PORTOS E LOGÍSTICA Transpetro Recorde nos terminais em 2014 Volume movimentado foi 2% superior ao anterior Movimentação São Francisco do Sul bate recorde O porto de São Francisco do Sul bateu novo recorde histórico em 2014 ao registrar 13.301.540 toneladas movimentadas, volume 2% superior ao recorde anterior, registrado em 2013. A alta foi impulsionada pela exportação de soja, que ultrapassou a marca de 4,7 milhões de toneladas, e pela importação de fertilizantes, que movimentou 1,8 milhão de toneladas entre janeiro e dezembro de 2014. Historicamente, o porto de São Francisco do Sul destaca-se pela movimentação de granéis sólidos, movimentando uma quantidade importante de commodities. Nos últimos anos, assim como nos demais portos de todo o mundo, vê crescer a participação de cargas gerais, como a exportação de estruturas de aço e madeira e a importação de fios de aço. Em 2014, as cargas destinadas a outros países somaram 7.852.277 toneladas e, no fluxo contrário, desembarcaram 5.449.263 toneladas. Além de fertilizante, também figuram entre as principais importações soda e chapas de aço. Nas cargas destinadas a outros países o destaque são os embarques de soja, milho, madeira, motores, ferro e aço. Entre os principais destinos estão a Ásia, Estados Unidos, África, Europa, Oriente Médio e Mercosul. 32 PORTOS E NAVIOS FEVEREIRO 2015 As operações da Transpetro bateram recordes em 2014 com a movimentação de 653 milhões de metros cúbicos de combustível, cerca de 2% a mais do que em 2013. O desempenho da subsidiária de logística do Sistema Petrobras foi fundamental para garantir ainda mais confiabilidade e agilidade ao escoamento da produção da companhia, que registrou aumento expressivo, bem como ao crescimento da produção de derivados pelas refinarias. No fim do ano passado, a Petrobras atingiu a marca de 2,384 milhões de barris por dia e uma média de 96,10 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural – 10% a mais em relação ao volume médio diário de gás alcançado em 2013. O produto é destinado aos mercados termelétrico e não termelétrico, e também ao consumo interno da companhia. Além disso, a partida do primeiro trem de refino da Refinaria Abreu e Lima iniciou a curva crescente de produção de derivados, em especial a de diesel. No caso do escoamento de petróleo, entre os fatores que mais contribuíram para o avanço no desempenho da logística está a modernização do píer do Terminal de Angra dos Reis (RJ), operado pela Transpetro. O terminal registrou aumento de 44% nas operações de exportação. Esse crescimento deveu-se, em grande parte, à aquisição de 10 novos braços de carregamento. Os equipamentos permitem maior segurança e rapidez no processo de carregamento das embarcações. Outra operação relevante foi o carregamento de óleo combustível para atender às termelétricas Suape II e Termocabo, em Pernambuco, e Borborema e Epasa, na Paraíba, cujo volume total cresceu 78% em 2014 (em relação a 2013). No Terminal de Suape, a movimentação de óleo combustível passou de 653 mil metros cúbicos em 2013 para 1,16 milhão de metros cúbicos no ano passado. Com este resultado, o Terminal de Suape estabeleceu dois novos recordes em 2014: de movimentação, com oito milhões de metros cúbicos de óleo combustível e derivados (33% a mais do que no ano anterior); e de navios operados, com média mensal de 46 embarcações no ano passado, contra 37 em média por mês em 2013. Já com relação ao gás natural, o aumento da oferta ao mercado nacional deveu-se principalmente à maior flexibilidade conquistada com a implantação de três terminais de regaseificação de GNL. Os terminais têm capacidade para regaseificar 41 milhões de metros cúbicos por dia. Santos Novo acesso na Margem Esquerda Os terminais da Margem Esquerda do porto de Santos, no Guarujá, contam com novo acesso rodoviário. A estimativa é de que a nova ligação reduzirá em 40% o tráfego na principal via utilizada pelos caminhões para acessar o porto — em média são 105 mil veículos por mês. A via será integrada à segunda fase da Avenida Perimetral da Margem Esquerda, empreendimento coordenado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo, cujo projeto deve ser concluído em abril próximo. A via tem 600 metros de comprimento e conta com uma faixa de desaceleração, construída pela Ecovias. Quando estiver concluída a segunda fase da Perimetral, o sistema viário desarticulará a necessidade de acessar o porto pela Rua do Adubo, que voltará a ser uma via exclusivamente municipal, com tráfego local. A segregação definitiva do tráfego urbano do portuário começa a ser equacionada com a fase 2 da Perimetral de Guarujá, que terá quatro quilômetros de pistas e duas pontes, sendo uma estaiada e outra convencional, que deverá ter o projeto executivo concluído até abril deste ano. A obra está orçada em R$ 300 milhões, valor previsto na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. Todas as proposições de solução de traçado e de obras necessárias foram aprovadas em reuniões técnicas entre a Prefeitura de Guarujá e a Codesp.