REVISTA
ISSN 2179-7285
Publicada pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva
Edição no 26
Julho-Setembro 2014
IN LOCO
Ética
DIAGNÓSTICO
XIII SBAD: Curso
de Pós-Graduação
SOBED/ASGE
Lei garante reajuste
para médicos de
planos de saúde
Câncer colorretal:
Necessidade de
políticas públicas
índice
Revista SOBED
Edição 26
julho-setembro 2014
8
20
Radar SOBED
Acompanhe os principais eventos, programas e
ações da Sociedade e suas unidades estaduais
20
IN LOCO
24
DNA
28
Em ação
34
DIAGNÓSTICO
38
AMB
40
ética
42
por dentro
50
AGENDA
Curso de Pós-Graduação SOBED/ASGE acontece na SBAD
Shinichi Ishioka, um dos precursores
da endoscopia brasileira
24
28
Relações profissionais entre médicos
e pacientes, hospitais e convênios
Câncer colorretal e a importância
do diagnóstico precoce
Mudanças necessárias nas relações profissionais
Lei que garante reajuste para médicos
de planos de saúde
Notícias relacionadas à especialidade e áreas correlatas
julho/setembro 2014
34
REVISTA SOBED
3
editorial
Palavra do Presidente
Informação e responsabilidade
Você que é endoscopista e associado SOBED, saberia me dizer qual o seu tipo de vínculo, contrato ou, pelo menos, as principais características que regulamentam as relações
ISSN 2179-7285
Revista SOBED é uma publicação
trimestral da Sociedade Brasileira
de Endoscopia Digestiva distribuída
gratuitamente para médicos.
O conteúdo dos artigos é de inteira
responsabilidade de seus autores
e não representa necessariamente
a opinião da SOBED.
com os seus empregadores ou convênios? Essa é uma das principais dificuldades para
que – individualmente ou de forma coletiva – seja possível reivindicar melhores condições
de trabalho e, como consequência, remunerações mais justas para as nossas atividades.
A reportagem Em Ação tem por objetivo apresentar os tipos de contrato existentes, como
são feitos os repasses entre médicos, convênios e hospitais, as relações do profissional
com as instituições que o empregam. Além disso, tem como pano de fundo alertar para
Jornalista Responsável
Roberto Souza (Mtb 11.408)
que todos tragam para si a responsabilidade sobre suas carreiras profissionais.
Editor
Rodrigo Moraes
Outra reportagem de destaque, Diagnóstico, repercute um dos principais problemas
Subeditora
Samantha Cerquetani
brasileiros quando o assunto é saúde e prevenção: a necessidade de políticas públicas
Reportagem
Vinícius Morais
Vinicius Peixoto
Tatiana Piva
eficazes para que possamos fazer com que os índices de sobrevida e cura de doenças
Colaboração
Anderson Dias
tumor mais comum em homens e mulheres e a quarta causa mais frequente de morte
Revisão
Paulo Furstenau
Projeto Editorial
Fábio Berklian
Projeto Gráfico
RS Press
Luiz Fernando Almeida
Designers
Felipe Santiago
Leonardo Fial
Luiz Fernando Almeida
Willian Fernandes
Tiragem
2.800 exemplares
Impressão
Gráfica Mundo
como o câncer possam aumentar. Especificamente no caso do câncer colorretal, terceiro
por câncer, quanto mais demorado for o diagnóstico, os resultados positivos tendem a
cair substancialmente.
De acordo com estimativas apresentadas pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca),
em 2014 aproximadamente 27 mil novos casos serão identificados em todo o território
nacional. Confira a opinião de grandes especialistas no assunto.
Por fim, lembramos que a XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD) está
chegando. Confira em reportagem quais são as principais atividades e cursos preparados
pela SOBED especialmente para você. Entre elas, o Curso de Pós-Graduação SOBED/ASGE,
iniciativa inédita de trazer ao Brasil um curso de curto prazo nos moldes do que é feito pela
American Society for Gastrointestinal Endoscopy (ASGE) na Digestive Disease Week (DDW).
Tenham todos uma boa leitura!
Rua Cayowaá, 228, Perdizes
São Paulo - SP
CEP: 05018-000
11 3875-6296
[email protected]
www.rspress.com.br
João Carlos Andreoli
Presidente da SOBED Nacional
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revista SOBED
julho/setembro 2014
RADAR sobed
Notas
Ferramenta com
destaques da
programação da
SOBED na SBAD
E-book pode
ser acessado no
site da SOBED ou
via newsletter
da SOBED
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revista SOBED
Oficina de Balão
Intragástrico reúne
participantes de todo o País
Realizada em São Paulo, em
25 e 26 de julho, a Oficina de
Balão Intragástrico da SOBED
reuniu aproximadamente 20
participantes de várias partes
do País. A parte teórica aconteceu no Hospital Alemão Oswaldo Cruz e as palestras foram
ministradas por Manoel dos
Passos Galvão Neto, Ricardo
Anuar Dib e pela equipe multidisciplinar da Allergan.
A parte prática da Oficina,
que tem como objetivo oferecer uma experiência completa
aos inscritos, foi realizada no
Hospital Mário Covas e teve o
acompanhamento de Ricardo
Dib, Manoel Galvão e Thiago
Ferreira de Souza.
Para Dib, que coordenou a
Oficina, essa foi uma oportunidade de imersão na atividade
de colocação e retirada de balão intragástrico: “O programa
contempla o que é a obesidade, como funciona o balão, a
abordagem do paciente, preparação e orientação pré e
pós-colocação, retirada, treinamento Hands On e o procedimento de passagem do balão
realizado em pacientes”. Já
Galvão considerou a resposta dos alunos muito positiva:
“Quem vem fazer o curso de
colocação volta para fazer o
de retirada. A proposta é fazer com que os profissionais
conheçam os procedimentos e
saibam executá-los”. A Oficina
teve o patrocínio da Allergan.
julho/setembro 2014
© SOBED / Divulgação
A SOBED lançou oficialmente
no início de agosto mais uma ferramenta de divulgação de seus
cursos na SBAD: trata-se de um
e-book interativo com informações sobre os cursos pré-congresso da SOBED, os destaques da
programação científica, convidados nacionais e internacionais
presentes, a agenda institucional
da Sociedade no evento e os valores dos respectivos serviços.
O e-book também poderá ser
acessado diretamente pelo site
da SOBED ou pelas newsletters
enviadas periodicamente.
