se P.A. < 10/8 e F.C. < 50 então ... – Se P.A. > 12/8 e F.C. > 120 então ... Análise de Protocolos • Regras Conjuntivas – Indica-se valores bons e seleciona-se alternativas que tenham todos os valores fora da faixa • Por exemplo – P.A entre 13/9 e 9/6. F.C. entre 70 e 150 – Se P.A. < 10/8 e F.C. < 50 então ... – Se P.A. > 14/10 e F.C. > 160 então ... Análise de Protocolos • Regras Lexicográficas – Ordena-se os atributos de acordo com a importância e seleciona-se a regra mais atraente no atributo mais importante • Por exemplo – P.A.(13/9 e 9/6) > F.C. (70 e 150) – Se P.A. > 13/9 e F.C > 90 então ... – Se P.A. > 10/8 e F.C. > 150 então ... Análise de Protocolos • Eliminação por Aspecto – Eliminar as alternativas cujos atributos mais importantes não satisfazem determinado aspecto • Por exemplo – P.A.(<=13/9 e >= 9/6) > F.C. (<=70 e >=150) – Se P.A. > 10/8 e F.C. > 100 – Se P.A. > 13/9 e F.C. > 90 Análise de Protocolos • Atributo mais Atraente – Indica-se valores bons e seleciona-se alternativas que tenham pelo menos um valor fora da faixa, mas ordena de acordo com a importância • Por exemplo – P.A.(13/9 e 9/6) > F.C. (70 e 150) – Se P.A. < 8/5 e F.C. < 100 então ... – Se P.A. > 12/8 e F.C. > 160 então ... Análise de Protocolos Brainstorming • Problema da Administração de Empresas – Executivos de alto nível “contaminam” gerentes e demais funcionários do nível tático – “Se o Dr. X diz que é melhor assim...” – Perda das idéias oriundas destes níveis: gerentes apenas repetem e imita os superiores • Uma sessão para todo mundo falar! Brainstorming • Método para ajudar um grupo a gerar tantas idéias quantas forem possível com máxima liberdade no menor tempo • Encoraja criatividade em Grupo • Aplicável à Eliciação de Conhecimento! Brainstorming • Como começar? – Sessão com engenheiros e especialistas! • Regra do Máximo Benefício! – Definir um conjunto de idéias centrais que seja consenso entre todos! Brainstorming • Aplicações do Brainstorming – Sessões iniciais de AC • Gerar Soluções sem avaliá-las (constrangimento de especialistas) – Trabalho com múltiplos especialistas – Arejamento de idéias para o Especialista e para o Engenheiro Brainstorming • Roteiro – Escolha de um problema ou um tópico – Sessão iniciada • Discussão sobre objetivos da sessão • Discussão sobre considerações principais de cada especialista a respeito – Seleção de um tópico – Coleta de idéias Brainstorming • Coleta de idéias – Especialistas devem gerar idéias tão rápido quanto for possível – É permitido e incentivado o uso de apartes (concedidos) – Cada especialista deverá ter sua oportunidade de falar e apresentar uma idéia – Caso não tenha o que dizer, o especialista pode “passar” a vez Brainstorming • Registro – Alguém (Engenheiro?) registra tudo em local visível (lousa, transparência, slide, etc.) • O processo segue até que – Todos os especialistas deixem passar a vez – Perceba-se uma redução significativa na taxa de IPM (Idéias por Minuto), que normalmente ocorre em 10 a 15 minutos Brainstorming • Consolidação das idéias – Engenheiro(s) do Conhecimento e Especialistas analisam os registros – O objetivo é consolidar as idéias eliminando redundâncias e tratando expressões lacônicas ou incorretas – Todos devem concordar que o escrito é o resultado da sessão – Nem todos devem concordar com o conhecimento ali expresso (opiniões discrepantes) Brainstorming • Diretrizes de gestão de sessão de BrainStorming – – – – – – Encorajar participação de todos Evitar monopólio da conversa Registrar idéias com as palavras do autor Registrar idéias em local visível a todos Em nenhuma hipótese deve-se avaliar idéias Tempo máximo de duração da sessão (ou até o esgotamento de idéias) Brainstorming • Considerações sobre o BrainStorming – Há pessoas que contribuem mais que outras – Permite surgir idéias que não apareceriam individualmente – Gera uma grande quantidade de idéias, independente da qualidade