HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM TRABALHADORES: REVISÃO LITERÁRIA E ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO Amanda Batista Venturini - Centro Universitário Filadélfia – UniFil. Orientador - Luiz Antonio Alves - Centro Universitário Filadélfia – UniFil. RESUMO: O trabalho intitulado “Hipertensão Arterial Sistêmica em trabalhadores: revisão literária e análise dos fatores de risco” refere-se a um trabalho ainda em crescimento, onde serão pesquisados os fatores de riscos para o desenvolvimento da Hipertensão Arterial Sistêmica encontrados em trabalhadores de diversas classes. Objetivo: Verificar na literatura cientifica as informações referentes aos fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão arterial em trabalhadores. Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, onde os artigos científicos serão procurados nas bases de dados Medline, Lilacs, Scielo, com os descritores seguintes: Hipertensão arterial, Fatores de risco para HAS e trabalhadores. PALAVRAS-CHAVE: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Trabalhadores, Fatores de risco para HAS. Um dos problemas de saúde pública que mais acomete a população brasileira é a hipertensão arterial sistêmica (HAS) representando um dos principais fatores de risco para morbidade e mortalidade cardiovasculares (NEGRÃO & BARRETO, 2006). Os fatores de risco envolvidos no aparecimento da HAS estão relacionados com idade superior à 65 anos, raça negra, excesso de peso, obesidade, elevada ingestão de sal, excessiva ingestão de álcool, sedentarismo, fatores socioeconômicos e histórico familiar (NEGRÃO & BARRETO, 2006 ; VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2010). É bem provável que o processo da HAS seja adiado, se não evitado, através da prevenção da obesidade, redução moderada da ingestão de sódio, níveis mais elevados de atividade física e restrição do consumo excessivo de álcool (FILHO et al , 2007). O trabalho tem sido visto como agente causador de doenças e como a maioria dos trabalhadores passa a maior parte do seu tempo no trabalho, isto poderá causar um grande impacto no dia-a-dia deste trabalhador (LUCAS, 2004 apud SANTOS & LIMA, 2008), inclusive nas alterações da pressão arterial. Alguns dos elementos que poderão influenciar nos valores pressóricos indicados na literatura são excesso de ruído, de vibrações, o calor elevado, estresse e o status ocupacional que esta relacionado com os grupos mais pobres da população, aos trabalhadores não especializados, dos setores secundários e terciários da economia (KLEIN et al,1986). Ao pesquisarmos na literatura científica descobrimos diferenciados resultados em relação aos fatores de risco para a HAS encontrados em trabalhadores de diversas classes. Nascimento & Mendes (2002) avaliaram o perfil de saúde de funcionários de Centro de Saúde-Escola de Ribeirão Preto- SP e depararam-se com 22,3% dos trabalhadores com níveis de pressão acima da normalidade e 26,6% de funcionários com sobrepeso e 35,3% com a obesidade já instalada. Matos & cols. (2004) verificaram a prevalência de fatores de risco para doença cardiovascular em funcionários do Centro de Pesquisa da Petrobras, onde 18,2% apresentavam HAS, 67,3% foram considerados sedentários, 17% obesos e 42% com sobrepeso, tabagismo foi observado em 12,4% e os diabetes em 2,5%. Analisando o comportamento da pressão arterial (PA) e freqüência cardíaca (FC) de indivíduos ao longo da jornada de trabalho em dois ambientes distintos – setor de produção e administrativo, Rocha e cols. (2002) encontraram um aumento significativo da PA e da FC durante o turno de trabalho do setor de produção, sem alterações nos funcionários do setor administrativo. Foi caracterizado pelos autores que o setor de produção era exposto ao ambiente de trabalho mais desfavorável, por conter variações nos níveis de temperatura e ruído, e também pela maior exigência física solicitada. Em uma analise realizada por Martinez & Latorre (2005) dos fatores associados à hipertensão arterial (HAS) e diabetes melitus (DM) feita com 3.777 trabalhadores pertencentes a uma empresa metalúrgica e siderúrgica, verificou-se que 24,7% apresentaram alteração da pressão arterial. Em relação aos fatores de risco associados à HAS e DM, 42,7% apresentaram sobrepeso ou obesidade, 63,6% dos trabalhadores não praticavam nenhum tipo de atividade física, 23,3% eram tabagistas, 9,4% referiram estresse intenso no trabalho e 3,6% referiram uso diário de bebida alcoólica. Em relação às características ocupacionais, os trabalhadores que indicaram estresse intenso durante a jornada de trabalho apresentaram maiores chances de apresentarem HAS (31%). Cordeiro & cols. (1993) procurando uma possível relação entre HAS e o tempo acumulado de trabalho em motoristas e cobradores do transporte coletivo urbano de Campinas – SP, encontraram uma relação positiva entre pressão arterial diastólica (PAd) e idade e PAd e tempo acumulado de trabalho. Observaram que, independentemente da idade, a PAd aumenta conforme ocorre o aumento do tempo acumulado de trabalho. Ao estratificar conforme a idade dos motoristas, os autores encontraram que 10,3% dos trabalhadores de 20 e 29 anos são hipertensos, 33,1% em trabalhadores entre 30 e 39 anos, 40,6% em trabalhadores entre 40 e 49 anos, 37,3% em trabalhadores entre 50 e 59 anos e 37,7% em trabalhadores com mais de 59 anos. Portanto, fica explicito através dos resultados que os trabalhadores representam uma população com elevados fatores de risco inerentes às suas profissões, além de particularidades que representam riscos para o desenvolvimento da HAS. REFERÊNCIAS CORDEIRO, Ricardo et al. Associação da pressão arterial diastólica com o tempo acumulado de trabalho entre motoristas e cobradores. Rev. Saúde Pública [online], vol.27, n.5, p. 363-372, 1993. FILHO,C,F. et al. Benefícios do exercício físico na hipertensão arterial sistêmica. Arq Med. ABC, v.32, n.2, p.82-87, 2007. KLEIN ,C.H; COUTINHO,E. S. F.; CAMACHO, L. A. B. Variação da pressão arterial em trabalhadores de uma siderúrgica. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.2, n.2, p.212-226, abr/jun 1986. MARTINEZ, Maria Carmen; LATORRE, Maria do Rosário Dias de Oliveira. Fatores de risco para hipertensão arterial e diabete melito em trabalhadores de empresa metalúrgica e siderúrgica. Arq. Bras. Cardiol. [online]. vol.87, n.4, pp. 471-479, 2006. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2006001700012>. Acesso em: 26 de dezembro de 2011. MATOS, Maria de Fátima Duarte et al. Prevalência dos fatores de risco para doença cardiovascular em funcionários do Centro de Pesquisas da Petrobras. Arq. Bras. Cardiol. [online]. 2004. NASCIMENTO L.C; MENDES I.J.M. Perfil de saúde dos trabalhadores de um Centro de SaúdeEscola. Rev Latino-am Enfermagem, jul/ago 2002. NEGRÃO,C.E; BARRETO,A.C.P. Cardiologia do Exercício- Do atleta ao cardiopata. 2. ed., Barueri – SP: Manole, 2006. SANTOS, Z. M. de S. A.; LIMA, H. de P. Tecnologia educativa em saúde na prevenção da hipertensão arterial em trabalhadores: análise das mudanças no estilo de vida. Texto contexto enferm., Florianópolis, v. 17, n. 1, mar. 2008 . Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/tce/v17n1/10.pdf.>. Acesso em 10 de maio de 2010. Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 151 ROCHA, Renato et al. Efeito de estresse ambiental sobre a pressão arterial de trabalhadores. Rev. Saúde Pública [online]. vol.36, n.5, p. 568-575, 2002. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102002000600005>. Acesso em: 26 de dezembro de 2011. A FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA COMO MÉTODO DE TRATAMENTO PARA MAXIMIZAR A FUNÇÃO DE INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS: REVISÃO DE LITERATURA Bruno Henrique de Oliveira Guergoleti; Camila Paulino; Fábia Rodrigues Nunes; Fábio Scachetti; Giovanna Carla Interdonato; Kianne Cananea; Larissa Pedro de Oliveira – Centro Universitário Filadélfia - UniFil Orientadora: Prof. Esp. Heloísa Freiria Tsukamoto – Centro Universitário Filadélfia - UniFil RESUMO: A facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) ou método Kabat é uma técnica fisioterapêutica que vem sendo utilizada para melhorar o desempenho físico de atletas, de portadores de disfunções e de sedentários saudáveis. O objetivo do trabalho foi analisar as formas de aplicação da facilitação neuromuscular proprioceptiva em indivíduos saudáveis. Para o estudo, foi realizada uma pesquisa nas bases de dados PubMed, MEDLINE, Scielo e LILACS. A seleção final resultou em 21 estudos, dos quais cinco eram publicação dupla, resultando assim em 16 estudos incluídos. A FNP foi aplicada a fim de analisar seus efeitos sobre dois desfechos: a amplitude de movimento ou a força muscular. A FNP mostrou ser efetiva no ganho de amplitude de movimento, quando comparada às demais modalidades de alongamento, melhorando a flexibilidade muscular dos segmentos corporais dos indivíduos. PALAVRAS-CHAVE: Força muscular. Amplitude de movimento. Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva. A facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) ou método Kabat é um conceito de tratamento e sua filosofia se baseia na ideia de que todo o ser humano tem um potencial existente ainda não explorado. É um método global, onde o tratamento é direcionado para o ser humano como um todo, e não para um problema ou segmento corporal específico. (ADLER; BECKERS; BUCK, 2007). A FNP é uma técnica fisioterapêutica que vem sendo utilizada para melhorar o desempenho físico de atletas, de portadores de disfunções e de sedentários saudáveis, pois sabe- se que flexibilidade e alongamento são qualidades essenciais para um bom desempenho físico durante a realização das atividades diárias. Durante a execução da técnica, o uso de contração muscular ativa com o objetivo de ocasionar inibição autogênica do músculo alongado resulta num relaxamento muscular reflexo do músculo alvo, que associado ao alongamento passivo promove ganho de amplitude de movimento (DIAZ et al, 2008). O objetivo do trabalho foi analisar as formas de aplicação da facilitação neuromuscular proprioceptiva em indivíduos saudáveis, bem como os seus efeitos sobre a amplitude de movimento e a força muscular. Para o estudo, foi realizada uma pesquisa nas bases de dados PubMed, MEDLINE, Scielo e LILACS, usando as seguintes palavras-chave: proprioceptive neuromuscular facilitation, facilitação neuromuscular proprioceptiva, Kabat, PNF, FNP, physical therapy e fisioterapia. Os estudos foram selecionados com base nos títulos, excluindo-se aqueles que claramente não se relacionavam com o tema da revisão. A seguir, todos os títulos selecionados tiveram seus resumos analisados para identificar aqueles que atendiam aos critérios de inclusão. Os textos completos dos artigos potencialmente relevantes foram recuperados para avaliação final. Alguns textos não puderam ser incluídos por não estarem disponíveis no formato eletrônico de livre acesso. Foram selecionados os estudos que investigaram a aplicação da facilitação neuromuscular proprioceptiva em indivíduos saudáveis ou os que compararam este método com outras intervenções realizadas em indivíduos não portadores de patologias. A revisão bibliográfica foi realizada por um único pesquisador, incluindo títulos publicados de janeiro de 2000 até julho de 2011. A busca eletrônica resultou em um total de 680 referências publicadas nas línguas portuguesa e inglesa. A seleção final resultou em 21 estudos, dos quais cinco eram publicação dupla, resultando assim em 16 estudos incluídos. A FNP foi aplicada a fim de analisar seus efeitos sobre dois desfechos: a amplitude de movimento ou a força muscular. Em oito estudos um grupo controle foi introduzido, buscando-se parâmetros de comparação. Um estudo se tratava de revisão de literatura, e nos sete restantes a intervenção foi aplicada em grupo único. Segundo Almeida et al (2009), mudanças na capacidade de tolerar o alongamento e nas propriedades viscoelásticas são decorrências da FNP. Nogueira et al (2009) afirmam que atividades que envolvem o ciclo alongamento-encurtamento, como em atividades com movimentos explosivos, a aplicação prévia da FNP não é recomendada. A FNP mostrou ser efetiva no ganho de amplitude de movimento, quando comparada às demais modalidades de alongamento, melhorando a flexibilidade muscular dos segmentos corporais dos indivíduos. Alguns autores relatam que este fato promove redução no risco de lesões musculares. Porém, observou-se redução na força explosiva e no torque muscular após a aplicação da FNP, devendo-se evitar sua aplicação prévia a exercícios com movimentos explosivos. REFERÊNCIAS ADLER, S. S.; BECKERS, D.; BUCK, M. Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva – um guia ilustrado. 2. ed., Barueri-SP: Manole, 2007. ALMEIDA, G. P. L. et al. Influência do alongamento dos músculos isquiostibial e retofemoral no pico de torque e potência máxima do joelho. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.16, n.4, p.346-51, out/dez 2009. DIAZ, A. F. et al. Estudo comparativo preliminar entre os alongamentos proprioceptivo e estático passivo em pacientes com sequelas de hanseníase. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.15, n.4, p.339-44, out/dez 2008. NOGUEIRA, C. J. et al. Efeito agudo do alongamento submáximo e do método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva sobre a força explosiva. HU Revista, Juiz de Fora, v. 35, n. 1, p. 43-48, jan/mar 2009. EFEITOS DA FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA NO TRATAMENTO DE DOENÇAS SISTÊMICAS: REVISÃO DE LITERATURA Bruno Henrique de Oliveira Guergoleti; Camila Paulino; Fábia Rodrigues Nunes; Fábio Scachetti; Giovanna Carla Interdonato; Kianne Cananea; Larissa Pedro de Oliveira – Centro Universitário Filadélfia - UniFil Orientadora: Prof. Esp. Heloísa Freiria Tsukamoto – Centro Universitário Filadélfia - UniFil RESUMO: A filosofia da Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) baseia-se na idéia de que todo ser humano, incluindo aqueles portadores de deficiências, tem um potencial ainda não explorado. O objetivo foi avaliar os efeitos da aplicação da FNP no tratamento fisioterapêutico de portadores de diferentes patologias. Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados PubMed, MEDLINE, Scielo e LILACS. A seleção final resultou em 11 estudos. As doenças tratadas com a FNP foram: hanseníase, paralisia cerebral, doença renal crônica, miopatia mitocondrial, doença lombar crônica, Doença de Charcot-Marie-Tooth, acidente vascular encefálico (dois artigos). Em cinco artigos, o método Kabat se mostrou eficaz quando comparado com outras técnicas convencionais de tratamento fisioterapêutico para os desfechos avaliados. Conclui-se que os efeitos da FNP em portadores de doenças sistêmicas devem ser analisados individualmente, pois são dependentes dos desfechos avaliados. PALAVRAS-CHAVE: Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva. Kabat. Doenças sistêmicas. A técnica de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP), originalmente desenvolvida por Herman Kabat, em 1940, para o tratamento da poliomielite, vem demonstrando eficácia nas mais distintas doenças. Sua filosofia baseia-se na idéia de que todo ser humano, incluindo aqueles portadores de deficiências, tem um potencial ainda não explorado. O objetivo do método é promover o movimento funcional por meio da facilitação, da inibição, do fortalecimento e do relaxamento dos grupos musculares. Exercícios de FNP podem contribuir para compensar e/ou restaurar as deficiências decorrentes de doenças sistêmicas. Com a finalidade de facilitar o desencadeamento de mecanismos neuromusculares estimulados pelos proprioceptores, a FNP se torna útil para o tratamento de lesões. Dentro da área de Fisioterapia, a FNP se destaca como um método de tratamento de baixo custo, que requer do terapeuta bom posicionamento e adequado contato e resistência manual. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da aplicação da facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) no tratamento fisioterapêutico de portadores de diferentes patologias. Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados PubMed, MEDLINE, Scielo e LILACS, usando as seguintes palavras-chave: proprioceptive neuromuscular facilitation, facilitação neuromuscular proprioceptiva, Kabat, PNF, FNP, physical therapy e fisioterapia. Inicialmente, os estudos foram selecionados com base nos títulos, excluindo-se aqueles que claramente não se relacionavam com o tema da revisão. A seguir, todos os títulos selecionados tiveram seus resumos analisados para identificar aqueles que atendiam aos critérios de inclusão. Os textos completos dos artigos potencialmente relevantes foram recuperados para avaliação final. Alguns textos não puderam ser incluídos por não estarem disponíveis no formato eletrônico de livre acesso. Foram selecionados os estudos que investigaram a aplicação da facilitação neuromuscular proprioceptiva ou os que compararam este método com outras intervenções realizadas no tratamento dos pacientes. A pesquisa bibliográfica foi realizada incluindo títulos publicados de janeiro de janeiro de 2000 até julho de 2011. A busca eletrônica resultou em um total de 680 referências publicadas nas línguas portuguesa e inglesa. A seleção final resultou em 11 estudos, dos quais três eram publicação dupla, resultando assim em oito estudos incluídos. As doenças tratadas com a FNP foram: hanseníase, paralisia cerebral, doença renal crônica, miopatia mitocondrial, doença lombar crônica, Doença de Charcot-Marie-Tooth, acidente vascular encefálico (dois artigos). Em cinco artigos, o método Kabat se mostrou eficaz quando comparado com outras técnicas convencionais de tratamento fisioterapêutico para os desfechos avaliados. Para Meningroni et al (2009), a escolha da FNP como modalidade de tratamento foi fundamentada na evidência de que treinamentos físicos de baixa e moderada intensidade aumentam a força muscular, e protocolos com intensidades mais fortes podem provocar lesões musculares nos pacientes. Conclui-se que os efeitos da FNP em portadores de doenças sistêmicas devem ser analisados individualmente, pois são dependentes dos desfechos avaliados. Efeitos positivos foram observados frente aos desfechos força muscular, amplitude de movimento e dor. Índices de qualidade de vida não mostraram diferenças significativas. REFERÊNCIAS DIAZ, A. F. et al. Estudo comparativo preliminar entre os alongamentos proprioceptivo e estático passivo em pacientes com sequelas de hanseníase. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.15, n.4, p.339-44, out/dez 2008. KOFOTOLIS, N; KELLIS, E. Effects of Two 4-Week Proprioceptive Neuromuscular Facilitation Programs on Muscle Endurance, Flexibility, and Functional Performance in Women With Chronic Low Back Pain. Physical Therapy. v. 86, n. 7, july. 2006. MENINGRONI, P. et al. Irradiação contralateral de força para a ativação do músculo tibial anterior em portadores da doença de Charcot-Marie-Tooth: efeitos de um programa de intervenção por FNP. Rev Bras Fisioter., São Carlos, v. 13, n. 5, p. 438-43, set/out 2009. ORSINI, M. et al. Facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) na miopatia mitocondrial: estudo de caso. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 22, n. 2, p. 169-176, abr/jun 2009. EFETIVIDADE DA MOBILIZAÇÃO ARTICULAR MANUAL NO TRATAMENTO DE INDIVÍDUOS ADULTOS COM DOENÇA DE OMBRO – REVISÃO SISTEMATIZADA Luciana Martins Pereira; David do Nascimento Pereira; Ana Paula Gonzalez Rocha Adamo – Centro Universitário Filadélfia – Unifil Orientador – Prof. Ms. Fernando Kenji Nampo ‐ Centro Universitário Filadélfia ‐ UniFil RESUMO: O objetivo deste estudo foi verificar por meio de uma revisão sistematizada a efetividade de técnicas de mobilização articular no tratamento do ombro de indivíduos adultos. Para tanto, foi realizada uma busca na base de dados Medline por ensaios clínicos aleatórios ou quasi-aleatórios que avaliassem a relação entre a mobilização articular e pelo menos um dos seguintes desfechos: amplitude de movimento, dor ou funcionalidade do complexo articular do ombro. A busca retornou 57 artigos, dos quais dezoito ensaios clínicos foram incluídos nesse estudo. Doze ensaios referiam-se a técnicas de mobilização articular na redução da dor no ombro, treze estudos sobre efeitos da mobilização na amplitude de movimento e seis estudos sobre a influência da mobilização articular na funcionalidade do ombro. Dos doze estudos sobre efeitos da mobilização na redução de dores no ombro, onze ensaios demonstraram que a mesma tem efetividade na diminuição da dor, todos os treze ensaios clínicos sobre a mobilização articular no ganho de amplitude de movimento apontavam melhoras significativas e todos os estudos que avaliaram a funcionalidade do ombro demonstraram resultados positivos. Baseando-se nos resultados encontrados, pode-se afirmar que a mobilização articular por meio de suas técnicas, é efetiva para alívio de dor, aumento da amplitude de movimento e aumento da funcionalidade. PALAVRAS-CHAVE: Fisioterapia. Ombro, Manipulações Musculoesqueléticas, Modalidades de A Fisioterapia disponibiliza muitas técnicas não farmacológicas no tratamento de doenças que acometem o ombro. O tratamento pode incluir diversas técnicas e procedimentos tais como eletroterapia, massagem, exercícios de mobilização e manipulação, sendo a Mobilização Articular Manual uma das mais freqüentemente utilizadas. Mobilização Articular Manual refere-se a uma técnica utilizada para tratar disfunções articulares como rigidez, hipomobilidade ou dor. Para ser utilizada da forma mais efetiva possível, os profissionais devem ter domínio nos conhecimentos em anatomia, histologia e fisiopatologia do sistema neuromusculoesquelético. Uma vez bem indicada, a mobilização articular torna-se um método seguro de se restaurar ou manter as funções articulares, também tendo resultados positivos na diminuição da dor. A atividade Biológica também é estimulada através da mobilização articular, movimentando o líquido sinovial que favorece a nutrição da cartilagem das superfícies articulares, além disso, a extensibilidade e força de tensão nos tecidos articulares podem ser mantidas quando aplicadas técnicas de mobilização. Porém, seu uso indiscriminado pode ser potencialmente prejudicial para as articulações do paciente. É importante destacar que articulações com processos inflamatórios, hipermobilidade, efusão articular, fraturas não consolidadas, dor excessiva e tecido conectivo enfraquecido ou recém formado tem contraindicações verdadeiras para técnicas de mobilização articular. O tratamento de pacientes com mobilidade articular limitada ou dolorosa requer uma avaliação e análise de quais tecidos estão limitando a função da articulação e influenciando no estado da doença, a partir daí determina-se se o tratamento de mobilização articular será primariamente direcionado no alívio de dor ou intervenção em uma limitação articular. Queixas envolvendo articulações do ombro são comuns, e freqüentemente caracterizadas por incapacidades funcionais que ocorrem devido a dor ou limitação da amplitude de movimento. Isso resulta num aumento substancial da assistência médica, incapacidade na realização das atividades de vida diária e conseqüente redução da qualidade de vida. Técnicas de mobilização articular são Frequentemente utilizadas por fisioterapeutas para problemas relacionados ao complexo articular do ombro. Pensando nisso, a presente revisão objetiva fazer uma releitura de publicações científicas para verificar a efetividade da mobilização articular manual no tratamento de doenças relacionadas ao ombro. Realizou-se uma pesquisa na base de dados Medline com a seguinte estratégia: (((joint mobilization) OR ("Musculoskeletal Manipulations"[Mesh])) AND ("Shoulder Joint"[Mesh])) AND (("Clinical Trial "[Publication Type] OR "Controlled Clinical Trial "[Publication Type] OR "Randomized Controlled Trial "[Publication Type] OR "Meta-Analysis "[Publication Type] OR ("Clinical Trials, Phase I as Topic"[Mesh] OR "Clinical Trials, Phase IV as Topic"[Mesh] OR "Clinical Trials, Phase III as Topic"[Mesh] OR "Clinical Trials, Phase II as Topic"[Mesh]))). Foram incluídos apenas ensaios clínicos aleatorizados ou quasi-aleatorizados escritos em inglês, português ou espanhol, publicados entre 1964 e agosto de 2011 em que a amostra foi composta por indivíduos adultos com doença de ombro. Além disso, pelo menos um dos grupos deveria ser submetido à mobilização articular manual e ao menos um dos desfechos deveria ser dor, amplitude de movimento ou funcionalidade. A busca retornou 57 artigos, dos quais dezoito ensaios clínicos foram incluídos neste estudo. Doze ensaios referiam-se a técnicas de mobilização articular na redução da dor no ombro, treze estudos sobre efeitos da mobilização na amplitude de movimento e seis estudos sobre a influência da mobilização articular na funcionalidade do ombro. Dos doze estudos sobre efeitos da mobilização da redução de dores no ombro, onze ensaios demonstraram que a mesma tem efetividade na diminuição da dor, todos os treze ensaios clínicos sobre a mobilização articular no ganho de amplitude de movimento apontavam melhoras significativas e todos os estudos que avaliaram a funcionalidade do ombro demonstraram resultados positivos para indivíduos submetidos à aplicação de técnicas de mobilização articular. Baseando-se nos resultados encontrados, pode-se afirmar que a mobilização articular por meio de suas técnicas é efetiva para alivio da dor, aumento da amplitude de movimento e aumento da funcionalidade para pacientes adultos com doença de ombro. No entanto, sugerem-se novas pesquisas com o objetivo de se esclarecer qual forma de mobilização articular manual é mais adequada para cada condição. REFERÊNCIAS ANDERSEN, N.H et al. Frozen Shoulder: arthroscopy and manipulation under general anesthesia and early passive motion. J Shoulder Elbow Surq. 1998. BERGAN, G.J. Et al. Manipulative therapy in addition to usual medical care accelerates recovery of shoulder complaints at higher cost: economic outcomes of a randomized trial. BMC Musculoskelet Disord. 