II JORNADAS DO CURSO DE ENGENHARIA DO AMBIENTE E BIOLÓGICA GESTÃO SUSTENTÁVEL DE RESÍDUOS, O CONTRIBUTO DA ECOLOGIA INDUSTRIAL 2 de Março de 2012 Paulo Manuel Cadete Ferrão Desenvolvimento sustentável,Brundtland* • Desenvolvimento que garanta a satisfação das necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem as suas próprias. * “Our common future”, Brundtland Report, 1987 Modelo Convencional da Economia Consumo Serviços Famílias Fluxos financeiros Empresas Mercado Economia “real”: Um sistema aberto Extracção Processamento Produção Consumo Resíduos Transformação Reciclagem AMBIENTE Impactes ambientais Externalidades Desenvolvimento Sustentável ? “A questão ambiental” Impacte Ambiental = (População)*(PIB/Capita)*(Impacte ambiental/PIB) Aumento da Eco-eficiência Haverá um problema mundial? Papel da Engenharia Pegada Ecológica Ferramenta de avaliação que quantifica a área de ecosistemas produtivos, terrestres ou marinhos, necessária para suportar o consumo de recursos e os requisitos de assimilação de alguns poluentes associados a uma população. Conceito de “carrying capacity”: população máxima que uma determinada zona pode suportar indefinidamente. Metodologia de cálculo • Os métodos de cálculo consideram diferentes tipos de utilização da Terra, como sejam: – Solo arável e pastagens – Mar – Floresta – Minerais – Espaço adaptado (infraestruturas) – Energia: absorção de CO2 Solo arável e pastagens • O solo arável corresponde ao solo mais produtivo, a qual pode gerar quantidades significativas de biomassa. Segundo a FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations) existem na Terra, menos de 0.25 hectares per capita de solo arável. • As pastagens correspondem a zonas não tão produtivas como as de solo arável e que são utilizadas para alimentar gado. Actualmente, estima-se a sua disponibilidade em 0.6 hectares per capita. O seu potencial para produzir biomassa é muito inferior ao do solo arável e, adicionalmente, a sua conversão em carne contribui para reduzir a energia bioquimica disponível de um factor de 10. Espaços adaptados e Mar • Os Espaços adaptados pelo homem, estendem-se hoje a valores que representam aproximadamente 0.03 hectares per capita. • O Mar cobre mais de 6 hectares per capita. No entanto, estima-se que cerca de 95% da “produção ecológica” do mar ocorra em apenas 0.5 hectares per capita, os quais se usam para representar a capacidade produtiva do mar. Medir a produtividade ecológica do mar em termos de área (e não de volume), faz algum sentido, porque os factores mais relevantes para a sua produtividade estão associados à absorção de enrgia solar e a trocas gasosas com a atmosfera. Floresta • A Floresta é essencialmente utilizada para a produção de madeira. No entanto, serve muitos outros propósitos, como sejam a prevenção da erosão dos solos, a consolidação dos ciclos hidrológicos e a protecção da biodiversidade. Com esta definição, a floresta não é um candidato a sumidouro de CO2. • Actualmente, devem estar disponíveis cerca de 0.6 hectares de floresta per capita Energia • A utilização de Energia obtida com base em combustíveis fósseis requer a sua absorção em biomassa, nomeadamente em novas florestas. • No entanto, este conceito é frágil, pois há que prever a conservação da biomassa de forma a que esta não venha a ser transformada em CO2. Pegada Ecológica: Quantificação • Área de ecossistemas produtivos disponíveis na Terra: –Solo arável: –Espaços adaptados: –Pastagens: –Mar: –Floresta: TOTAL: 0,25 hectares/capita 0,03 hectares/capita 0,60 hectares/capita 0,50 hectares/capita 0,60 hectares/capita 2 hectares/capita No entanto, para além do Homem, cerca de 30 milhões de espécies devem ocupar algum desse espaço. Considerando, de acordo com a World Commission on Environment and Development, que pelo menos 12% da capacidade ecológica lhes deve ser atribuida para preservação da biodiversidade: TOTAL disponível para o Homem: 1,7 hectares/capita Temos um problema... http://www.panda.org/news_facts/publications/general/livingplanet/index.cfm Cálculos personalizados Pegada Ecológica - Exemplos Population (in 1997) Footprint in [ha/cap] Ecological Available deficit (if capacity negative) in [ha/cap] in [ha/cap] Total fp [km2] Total av.cap [km2] Argentina 35,405,000 3.9 4.6 0.7 1,380,795 1,628,630 Australia 18,550,000 9 14 5 1,669,500 2,597,000 Austria Netherlands New Zealand Nigeria Norway 8,053,000 4.1 3.1 -1 330,173 249,643 15,697,000 5.3 1.7 -3.6 831,941 266,849 3,654,000 7.6 20.4 12.8 277,704 745,416 118,369,000 1.5 0.6 -0.9 1,775,535 710,214 275,625 4,375,000 6.2 6.3 0.1 271,250 148,686,000 0.8 0.5 -0.3 1,189,488 743,430 Peru 24,691,000 1.6 7.7 6.1 395,056 1,901,207 Philippines 70,375,000 1.5 0.9 -0.6 1,055,625 633,375 Poland, Rep 38,521,000 4.1 2 -2.1 1,579,361 770,420 9,814,000 3.8 2.9 -0.9 372,932 284,606 6 3.7 -2.3 8,782,860 5,416,097 Pakistan Portugal Russian Federation Singapore 146,381,000 2,899,000 7.2 0.1 -7.1 208,728 2,899 South Africa 43,325,000 3.2 1.3 -1.9 1,386,400 563,225 Spain 39,729,000 3.8 2.2 -1.6 1,509,702 874,038 8,862,000 5.9 7 1.1 522,858 620,340 Sweden Switzerland 5 1.8 -3.2 366,600 131,976 Thailand 60,046,000 2.8 1.2 -1.6 1,681,288 720,552 Turkey 64,293,000 2.1 1.3 -0.8 1,350,153 835,809 United Kingdom 58,587,000 5.2 1.7 -3.5 3,046,524 995,979 10.3 6.7 -3.6 3.8 2.8 2.7 2.1 -1.1 -0.7 United States Venezuela WORLD 7,332,000 268,189,000 22,777,000 5,892,480,000 27,623,467 17,968,663 865,526 http://www.ecouncil.ac.cr/rio/focus/report/english/footprint/ranking.htm 614,979 Limitações do conceito • A selecção de produtos considerados na métrica não é exaustiva e, em questões ambientais, quantidade não é perigosidade. – A pegada ecológica não inclui todos os impactes ambientais, apenas considera o consumo de recursos e a regeneração de alguns poluentes pela biosfera. • O conceito deixa de fora questões sociais e económicas. Da contabilização à motivação • A área biologicamente produtiva disponível por pessoa é inferior a 2 hectares. • A pegada Ecológica média excede já significativamente (>30%) a área disponível. • Estamos perante um “deficit de sustentabilidade”: O capital natural, de cuja sobrevivência dependemos, está a diminuir. Mudança de Paradigma e Práticas Correntes Consciência Frustração ? Ansiedade ? Estágio de Mudança de Paradigma Nova Visão Metáforas São importantes Novos Conceitos Novas condutas Redução do nível de ansiedade Estágio de Práticas Correntes Objectivos Ferramentas Práticas Métrica É importante Medição Decisão Novos objectivos A Ecologia Industrial no contexto da evolução das estratégias ambientais Evolução das estratégias ambientais Business-as-usual Orientada para o processo Cumprimento da legislação Prevenção da poluição EIA, Auditorias energéticas Extensão da responsabilidade do produtor Orientada para o produto Eco-eficiência Eco-Design Conceito de Ciclo de Vida ACV Ciclos de vida do produto Outros RSU EEE Automóvel Fabrico de componentes Recursos Montagem do veículo Uso Resíduos (VFV) Ambiente Outros RSU EEE Automóvel Fabrico dos componentes Montagem dos componentes Uso A Ecologia Industrial no contexto da evolução das estratégias ambientais Evolução das estratégias ambientais Business-as-usual Orientada para o processo Cumprimento da legislação Prevenção da poluição EIA, Auditorias energéticas Extensão da responsabilidade do produtor Orientada para o produto Eco-eficiência Eco-Design Conceito de Ciclo de Vida ACV Ecologia Industrial Sustentabilidade global Ecossistemas industriais fechados Promoção de trocas de resíduos +, MFA,... Visão sistémica Ecologia Industrial: Principais conceitos • A capacidade Natural para o fecho de ciclos deve ser replicada nos sistemas industriais. – Fechar os ciclos dos materiais – Promover a utilização da energia em cascata – Aproximar os sistemas do “equilibrio termodinâmico” • Equílibrar o desenvolvimento Humano com Natureza. – Balizar o crescimento (com respeito pela capacidade natural de regeneração) Economias Industrial e Natural Economia Industrial Impulsionada por questões financeiras Produção centralizada, em larga escala Economia Natural Impulsionada pela energia solar Produção descentralizada, com dispersão de riscos Sistema linear, baseado no mercado de matérias primas Diversidade Sistema circular, capacidade de renovar Ênfase na produção Ênfase na reprodução Monoculturas Resíduos sem valorização (lixo): Reciclagem de resíduos deficiência na utilização de recursos Ecossistema Industrial Prof. John Ehrenfeld, MIT Um ecosistema industrial é constituido por uma rede de empresas e outras organizações estabelecidas numa determinada região, as quais decidiram interagir trocando sub-produtos de uma forma que promova um ou mais dos seguintes benefícios relativamente operações não interactuantes: • Redução no total de consumo de materiais • Redução das emissões poluentes e da produção de resíduos • Aumento da eficiência energética • Maior valor acrescentado Análise do metabolismo da economia • O método da análise do fluxo de materiais • Interacções entre o desenvolvimento económico e o consumo de materiais • Análise dinâmica do consumo de materiais na economia Portuguesa • O metabolismo da economia Portuguesa, análise do “balanço de massa” no ano 2000 O método da análise do fluxo de materiais Ar Água Fluxos externos não considerados Sistema Económico Importações TMR Extracção doméstica Ar Água DMI Stocks Fluxos domésticos não considerados Exportações Output Doméstico, (DPO) Fluxos domésticos não considerados Ambiente Interno Impactes no ambiente doméstico Portugal no contexto Europeu (1988-1997) É inevitável ? Estamos em transição! De que tipo? Adaptado de Bringezu and Schütz, 2000, Total Material Requirement of the European Union, European Environment Agency, Technical report No 55. Evolução do DMI Português “Revolução, evolução não chega”, ...talvez! • Fonte Canas, A., Ferrão, P., Conceição, P. (2001) “Material inputs of the Portuguese economy: the DMI approach”. 1st International Society or Industrial Ecology Conference-– The science and Culture of Industrial Ecology, Leiden, The Netherlands, November, 12th- 14th, 2001. Composição do DMI 200,000 1000 ton 150,000 100,000 50,000 0 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 Year Domestico - Não-Renovável Domestico - Renovável Importações • O principal contributo para a evolução do consumo de materiais domésticos não renováveis provém da categoria de pedra, argila e areia. • O principal contributo para a evolução das importações provém da categoria de combustíveis Adaptado de Ângela Canas(2002) “Análise da Intensidade de Utilização de Materiais na Economia”, Dissertação de Mestrado em Engenharia e Gestão de Tecnologia Análise do metabolismo da Economia Portuguesa (1990=100) Portugal 170,0 160,0 Tempo de metabolização 150,0 140,0 130,0 120,0 110,0 100,0 90,0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 DPO para o ar (CO2) Total DMI GDP (US$, 1990) Ano Uma nova curva de Kuznets ? dmiit 0 1 yit 2 yit it 2 Canas, A., Ferrão, P. and Conceição, P. (2003) “A new environmental kuznets curve? Relationship between direct material input and income per capita: evidence from industrialized countries”. Ecological Economics. Volume 46, Issue 2, September 2003 , Pages 217-229. Consumo energético vs. PIB (1991-2000) Consumo energético per capita (kgoe/capita) 12000 10000 Lux 8000 Fin 6000 Bel Sue Hol Fr RU 4000 Aus Gr 2000 Alem Din UE15 Irl Esp It Pt 0 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 PIB per capita (Euro/capita) 35000 40000 45000 50000 Evolução da capitação de RSU vs. PIB na UE, 1995-2000 700 Evolução da capitação de RSU face ao PIB na UE (excepto Luxemburgo) (1995*-2000*) Dinamarca 650 Capitação de RSU (kg/hab.ano) 600 Holanda 550 Alemanha França Itália 500 Reino Unido* 450 400 Irlanda Finlândia*** Portugal Espanha 350 300 Belgica EU-15 Áustria* Suécia*** Grécia** 250 200 10.000 12.000 14.000 16.000 18.000 20.000 22.000 24.000 26.000 28.000 PIB per capita em Euros (com base em PPC) Ferrão, P., Ribeiro, P. E Costa, I. (2003). Os RSU em Portugal: Evolução num contexto Europeu. Golden Book dos Resíduos Sólidos - Ambiente Qualidade 30.000 Metabolismo da economia Portuguesa, no ano 2000 S. Niza and P. Ferrão (2004) “ Metabolism of a transitional economy: The Portuguese case study”. Paper submitted for publication in the journal: Resources, Conservation and Recycling. DPO da economia Portuguesa, no ano 2000 8 2 6 1 40 23 Valores em Mt Resíduos de biomassa Emissões S. Niza and P. Ferrão (2004) “ Metabolism of a transitional economy: The Portuguese case