Entre os destaques, estão
o Curso de Pós-Graduação
SOBED/ASGE, Curso Teste seus
Conhecimentos, Hands On, a
Oficina de Balão Intragástrico e o
SAVE®. Confira também as novidades sobre a Prova de Título de
Especialista, sobre a Assembleia
Geral Ordinária (AGO), que
acontece em 25 de novembro, e
as eleições da Diretoria Nacional
para o biênio 2017/2018. Acesse o e-book pelo banner rotativo
disponível no site da SOBED:
www.sobed.org.br.
SOBED é
destaque
na mídia
segmentada
A SOBED foi destaque de
capa na edição de junho da revista Viva Saúde. O endoscopista
e membro da Comissão de Comunicação da SOBED Gustavo
Andrade de Paulo foi um dos entrevistados em reportagem sobre
câncer no intestino e a importância da colonoscopia para o diag-
WEBCAST
SOBED Especial
XII SBAD
nóstico da doença. A íntegra da
reportagem pode ser acessada no
site da SOBED, na aba ‘Comunicação/SOBED na Imprensa’.
SOBED-RJ realiza reunião mensal
no Colégio Brasileiro de Cirurgiões
A SOBED-RJ realizou em
4 de agosto mais uma reunião
científica entre os endoscopistas do estado do Rio de Janeiro.
O evento aconteceu no Colégio
Brasileiro de Cirurgiões (CBC)
e teve como palestra principal
Hemorragia Digestiva Varicosa:
Abordagem na Emergência, ministrada pelo ex-presidente da
SOBED e sócio fundador da SO-
BED-RJ, Luiz Leite Luna, e pelo
médico do Serviço de Radiologia
do Instituto Nacional de Câncer
(Inca) Henrique Salas Martin.
A moderação do encontro
foi feita pela médica do Hospital Universitário Pedro Ernesto
e professora substituta de gastroenterologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), Maria Helena Louzada.
Reuniões científicas em Minas Gerais
Em 8 de agosto, a Associação
Médica de Minas Gerais (AMMG)
recebeu mais uma reunião científica da SOBED-MG. O tema foi
Novas Legislações em Endoscopia
Digestiva, apresentado pelo presidente da Comissão de Título de
Especialista e sua Atualização da
julho/setembro 2014
Assista ao Módulo V do WEBCAST
SOBED Especial XII SBAD e atualize-se! Os associados quites da Sociedade podem acessar, gratuitamente, as mesas-redondas sobre Lesão
Subepitelial Gástrica e Neoplasia
Cística de Pâncreas. Confira abaixo
os temas e os palestrantes:
Lesão Subeptelial Gástrica
Tratamento Endoscópico ou
Cirúrgico?
Geoffroy Vanbiervilet (França)
Neoplasia Cística de Pâncreas
Quando realizar PAAF
Fauze Maluf Filho (SP)
Tratamento Endoscópico
ou Cirúrgico?
Glen A. Lehman (EUA)
ATENÇÃO! Os inscritos que assistirem a 70% da carga horária de
cada módulo poderão imprimir seu
certificado de participação online.
A atividade também está cadastrada na CNA e vale pontos para
obter o Certificado de Atualização
Profissional.
Assista pelo site da SOBED,
tablets e celulares até
6/12/2014
SOBED, Flávio H. Ejima. O moderador da reunião foi o 1º secretário da SOBED Nacional e membro da SOBED-MG, Jairo Silva
Alves. Após a apresentação e as
discussões sobre o assunto principal, alguns casos clínicos foram
apresentados aos participantes.
REVISTA SOBED
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RADAR sobed
Notas
Nova edição da
revista Endoscopy
Já está disponível a nova edição da revista Endoscopy.
Aproveite a publicação do mês de junho para assinar ou
renovar a assinatura. Os interessados podem efetuar a solicitação pelo site da SOBED. Para associados, o valor é de
R$ 505,00 e, para não associados, R$ 705,00.
A edição traz entre os destaques a publicação de um
novo guidelide da ESGE: Diagnosis and management of
iatrogenic endoscopic perforations: European Society
of Gastrointestinal Endoscopy (ESGE) Position Statement.
Todos os assinantes da Endoscopy têm direito a acesso
online e a 12 exemplares referentes ao ano da assinatura
ou da renovação.
Para celebrar o Dia Nacional do Endoscopista, 25 de julho, A SOBED Nacional lançou uma campanha pelo site, newsletter e
redes sociais com o objetivo de trazer para
a discussão as diferentes realidades encontradas no País. As três pessoas que melhor
completassem a frase “Ser endoscopista no
Brasil é...” ganhariam uma inscrição para a
XIII SBAD.
A escolha foi feita pelo júri da SOBED e o
resultado anunciado exatamente no Dia do
Endoscopista. Confira abaixo os vencedores e,
claro, a melhor frase escolhida pela SOBED.
1° lugar - Thaysa F. L. Oliveira
“...exercer a profissão por paixão, pois apesar do repasse de baixos valores pelas operadoras de saúde, os encantos e desafios da
especialidade não nos deixam desistir.”
2º lugar - Gustavo Mello
3º lugar – Edigar Targino
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revista SOBED
Núcleo Brasileiro para o estudo
do Helicobacter pylori lança
seu novo site
O Núcleo Brasileiro para Estudo do
Helicobacter pylori apresentou recentemente um
site totalmente reformulado, de fácil navegação
e com conteúdo exclusivo para os profissionais
gastroenterologistas de todo o País.
O projeto foi idealizado com o objetivo de
fornecer atualizações científicas por meio de
consensos recentes sobre o H. pylori, teses e dissertações e resumos mensais dos principais estudos publicados em todo o mundo, além de um
canal para discussão de casos difíceis da prática
clínica com médicos especialistas.
A ideia do projeto é oferecer aos profissionais brasileiros
a possibilidade de contribuir
para esclarecer questões atuais
e fornecer base de evidências para o aprimoramento técnico. O endereço do
site é www.nucleohpylori.
org.br – faça seu cadastro
gratuitamente.
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Reprodução
Ser endoscopista
é...