2010. CHEN, JF ; GINN, KA ; HERBERT, RD. Passive mobilization of shoulder joints plus advice and exercise does not reduce pain and disability more than advice and exercise alone: a randomized trial. Aust J Physiother. 2009. DIERCKS, RL ; STEVENS, M. Gentle thawing of the frozen shoulder: a prospective study of supervised neglect versus intensive physical therapy in seventy-seven patients with frozen shoulder syndrome followed up for two years. J Shoulder Elbow Surq. 2004. GULER-UVSAL, F ; KOZANOGLU, E. Comparison of the early response to two methods of rehabilitation in adhesive capsulitis. Swiss Med Wkly. 2004. JOHNSON, A.J. et al. The effect of anterior versus posterior glide joint mobilization on external rotation range of motion in patients with shoulder adhesive capsulitis. J Orthop Sports Phys Ther. 2007. KAIN, J ; MARTORELLO, L ; SWANSON, E ; SEGO, S. Comparison of an indirect triplanar myofascial release (MFR) technique and hot pack for increasing range of motion. J Bovw Mov Ther. 2011. KHAN, J.A. et al. Manipulation under local anesthesia in idiopathic frozen shoulder – a new effective and simple technique. Nepal Med Coll J. 2009. KISNER, Carolyn ; COLBY, Lynn. Exercícios Terapêuticos – Fundamentos e Técnicas. 3. ed., São Paulo: Manole, 1998. KIVIMAKI, J ; POHIOLAINEN, T. Manipulation under anesthesia for frozen shoulder with and without steroid injection. Arch Phys Med Rehabil. 2001. KIVIMAKI, J. et al. Manipulation under anesthesia with home exercises versus home exercises alone in the treatment of frozen shoulder: a randomized, controlled trial with 125 patients. J Shoulder Elbow Surq. 2007. LYNCH, D. et al. Continuous passive motion improves shoulder joint integrity following stroke. Clin Rehabil. 2005. NQ, C.Y et al. Manipulation under anesthesia and early physiotherapy facilitate recovery of patients with frozen shoulder syndrome. Scott Med J. 2009. QURAISHI, N.A. et al. Thawing the frozen shoulder. A randomized trial comparing manipulation under anesthesia with hydrodilatation. J Bone Joint Surq Br. 2007. SURENKOK, O ; AVTAR, A ; BAITACI, G. Acute effects of scapular mobilization in shoulder dysfunction: a double-blind randomized placebo-controlled trial. J Sport Rehabil. 2009. TANAKA, K. et al. Joint mobilization versus self-exercises for limited glenohumeral joint mobility: randomized controlled study of management of rehabilitation. Clin Rheumatol. 2010. WINTERS, J.C et al. Treatment of shoulder complaints in general practice: long term results of a randomized, single blind study comparing physiotherapy, manipulation and corticosteroid injection. BMJ. 1999. WINTERS, J.C. et al. Comparison of physiotherapy, manipulation and corticosteroid injection for treating shoulder complaints in general practice: randomized single blind study. BMJ. 1997. YANG, JL. et al. Mobilization techniques in subjects with frozen shoulder syndrome: randomized multiple-treatment trial. Phys Ther. 2007. EFETIVIDADE DO ALONGAMENTO MUSCULAR EM AUMENTAR A FLEXIBILIDADE DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS – REVISÃO SISTEMATIZADA Luciana Martins Pereira; David do Nascimento Pereira; Ana Paula Gonzalez Rocha Adamo – Centro Universitário Filadélfia – UniFil Orientador – Prof. Ms. Fernando Kenji Nampo ‐ Centro Universitário Filadélfia ‐ UniFil RESUMO: O objetivo deste estudo foi verificar por meio de uma revisão sistematizada a efetividade de técnicas de alongamento muscular no aumento da flexibilidade dos músculos isquiotibiais de indivíduos sem lesão musculoesquelética. Para tanto, foi realizada uma busca na base de dados Medline por ensaios clínicos aleatórios ou quasi-aleatórios que avaliassem a relação entre o alongamento muscular dos isquiotibiais e a flexibilidade desta musculatura. A busca retornou 133 artigos, dos quais 25 ensaios clínicos foram incluídos nesse estudo. Seis ensaios avaliaram, em pelo menos um dos desfechos, a tensão muscular dos isquiotibiais e apenas um relatou benefício obtido através do alongamento. Todas as pesquisas que avaliaram a amplitude de movimento, independentemente da forma de mensuração, apontaram benefícios advindos do programa de alongamento, seja ele inserido em um programa de curta duração ou de longa duração. Os resultados encontrados permitem concluir que o alongamento de isquiotibiais proporciona um aumento da amplitude de movimento. PALAVRAS-CHAVE: Exercícios de alongamento muscular, Modalidades de fisioterapia, Extremidade inferior. Pesquisas avaliam a relação entre o encurtamento dos músculos isquiotibiais e surgimento de lesões e doenças do joelho. No intuito de prevenir o surgimento destas condições e tratar estes pacientes, a fisioterapia procura contribuir com a utilização de recursos para promover o aumento da flexibilidade deste grupo muscular. Neste sentido, uma das estratégias mais utilizadas é o alongamento muscular, o qual pode ser aplicado de diversas formas, sendo questionável a efetividade das diferentes modalidades. O alongamento muscular é uma estratégia utilizada para aumentar a extensibilidade músculo tendinea e periarticular, contribuindo para aumentar a flexibilidade e mobilidade. Dentro destas estratégia, existem diferentes formas de aplicação do alongamento, sendo as mais comumente utilizadas o alongamento estático, o balístico e as técnicas que englobam a facilitação neuromuscular proprioceptiva, como o sustentar relaxar e contrair relaxar. Também, questiona-se se há diferença entre as frequências e durações do alongamento e se o tempo de utilização da técnica influencia nos resultados, já que o aumento da flexibilidade é reflexo de alterações teciduais. No intuito de verificar a efetividade das técnicas de alongamento, realizou-se uma pesquisa na base de dados Medline com a seguinte estratégia: (hamstrings) AND ((“Muscule Stretching Exercises”[Mesh]) OR (flexibility) OR (“Range of Motion, Articular”[Majr])). Foram incluídos apenas ensaios clínicos aleatorizados ou quasi-aleatorizados escritos em inglês, português ou espanhol, publicados entre 1964 e agosto de 2011. Além disso, pelo menos um dos grupos deveria ser submetido ao alongamento muscular e o desfecho deveria ser amplitude de movimento e/ou flexibilidade. Deve-se observar que o termo “flexibilidade” permite duas interpretações. A primeira, mais comum, está relacionada a habilidade de movimentar um segmento corporal no espaço, sendo esta medida avaliada, geralmente, pela goniometria. A segunda interpretação está relacionada à resistência elástica imposta pela musculatura, ou seja, a redução da resistência oferecida por um musculo relaxado ao ser alongado. A busca retornou 133 artigos, dos quais 25 foram incluídos neste estudo. Seis ensaios avaliaram, em pelo menos um dos desfechos, a tensão muscular dos isquiotibiais e apenas um relatou benefício obtido através do alongamento. Todas as pesquisas que avaliaram a amplitude de movimento, independentemente da forma de mensuração, apontaram benefícios advindos do programa de alongamento, seja ele inserido em um programa de curta duração ou de longa duração. De acordo com a pesquisa desenvolvida por Chan e cols. (2001), uma duração mais prolongada do programa de alongamentos (8 semanas) pode favorecer uma menor tensão muscular dos