Maycoln Teodoro
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
CONCEITO –
 A capacidade do sistema nervoso de
adquirir
e
reter
habilidades
e
conhecimentos utilizáveis, o que permite
aos organismos vivos beneficiar-se da
experiência.

Arquitetura: refere-se ao modo como o sistema de
memória é organizado.

Processo: refere-se às atividades ocorridas dentro
do sistema de memória.

De modo geral, podemos dividir o processo de
aprendizagem e memória em 3 passos:
 Codificação: processos que ocorrem durante a
apresentação do material
 Armazenamento
 Recuperação
Realidade
Aquisição da
memória
Processamento
(cog. e biológico)
da
informação
Evoca
(recodifica)
Representação
Mental
Trás à
consciência
INPUT
AMBIENTAL

REGISTROS
SENSORIAIS

MEMÓRIA
DE CURTO PRAZO
(MCP)
↓
OUTPUT
DA
RESPOSTA


MEMÓRIA
DE LONGO
PRAZO
(MLP)

Armazenamento Icônico
 Armazenamento visual (Sperling, 1960)
▪ Apresentação de 3 séries de 4 letras por 50
milisegundos. Os participantes lembravam de alguns
itens, mas diziam ter visto muito mais.

Armazenamento Ecóico
 Armazenamento auditivo transitório que retém
uma informação relativamente não processada
▪ Habilidade de playback.

Origem nos conceitos de memórias primárias
e secundárias (W. James, 1890)
 Memória primária: informações que permanecem
na cs após serem percebidas como parte do
presente psicológico.
 Memória secundária: informações que deixaram a
cs e, por isso, são parte do passado psicológico.

Características do armazenamento de curto
prazo:
 Capacidade muito limitada (7 chunks + ou – 2)
(Miller, 1956)
 Fragilidade no armazenamento


Qual a sua capacidade?
Por quanto tempo armazenamos?



Proporciona explicação sistemática
Simplicidade
Os diferentes armazenamentos diferem em:
 Duração temporal
 Capacidade de armazenamento
 Mecanismo de esquecimento
 Efeito da lesão cerebral

As informações no armazenamento de curto
prazo estão em um estado de ativação

O conhecimento permanentemente ativado
passa a residir na memória de curto prazo

As informações atualmente ativadas podem ser
acessadas imediatamente e sem esforço

Supõe-se que a ativação seja frágil e possa ser
rapidamente perdida.

De acordo com o modelo padrão, a MCP
deveria ser melhor para palavras de curta
recitação.

No entanto, nem todas as pesquisas sugerem
este resultado

Executivo Central: isento de modalidade –
semelhante à atenção

Alça Fonológica: retém a informação fonológica

Esboço Visuoespacial: especializado em
codificação espacial e visual

Buffer Episódico: sistema de armazenamento
temporário que retém e integra as informações.

Suposições:
 Se duas tarefas usam o mesmo componente, não
podem ser realizadas simultaneamente com
sucesso
 Se duas tarefas usam componentes diferentes,
deve ser possível realizá-las tanto simultânea
quanto separadamente

Estudo de Robbins e cols. (1996) sobre a
qualidade da escolha dos movimentos de xadrez
em grupos de jogadores experientes e novatos
em 4 situações:
 Batidas repetidas (controle)
 Geração aleatória de número (executivo central)
 Pressionamento de teclas de um teclado no sentido
horário (esboço visuoespacial)
 Repetição rápida de palavra (tarefa de supressão
articulatória) (alça fonológica)

Efeito de Similaridade Fonológica
 Recordação de palavras semelhantes é pior
quando elas são fonologicamente similares (25%
pior, Baddeley & Andrade, 2000)

Efeito de Comprimento da Palavra
 Capacidade de reproduzir uma lista de palavras
curtas é melhor do que uma lista de palavras
comprida

Alça Fonológica consiste de:
 Armazenamento fonológico passivo, diretamente
envolvido com a percepção da fala
 Processo articulatório vinculado à produção da
fala que dá acesso ao armazenamento fonológico

Efeito de Comprimento da Palavra
 Há diferença com a
tarefa de supressão
entre palavras
curtas e longas
somente na
modalidade visual. A
idéia é que, esta
informação entra
diretamente no
armazenamento
fonológico, não
sendo necessário o
processo de controle
articulatório

Alguns autores propuseram que a alça
fonológica não tinha um impacto muito grande
na vida diária, devido a observações de
pacientes neuropsicológicos.