delas – Muitas idéias serão desenvolvidas (importantes) e outras serão descartadas BrainStorming Outras Estratégias • Estudos de Caso • Introspecção • Repertório Grid Outras Estratégias • Estudos de Caso – Eliciar através de um ou mais casos documentados – Deve-se gerar hipóteses aos casos (e se ...?) para cobrir novas possibilidades dentro do domínio – Útil para eliciar conhecimentos específicos – Útil para perceber sutilezas do especialista Outras Estratégias • Cuidados com Estudos de Caso – Deve haver ampla documentação para fornecer insumos para o estudo – Conhecimento obtido carecerá de complemento e esclarecimentos • Entrevistas e Análises de Protocolo – A escolha do caso deve ser cuidadosa: representatividade, documentação, importância e qualidade do conhecimento aplicado Outras Estratégias • Introspecção – Verbalização o especialista enquanto resolve um problema – Sensações, Memórias, Sentimentos. Não o conhecimento em si. – Útil para esclarecer/sugerir informações nãoverbais de uma análise de protocolos Outras Estratégias • Formas de Introspecção – Retrospectiva: falar sobre casos passados – Simulação de um cenário: falar sobre casos hipotéticos – Episódio crítico: falar sobre casos particularmente difíceis Outras Estratégias • Cuidados com a introspecção – Não é necessariamente verdadeiro que a introspecção externe o mecanismo de tomada de decisão do especialista: há informações subconscientes – Pode-se desviar a atenção do especialista para detalhes insignificantes – Forte dependência do tipo de caso estudado Outras Estratégias • Repertório Grid – Estrutura multidimensional – Técnica focada (conceitos bem definidos) • Objetivos – Mostrar estruturas de conjuntos de conceitos – Identificar similaridades entre objetos – Agrupar os objetos conceitualmente Outras Estratégias • Especialista ajuda na identificação de elementos (entidades) do mundo real • Podem se opor ou se completar • Exemplo (fuzzy: [-1,1]) Febre Cefaléia Sim Não Sim 0,7 0 Não -0,1 0 Outras Estratégias • O uso de Repertório Grid pressupõe que – – – – O engenheiro conhece o domínio Objetiva eliciar casos críticos Objetiva relacionar atributos Existam conceitos relacionados não perceptíveis a princípio – Esteja-se nas últimas fases de Aquisição de Conhecimento Outras Estratégias • De modo geral ilustra opiniões ou esclarece conceitos imprecisos • Exemplo (fuzzy [-1,1]) Idade Criança Pediatria Adolescente Adulto Sim 1 0,3 -1 Não -0,8 -0,5 1 Aquisição de Conhecimento Explícito • Fases do Processo – Fase 1: A fase de Especificações • (80% do Engenheiro e 20% do Especialista) – Fase 2: A fase de Elicitação • (50% do Engenheiro e 50% do Especialista) – Fase 3: A fase de Construção • (80% do Engenheiro e 20% do Especialista) Aquisição de Conhecimento Explícito • Fase 1: Especificações – – – – Definição do problema Desenvolvimento de um Mapa Mental Análise Funcional Análise de Tarefas Aquisição de Conhecimento Explícito • Fase 1: Resultados – – – – – – – – Vocabulário BackGround Conceitos principais e relações entre eles Funções Principais Módulos Entradas e saídas atuais Tipos de Conhecimento Planos de Aquisição de Conhecimento Aquisição de Conhecimento Explícito • Fase 2: Elicitação – – – – Realizar sessões iniciais FeedBack para Refinamento Realizar sessões aprofundadas Elaborar e utilizar técnicas de Entrevista e Análise de Protocolos Aquisição de Conhecimento Explícito • Fase 2: Resultados – – – – – Grafos de Conhecimento Pseudocódigo Notas de Sessão Simulações Protótipos Aquisição de Conhecimento Explícito • Fase 3: Construção – – – – Implementar Testar Refinar Administrar Aquisição de Conhecimento Explícito • Fase 3: Resultados – – – – Representação do Conhecimento Refinamentos sucessivos Cenários de Teste Painel de especialistas para teste Aquisição de Conhecimento Explícito FIM! "Desisti de ser feliz. Agora me sinto muito menos infeliz." Micítaus do ISSÁS. Malfati