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REVISTA SOBED
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RADAR sobed
Notas
Aprovada ampliação do
Supersimples a todo o
setor de serviços
Facilidades
Ao dar o parecer de Plenário sobre a proposta,
o relator destacou o papel das micro e pequenas
empresas, responsáveis por mais de 80% dos
empregos formais do País. O Brasil necessita de
instrumentos que contribuam para a desburocratização, a simplificação de tributos e a facilidade de abrir e encerrar um negócio. Para todas as
empresas que se enquadrem como micro (receita
bruta até R$ 360 mil ao ano) ou pequena empresa (acima de R$ 360 mil e até R$ 3,6 milhões) e
não optem ou não possam optar por esse regime
especial de tributação, o projeto estende várias
facilidades existentes na lei. A estimativa é de beneficiar dois milhões de empresas.
Entre as facilidades, estão prioridade em licitações públicas, acesso a linhas de crédito, simplificação das relações de trabalho, regras diferenciadas de acesso à Justiça e participação em
programas de estímulo à inovação.
Substituição tributária
Com o fim da chamada substituição tributária
para alguns setores, prevista no projeto, as Secretarias de Fazenda estaduais não poderão mais
aplicar o mecanismo de recolhimento antecipado
da alíquota cheia do ICMS pelas empresas, cujo
repasse ocorre para os compradores do produto.
A substituição tributária dificulta a competição
das micro e pequenas empresas porque elas,
muitas vezes, compram produtos que vêm com o
ICMS embutido no preço, pagando pelo imposto
antes mesmo de vender ou usar o produto, diminuindo sua competitividade em relação a outras
empresas não optantes pelo Simples Nacional.
© José Cruz / Agência Brasil
O Plenário do Senado aprovou projeto de lei
que universaliza o acesso do setor de serviços ao
Simples Nacional (Supersimples), regime de tributação simplificado para micro e pequenas empresas
(PLC 60/14). A proposta vai à sanção presidencial.
De autoria do deputado Vaz de Lima (PSDB-SP), a proposta cria uma nova tabela para serviços, com alíquotas que variam de 16,93% a
22,45%. Com o acesso geral, entram no regime
de tributação simplificada mais de 140 segmentos
que antes não eram contemplados, beneficiando,
sobretudo, profissionais liberais, serviços relacionados a advocacia, corretagem, medicina, odontologia e psicologia. A nova tabela criada pelo
projeto entrará em vigor em 1º de janeiro do ano
seguinte ao da publicação da futura lei.
O texto atribui ao Comitê Gestor do Simples
Nacional (CGSN) a função de disciplinar o acesso do microempreendedor individual (MEI) e das
micro e pequenas empresas a documento fiscal
eletrônico por meio do portal do Simples Nacional
e também estende a outras empresas facilidades já
previstas no Estatuto da Micro e Pequena Empresa
(Lei Complementar 123/2006).
Fonte: Agência Senado
A presidente Dilma Rousseff sancionou, no dia 7 de agosto, a proposta (PLP 221/12) que beneficia cerca de 450 mil micros
e pequenas empresas de 142 atividades. Elas passarão a ter acesso ao Simples Nacional ou Supersimples, o sistema simplificado
de tributos que unifica em um boleto único oito impostos federais, estaduais e municipais.
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revista SOBED
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RADAR sobed
Notas
Oficina de
Cápsula
Endoscópica
em São Paulo
Mais uma edição da oficina
de Cápsula Endoscópica aconteceu em São Paulo (SP) no dia
24 de maio. Coordenada pelos
endoscopistas Paula Bechara
Poletti e Thiago Festa Secchi,
diretor de Sede da SOBED, a
oficina teve a participação de
26 participantes de diversas
regiões do Brasil, incluindo
os estados: Bahia, Maranhão,
Minas Gerais, Piauí, Paraná,
Rio Grande do Norte, Rio de
Janeiro, Santa Catarina, São
Paulo e Tocantins.
Os participantes tiveram a
oportunidade de conhecer as
características da cápsula, as
indicações e contra-indicações
do uso da técnica e o preparo
do paciente. Por fim, os coordenadores da aula demonstraram
como é feita a leitura do exame
a deram exemplos de imagens
Aproximadamente 30 profissionais
participaram da oficina em
São Paulo (SP)
e patologias identificadas pelo
uso da cápsula.
No dia 30 de agosto foi a
vez da cidade de Florianópolis
(SC) receber a oficina. Confira
a agenda completa de eventos
no site da SOBED.
Entre 30 de julho e 1º de agosto, São Paulo
(SP) recebeu mais de mil e quatrocentos participantes para a 41ª edição do Curso de Atualização em Cirurgia do Aparelho Digestivo, Coloproctologia, Transplantes de Órgãos do Aparelho
Digestivo (Gastrão), realizada pelo Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de
Medicina da USP.
Sob a coordenação dos pesquisadores e professores titulares do HC-FMUSP Ivan Cecconello
e Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque, o 41º
14
revista SOBED
Gastrão proveu atividades de ensino, atualização profissional e intercâmbio de experiências
tanto no âmbito clínico-cirúrgico quanto científico. As mesas-redondas, conferências e painéis
abordaram estudos recentes, aspectos referentes às cirurgias do esôfago, estômago e intestino
delgado, vias biliares e pâncreas, cólon e reto,
fígado e transplante. Paralelamente ao programa principal, ocorreu o V Simpósio Internacional de Oncologia Clínica e Cirurgia do Aparelho
Digestivo, no dia 29 de julho.
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© SOBED / Arquivo
Balanço do 41º Gastrão
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REVISTA SOBED
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RADAR sobed
Notas
Projeto Ambassador
ganha prêmio nos EUA
A American Society for Gastrointestinal
Endoscopy (ASGE) recebeu o 2014 ASAE Power
of a Summit Award, concedido pela The American
Society of Association Executives (ASAE). A premiação se deu em função do trabalho realizado com
Programa Ambassador. Em 2012, em parceira
com a SOBED, o programa esteve em Manaus
(AM) onde mais de 120 procedimentos endoscópicos foram realizados e pôde oferecer a vivência
para 30 endoscopistas da região norte do Brasil.
“A ASGE se sente muito honrada por receber
tal prêmio da ASAE e por poder ajudar a fazer um
mundo melhor, proporcionando acesso imediato a
cuidados de saúde para essas comunidades”, ressaltou Colleen M. Schmitt, presidente da ASGE.
Ela ressaltou o trabalho realizado pelos especialistas que viajaram o mundo, além dos médicos
locais, empresas e entidades parceiras que apoiaram e proporcionaram a realização das atividades.