study”. Cinzas Resíduos de construção e demolição Paper submitted for publication in the journal: Resources, Conservation and Recycling. RSU sem biomassa Outros resíduos Industriais Políticas ambientais baseadas no conceito de ciclo de vida do produto Extensão da responsabilidade do produtor: o automóvel Directiva Europeia sobre VFV. 2006 2015 Objectivos estratégicos estabelecidos para a fase de uso: Reutilização e Reciclagem > 80 % > 85 % 2008/2009 – metas de 140 novo para as < 10 % Valorização Energética < 5g/km/veículo % emissões de CO2 (Recomendações da Commissão Valorização > 85 > 95 %europeus envolvendo as associações de % contrutores ACEA, japoneses - JAMA e coreanos - KAMA) Eliminação < 15 % < 5% As exigências a partir do ano de 2015 constituem critérios para a homologação de automóveis a partir do ano de 2005. Valorização de VFV Mov02118.mpg Mov02120.mpg Interacções com a Economia: Soc. Gest. de prod. fim de vida: Valorpneu, ... VALORPNEU: PU entregues sem encargos Acesso a recauchutadores e carcaceiros VFV Utilizador Distribuidor Triagem Ponto de recolha Triagem Transformador (Fragmentador) Valorizador PUNR Reciclador PU PU PUR PUNR Instituto dos Resíduos CAGEP PUNR Valoriz. Pesquisa & Desenvolvimento Energético PUNR (fragmentado) PUNR Outros fins Comunicação Aterro P REC. VALORPNEU, LDA PUNR Recauchutador Carcaceiro PU = Pneu usado P REC = Pneu recauchutado PUR = Pneu usado recuperável VFV = Veículo em Fim de Vida Ecovalor PRODUTOR PUNR = Pneu usado não recuperado Fluxo de pneus fora da área de intervenção da Valorpneu, lda Fluxo monetário fora da área de intervenção da Valorpneu, Lda Fluxo de pneus na área de intervenção da Valorpneu, Lda Fluxo monetário na área de intervenção da Valorpneu, Lda Fluxo monetário a cargo do produtor Contratos Área de intervenção da Valorpneu, Lda Fluxo de informação Licenciamento / controle / assessoria Simbioses Industriais e Eco Parques Dra. Inês Costa Prof. Paulo Ferrão [email protected] [email protected] Evolução cultural, ética e religiosa Empresas Evolução institucional Entre Empresas Regional/Global • DFE • Simbioses Industriais • Fecho de ciclos • Prevenção poluição • Avaliação de ciclo de vida • MFA • Eco eficiência • Green accounting • Iniciativas sectoriais • Desmaterialização e descarbonização OPERACIONALIZAÇÃO CONSIDERAÇÕES INICIAIS Simbioses Industriais Objectivo: assegurar a eficiência dos recursos materiais e económicos, através da promoção de sinergias entre fluxos de materiais ou energéticos em indústrias de diferentes sectores Os efluentes produtivos, de baixo valor, de uma empresa podem ser redireccionados e utilizados como matérias primas de outras entidades regionais e locais, a preços competitivos. Redução de custos Redução de impactos Fortalecimento das economias locais Vantagens competitivas sustentáveis CONCEITO Simbioses Industriais Recursos Produtos Sub produtos Materiais Energia Resíduos/Emissões Água Gestão de resíduos CONCEITO Simbioses Industriais Recursos Produtos Sub produtos Resíduos/Emissões Materiais Energia Água IDENTIFICAÇÃO Simbioses Industriais Recursos Produtos Sub produtos Resíduos/Emissões Materiais Energia Água IMPLEMENTAÇÃO Ultrapassar barreiras/desafios Simbioses Industriais Disponibilização de Informação Programa de Simbiose Industrial Espaço/canal de comunicação entre empresas, dispondo de: • materiais disponibilizados; • agentes envolvidos na transacção; • características de resíduos e processos; • informação técnica; • apoio técnico TRANSPOR BARREIRAS Custos Económicos • Maior leque de destinos finais possíveis; • Atribuição de valor acrescentado aos resíduos; • Optimização da cadeia de valor na valorização de resíduos; • Menores custos na valorização de resíduos. Complexidade Processual • Lei mais avançada; • Viabilização de um regime de comércio dos resíduos destinados a valorização; Simbioses Industriais Recursos Produtos Inovadores Produtos Sub produtos Tecnologias inovadoras Resíduos/Emissões Recursos Recursos alternativos IMPLEMENTAÇÃO Simbioses Industriais Produtor Receptor Comunicação da contratualização da transacção Programa Simbiose Industrial Valida a) Identidade; b) Identificação do tipo, quantidade e