AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE EXTRATOS, MOLHOS E POLPAS DE TOMATES INDUSTRIALIZADOS QUALITY EVALUATION OF EXTRACTS, SAUCES AND PROCESSED TOMATO PULP Carla Crislan de Souza Bery ¹, Juliana Krieger de Oliveira¹, Anita Caroline Lima Reinoso¹, Denise Andrade da Silva¹, Narendra Narain² ¹ Mestranda – Ciência e Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal e Sergipe ² Professor Adjunto – Universidade federal de Sergipe Palavras-chave: tomate, qualidade, textura Introdução O tomate é um alimento pouco calórico, fonte de fibras, sais minerais e carotenóides. Seus produtos derivados são muito utilizados na culinária pela sua cor, melhorando a aparência dos pratos. A polpa de tomate é obtida através dos processos de extração e refinação do tomate previamente triturado e aquecido, podendo ser evaporada até atingir a consistência desejada, antes de ser enlatada ou usada para preparos de produtos à base de tomate. Pela definição da Resolução 276, de 22 de setembro de 2005 o molho de tomate é um condimento feito à base de tomate e, às vezes, acrescido de presunto, cebola, manjericão, sal, óleo, alho e vários outros condimentos para conferir sabor. O extrato de tomate, segundo a resolução nº12 de 1978 da ANVISA, é o produto resultante da concentração da polpa de frutos maduros e sãos por processos tecnológicos adequados. Material e Métodos Foram escolhidos três diferentes tipos de produtos: polpa, extrato e molho de tomate de três marcas diferentes X, Y e Z e suas amostras preparadas a partir de uma receita base, com ingredientes presentes nas embalagens de molho de tomate, para que fossem avaliadas da maneira que são consumidas. Os parâmetros cor, concentração hidrogeniônica (pH), teor de sólidos solúveis (º Brix) e textura foram avaliados. As análises foram realizadas no Laboratório de Análise de Alimentos do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Sergipe. Os dados obtidos das análises foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias, comparadas pelo teste de Tukey (P < 0,05). Resultados e Discussão Os resultados das concentrações de ºBrix e do pH dos produtos de tomate são apresentados na Tabela 1. A condição de concentração mais comum da polpa de tomate é de 22 – 26° Brix [6, 11]. Segundo a Resolução n°12 de 1978 da ANVISA, o extrato de tomate deve possuir concentração mínima de 18° Brix e para os molhos não existe nenhuma resolução que indique uma concentração mínima de sólidos solúveis, no entanto os resultados obtidos foram próximos a valores obtidos por Monteiro (2008). Os valores de pH das amostras mostraram-se dentro de uma faixa segura ao crescimento microbiológico não apresentaram diferença significativa a um nível de significância de 5%. Tabela 1- Determinação de sólidos solúveis e pH Os resultados de determinação de cor são apresentados na Tabela 2. Avaliando-se os resultados da análise de textura (Tabela 3) as amostras de extrato de tomate mostraram-se mais consistentes. Tabela 2 - Determinação de cor em extratos, molhos e polpas de tomate Tabela 3- Análise de textura dos extratos, molhos e polpas de tomate Conclusão Ao se comparar as amostras de extrato, molho e polpas de tomate pode-se concluir que as amostras de extrato apresentaram melhores resultados das análises físico-químicas, sendo que a marca Z estava dentro concentração mínima de 18º Brix exigida pela ANVISA, apresentou melhor valor do parâmetro a* de cor indicando coloração mais avermelhada e também a maior consistência. Referência ABBAS, S.A., et al. Effect of Thermal Softening on the Textural Properties of Palm Oil Fruitlets. Journal of Food Engineering 76, p. 626 – 631. 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – CNNPA nº 12, de 1978. Extrato de Tomate. GOULD, W.A. Tomato production, processing & technology. 3.ed. CTI publications. 500p. 1992. MONTEIRO, C.S. Tese: Desenvolvimento de Molho de Tomate Lycopersicom esculentum Mill Formulado com Cogumelo Agaricus brasiliensis. Universidade Federal do Paraná. Curitiba. 2008. UNITED STATES OF AMERICA. United States Department of Agriculture. Grading Manual for Tomato Sauce. 1994 VLIET, T., et al. Colloidal Aspects of Texture Perception. Advances in Colloid and Interface Science 150, p. 27 – 40. 2009. Autor a ser contactado: Carla Crislan de Souza Bery, mestranda do curso de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Sergipe – e mail: [email protected]