No entanto, Papagno e cols. (1991) mostraram
que a alça fonológica é importante na
aprendizagem de novas palavras.

Usado para o armazenamento temporário e
na manipulação da informação espacial e
visual, formado por (Logie, 1975):
 Cache visual: armazena informações sobre a
forma visual e a cor
 Garatuja interna: lida com as informações
espaciais e do movimento. Repete as informações
da cache visual e as transfere para o executivo
central.

Executivo Central
 Dificuldade inicial na conceituação do
componente mais importante da MT
 Lesões nos Lobos Frontais e Síndrome
Disexecutivas

Principais características do Executivo Central
(Baddley, 1996)
 Mudança nos planos de resgate
 Compartilhamento nos estudos de tarefa dupla
 Atenção seletiva
 Ativação temporária da MT

Principais características do executivo Central
(Smith & Jonides, 1999)
 Mudança de atenção entre as tarefas
 Planejamento de subtarefas para atingir algum
objetivo
 Atenção e inibição seletiva
 Atualização e verificação dos conteúdos da MT
 Codificação das representações na MT para o
tempo e local de aparecimento

Evidências com aumento da carga de
memória

Memória de Trabalho Verbal x Espacial

Shah e Miyake não encontraram correlações
entre tarefas amplitude leitura verbal e
espacial, indicando que os sistemas poderiam
ser separados.

A idéia de inclusão de uma nova estrutura no
modelo de Baddeley veio dos seguintes fatos:
 A alça fonológica e o esboço visuoespacial permitem
o armazenamento temporário de informações
específicas
 O executivo central está envolvido em processos
atencionais e não tem capacidade de armazenamento
 Faltaria, então, uma estrutura que seria um sistema
de armazenamento geral, que combinaria diversos
tipos de informações.






Memória de Trabalho:
breve, gerencia a realidade
mantém informação por curto período de
tempo
decide se vale a pena ou não formar uma nova
memória das informações que chegam a ela
não produz arquivos
acessa memórias pré-existentes para saber se
a informação que chega é nova ou não

A capacidade de recordar itens de uma lista
depende da ordem de apresentação, com os itens
apresentados no início ou no fim sendo mais
lembrados do que os do meio.

EFEITO DA PRIMAZIA

EFEITO DA RECENTICIDADE


REPETIÇÃO
INFORMAÇÕES SIGNIFICATIVAS
 Que geraram adaptação
 sobrevivência



SUPERAPRENDIZAGEM
PRÁTICA DISTRIBUÍDA
PRÁTICA CONCENTRADA

A conclusão de muitos anos de pesquisa é
que estudar por períodos mais curtos de
tempo, dividindo as sessões de estudo em
vários dias ou semanas, é a maneira mais
eficiente de aprender.
Declarativa: registra fatos, eventos ou
conhecimentos. Podem ser episódicas: eventos que
assistimos ou participamos (autobiográficas:
eventos específicos, temporal e especialmente
localizados; ou semânticas: conhecimentos gerais
sobre o mundo que nos rodeia.
 Procedurais: memórias de capacidades ou
habilidades motoras ou sensoriais
 Ambas podem ser explícitas (adquiridas com plenas
intervenção da consciências) ou implícitas (sem
percebermos)


MEMÓRIA EXPLÍCITA

MEMÓRIA IMPLÍCITA

DECLARATIVA

EPISÓDICA

SEMÂNTICA

MEMÓRIA
MOTORA
DE

APRIMORAMENTO
(priming)
PROCEDIMENTO
DE
ou
REPETIÇÃO

CODIFICAÇÃO – processamento da informação
de modo a poder armazená-la.