Em dezembro de 2012, Projeto Ambassador aconteceu na cidade de Manaus (AM)
“O programa trouxe atendimento especializado a
pacientes com doenças digestivas em regiões reconhecidamente com dificuldades em oferecer o tratamento necessário.” Além do Brasil, o projeto já
passou desde 2010 por países como Egito, Equador,
Ilhas Salomão, Sérvia, Taiwan e Vietnam.
O ASAE Power of Summit Award é uma das
maiores honrarias do setor industrial norte-americano que tem por objetivo reconhecer as valiosas contribuições das Associações em níveis local,
nacional e global.
Os países do leste europeu,
como é o caso da Áustria, são
uma ótima pedida para passar férias. Mas também podem
oferecer uma boa oportunidade
para ficar por dentro dos principais assuntos e novidades relacionados ao campo da gastroenterologia e endoscopia digestiva.
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revista SOBED
Enquanto planeja as suas férias, veja se é possível conciliar
as datas com a realização da
22ª edição da United European
Gastroenterology (UEG) Week,
que acontece entre os dias 18 e
22 de outubro em Viena, capital
da Áustria. Saiba mais sobre o
evento em www.ueg.eu/week
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© SOBED / Arquivo
UEG week 2014 na Áustria
Os endoscopistas da SOBED-BA, subestadual Feira de Santana, realizaram no dia 30 de julho a primeira
edição da Sessão Vinho e Endoscopia. Com o apoio das
empresas Abbott,
Biolab e Daiichi-Sankyo, os participantes puderam apresentar
seus casos clínicos
para discussão enquanto apreciavam a carta
selecionada de vinhos.
© Shutterstock
SOBED-BA realiza
1ª Sessão Vinho
e Endoscopia
Título não registrado no
CRM não tem valor legal
A Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) nº. 1845, de 2008, é a norma regulamentadora para o registro de especialidades
e áreas de atuação. O CFM reconhece, ao todo,
53 especialidades médicas, entre elas a especialidade em Endoscopia e entre as áreas de atuação a Endoscopia Digestiva. Ambas as titulações
fornecidas pelo convênio AMB/SOBED.
O Código de Ética Médica (CEM), em seu
capítulo XIII, veda ao médico “anunciar títulos
científicos que não possa comprovar e especialidade ou área de atuação para a qual não esteja
qualificado e registrado no Conselho Regional de
Medicina” (Art. 115).
Como consequência, o ato de anunciar uma
especialização médica sem registro no Conselho
Regional de Medicina é considerado uma infração ética, e o médico poderá responder a um processo ético-profissional perante o Conselho. Nos
casos em que houver dano ao paciente, penalidade também poderá ocorrer por via judicial.
Por outro lado, a Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1974, de 2011, sobre publicidade médica (Art.1º, Art. 2º, Art. 6º e no Anexo
I da mesma resolução), detalha e deixa claro que
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é vedado ao médico que não tem titulação devidamente registrada no CRM, citá-la mesmo em
cartões de visita, receituários médicos, formulários, guias, placas internas ou externas ou qualquer outro veiculo que caracterize anúncio, publicidade ou propaganda, o que, de acordo com o
Art. 1º da Resolução acima, seria a comunicação
ao público por qualquer meio de divulgação, de
atividade profissional, de iniciativa, participação
e/ou anuência do médico. Portanto, a restrição
abrange os contratantes.
“A especialidade faz parte da identidade profissional, tanto que é uma informação repassada
pelos médicos aos pacientes, aos empregadores
públicos, aos planos de saúde e à sociedade em
geral. Pelo fato de ser informação tão relevante,
o título precisa ser registrado no CRM”, diz o ex-presidente do Cremesp, Luiz Alberto Bacheschi.
Para obter as informações necessárias para o
registro, entre em contato com o CRM do Estado
onde você trabalha.
Informou a Comissão de Ética e Defesa
Profissional da SOBED Nacional / Câmara Técnica de Endoscopia
Digestiva do CREMESP
REVISTA SOBED
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RADAR sobed
Notas
SOBED na SBAD:
Informações de apoio
Viaje tranquilamente
Para saber mais informações sobre hospedagem
e transporte para o Congresso, entre em contato com a SevagTur, agência oficial do congresso. Não conhece o Rio? Aproveite também esse
intervalo de dias para apreciar as tão famosas
belezas da Cidade Maravilhosa!
Confira a lista de Hotéis disponíveis no site
da SBAD: www.sbad.org.br
Agência Oficial da XIII SBAD
www.sevagtur.com.br
(81) 3461.6000 | Fax: (81) 3461.6017
E-mail: [email protected]
É longe?
O Riocentro está localizado na Barra da Tijuca,
considerado o novo centro de negócios do Rio de
Janeiro. Se você quer planejar melhor os intervalos de chegada e saída do congresso ou aproveitar
os dias – antes e depois – do evento? Veja a seguir
algumas das distâncias partindo do Riocentro:
Aeroporto Santos Dumont – Riocentro: 38 km
(via Av. Gov. Carlos Lacerda)
Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) –
Riocentro: 37 km (via Av. Gov. Carlos Lacerda)
Copacabana – Riocentro: 28 km
Ipanema – Riocentro: 25 km
Centro – Riocentro: 37 km
Cristo Redentor – Riocentro: 32 km
(via Túnel Rebouças)
Museu de Arte Contemporânea
(Niterói) – Riocentro: 46 km
Com que roupa?
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revista SOBED
© Shutterstock
Além do vestuário tradicional de congressos:
calça social, camisa e blazer ou tailleur – dê uma
olhada na previsão meteorológica para a cidade
do Rio de Janeiro (RJ) entre os dias do evento.
Lembrando que, apesar de calor em praticamente o ano todo, no mês de novembro no Rio
tem como característica um índice alto de precipitação. Em média, chove em 11 dias do mês.
Acesse www.cptec.inpe.br
julho/setembro 2014
julho/setembro 2014
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RADAR sobed
In loco
SOBED / ASGE
Colaboração com
a sociedade de
especialidade americana
trará para a XIII SBAD
os mais importantes
palestrantes e curso de
qualidade internacional
Por Vinicius Morais
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revista SOBED
E
m parceria inédita com
a American Society
for Gastrointestinal
Endoscopy (ASGE), a
Sociedade Brasileira de
Endoscopia Digestiva (SOBED) realizará um curso de pós-graduação
durante a XIII Semana Brasileira do
Aparelho Digestivo (SBAD). O curso,
que ocorrerá em 23 de novembro
deste ano, na cidade do Rio de
Janeiro, vem com uma proposta
dinâmica e o objetivo de oferecer
alto nível científico, que impactará
a atividade diária dos endoscopistas brasileiros.