isquiotibiais, sendo que esta pesquisa corrobora com os demais estudos que avaliaram a tensão muscular e que apontam que um programa de curta duração permite uma maior amplitude de movimento por elevar a tolerância a dor dos praticantes de alongamento. Baseando-se nos resultados encontrados, pode-se afirmar que diferentes técnicas de alongamento permitem um aumento na amplitude de movimento, no entanto, deve-se observar que este aumento pode não estar relacionado a uma menor tensão muscular, fator este importante para a biomecânica articular, mas sim a um aumento na tolerância ao alongamento muscular. REFERÊNCIAS AQUINO CF, FONSECA ST, GONÇALVES GG, SILVA PL, OCARINO JM, MANCINI MC. Stretching versus strength training in lengthened position in subjects with tight hamstring muscles: a randomized controlled trial. Man Ther. v.15, n.1, p.26-31.2010 Feb; Epub 2009 Jul 25. BEEDLE BB, LEYDIG SN, CARNUCCI JM. No difference in pre- and postexercise stretching on flexibility. J Strength Cond Res, v.21, n.3, p.780-3, Aug 2007. CHAN SP, HONG Y, ROBINSON PD. Flexibility and passive resistance of the hamstrings of young adults using two different static stretching protocols. Scand J Med Sci Sports. v.11, n.2, p.81-6, Apr 2001. DAVIS DS, ASHBY PE, MCCALE KL, MCQUAIN JA, WINE JM. The effectiveness of 3 stretching techniques on hamstring flexibility using consistent stretching parameters. J Strength Cond Res., v.19, n.1, p.27-32, Feb 2005. DRAPER DO, CASTRO JL, FELAND B, SCHULTHIES S, EGGETT D. Shortwave diathermy and prolonged stretching increase hamstring flexibility more than prolonged stretching alone. J Orthop Sports Phys Ther, v. 34, n.1, p.13-20, jan 2004. FELAND JB, HAWKS M, HOPKINS JT, HUNTER I, JOHNSON AW, EGGETT DL. Whole body vibration as an adjunct to static stretching. Int J Sports Med,. 2010 Aug; v.31, n.8, p.584-9. Epub 2010 Jun 9. FELAND JB, MARIN HN. Effect of submaximal contraction intensity in contract-relax proprioceptive neuromuscular facilitation stretching. Br J Sports Med., v.38, n.4, p.E18, Aug. 2004. GALLON D. et al. The effects of stretching on the flexibility, muscle performance and functionality of institutionalized older women. Braz J Med Biol Res. 2011 Mar; v.44, n.3, p.22935, Epub 2011 Jan 26. GUILLOT A, TOLLERON C, COLLET C. Does motor imagery enhance stretching and flexibility? J Sports Sci, v.28, n.3, p.291-8, Feb 2010. HALBERTSMA JP, GÖEKEN LN. Stretching exercises: effect on passive extensibility and stiffness in short hamstrings of healthy subjects. Arch Phys Med Rehabil. v.75, n.9, p.976-81, Sep 1994. HALBERTSMA JP, MULDER I, GÖEKEN LN, EISMA WH. Repeated passive stretching: acute effect on the passive muscle moment and extensibility of short hamstrings.Arch Phys Med Rehabil, v.80, n.4, p.407-14, Apr 1999. HALBERTSMA JP, VAN BOLHUIS AI, GÖEKEN LN. Sport stretching: effect on passive muscle stiffness of short hamstrings. Arch Phys Med Rehabil, v.77, n.7, p.688-92, Jul 1996. LAROCHE DP, CONNOLLY DA. Effects of stretching on passive muscle tension and response to eccentric exercise. Am J Sports Med. 2006 Jun; v.34, n.6, p.1000-7. Epub Feb 13, 2006. O'HORA J. et al. Efficacy of static stretching and proprioceptive neuromuscular facilitation stretch on hamstrings length after a single session. J Strength Cond Res., v.25, n.6, p.1586-91, Jun 2011. RAHNAMA N, LEES A, BAMBAECICHI E. Comparison of muscle strength and flexibility between the preferred and non-preferred leg in English soccer players. Ergonomics, v.48, n.1114, p.1568-75, Sep/Nov 2005. RANCOUR J, HOLMES CF, CIPRIANI DJ. The effects of intermittent stretching following a 4week static stretching protocol: a randomized trial. J Strength Cond Res., v.23, n.8, p.2217-22, Nov 2009. SADY SP, WORTMAN M, BLANKE D. Flexibility training: ballistic, static or proprioceptive neuromuscular facilitation? Arch Phys Med Rehabi,. v.63, n.6, p.261-3, Jun 1982. SANTONJA MEDINA F.M. Et al. Effects of frequency of static stretching on straight-leg raise in elementary school children. J Sports Med Phys Fitness, v.47, n.3, p.304-8, Sep 2007. SHADMEHR A, HADIAN MR, NAIEMI SS, JALAIE S. Hamstring flexibility in young women following passive stretch and muscle energy technique. J Back Musculoskelet Rehabil, v.22, n.3, p.143-8, 2009. VAN DEN TILLAAR R. Will whole-body vibration training help increase the range of motion of the hamstrings? J Strength Cond Res., v.20, n.1, p.192-6, Feb.2006. WIEMANN K, HAHN K. Influences of strength, stretching and circulatory exercises on flexibility parameters of the human hamstrings. Int J Sports Med, v.18, n.5, p.340-6, Jul. 1997. WILLIFORD H.N. et al. Evaluation of warm-up for improvement in flexibility. Am J Sports Med. v.14, n.4, p.316-9, Jul/Aug 1986. YOUDAS J.W. et al.The efficacy of two modified proprioceptive neuromuscular facilitation stretching techniques in subjects with reduced hamstring muscle length. Physiother Theory Pract., v.26, n.4, p.240-50, May. 2010. INFLUÊNCIA DO ALONGAMENTO ATIVO DE EXTENSORES E FLEXORES DE JOELHO NOS EXERCÍCIOS FÍSICOS DE POTÊNCIA MUSCULAR EM ATLETAS JUVENIS DE HANDEBOL DE LONDRINA. ESTUDO QUASI-EXPERIMENTAL Luciana Martins Pereira – Centro Universitário Filadélfia – UniFil Colaboradora – Lívia Camargo Stutz Capello – Centro Universitário Filadélfia – UniFil Orientadora – Profª. Roberta Ramos Pinto - Centro Universitário Filadélfia – UniFil Co-orientador – Ricardo Oliveira – Universidade Estadual de Londrina – UEL RESUMO: O trabalho intitulado “Influência do alongamento ativo de extensores e flexores de joelho nos exercícios físicos de potência muscular em atletas juvenis de handebol de Londrina. Estudo Quasi-experimental”, refere-se a um trabalho de conclusão de curso que visa verificar se o alongamento ativo de extensores e flexores de joelho influencia nos exercícios físicos de potência muscular em atletas juvenis de handebol, e comparar o tempo gasto no teste de velocidade de 30 metros pré e pós auto alongamento de quadríceps e isquiotibiais bilateral. Para tanto, foram analisados 14 atletas de handebol do sexo masculino do Colégio Londrinense de Londrina – PR, os atletas foram divididos de forma aleatória em 2 grupos (A e B). Foi realizada uma única série de alongamento ativo dos membros inferiores dos músculos quadríceps e isquiotibiais a partir da posição ortostática. Cada série foi feita antes do teste de corrida de 30 metros, teve duração de 30 segundos. O resultado do estudo mostrou que não houve diferença significativa entre alongar ou não antes da realização de sprints máximos em uma distância de 30 metros. PALAVRAS-CHAVE: alongamento, potência. Os exercícios de alongamento muscular estão entre os mais comumente utilizados na reabilitação e na prática esportiva. São técnicas utilizadas para aumentar a extensibilidade musculotendínea e periarticular, contribuindo para aumentar a flexibilidade e mobilidade. (Almeida et al., 2009). É importante saber a influência do alongamento sobre a potência muscular, que é a combinação entre a velocidade e a força, pois quanto maior a força ou a velocidade de execução, maior será a potência gerada (WEINECK, 2003 apud. MACHADO et al., 2007). Estudos (LAROCHE et al, 2008) apontam que o alongamento, quando realizado previamente a um esforço máximo (efeito imediato), pode diminuir a capacidade de produzir elevadas performances nas quais a força e a potência muscular são reduzidas. Segundo Fontana (1999), a fisioterapia desportiva tem como objetivo tratar os indivíduos portadores de um quadro patológico e restabelecer a funcionalidade perdida em decorrência deste quadro. Dessa forma, atua-se também na prevenção, associada à potencialização máxima das funções do atleta e à orientações de treinamento, que estão diretamente relacionadas ao desempenho do atleta, tornando clara a necessidade da atuação desse profissional dentro da equipe de treinamento desses indivíduos. Paixão; Akutsu e Pinto (2004) afirmam que o fisioterapeuta deve conhecer e caracterizar o esporte em que vai atuar, além da metodologia do treinamento empregada pelo treinador, devido ao fato de esta ser primordial para o entendimento do mecanismo das lesões e, conseqüentemente, para uma melhor e mais rápida recuperação dos atletas lesionados. O presente estudo teve como objetivo investigar a eficiência do alongamento ativo de extensores e flexores de joelho nos exercícios que exigem potência