Revista Eletrônica Novo Enfoque, ano 2010, v. 10, n. 10, p. 09 – 17 UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E CORPO DISCENTE CURSO DE FISIOTERAPIA VARIAÇÃO DA TEMPERATURA SUPERFICIAL DA PELE UTILIZANDO TRÊS RECURSOS DA CRIOTERAPIA EM INDIVÍDUOS DIABÉTICOS Suzano, Renato Passos.*, Sá, Vagner Wilian Batista e. ** *Acadêmico de Fisioterapia/Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, Brasil **Professor Mestre em Ciência da Motricidade Humana da Universidade Castelo Branco, Doutorando em Clínica Médica – UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil e-mail: [email protected] Resumo Introdução: a crioterapia é muito utilizada por fisioterapeutas, pelos benefícios no controle do edema, processo inflamatório e quadro álgico. Objetivo: Avaliar a variação da temperatura superficial da pele em indivíduos portadores de Diabetes Mellitus tipo II (DM-II) antes, durante e após a aplicação de três recursos da crioterapia. Materiais e métodos: nove indivíduos com DM-II formaram o grupo experimental (GE) e nove indivíduos saudáveis, o grupo controle (GC). Cada grupo foi ainda dividido em três subgrupos compostos por três indivíduos. Cada subgrupo foi exposto a um protocolo de agente crioterapêutico: imersão em água + gelo (IM), bolsa termogel (BT) ou saco de gelo moído (GM) por 20 minutos, sendo a temperatura superficial da pele mensurada com um termômetro digital infravermelho manual. Foi utilizado o teste t com p<.05, para a comparação entre as médias dos grupos. Resultados: Durante a aplicação, a IM alcançou valores médios próximos ao GC sem diferença significativa em 5,10,15 e 20 minutos. O GM provocou a menor temperatura na pele aos 15 minutos no GC 7,9ºC, comparado ao GE 20,7ºC (p=0,0001); e a BT foi semelhante no resfriamento apenas em 10 e 15 minutos, com os outros intervalos sem diferença significativa para ambos os grupos. Conclusão: A imersão em água gelada nos diabéticos foi o recurso que se comportou com padrão mais fisiológico quando comparado aos saudáveis. Palavras-chave: Fisioterapia, diabetes, crioterapia, temperatura da pele. Abstracts Introduction: the cryotherapy is largest used by physiotherapists, for the benefits in the control of edema, inflammatory process and pain relief. Objective: To evaluate the variation of the superficial temperature of the skin in carrying individuals of Diabetes Mellitus type II (DM II), during and after the application of cryotherapy resources. Materials and methods: Nine individuals with DM-II had participated of the experimental group (EG) and nine health individuals of controlled group (CG). Each group, still was divided in 3 sub-groups composites for 3 individuals. Each sub-group carried through only the protocol of a cryotherapy resources. Results: During the application, significant difference in the Immersion in water plus ice occurred. We verify that the Worn out Ice and Immersion in ice cool more than the Termogel Stock market. It concludes that the Immersion in Ice is indicated for the carrying patients of Diabetes Mellitus type II, been similar in healthy subjects. Key words: physiotherapy, diabetics, cryotherapy, skin temperature. Introdução As lesões do tecido mole são causas comuns de impotência funcional relacionada ao aparecimento de processo inflamatório, resultando em alto custo tanto para o paciente quanto para o sistema de saúde [1,2]. Comparando diferentes agentes de crioterapia, investigadores consistentemente têm identificado que o gelo moído e a água fria são mais eficientes que o pacote de gel para o resfriamento de tecidos superficiais e profundos [3, 4, 5,6]. Outros estudos relataram benefícios do resfriamento no controle do edema, processo inflamatório e diminuição do quadro álgico [7,8,9]. Estes objetivos são frequentemente aceitos como indicações para a crioterapia, porém faltam protocolos de utilização e conhecimento científico dos parâmetros aplicáveis a esta terapia. O reaquecimento tecidual após a aplicação dos agentes crioterapêuticos em sujeitos saudáveis está bem documentado e há relato de trabalho que evidencia o retorno da temperatura superficial e profunda a valores de normalidade em até duas horas [10]. Pouco se conhece, em evidências científicas, sobre