O Curso de Pós-Graduação SOBED/
ASGE é uma iniciativa em que ambas
as partes se beneficiam: a Sociedade
americana pretende aumentar o quadro de sócios internacionais, enquanto
os brasileiros terão a oportunidade
de uma capacitação técnica de nível
internacional. “Esse curso ocorre normalmente durante a Digestive Disease
Week (DDW), e neste ano a ASGE
o realizará em conjunto conosco.
Os endoscopistas que não podem
ir à DDW poderão participar pela
primeira vez de algo do gênero no
Brasil. Outro ponto importante é que
o curso é só no domingo, um dia especial sem nenhuma atividade paralela
da SOBED”, destaca o presidente da
Comissão Científica e Editorial da
SOBED, Igelmar Barreto Paes.
julho/setembro 2014
© SOBED / Divulgação
“Serão debatidos todos os tópicos de endoscopia, consolidando
temas básicos, e também todas
as novidades e técnicas endoscópicas que estão sendo implantadas, bem como seus resultados”,
complementa Paes, ressaltando o
caráter de alta reciclagem e atualização do curso. Segundo ele, há
sempre uma novidade apresentada
anualmente na DDW.
As negociações para a pós-graduação duraram aproximadamente um ano, conduzidas
pelos endoscopistas e membros
da Comissão Científica e Editorial
da Sociedade Fauze Maluf Filho e
Angelo Ferrari Jr. “Com o apoio irrestrito do presidente da SOBED, João
Carlos Andreoli, e do presidente
da Comissão Científica e Editorial,
Igelmar Barreto Paes, abraçamos
a ideia da parceria, pois temos a
firme convicção de que o profissional brasileiro terá uma atividade
científica com bons frutos para seu
dia a dia”, opina Maluf.
Diferentemente das Endorsed
Activities – atividades locais com apoio
da ASGE –, o projeto é considerado uma
pós-graduação porque proporciona a
atualização do endoscopista em um
menor intervalo de tempo. O curso
acontece entre 8h30 e 18h, com intervalo de uma hora para almoço, e oferece
o mesmo nível dos cursos americanos,
com o diferencial de apresentar condições econômicas bem mais favoráveis,
não sendo necessário o deslocamento
julho/setembro 2014
Módulos do
Curso de
Pós-Graduação
SOBED/ASGE
Para Angelo Ferrari, o reconhecimento
e entendimento dos procedimentos
é que pode melhorar a endoscopia
como um todo no País
para outro país. Ferrari ressalta que “o
curso traz para o Brasil o padrão de
pós-graduação da DDW, com aulas
resumidas e específicas sobre diversos assuntos”.
Os objetivos de aprendizado para
o profissional interessado no curso
são abrangentes dentro da endoscopia. “Serão abordados tópicos de interesse geral, como hemorragia digestiva,
manejo de estenoses complexas e utilização de próteses”, cita Maluf. Confira
no box os principais módulos do Curso
de Pós-Graduação SOBED/ASGE.
Todo o programa da pós-graduação
foi elaborado em conjunto com os membros das duas Sociedades. A comissão
brasileira enviou uma proposta do que
seria abordado no curso para o presidente do Comitê Internacional e chair
-Módulo I: Situações não tão frequentes, mas ainda assim importantes
na prática diária
-Módulo II: Hemorragia digestiva alta
-Módulo III: Tópicos importantes
em colonoscopia
-Módulo IV: Atualização
do Comitê do Programa Científico Anual
da Seção de Esôfago da ASGE, Prasad
G. Iyer, e a partir daí ocorreram vários
acertos e sugestões até a formatação
final das atividades.
Além de uma palestra com o próprio
Prasad Iyer, a programação prevê palestras com David L. Carr-Locke, endoscopista e codiretor do Comprehensive
Digestive Diseases Center do Mount
Sinai Health System de Nova York;
Klaus Mönkemüller, chefe da Clínica de
Medicina Interna de Gastroenterologia
e Infectologia do Marienhospital
Bottrop, na Alemanha; e David H.
Robbins, Professor Assistente da NYU
REVISTA SOBED
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RADAR sobed
In loco
Convidados
ASGE
David H. Robbins
Professor Assistente da NYU School of
Medicine, diretor Associado do Center
for Advanced Therapeutic Endoscopy,
Diretor do Programa da Lenox Hill
Hospital Fellowship in Gastroenterology
e diretor Médico do Manhattan
Endoscopy Center, LLC
Prasad G. Iyer
Gastroenterologista certificado pela
American Board of Internal Medicine
(ABIM) e especialista em esôfago no
Centro de Terapia Endoscópica da Mayo
Clinic, em Minnesota (EUA).
David Carr-Locke
Endoscopista, fellow do Royal College
of Physicians of London, professor de
medicina no Albert Einstein College of
Medicine e codiretor do Comprehensive
Digestive Diseases Center do Mount
Sinai Health System de Nova York (EUA).
Klaus Mönkemüller
Membro da ASGE e ACG, chefe
da Clínica de Medicina Interna de
Gastroenterologia e Infectologia do
Marienhospital Bottrop e professor
associado de medicina na Otto-von-Guericke University (Alemanha).
22
revista SOBED
“O curso traz para
o Brasil o padrão
de pós-graduação
da DDW”
Angelo Ferrari Jr.,
membro da Comissão
Científica e Editorial da SOBED
School of Medicine, diretor Associado
do Center for Advanced Therapeutic
Endoscopy, Diretor do Programa
da Lenox Hill Hospital Fellowship in
Gastroenterology e diretor Médico do
Manhattan Endoscopy Center, LLC.
Fauze Maluf Filho acrescenta que
um assunto extremamente importante
para todos os profissionais de medicina estará em foco durante o curso: a
qualidade da endoscopia, discussão já
iniciada nos Estados Unidos durante a
última DDW. Segundo ele, existe uma
forte tendência para que os planos de
saúde passem a remunerar os serviços
médicos levando em consideração critérios de qualidade. “Certamente o tema
ainda é pouco comum entre nós. Por
isso, o curso é também uma oportunidade para discutir um novo patamar
para a endoscopia brasileira”, complementa Angelo Ferrari Jr.