muscular, e assim, fornecer mais conhecimento sobre a importância do mesmo para atletas, treinadores e fisioterapeutas. Foram analisados 14 atletas de handebol do sexo masculino do Colégio Londrinense de Londrina – PR, Os dados pessoais foram coletados por meio de uma anamnese que continha nome; idade; data de nascimento; posição que joga; Índice de massa corpórea (IMC). Os atletas foram divididos de forma aleatória em 2 grupos (A e B). A coleta de dados foi feita através do teste de corrida de 30 metros, que tem como objetivo medir a velocidade alcançada nesta distância, sendo utilizado o sistema de células fotoelétricas, que foram acionadas pela interrupção de uma barreira invisível de raios, sendo utilizadas para determinar o tempo necessário para percorrer a distância estabelecida. O protocolo foi única série de alongamento ativo dos membros inferiores dos músculos quadríceps e isquiotibiais a partir da posição ortostática. Cada série foi feita antes do teste de corrida de 30 metros, teve duração de 30 segundos, e foi supervisionada por 2 pesquisadoras. Cada pesquisadora supervisionou um grupo muscular. Os atletas iniciavam pelo alongamento ativo de quadríceps, em seguida iam para o alongamento ativo de isquiotibiais e logo após o término da série seguiam para a realização do teste de corrida de 30 metros. Os atletas foram supervisionados individualmente. O resultado do estudo mostrou que não houve diferença significativa entre alongar ou não antes da realização de sprints máximos em uma distância de 30 metros. Existem argumentos de que a realização de exercícios de alongamento imediatamente antes à realização de atividades que demandam força e potência muscular, efeito agudo, resultam em redução da performance, enquanto que a realização regular de exercícios de alongamento, efeito crônico, acarretam aumentos na performance (ALMEIDA et al, 2009). Portanto, conclui-se que a realização do auto alongamento de flexores e extensores de joelho em atletas juvenis praticantes de handebol antes de exercícios que exigem a potência muscular, não apresenta efeito agudo positivo ou negativo, ou seja, não reduz nem aumenta a performance do atleta. REFERÊNCIAS ALMEIDA, P. et al. Alongamento Muscular: suas implicações na performance e na prevenção de lesões. Fisioterapia em Movimento, v.22, n.3, p.335-343, 2009. FONTANA, R. F. O papel da fisioterapia na performance do atleta. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE FISIOTERAPIA, 4, 1999. Revista Fisioterapia Universidade São Paulo, v. 6, p. 24, 1999. LAROCHE DP; LUSSIER MV; ROY SJ. Chronic stretching and voluntary muscle force. J Strength Cond Res, v.22, p. 589-96, 2008. PAIXÃO, D. O.; AKUTSU, M. L. S.; PINTO, S. S. Avaliação isocinética da média de torque e potência em flexores e extensores de joelhos relacionando o posicionamento em campo, idade e membro dominante em atletas de futebol profissional. Revista Reabilitar, São Paulo: Pancast, a. 6, n. 24, p. 10-20, jul/set 2004. WEINECK, J. Manual do treinamento esportivo. São Paulo: Manole, 1989. PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS NO SETOR DE FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE – CIF Luis Fabiano Andrade Silva; Naiara Daiane Camargo; Daniela Hayashi Banja – Faculdade de Apucarana – FAP Orientadora: Profa. Esp. Heloísa Freiria Tsukamoto – Faculdade de Apucarana – FAP RESUMO: A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) privilegia os aspectos positivos das condições de saúde e tem potencialidade para uso em várias áreas e com diversos objetivos. O objetivo do estudo foi verificar o perfil dos pacientes atendidos no setor de Fisioterapia Neurofuncional da Clínica Escola da FAP, segundo a CIF. Para determinar o perfil dos pacientes segundo a CIF, elaborou-se uma ficha de avaliação, do tipo core sets, sendo selecionados os códigos mais relevantes para a pesquisa. As atividades que apresentaram maiores restrição à participação foram: levantar e transportar objetos, andar longas distâncias, utilizar veículos motorizados e conseguir trabalho remunerado. Para todos os pacientes avaliados, os prestadores de cuidados pessoais, os profissionais de saúde e os serviços, sistemas e políticas de saúde são facilitadores ambientais. A CIF se mostrou um instrumento adequado para traçar o perfil dos pacientes atendidos no setor de fisioterapia neurofuncional, por apontar com detalhes as capacidades e as disfunções apresentadas pelos indivíduos. PALAVRAS-CHAVE: Perfil. Fisioterapia Neurofuncional. Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) constitui um instrumento, baseado na determinação de códigos, que pretende servir de base conceitual para definir e medir as incapacidades. Porém, mais do que isso, a classificação privilegia os aspectos positivos das condições de saúde e por isso seu título incorpora os termos funcionalidade e saúde. A classificação tem potencialidade para uso em várias áreas e com diversos objetivos. Na clínica, a CIF permite acompanhar a evolução dos pacientes, avaliar as diversas terapias, mensurar a incapacidade ocasionada pelos diferentes níveis de cada doença ou lesão, enfim, relacionar doenças à qualidade de vida do paciente. A estrutura e o conteúdo da CIF são capazes de auxiliar o fisioterapeuta no registro de dados funcionais, definição dos alvos de intervenção e documentação de desfechos, possibilitando a adoção de um novo modelo para orientar a prática clínica. O objetivo do estudo foi verificar o perfil dos pacientes atendidos no setor de Fisioterapia Neurofuncional da Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade de Apucarana, segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – CIF. Foram avaliados 19 indivíduos (13 homens), com idade de 47±13 anos, tempo de diagnóstico da doença de 4[1,8; 9]anos, atendidos no setor de fisioterapia neurofuncional com tempo de tratamento fisioterápico de 2,8[0,7; 5]anos. As doenças mais prevalentes foram lesão medular (26%) e acidente vascular encefálico (21%). A avaliação foi realizada sob a forma de entrevista por avaliadores treinados. Foram coletados dados sócio-demográficos e clínicos para caracterização da amostra. Para determinar o perfil dos pacientes segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), elaborou-se uma ficha de avaliação, do tipo core sets, sendo selecionados os códigos da CIF mais relevantes para a pesquisa. Os dados coletados foram analisados no programa estatístico SPSS 15.0. Devido ao tamanho reduzido da amostra, a análise descritiva dos dados está representada por mediana e intervalo-interquartílico e frequência absoluta e relativa. Como resultados, cerca de 37% apresentavam ensino fundamental incompleto, 42% renda igual ou superior a quatro salários mínimos, 84% moram em casa própria e 53% utilizam transporte particular. Quanto às funções corporais, nenhum paciente apresentava alterações das funções mentais, a maioria não apresentava alteração das funções sensoriais e dor, porém 42% apresentavam disfunções sexuais moderadas. Cerca de 40% apresentavam alguma alteração articular grave, 58% disfunção muscular grave e deficiência grave do movimento voluntário, 53% alteração de tônus grave e 90% dos pacientes apresentam algum tipo de deficiência na marcha. As atividades que apresentaram maiores restrição à participação foram: levantar e transportar objetos, andar longas distâncias, utilizar veículos motorizados e conseguir trabalho remunerado. Para todos os pacientes avaliados, os prestadores de cuidados pessoais, os profissionais de saúde e os serviços, sistemas e políticas de saúde são facilitadores ambientais. Conclui-se que a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde se mostrou um instrumento adequado para traçar o perfil dos pacientes atendidos no setor de fisioterapia neurofuncional, por apontar com detalhes as capacidades e as disfunções apresentadas pelos indivíduos. Alterações motoras relacionadas à marcha estão presentes na maioria dos pacientes neurológicos, causando repercussões à participação desses indivíduos em diversas atividades. REFERÊNCIAS BUCHALLA, M. C. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Acta Fisiatr. v.10, n.1, p. 29-31, 2003. INTERNATIONAL CLASSIFICATION OF FUNCTIONING, DISABILITY AND HEALTH (ICF): crosscutting breakout session. Physical Disabilities through the Lifespan Conference. Neurorehabil Neural Repair. n.19, p.61S-3S, 2005. OMS. CIF: Classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde. São Paulo: EDUSP; 2003. WORLD HEALTH ORGANIZATION FAMILY OF INTERNATIONAL CLASSIFICATIONS - WHO. [texto na Internet]. Geneva: [citado 11 Abr 2007]. Disponível em: <http://www.who.int/classifications/en/WHOFICFamily.pdf>. Acesso em 26 de dezembro de 2011. PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM HEMIPLÉGICOS APÓS AVE Luis Fabiano Andrade Silva; Naiara Daiane Camargo; Suelen Gabriel Salustiano – Faculdade de Apucarana – FAP Orientadora: Profa. Esp. Heloísa Freiria Tsukamoto – Faculdade de Apucarana – FAP RESUMO: O acidente vascular encefálico (AVE) constitui uma das maiores causas de sequelas permanentes, levando o paciente a sofrer limitações funcionais e emocionais para executar suas tarefas, com interferência em sua qualidade de vida (QV). O objetivo do estudo foi analisar a percepção da qualidade de vida de indivíduos hemiplégicos acometidos por acidente vascular encefálico. A coleta dos dados da pesquisa foi realizada através da aplicação de três instrumentos: 1) ficha de identificação do participante; 2) o Stroke Specific Quality of Life Scale (SSQOL); e 3) o Índice de Barthel Modificado (IBm). Participaram da pesquisa 10 pacientes, com média de idade de 55,8±5,4 anos. Os valores das médias dos questionários foram: SSQOL = 150,6±36,7 pontos; IBm = 38,2±11pontos. A percepção da QV entre os participantes mostrou valores inferiores à pontuação máxima que poderia ser obtida na avaliação, para todos os hemiplégicos. Pode-se sugerir, assim, que o AVE interfere nos aspectos relacionados à QV destes indivíduos. PALAVRAS-CHAVE: Acidente vascular encefálico. Qualidade de vida. Independência funcional. O aumento da expectativa de vida da população mundial foi acompanhado pela crescente incidência de doenças de caráter crônico. Instaladas em seus portadores, estas patologias interferem no bem estar físico, emocional, econômico e social, acarretando prejuízos na qualidade da vida destas pessoas. Atualmente, o acidente vascular encefálico (AVE) constitui uma das maiores causas de sequelas permanentes que geram incapacidade e afastamento do trabalho. A sequela mais comum do AVE é a hemiplegia, que resulta em uma paralisia ou diminuição da força muscular de um hemicorpo, levando o paciente a sofrer limitações funcionais e emocionais para executar suas tarefas, com interferência em sua qualidade de vida. Por esta razão, mensurar a percepção da qualidade de vida em hemiplégicos participantes de programas de tratamento fisioterapêutico é de grande importância, para avaliar as condições de saúde e funcionamento social necessários para a integridade e reabilitação satisfatória desses pacientes. Analisar a percepção da qualidade de vida de indivíduos hemiplégicos acometidos por acidente vascular encefálico e correlacionar o índice de qualidade de vida com o grau de funcionalidade observado nos portadores de hemiplegia. Trata-se de um estudo exploratório, com abordagem quantitativa, caracterizando-se como uma pesquisa transversal. Foi realizado na Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade de Apucarana – FAP e no Lar São Vicente de Paula, em Apucarana-Pr. A amostra do estudo foi do tipo não-casual, por conveniência e intencional, composta de dez pacientes com diagnóstico clínico de AVE, acompanhados pelo serviço de fisioterapia. A coleta dos dados da pesquisa foi realizada através da aplicação de três instrumentos: 1) ficha de identificação do participante; 2) o Stroke Specific Quality of Life Scale (SSQOL), para medir a qualidade de vida (QV) dos indivíduos com sequela de AVE; e 3) o Índice de Barthel Modificado (IBm), para avaliar o grau de independência dos pacientes hemiplégicos na realização das suas atividades de vida diária (AVDs). Participaram da pesquisa 10 pacientes, com média de idade de 55,8±5,4 anos, sendo cinco homens e cinco mulheres. Seis eram pacientes da Clínica Escola da FAP, e os demais, internos do Lar São Vicente de Paulo. Os valores das médias dos questionários foram: SSQOL = 150,6±36,7 pontos; IBm = 38,2±11pontos. A percepção da QV entre os participantes mostrou valores inferiores à pontuação máxima que poderia ser obtida na avaliação, para todos os hemiplégicos. Mota e Nicolato (2008), em seu estudo de revisão de literatura sobre o tema QV e AVE, relatam que apesar da grande variação nos métodos e instrumentos empregados na mensuração do desfecho, foi possível observar algumas tendências. De modo geral, os pacientes possuíam pior QV do que aqueles que não sofreram o evento. A pobreza da QV correlacionou-se ao déficit da função física, à presença de depressão ou de seus sintomas, ser do gênero feminino e ser mais idoso. Verificou-se que a percepção da QV entre os participantes do estudo mostrou valores inferiores à pontuação máxima que poderia ser obtida na avaliação, para todos os hemiplégicos, e pode-se sugerir, assim, que o AVE interfere nos aspectos relacionados à QV destes indivíduos. Existe correlação entre o nível de capacidade funcional dos hemiplégicos e seu índice de QV, sendo que quanto mais dependente é o paciente em suas atividades de vida diária, pior é a percepção de QV. REFERÊNCIAS BENVEGNU, A. B. et al. Avaliação da medida de independência funcional de indivíduos com sequelas de acidente vascular encefálico (AVE). Revista Ciência & Saúde. v. 1, n. 2, p. 71-77. Porto Alegre. jul./dez., 2008. CESÁRIO, C. M. M.; PENASSO, P.; OLIVEIRA, A. P. R. Impacto da disfunção motora na qualidade de vida em pacientes com acidente vascular encefálico. Revista Neurociências. v.14, n.1, p.6-9, 2006. MOTA, J. F.; NICOLATO, R. Qualidade de vida em sobreviventes de acidente vascular cerebral. J Bras Psiquiatr. v. 57, n.2, p.148-156, 2008. POLESE, J. C.; TONIAL, A; JUNG, F. K; MAZUCO, R; OLIVEIRA, S. G; SCHUSTER, R. C. Avaliação da funcionalidade de indivíduos acometidos por Acidente Vascular Encefálico. Revista Neurociências. v.16, n.3, p.175-178, 2008. ANÁLISE DA FUNCIONALIDADE E DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS Naiara Daiane Camargo; Luis Fabiano Andrade Silva; Heloísa Freiria Tsukamoto – Faculdade de Apucarana – FAP Orientadora: Profa. Esp. Daniela Hayashi – Faculdade de Apucarana – FAP RESUMO: Independência funcional está ligada à mobilidade e à capacidade funcional, nas quais o indivíduo não requer ajuda para a realização das atividades de vida diária. O objetivo do estudo foi analisar a funcionalidade e a qualidade de vida de pacientes em atendimento no setor de fisioterapia neurofuncional. A funcionalidade dos indivíduos foi avaliada utilizando o Índice de Barthel modificado (IBm) e a qualidade de vida através do questionário WHOQOL-bref. A amostra foi composta por 13 homens e seis mulheres, com idade de 47±13 anos. Quanto à funcionalidade, 53% apresentavam ligeira dependência, 16% total independência, 16% dependência moderada e16% dependência grave. Em relação à qualidade de vida, a pontuação no domínio físico foi de 57±19; no psicológico de 60±15; no social de 60±24 e no ambiental de 56±18. Encontrou-se uma modesta correlação entre a pontuação obtida pelo IBm e o domínio social do questionário WHOQOL-bref (r=46). PALAVRAS-CHAVE: Índice de Barthel. WHOQOL. Sequela neurológica. Independência funcional é definida como a capacidade de realizar algo com os próprios meios. Está ligada à mobilidade e à capacidade funcional, nas quais o indivíduo não requer ajuda para a realização das atividades de vida diária, ou seja, a independência supõe condições motoras e cognitivas satisfatórias para o desempenho destas tarefas. Diversos instrumentos foram criados para avaliar a funcionalidade, sendo o Índice de Barthel modificado amplamente utilizado. Indivíduos que apresentam sequelas neurológicas tais como alterações sensoriais, distúrbios cognitivos, dificuldade em realizar movimentos podem ter o desempenho funcional alterado de forma significativa, com consequências negativas nas relações pessoais, familiares, sociais e, sobretudo na qualidade de vida. O objetivo do presente estudo foi analisar a funcionalidade e a qualidade de vida de pacientes em atendimento no setor de fisioterapia neurofuncional. A amostra foi constituída por 19 indivíduos, de ambos os sexos, atendidos no setor de fisioterapia neurofuncional da Clínica Escola de Fisioterapia e Nutrição da Faculdade de Apucarana – FAP. Foram excluídos os indivíduos com déficit cognitivo que os impossibilitavam de responder os questionamentos realizados pelo pesquisador. Dados sócio-demográficos e clínicos foram coletados para a caracterização da amostra. A funcionalidade dos indivíduos foi avaliada utilizando o Índice de Barthel modificado (IBm), que é composto por 10 itens relacionados com atividades básicas de vida diária. A pontuação varia de zero a 50, e quanto maior a pontuação mais independente o paciente se encontra. Avaliou-se também a qualidade de vida utilizando o questionário WHOQOL-bref, que é constituído por 26 questões relacionadas aos domínios físico, psicológico, social e ambiental, com pontuação máxima de 100 pontos para cada domínio. Os dados coletados foram analisados no programa estatístico GraphPad Prism 5. Os resultados foram: a amostra foi composta por 13 homens e seis mulheres, com idade de 47±13 anos, tempo de diagnóstico da doença de 4[1,8; 9]anos, atendidos no setor de fisioterapia neurofuncional com tempo de tratamento fisioterapêutico de 2,8[0,7; 5]anos. As doenças mais prevalentes foram lesão medular (26%) e acidente vascular encefálico (21%). Quanto à funcionalidade, 53% apresentavam ligeira dependência, 16% total independência, 16% dependência moderada e 16% dependência grave. Em relação à qualidade de vida, a pontuação no domínio físico foi de 57±19; no psicológico de 60±15; no social de 60±24 e no ambiental de 56±18. Encontrou-se uma modesta correlação entre a pontuação obtida pelo IBm e o domínio social do questionário WHOQOL-bref (r=46). Conclui-se que a funcionalidade do paciente com alterações neurológicas avaliada pelo IBm apresentou uma modesta correlação com os aspectos sociais avaliados pelo questionário de qualidade de vida WHOQOL-bref, demonstrando que as disfunções causadas pelas doenças neurológicas interferem no completo bem estar dos pacientes. REFERÊNCIAS SCATTOLIN, F. A. A; DIOGO, M. J. D; COLOMBO, R. C. R. Correlação entre instrumentos de qualidade da vida relacionada à saúde e independência funcional em idosos com insuficiência cardíaca. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 11, p. 2705-2715, nov 2007. TERRONI, L.; LEITE, C.; TINONE, G.; FRÁGUAS, R. Depressão pós-AVC: fatores de risco e terapêutica antidepressiva. Rev. Assoc. Med. Bras. v. 49, n. 4, p. 450-459, 2003. ASSIMETRIA POSTURAL EM HEMIPLÉGICOS PÓS-AVE E SUA INTERFERÊNCIA NA FUNCIONALIDADE Naiara Daiane Camargo; Luis Fabiano Andrade Silva – Faculdade de Apucarana – FAP Orientadora: Profa. Esp. Heloísa Freiria Tsukamoto – Faculdade de Apucarana – FAP RESUMO: O acidente vascular encefálico (AVE) é responsável por cerca de 10% de todas as mortes no mundo. Sua sequela mais comum é a hemiplegia, que acarreta assimetrias posturais, gerando incapacidades e limitações funcionais. O objetivo foi analisar a assimetria postural do paciente hemiplégico e sua interferência na independência funcional. Para caracterizar a amostra foi aplicada a Escala de Avaliação de Fugl-Meyer (EFM) Para a obtenção dos dados da pesquisa, foram utilizados os instrumentos: Índice de Barthel Modificado (IBm), Escala de Comprometimento do Tronco (ECT), e avaliação da assimetria postural e transferência de peso nos membros inferiores, na posição ortostática, com o paciente sobre duas balanças digitais. Participaram do estudo cinco indivíduos com AVE, com média de idade de 61±10,98 anos. As médias das pontuações totais de cada escala foram: EFM = 52,8±24,1; ECT = 17,4±3,36; IBm = 41,6±9,23. A busca pela simetria corporal é importante por garantir um melhor controle postural para o hemiparético, refletindo em maior habilidade durante a execução de suas atividades cotidianas. PALAVRAS-CHAVE: Acidente Vascular Encefálico. Hemiplegia. Assimetria. O acidente vascular encefálico (AVE) é responsável por cerca de 10% de todas as mortes no mundo, podendo ocorrer devido à obstrução ou ruptura de vasos sanguíneos. Esta patologia causa grandes complicações quanto às desabilidades físicas para os indivíduos acometidos, e a recuperação funcional do hemiplégico se torna um grande desafio. A sequela mais comum de um AVE é a hemiplegia, definida como paralisia ou diminuição da força muscular de um dos lados do corpo, que geralmente acompanha-se de alterações sensitivas e perceptuais. A combinação entre perda de mobilidade no tronco e nas extremidades, padrões atípicos de movimentos, estratégias compensatórias e ações involuntárias do lado afetado acarretam assimetrias posturais, que geram incapacidades e limitações funcionais. Diante disso, analisar a simetria corporal torna-se uma questão importante, decorrente da necessidade de se identificar e compreender os elementos que interferem na aquisição do controle postural e do movimento. O objetivo do presente estudo foi analisar a assimetria postural do paciente hemiplégico e sua interferência na independência funcional. Trata-se de uma pesquisa transversal, com abordagem quantitativa, desenvolvida nas dependências da Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade de Apucarana – FAP. A amostra, classificada como não-casual, por conveniência e intencional, foi composta de cinco pacientes com diagnóstico clínico de AVE. Para caracterizar a amostra do estudo, foi aplicada uma ficha de identificação, contendo questões referentes aos dados pessoais e anamnese, e a Escala de Avaliação de Fugl-Meyer (EFM), a fim de verificar o desempenho físico dos hemiplégicos. Para a obtenção dos dados da pesquisa, foram utilizados os instrumentos: Índice de Barthel Modificado (IBm), para avaliar o grau de independência dos pacientes hemiplégicos na realização das suas atividades de vida diária (AVDs); Escala de Comprometimento do Tronco (ECT), para avaliar o controle de tronco; e avaliação da assimetria postural e transferência de peso nos membros inferiores, na posição ortostática, com o paciente sobre duas balanças digitais. Participaram do estudo cinco indivíduos com AVE, com média de idade de 61±10,98 anos. As médias das pontuações totais de cada escala foram: EFM = 52,8±24,1; ECT = 17,4±3,36; IBm = 41,6±9,23. Observou-se que os indivíduos com melhor controle de tronco apresentaram maior independência funcional. Todos mostraram descarregar menor porcentagem da massa corporal total sobre o membro inferior afetado, na posição ortostática. Aumentos nessa porcentagem foram observados após a introdução de feedback auditivo. Segundo Eng et al (2002), indivíduos hemiplégicos podem transferir apenas cerca de 55% do seu peso corporal total sobre o membro inferior afetado enquanto permanecem pé em uma atitude passo, e cerca de 65% quando estão em pé com os pés paralelos. Haart et al (2004), em seu estudo desenvolvido para verificar a recuperação do equilíbrio de hemiparéticos, mostrou que embora os sujeitos aprendam conscientemente a descarregar mais peso no membro parético, essa descarga não é automatizada. Conclui-se que a busca pela simetria corporal é importante por garantir um melhor controle postural para o hemiparético, refletindo em maior habilidade durante a execução de suas atividades cotidianas, proporcionando melhor desempenho biomecânico do segmento corporal tronco, além de diminuir a ocorrência de desequilíbrios e quedas. Também, o uso do comando verbal foi importante na correção da assimetria postural dos hemiplégicos, demonstrando sua utilidade na prática clínica do fisioterapeuta. REFERÊNCIAS BRANDÃO, A. D.; LASKOVSKI, L.; GARANHANI, M. R. Estratégias de fisioterapia com enfoque na prevenção da dor no ombro de pacientes hemiplégicos: revisão narrativa da literatura. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 21, n. 4, p. 71-78, out/dez, 2008. CHAGAS, E. F.; TAVARES, M. C. G. C. F. Simetria e transferência de peso do hemiplégico: relação dessa condição com o desempenho de suas atividades funcionais. Revista de Fisioterapia da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 8, p. 40-50, 2001. ENG, J. J.; CHU, K. S. Reability and comparison of weight-bearing ability during standing tasks for individuals with chronic stroke. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, Canadá, v. 83, n. 8, p. 1138-1144, 2002. HAART et al. Recovery of standing balance in postacute stroke patients: a rehabilitation cohort study. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, Canadá, v. 85, n. 6, p. 886-895, 2004.