os efeitos do frio com agentes crioterapêuticos para indivíduos portadores de Diabetes Mellitus tipo II (DM-II) na literatura revisada. O que se conhece, atualmente, está no campo do conhecimento popular, que contraindica o uso da crioterapia para diabéticos em geral, sem contar com o grau de evolução da 10 patologia, suas consequências e a necessidade da utilização do recurso de crioterapia nos casos de lesões osteomusculares, traumas, entre outros [9]. Esta população de diabéticos é conhecida por apresentar diminuição da vascularização periférica e lesões vasculares na sua forma mais crônica [11,12]. Os diabéticos com acompanhamento e controle da glicemia não desenvolvem as complicações encontradas na forma crônica do diabetes, geralmente com altas taxas de açúcar no sangue [13]. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a variação da temperatura superficial da pele em indivíduos portadores de diabetes tipo II antes, durante e após a aplicação de três recursos de crioterapia. Materiais e Métodos A pesquisa adotou o modelo de ensaio clínico randomizado, no que se refere ao conhecimento da variação de temperatura superficial da pele em pacientes portadores de DM-II antes e após a aplicação do frio terapêutico. A população do estudo teve origem num Posto de Saúde da Zona Oeste do Município do Rio de Janeiro. Todos os sujeitos assinaram Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, contendo explicação dos procedimentos e riscos envolvidos com a aplicação dos recursos. A seguinte pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da Universidade Castelo Branco com o protocolo 0029/2009 e pelo comitê de ética da Prefeitura do Rio de Janeiro com o protocolo 48/09. A amostra totalizou 18 indivíduos que foram recrutados a partir de preenchimento de questionário seguindo critérios de inclusão e exclusão. Os critérios de elegibilidade de inclusão foram: portadores de DM- II com diagnóstico de até 3 anos de evolução, 18 a 60 anos de idade e de ambos os sexos. Os critérios de exclusão foram: doença coronariana ou insuficiência cardíaca, deficiências físicas e mentais, patologias osteomusculares no membro inferior direito, doenças neurológica, indivíduos com história de cirurgia de tornozelo recente e ausência de sensibilidade térmica. Nove indivíduos com DM-II participaram do grupo experimental (GE) e nove indivíduos saudáveis, do grupo controle (GC). Cada grupo foi ainda dividido em três subgrupos compostos por três indivíduos. Cada subgrupo realizou apenas o protocolo de um agente crioterapêutico. Os sujeitos mantiveram-se em repouso, no decúbito ventral, com o tornozelo direito exposto, por dez minutos, para se ambientar. Foi determinado o ponto médio ventral entre o 11 maléolo lateral e a região anterior do tornozelo (ligamento talo-fibular anterior), local este onde a temperatura da pele foi mensurada durante todo o estudo. Para mensurar a temperatura e umidade ambiente, foi utilizado o termo-higrômetro MINIPA MI 241 que permaneceu ligado durante todo o período de duração dos ensaios, permitindo a mensuração das variáveis a todo tempo, embora, somente computadas no início e final de cada ensaio. Para o controle da temperatura superficial da pele e temperatura dos agentes crioterapêuticos foi utilizado o termômetro INFRARED NON-CONTACT THERMOMETER Thermo Tech® TT0986. A temperatura foi mensurada: antes da aplicação dos agentes crioterapêuticos (baseline) e a cada cinco minutos até o tempo total de 20 minutos. Observou-se também, após a aplicação dos agentes de crioterapia, por 30 minutos em intervalos de cinco minutos, em ambos os grupos, o período de reaquecimento. Em todas as mensurações, a temperatura foi tomada por três vezes com intervalo de dois segundos e anotada a média. Como agentes crioterapêuticos, foram utilizados um balde plástico de 15 litros com água (5 litros) mais gelo (1 kg) para a técnica de imersão (IM); a bolsa de termogel (BT) da marca Mercur®; e o saco transparente com gelo moído (GM) com 400g. Os dados foram analisados com o software Statistica® 7.0, utilizando o t-test para amostras independentes e nível de significância de <.05 para todos os pares de dados em cada intervalo de tempo de mensuração. Resultados Temperatura Ambiente e Umidade Relativa do Ar A média da temperatura ambiente foi de 24,8 ± 1,82ºC no inicio dos ensaios e de 24,2 ± 0,98ºC ao final, não havendo diferença significativa entre as médias (t=0,19, para p<0,05). A umidade relativa do ar apresentou uma média inicial de 50,8 ± 8,01% e ao término de cada ensaio 48,7 ± 7,90% não demonstrando diferença significativa (t =0,24, para p<0,05). Portanto, a temperatura do ambiente e a umidade relativa do ar não representaram condições intervenientes que possam alterar a legitimidade dos resultados apresentados. 