Memória Apresentação: Felícia Lisboa, Ana Paula Mourato e Pedro Lisboa Grupo de Estudos do Trauma Memória As falhas na capacidade de manter a atenção, de memória e aprendizagem em sujeitos com PTSD, podem não ser consequência do distúrbio mas sim factores preditores do mesmo; Existem evidências de que estes défices cognitivos estão correlacionados com a severidade das memórias intrusivas, o que está de acordo com a hipótese de que reexperenciar os sintomas impede de se utilizar os recursos necessários para optimizar o funcionamento cognitivo. Memória Existem evidências de que um nível superior de inteligência serve de barreira ao desenvolvimento de PTSD; Existem também algumas evidências de que um volume mais pequeno do hipocampo pode ser um factor de risco para o desenvolvimento de PTSD, uma vez que isto pode contribuir para as falhas cognitivas. Memória Indivíduos com PTSD têm dificuldades em aceder a memórias acerca do seu passado pessoal, o que os limita na capacidade de aceder a memórias de experiências positivas que são importantes para a sua adaptação depois do trauma; A tendência para a incapacidade de aceder a memórias positivas pode ser um preditor logo a seguir ao trauma para um futuro desenvolvimento do distúrbio. Memória Em relação aos flashbacks, estes nem sempre são memórias reais do momento do trauma, uma vez que existem estudos que demonstram que o seu conteúdo pode variar com o tempo e são influenciados por preocupações do momento; A investigação indica-nos que as pessoas com PTSD podem não aceder de forma adequada a alguma informação relacionada com o trauma porque ao focarem-se nas memórias traumáticas podem inibir automaticamente o acesso a outra informação acerca do trauma. Memória Indivíduos com um grau severo de PTSD tendem a exagerar de forma acentuada o quão mau foi o seu trauma e as suas reacções, enquanto que outros que tiveram menos stress tendem a minimizar a sua experiência; Existem estudos que indicam dois tipos de perspectiva em relação às memórias traumáticas: a de observador e a de participante. Os sujeitos que recordam o seu trauma numa perspectiva de observador revelam ter tido menos ansiedade do que os que recordam como se estivessem a viver tudo de novo. A forma de recordar como observador parece estar interligado com uma capacidade de evitamento cognitivo que permite a estes sujeitos lidarem melhor com as suas memórias traumáticas. Memória Terapia Dada a fragmentação das memórias traumáticas, existem terapias que se centram na integração das memórias traumáticas numa narrativa coerente. Memória Referência Bibliográfica: Bryant, R. A. (2008) Memory. In G. Reyes, J. D. Elhai, J.D. Ford, The Encyclopedia of Psychological Trauma (pp. 424-426). New Jersey: Wiley Apresentação: Felícia Lisboa – [email protected] Ana Paula Mourato – [email protected] Pedro Lisboa – [email protected] Grupo de Estudos do Trauma