Em resumo, o resultado final da
colaboração entre as duas Sociedades
seria o equivalente a realizar uma pós-graduação internacional em território nacional, com o carimbo da ASGE.
“Talvez alguns profissionais não consigam enxergar uma valorização em
curto prazo, mas, certamente, apenas
o reconhecimento dos procedimentos
por eles realizados é que pode melhorar a endoscopia como um todo em
nosso País. Esse é um processo contínuo e demorado, e iniciativas como
esse curso de pós-graduação são muito
importantes,” acredita Ferrari.
XIII SBAD
Além da pós-graduação, a SOBED vem
preparando uma série de atividades educacionais e institucionais que já são tradicionais nos eventos organizados pela
Sociedade. No dia 22 de novembro, acontecerão os cursos Hands On, Teste seus
Conhecimentos Baseado em Evidências,
Oficina de Balão Intragástrico e Suporte
Avançado de Vida em Endoscopia (SAVE®).
O Hands On está sob a coordenação de
Marco Aurélio D´Assunção e do diretor
de sede da SOBED, Ricardo Anuar Dib,
também responsável pelos SAVE® e Oficina
de Balão Intragástrico. Já o presidente da
Comissão de Título de Especialista, Flavio
Hayato Ejima, está à frente da coordenação do Teste seus Conhecimentos.
Como não poderia ser diferente, a
expectativa em relação à SBAD deste
ano é muito grande. “Até porque será
no Rio de Janeiro, onde é esperado um
grande público e por ser uma cidade de
grande importância nos aspectos científico e turístico”, analisa Igelmar Paes.
As atividades institucionais ‘sobedianas’
serão realizadas a partir do dia 24, com
a reunião do Conselho Deliberativo da
SOBED. No dia 25, deverá acontecer a eleição da gestão 2017-2018 e a Assembleia
Geral Ordinária (AGO). A prova de Título
de Especialista em Endoscopia Digestiva
(TEED) será aplicada no dia 26. As inscrições para o TEED iniciaram em 1º de
julho e irão até 1º de outubro.
Passo a passo das inscrições
1. Os interessados nos cursos pré-congresso
da SOBED deverão primeiro se inscrever na XIII
SBAD pelo site www.sbad.org.br.
2. Em seguida, munidos do comprovante de
inscrição, é preciso que entrem na área restrita, utilizando seu login e senha, cliquem no
menu ‘INSCRIÇÃO EM CURSOS’, selecionem o
curso desejado* e preencham as informações
adicionais.
* Não será aceito troca de curso no local do evento.
julho/setembro 2014
julho/setembro 2014
REVISTA SOBED
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DNA
Shinichi Ishioka
Parte ativa de uma
história
vencedora
Especialista em endoscopia digestiva desde os anos 1970,
Shinichi Ishioka é um dos fundadores da SOBED
Por Anderson Dias
S
24
revista SOBED
© Thiago Teixeira / RS Press
e hoje a endoscopia digestiva é acessível em todas as regiões
do Brasil, tal conquista passa por nomes históricos, que lutaram pela especialidade no País. E é impossível citar tais pessoas sem passar pelo nome de Shinichi Ishioka. Graduado
pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(FMUSP), Ishioka atua diretamente com a endoscopia desde 1970 e
foi um dos responsáveis pela implementação do Serviço de Endoscopia
Digestiva do Hospital das Clínicas da FMUSP. Também participou ativamente da fundação e dos primeiros anos de existência da SOBED.
Discreto, Ishioka se diz um homem realizado por ser parte da história
da especialidade no Brasil e ter auxiliado na formação de médicos que
hoje são referência no Brasil e no mundo.
Em entrevista exclusiva à Revista SOBED, o especialista falou um
pouco sobre sua história na endoscopia e na medicina em geral, contou suas expectativas e analisou a realidade dos serviços brasileiros
na área. Confira.
julho/setembro 2014
Em que momento sua trajetória profissional
encontrou a endoscopia digestiva?
Formei-me na Faculdade de Medicina da
USP em 1966. Iniciei minha residência em
cirurgia geral entre 1967 e 1969. Um ano
antes, tive meu primeiro contato com a endoscopia em função de um dos pioneiros da
especialidade no Brasil, o professor Akira
Nakadaira, que organizou o primeiro curso
sobre gastrocâmera no Instituto de Gastroenterologia de São Paulo, ministrado por
ele. No último dia desse curso, seria feito
o exame de um paciente do Hospital das
Clínicas (HC-FMUSP) durante a aula e fui
encarregado de levar o paciente. Como era o
último dia de aula, me pediram para tirar a
fotografia tradicional de encerramento.
julho/setembro 2014
Em 1969, Nakadaira, que fora importante
na introdução dos endoscópicos mais flexíveis e modernos no País, acabava de voltar do Japão. E eu, coincidentemente, por
ter tirado aquela foto, comecei a ter contato com esses profissionais da área. Ele
fazia vários cursos e trazia professores do
país, o que necessitava de um intérprete.
Aprendi japonês ainda criança, pois meus
pais haviam vindo de lá, sou nissei, e era
fluente na língua. O professor Nakadaira
permaneceu em São Paulo por um período para preparar sua tese de doutorado.
Depois de certo tempo ele retornou a
Marília, sua terra natal, e deixou o serviço
para que eu e o doutor Joaquim Gama
Rodrigues déssemos continuidade.
Shinichi Ishioka foi
um dos responsáveis
pela implementação
do Serviço de
Endoscopia Digestiva
do HC-FMUSP
REVISTA SOBED
25
Shinichi Ishioka
Como foi implementar o Serviço de Endoscopia
Digestiva do HC da FMUSP?
Justamente em função desses vários contatos com professores japoneses que vieram ao
Brasil, em 1971 tive oportunidade de realizar
um curso no Japão. Frequentei diversos hospitais importantes e me aperfeiçoei bastante.
Tive também o privilégio de poder desfrutar
o início da endoscopia moderna. Até então, a
clássica era muito restrita, pelas dificuldades
dos equipamentos e procedimentos. Ainda
do Japão, solicitei a doação de alguns equipamentos para difundir o que estava aprendendo. Por meio do Ministério do Exterior
japonês, conseguimos a doação e, na volta ao
Brasil, já no HC, comecei a realizar os trabalhos e também a ensinar essas novas técnicas a alguns profissionais. Esse foi um dos
embriões da endoscopia digestiva no Brasil.