12 Temperatura dos agentes crioterapêuticos A média inicial da temperatura do agente IM foi de 11,9 ± 1,25ºC e ao final de 20 minutos foi de 11,7± 1,22ºC, não havendo diferença significativa entre o inicio e o final da terapia (t=0,42,para p<0,05). A média inicial da temperatura do agente BT foi de 12,7 ± 1,35ºC (negativo) e ao final do ensaio aumentou para 8,9 ± 0,74ºC (negativo), ocorrendo diferença significativa entre a temperatura inicial e final (t=0,0003,para p<0,05). A média inicial da temperatura do agente GM foi de 1,9 ± 2,80ºC e no final do ensaio foi de 3,7 ± 1,17ºC, não ocorrendo diferença significativa entre o inicio e o final do ensaio sendo (t=0,13,para p<0,05). Temperatura superficial da pele Pré-Aplicação A temperatura da pele dos voluntários de ambos os grupos, controle e experimental, foi mensurada antes da aplicação dos agentes crioterapêuticos e não houve diferença significativa entre as médias estudadas (baseline), sendo BT (controle 31,9 ± 0,86ºC e experimental 30,8 ± 0,62ºC; p = 0,079), GM (controle 31,3 ± 1,59ºC e experimental 31,3 ± 0,65ºC; p = 0,487) e IM (controle 31,8 ± 1,28ºC e experimental 32,7 ± 1,85ºC; p = 0,096). Variação da temperatura da pele durante a aplicação dos agentes crioterapêuticos O teste t de Student foi aplicado para verificar o efeito dos pares a cada intervalo de tempo dos agentes crioterapêuticos no GC e GE. Na BT houve diferença significativa em 5 minutos (p<0,0035) e 20 minutos (p<0,0013). Não obtendo diferença significativa em 10 minutos (p<0,4093) e 15 minutos (p<0,1284). No GM ocorreu diferença significativa em 5 minutos (p<0,0009); 15 minutos (p<0,0001) e 20 minutos (p<0,0000). Não acontecendo o mesmo em 10 minutos (p<0,0579). Na IM não ocorreram diferenças significativas em quaisquer dos intervalos [5 minutos (p<0,7718); 10 minutos (p<0,8861); 15 minutos (p<0,2126) e 20 minutos (p<0,0531)]. Variação da temperatura superficial da pele Pós-Aplicação A última etapa do ensaio correspondeu à análise do comportamento térmico superficial após a aplicação dos agentes crioterapêuticos, ou seja, verificou-se a eficiência da crioterapia em manter a temperatura alcançada durante 30 minutos com o segmento em posição de repouso. 13 O teste t de Student foi utilizado para comparar as médias de temperatura entre os GC e GE de todos os agentes crioterapêuticos nos intervalos de 5 em 5 minutos após o término da crioterapia. Houve diferença significativa em todos os intervalos de tempo [5 minutos (p<0,0018); 10 minutos (p<0,0035); 15 minutos (p<0,0176); 20 minutos (p<0,0391); 25 minutos (p<0,0111) e 30 minutos (p<0,0082) para o agente BT]. Para o agente GM, houve diferença significativa em 5 minutos (p<0,0030); 10 minutos (p<0,0217); 15 minutos (p<0,0090) e 25 minutos (p<0,0181), com exceção de 20 minutos (p<0,1076) e 30 minutos (p<0,0691) pós-aplicação. No agente IM não foram encontradas nenhuma diferença significativa em quaisquer dos intervalos avaliados [5 minutos (p<0,2308); 10 minutos (p<0,3144); 15 minutos (p<0,3406); 20 minutos (p<0,7531); 25 minutos (p<0,7820) e 30 minutos (p<0,7902)]. Discussão Durante os ensaios, a temperatura do ambiente e a umidade relativa do ar foram mensuradas, a fim de verificar se tais variáveis representariam mudanças significativas que pudessem comprometer de forma direta os resultados da pesquisa [14]. Os resultados demonstraram que a temperatura do ambiente e a umidade relativa do ar mantiveram-se basicamente constantes; início (24,8 ± 1,82ºC); final (24,2 ± 0,98ºC), não havendo diferença significativa entre as médias (t =0,19, para p<0,05); indicando que do início ao término dos ensaios a quantidade de frio cedida ou recebida