ARMAZENAMENTO

RECUPERAÇÃO – ato de recordar ou lembrar
–
retenção
de
representações codificadas ao longo do tempo.
informações armazenadas para poder utilizá-las.
EXPERIÊNCIAS PERCEPTIVAS

REPRESENTAÇÕES
ou
CÓDIGOS

ARMAZENAMENTO

EM REDES DE NEURÔNIOS

RETENÇÃO
DE
CODIFICADAS

MEMÓRIAS
=
REPRESENTAÇÕES
ARMAZENADAS (imagens visuais, fatos,
idéias, sabores, movimentos oculares)
REPRESENTAÇÕES

ATO DE RECORDAR OU LEMBRAR A
INFORMAÇÃO ARMAZENADA

EXPLÍCITA

IMPLÍCITA

Estruturas cognitivas hipotéticas que nos
ajudam a perceber, organizar, processar e
usar as informações.

Ajudam-nos a compreender o mundo 
processos adaptativos (ou não).

Influenciam
as
informações
armazenamos na memória.
que
O procedimento é relativamente simples. Em primeiro
lugar, organize as coisas em pilhas diferentes, de acordo
com as características. Não faça demais de uma vez. No
curto prazo pode não parecer importante, mas as
complicações surgem facilmente. Um erro pode custar
caro. A seguir, encontre instalações adequadas. Algumas
pessoas talvez tenham que ir a outro lugar para isso. A
manipulação dos mecanismos adequados deveria ser
auto-explicativa. Lembre-se de incluir todos os
suprimentos necessários. Inicialmente, a rotina pode
parecer esmagadora, mas logo se tornará apenas uma
faceta de sua vida. Finalmente, reorganiza tudo em seus
grupos iniciais. Devolva-os a seus lugares habituais.
Eventualmente eles serão novamente utilizados. Então,
todo o ciclo terá de ser repetido.

Reconhecer é mais fácil que recordar

ESPECIFICIDADE DE CODIFICAÇÃO

MEMÓRIA DEPENDENTE DE CONTEXTO

MEMÓRIA DEPENDENTE DE ESTADO

Aprendizagem de informações complexas sem um
conhecimento verbalizável completo do que é aprendido
(Seger, 1994)

Quais as diferenças entre as aprendizagens e memórias
explícitas e implícitas?
 Robustez: sistemas implícitos relativamente pouco afetados pelos




transtornos que afetam os sistemas explícitos (amnésia, por exemplo);
Independência da idade: a aprendizagem implícita é pouco
influenciada pela idade;
Baixa variabilidade: as diferenças individuais são menores nas
atividades implícitas;
Independência do QI;
Os sistemas implícitos são comuns à maioria das espécies.



Incapacidade de recuperar memórias de longo
prazo.
“Nós
esquecemos
muito
mais
que
lembramos”.
“O esquecimento normal ajuda a lembrar e
utilizar as informações que são importantes”.

TRANSITORIEDADE
 Esquecimento com o passar do tempo

INTERFERÊNCIAS
 PROATIVA
▪ Informações anteriores inibem as novas
 RETROATIVA
▪ Informações novas inibem as antigas

BLOQUEIO
 Incapacidade temporária de lembrar algo que já
sabe
 Ocorre
pela interferência de palavras
semelhantes em som ou significado
 Essas palavras semelhantes ficam recorrendo,
enquanto tentamos lembrar a palavra-alvo
 FENÔMENO “PONTA DA LÍNGUA”



Codificação desatenta ou superficial de
eventos
Causa: não prestar atenção suficiente a
detalhes
“Cegueira para a mudança” – incapacidade
para detectar mudanças em um objeto ou
cena
Déficits na memória de longo prazo resultantes
de doenças, lesão cerebral ou trauma psicológico
 AMNÉSIA RETRÓGRADA

 PERDA DE MEMÓRIAS PASSADAS, tal como memórias
de eventos, fatos, pessoas ou mesmo informações
pessoais

AMNÉSIA ANTERÓGRADA
 Perda da capacidade de formar NOVAS memórias

VIÉS DE MEMÓRIA
 As memórias que as pessoas têm dos eventos são
alteradas com o passar do tempo de modo a serem
mais consistentes com as atuais crenças e atitudes.
 As pessoas tendem a lembrar os eventos de modo
que lancem sobre elas uma luz proeminente ou
favorável.
 Lembramos mais os sucessos que os fracassos.