Em 1978, fui conduzido ao cargo de diretor
do Serviço de Endoscopia do Hospital das
Clínicas da FMUSP por concurso interno e
continuei no trabalho de ensino, assistência e
pesquisa até 2006, quando me aposentei por
tempo de serviço. Nesse período, após participar de muitos eventos nacionais e internacionais, optei por me dedicar à organização do
Serviço e na preparação do corpo docente. O
trabalho se desenvolveu, o hospital conseguiu
adquirir equipamentos tecnológicos e, graças
a tudo isso, conseguimos formar um serviço
de referência nacional e internacional. Posso
falar com muito carinho sobre o privilégio de
trabalhar e auxiliar na formação de tantos profissionais. Sinto-me na obrigação de agradecer a todos pelo apoio, colaboração e dedicação. Sou honestamente um homem realizado.
Hoje estou no Hospital Oswaldo Cruz, onde
temos nossa equipe e coordenamos o serviço de endoscopia. Esse início me marcou e o
que posso acrescentar é a satisfação em ter
constituído um serviço de ótimo padrão, com
profissionais presentes em todo o Brasil.
26
revista SOBED
Me sinto
realizado
com o
trabalho
que
tivemos
a oportunidade
de fazer à
frente do
HC-FMUSP,
além de
tantos
profissionais
que tive o
prazer de
formar
O senhor pôde também participar da criação
da SOBED?
Sim, durante esses primeiros anos de
atuação no HC eu participava de vários
congressos, com o objetivo de apresentar os trabalhos que fazíamos no HC.
Em um desses congressos, realizado em
Curitiba (PR), no ano de 1975, havia
um bom número de brasileiros trabalhando com endoscopia digestiva. Foi
quando surgiu a ideia da SOBED. Posteriormente, em 1976, em Salvador (BA),
se concretizou a formação da Sociedade
e tive a oportunidade de acompanhar
todo o processo.
O nível da endoscopia brasileira pode ser
comparado ao de países desenvolvidos?
Graças aos avanços tecnológicos e à capacitação técnica dos profissionais, acredito que a endoscopia digestiva no País
teve um avanço fantástico, muito rápido
e amplo, abrangendo várias áreas. No geral, acredito que ainda há muito a ser explorado – vejo nossa especialidade como
um campo totalmente aberto. Mas procedimentos até então inimagináveis hoje
são realizados rotineiramente. Nosso nível pode sim ser comparado ao de países
desenvolvidos. O especialista brasileiro é
muito habilidoso, criativo e interessado.
Sabemos lidar e superar possíveis limitações. Já disse em algumas situações do
passado que eu via os nossos endoscopistas sendo melhores que os de países desenvolvidos em função dessa habilidade
e criatividade. A tecnologia estrangeira
era superior, mas nossa força de vontade
de melhorar é muito importante. Hoje, a
situação é um pouco mais difícil porque
todos os equipamentos modernos são
muito caros e o acesso não é fácil. No entanto, nos cursos internacionais como o
julho/setembro 2014
© Thiago Teixeira / RS Press
DNA
do Hospital das Clínicas da FMUSP são convidados especialistas estrangeiros renomados para trazer novidades e ensinamentos
para atualização dos nossos endoscopistas.
Felizmente a endoscopia tem bastante campo, é uma área da medicina muito requisitada, uma das especialidades com mais
força e pujança. Apesar de sermos uma especialidade limitada, disputamos com outras em igualdade de condições no que se
refere a congressos, produção científica e
presença no País.
Sobre a legislação e padronização da especialidade no País, quais são suas considerações?
Esta questão evoluiu muito. Colaborei, juntamente com a SOBED, nos primeiros trabalhos que buscaram padronizar o serviço.
Nos últimos anos, posso dizer que estamos
no caminho certo. É necessário haver uma
regulamentação. É preciso ter total atenção
com doenças infecciosas, garantir segurança total aos pacientes, médicos e todos os
julho/setembro 2014
Em 1975, Ishioka
também participou
da fundação
da SOBED
profissionais. Existem alguns pontos rígidos,
mas é necessário seguir. Vale ressaltar que
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) tem se mostrado disposta a trocar
informações, e a SOBED tem um canal direto
de comunicação com ela. Claro que podem
existir dificuldades para os endoscopistas que
atuam em localidades afastadas, mas com o
tempo essas questões evoluem e a regulamentação se transforma em algo normal.
Além de sua história como médico, sabe-se que
o senhor é apaixonado pela prática de esportes.
Conte mais sobre isso.
Sempre pratiquei tênis, desde muito jovem.
No entanto, há pouco mais de um ano sofri
uma contusão no ombro e tive de ser submetido a cirurgia, razão pela qual não tenho
mais praticado, e aderi ao golfe. Também
sou integrante do grupo de atiradores de elite da Federação Paulista de Tiro Esportivo.
Esses são alguns dos meus principais interesses esportivos.
REVISTA SOBED
27
em ação
Remuneração e relações trabalhistas
RELAÇÕES
NECESSÁ
Tipos de contrato existentes, como são feitos
os repasses entre médicos, convênios e hospitais
e quais as relações do profissional com as
instituições que o empregam
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revista SOBED
julho/setembro 2014
N
Por Tatiana Piva
Edição Vera Mello,
presidente da Comissão
de Ética e Defesa
Profissional da SOBED
o século 19, a Revolução Industrial marcara profundamente as relações sociais e econômicas em diversos países.
No Brasil, a abolição da escravidão, em 1888, e a consequente
chegada de imigrantes ao País abriram espaço para os acordos
de trabalho livre e assalariado. Foi também nesse período que
as primeiras normas trabalhistas foram criadas no Brasil. Desde
então, vários outros acontecimentos transformaram a política
trabalhista brasileira e, em qualquer que seja a profissão, o assunto relação empregado-empregador está sempre em pauta.
Por isso, a Revista SOBED discute a relação entre endoscopistas,
hospitais e convênios, visando saber quais os tipos de contrato
existentes, como são feitos os repasses e como é a relação do
médico com as instituições que o empregam.
A relação de trabalho entre endoscopistas e contratantes pode ser estabelecida de diversas formas. As eventuais
alternativas dependem de vários fatores, que incluem a
região do Brasil que o médico escolheu para exercer sua
profissão e especialidade.