pela pele veio dos agentes crioterapêuticos em ambos os grupos. A quantidade de resfriamento, e não sua velocidade é afetada pela atividade prévia [16, 17]. Em pesquisas, o uso da bicicleta estacionária em intensidade moderada aumentou a temperatura superficial do tornozelo [16, 17] em quase 2º C antes, durante e após a aplicação do frio terapêutico. Com bases nestas informações foi incluído nos ensaios 10 minutos de repouso prévio para que a temperatura superficial da pele pudesse se ambientar. A mesma lógica para o repouso do segmento após a terapia para que não houvesse interferência no reaquecimento da temperatura superficial da pele. Neste estudo foi comparada a temperatura de cada agente a fim de verificar se durante o ensaio os agentes perderiam calor. Foram encontrados os seguintes resultados, BT (-12,7 ± 14 1,35ºC); GM (1,9 ± 2,80ºC) e IM (11,9 ± 1,25ºC) no início e BT (-8,9 ± 0,74ºC); GM (3,7 ± 1,17ºC) e IM (11,7± 1,22ºC) no final, verificando então que somente a BT obteve um aumento na sua temperatura assim como aconteceu com o estudo de Kanlayanaphotporn e Janwantanakul (2005); que tinha as seguintes temperaturas, BT (-14,0 ± 4,5ºC); GM (0,1 ± 0,7ºC) e IM (10,0 ± 2,2ºC) no início e BT (-1,7 ± 6,0ºC); GM (-0,2 ± 1,2ºC) e IM (11,3 ± 2,9ºC) no final, ocorrendo variação de temperatura somente no agente BT [6]. Knight et al. (1990) relataram que o gelo picado e a imersão em gelo são os recursos que mais resfriam, quando comparados à compressa fria de gel. No presente estudo, analisamos o resfriamento entre o GC e GE ao final de 20 minutos e percebemos que a BT no GC obteve uma temperatura média de (18,9 ± 0,7ºC) e o GE (14,0 ± 0,5 ºC); havendo uma diferença significativa em (t=0,014,para p<0,05); no agente GM no GC obteve uma temperatura media de (10,2 ± 1,0ºC) e o GE (21,0 ± 0,5 ºC); havendo uma diferença significativa em (t=0,000,para p<0,05); já no agente IM não ocorreu diferença significativa no resfriamento ao final dos 20 minutos GC (12,9 ± 0,6ºC) e o GE (16,0 ± 1,5 ºC) sendo (t=0,084,para p<0,05), com resultados comparados com os de Knight et al. (1990), relatando que o GM e IM resfriam mas do que a BT no GC. O reaquecimento é muito mais lento que o resfriamento, exigindo 2 horas para que a temperatura da pele volte ao normal [10]. Essa informação não foi integralmente verificada no presente estudo, pois a mensuração da temperatura superficial da pele no período de reaquecimento somente durou 30 minutos. Neste período, o reaquecimento entre o GC e GE foi comparado para verificar qual dos grupos teria a ação da crioterapia por mais tempo. Observou-se que no GC a temperatura da pele elevou-se mais rapidamente, (11,5 ± 3,5ºC), quando comparado ao GE; (8,5 ± 1,94ºC) ocorrendo uma diferença significativa (t=0,021,para p<0,05). Esse episódio pode ser justificado pelo fato que pacientes portadores de DM II possuem uma diminuição na vascularização periférica e lesões vasculares [11,12]. Com base nos resultados e discussão, conclui-se que o agente crioterapêutico denominado imersão em água + gelo (IM) apresentou comportamento similar quando aplicado em indivíduos saudáveis e com diabetes tipo II, estando indicado para uso nesta população (DM-II) sem complicações crônicas da patologia. Esses resultados não encerram a discussão do tema, pois o número de voluntários foi pequeno, indicando a necessidade de novos estudos para a comprovação ou refutação das hipóteses. 15 Referências [1] GARRICK, J.G.; REQUA R.K. The epidemiology of foot and ankle injuries in sports. Clin Podiatr Med Surg;6:629–37, 1989. [2] DE BIE, R.A.; DE VET, H.C.; VAN DEN WILDENBERG, F.A. et al. The prognosis of ankle sprains. Int J Sports Med;18:285–9, 1997. [3] HARDY, M.; WOODALL,W. Therapeutic effects of heat, cold, and stretch on connective tissue. J Hand Ther.;11:148–156, 1998. [4] CHESTERTON, L.S.; FOSTER, N.E.; ROSS, L.; Skin temperature response to cryotherapy. Arch Phys Med Rehabil.;83:543–549, 2002. [5] MERRICK, M.A.; JUTTE, L.S.; SMITH, M.E.; Cold modalities with different thermodynamic properties produce different surface and intramuscular temperatures. J Athl Train.;38:28–33, 2003. [6]KANLAYANAPHOTPORN,R.; JANWANTANAKUL, P. 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