Material muito ameaçador ou provocador de
ansiedade é com freqüência impedido de
obter acesso à percepção consciente.
 As lembranças de traumas passados são reais?
 Dificuldades
em
avaliar
a
repressão
experimentalmente
 Pressão dos terapeutas para que pacientes se
lembrem dos “traumas”

Pesquisa de sugestionabilidade
 Listas de palavras semanticamente associadas
foram apresentadas a 4 grupos de mulheres:
a) Com lembrança de abuso recuperado na infância
b) Que acreditavam ter sido abusadas, mas não
conseguiam lembrar
c) Que sempre se lembravam de ter sofrido abusos,
mas não tinham sofrido
d) controle




Tendenciosa, imperfeita e distorcida
Ilusões de memória
Os sistemas de memória humana
proporcionam uma descrição muito pouco
exata dos eventos passados
Muitos dos aspectos aparentemente
defeituosos da memória podem ser
subprodutos de mecanismos benéficos

Surpreendente

Importante

“Memórias de flash” Número incomum de detalhes incidentais
 Efeitos moduladores dos hormônios do estresse

Eventos distintivos são lembrados mais
facilmente que os triviais



Lembrar erroneamente do momento,
lugar, pessoa ou circunstâncias envolvidos
em uma memória
Efeito da falsa fama
Efeito do dorminhoco – problema com a
recordação da fonte.

Criptomnésia – um tipo de apropriação
inadequada que ocorre quando as pessoas acham
que tiveram uma idéia nova, mas apenas
recuperaram uma idéia armazenada e deixaram
de atribuir a idéia à fonte apropriada.



“Todos eles parecem iguais”.
As pessoas tendem a ter um contato menos
freqüente com os membros de outras
etnias
As pessoas codificam a etnia de acordo com
regras de categorização

As pessoas podem desenvolver memórias
tendenciosas, quando lhes são fornecidas
informações enganadoras.

Testemunhas oculares
 Confiáveis?
 Prestam atenção a detalhes menores?
▪ Grande exatidão – deixa para inexatidão ou falsificação
▪ Problema: pessoas especialmente confiantes em seus relatos 
jurados acham convincentes

AMNÉSIA PARA A FONTE
 Quando uma pessoa lembra um evento, mas não consegue
lembrar onde encontrou a informação


< 03 anos de idade  AMNÉSIA DA INFÂNCIA
Pense em uma lembrança remota da infância...
 Quão vívida ela é?
 Como sabe que o que está lembrando não foi visto numa
fotografia ou de alguma história que um membro da família
lhe conto?
 Quando as pessoas recordam eventos da infância,
geralmente as memórias são parciais e nebulosas
 Como você sabe que a memória é real?

As pessoas podem ser levadas a recordar ou
reconhecer falsamente eventos que não
aconteceram

CONFABULAÇÃO
 Falsa recordação de uma memória episódica
(“mentir honestamente”)
 Acontece em alguns tipos de lesão cerebral
Terapeutas bem-intencionados, mas mal
orientados!
 Falsas memórias de eventos traumáticos
 Hipnose,
regressão
e
recordação
orientada  FALSAS MEMÓRIAS
 SUGESTÃO


VIÉS DE MEMÓRIA
 As memórias que as pessoas têm dos
eventos são alteradas com o passar do
tempo de modo a serem mais consistentes
com as atuais crenças e atitudes.
 As pessoas tendem a lembrar os eventos
de modo que lancem sobre elas uma luz
proeminente ou favorável.
 Lembramos mais os sucessos que os
fracassos.
 Os subsistemas de memória de
trabalho e memória episódica estão
entre os mais prejudicados com o
envelhecimento
 Hipótese do lóbulo frontal: funções
dependentes deste são mais
afetadas no envelhecimento
Extinção de memória
Pode ocorrer por falta de reforço (falta
de uso neuronal)
 O envelhecimento envolve uma
inevitável perda neuronal. Logo, o uso
da memória pode retardar este
processo: quando mais se usa, menos se
perde



Teoria dos Níveis do Processamento
(Craik e Lockhart, 1972)
:
 O nível ou profundidade de processamento de um
estimulo tem um grande efeito sobre sua capacidade
de memorização
 Níveis de análises mais profundos produzem traços de
memórias mais elaborados e de mais longa duração
do que os níveis superficiais de análise

Recitação elaborativa superior à recitação de
manutenção
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MEMÓRIA