localização do efluente; c) Processo produtivo em que o efluente de produção vai ser utilizado, prazo de utilização; d) Declaração certificativa de que o efluente é apto de ser utilizado, como matériaprima no processo produtivo declarado. PROCESSO DE CRIAÇÃO Notifica Entidade oficial /INR Autorização Transacção Simbioses Industriais Empresas organizadas “virtualmente” numa região relativamente vasta Eco Parques Industriais Compreende a comunidade de uma vasta região económica, na qual o potencial de identificação de parcerias é elevado simplesmente devido ao grande número de empresas existentes. Normalmente estão associados a mecanismos tipo “bolsa de resíduos”, embora o nome seja limitativo quanto ao tipo de recursos que poderiam constituir o intercâmbio entre empresas, devendo incluir recursos materiais, energéticos e mesmo serviços. Ocorre numa área definida onde um conjunto de empresas estão localizadas, podendo partilhar matérias-primas, energia e serviços como transporte, marketing e licenciamento, envolvendo também a interactividade com a comunidade envolvente Dinamizam mecanismos de melhoria de eficiência na utilização de recursos, integrando tecnologias centradas nas trocas de recursos e infraestrutura , destacando-se de uma abordagem preventiva TIPOLOGIA DE SIMBIOSES Eco Parques Industriais Parque Industrial Eco parque industrial • As comunidades envolventes não podem bloquear a instalação de potenciais negócios, apenas com base na falha de ajuste entre as necessidades de materiais de input e de output das empresas; • As pequenas e médias empresas (PME), apesar de procurarem uma optimização dos recursos e eficiência de custos, podem não possuir a capacidade financeira para investir em tecnologias que permitam ligar-se aos seus vizinhos; CONSTRANGIMENTOS Eco Parques Industriais • Trocas de subprodutos • Gestão local inovadora • Emparelhamento com vendedores regionais • Armazenamento e transportes partilhados • Compras colectivas • Partilha de informação • Distribuição de energia onsite • Umbrella permitting • Cogeração de energia e calor • • Estratégias de energias renováveis Facilidade de intercambio de trabalhadores • Reutilização de água, pré-tratamento VANTAGENS Eco Parques Industriais 1 – Definição prévia de : * partes interessadas do projecto/empresas interessadas * papel das entidades envolvidas * mecanismo de gestão do projecto * mecanismo de financiamento do projecto 2 – Análise de condicionantes sociais, económicas e físicas à implementação de um eco parque industrial, e mecanismos que permitam agir sobre essas condicionantes. 3 - Análise dos potenciais benefícios, de ordem social, económica e ambiental para a região, resultantes da implementação de um EPI 4 - Concepção e desenvolvimento de Políticas de estabelecimento do Eco-Parque, incluindo condicionantes, especificações e incentivos para a localização IMPLEMENTAÇÃO Eco Parques Industriais 5 – Identificação e análise das tecnologias necessárias para a aplicação do conceito de simbiose industrial: recuperação/valorização/reciclagem 6 – Concepção e desenvolvimento de acções de sensibilização e informação paralelas, privilegiando as relações públicas com profissionais, centros de informação ou exposição e à população local, dirigidas aos vários grupos de interesse e à escala nacional e regional 7 – Criação de uma comissão de acompanhamento do projecto, constituída por peritos internacionais nas áreas científica e empresarial e da administração autárquica e central. 8 - Concepção e desenvolvimento de uma plataforma web (portal de Internet) dedicada ao acompanhamento da evolução do Eco Parque 9 - Desenvolvimento de programa de monitorização e acompanhamento IMPLEMENTAÇÃO O Eco Parque da Chamusca 11 492 habitantes ~ 4500 familias (censos 2001) / 12 922 habitantes (censos 1991) Variação do número de habitantes com + 65 anos: +16.2% relativamente a ‘91 Escolaridade predominante: 1º ciclo ensino básico 746 km2, divididos em sete freguesias O MUNICÍPIO CIRVER Aterro RIB, RSU, estação triagem Resitejo Terreno para instalação de PME’s. Fábrica de aproveitamento de soros de leite, sucatas, plásticos, etc. Já loteado Central de valorização de resíduos orgânicos