Médico contratado como assalariado
© Shutterstock
ÁRIAS
julho/setembro 2014
O médico assalariado é o profissional com registro em carteira
de trabalho de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que regulamenta essa relação para quase a totalidade dos assalariados, independente de suas profissões. Ela também atribui aos sindicatos o direito de negociar anualmente,
em nome de seus afiliados, com sindicatos patronais ou mesmo
diretamente com os empregadores através das denominadas
convenções e/ou acordos coletivos de trabalho. Porém, tal
dispositivo legal não impede que o empregado negocie diretamente com o empregador para quem trabalha ou pretende trabalhar, tendo como referencial mínimo a convenção coletiva do
sindicato a que pertence, abaixo do qual a negociação é ilegal.
Nesse segundo caso, o médico, na condição de empregado, precisa ter conhecimento sobre os direitos que a CLT
estabelece e tomar ciência da negociação coletiva do sindicato ao qual pertence, para posteriormente negociar com o
serviço de saúde a remuneração pelo seu trabalho.
O detalhamento dos direitos e obrigações, que inclui horário de trabalho, tem importância para prevenir eventuais
abusos do empregador. Como exemplos de abusos, citamos:
plantões de sobreaviso e/ou cargos de responsabilidade não
previstos em contrato de trabalho e como consequência sem
as respectivas remunerações; questões que podem ser resolvidas por um termo aditivo ao respectivo contrato de trabalho.
REVISTA SOBED
29
Remuneração e relações trabalhistas
© SOBED / Arquivo
em ação
Os sindicatos dos médicos são regionais
e as convenções coletivas são independentes,
decorrendo daí pisos salariais e outros direitos e deveres, como regra, não coincidentes.
Quanto menor a participação dos médicos
em seu sindicato, menor a força do sindicato,
e quanto menor essa força, pior será o acordo
firmado que beneficie os médicos.
A título de exemplo real, e sem entrar
nos demais tópicos do documento, citamos
a parte da convenção coletiva dos médicos
que trata sobre remuneração, firmada entre
o Sindicato dos Médicos de uma região do
estado de São Paulo com seu respectivo Sindicato Patronal, portanto com validade restrita àquela região e para médicos assalariados,
ou seja, com registro em carteira de trabalho.
Essa última convenção (2013) estabeleceu
o piso salarial de R$ 3.160,78 mensais para
jornada de 20 horas semanais e R$ 3.792,93
por 24 horas semanais. Tal convenção permite
a contratação de jornada inferior ou superior,
ou em regime de plantão, com pagamento
de salário proporcional ao número de horas
contratadas, através de contrato de trabalho
escrito, firmado entre o médico e a empresa.
Portanto, para o médico com carteira
assinada na região de referência, independentemente de especialidade, o mínimo que
ele deverá receber será o estabelecido na
convenção. Nada impede que seja maior, e é
necessário que seja maior, pois além de baixos valores de referência são valores brutos.
Também é conveniente lembrar que o recolhimento da contribuição sindical é obrigatório, sendo a filiação ao sindicato voluntária,
mas sem associação e participação poucos
sindicatos estarão empenhados na defesa dos
interesses dos médicos.
30
revista SOBED
Médico contratado
como pessoa jurídica
Atualmente a contratação de médico autônomo, sem carteira assinada, praticamente
desapareceu. Houve uma substituição progressiva ao longo dos anos por contratação
como pessoa jurídica. Para ambos os casos,
a prestação de serviços fica estabelecida por
contrato regido pelo Código Civil.
Contratos de prestação de serviços antigos e a imensa maioria dos contratos recentes
ou aditivos contratuais têm como referência
para remuneração as listas de honorários da
Associação Médica Brasileira (AMB) de 1990,
1992 e no máximo 1996, totalmente defasadas sob o ponto de vista científico e completamente corroídas pela estagnação ou mesmo
retrocesso dos valores provocados pelos contratantes, após a proibição, pelo Conselho de
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1
2
1. Independentemente do formato,
todos os endoscopistas são regidos
por algum tipo de contrato
2. Vera Mello, presidente da Comissão
de Ética e Defesa Profissional da SOBED
3. Artur Parada é chefe do Serviço de
Endoscopia do Hospital 9 de julho e
ex-presidente da SOBED
3
Administração Econômica (CADE), da atualização do Coeficiente de Honorários (CH), índice criado e publicado pela AMB até junho de
1996, quando foi extinto, assim como todas
as tabelas publicadas pela AMB até essa data.
Contratos sem reajuste ou com a célebre
frase “os reajustes serão negociados entre as
partes” são válidos para grandes e poderosas
instituições, que fixam datas para negociação
e têm o privilégio do poder. Os demais contratados arcam com a elevação dos preços, pelos
avanços da medicina e pelas exigências de segurança e qualidade, pois “o lucro das operadoras é sagrado” e não importa o custo para
pacientes e médicos sem influência ou poder.
“Espero que a Lei 13.003/2014, que entra
em vigor em 24 de dezembro deste ano, já
publicada em todos os meios disponíveis da
SOBED, corrija muitas distorções da relação
jurídica entre contratantes e contratados no
sistema de saúde suplementar e altere essa
relação incoerente e absurda com os profissionais de saúde, o que não ocorrerá se esses
profissionais não se mobilizarem. Demorou
tanto para termos essa lei que não podemos
permitir que ela não seja cumprida”, afirma a
presidente da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SOBED, Vera Mello.
Cooperativas de médicos
As sociedades cooperativas estão reguladas
pela Lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971,
com as devidas modificações estabelecidas pela
Lei 12.690/2012. A cooperativa é uma associação de pessoas com interesses comuns, econo-
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REVISTA SOBED
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2º Fórum Nacional de
Honorários Médicos
e Corporativismo,
realizado pela SOBED
em 2012, em Belo
Horizonte
32
revista SOBED
Remuneração e relações trabalhistas
micamente organizada de forma democrática,
isto é, com a participação livre de todos e respeitando direitos e deveres de cada um de seus
cooperados, aos quais presta serviços sem fins
lucrativos. As características de uma cooperativa incluem ser uma sociedade de pessoas, com
número ilimitado de cooperados, sendo seu objetivo principal a prestação de serviços.
É inegável o poder de negociação da cooperativa em oposição às perspectivas de um médico ao tentar individualmente negociar com
grupos empresariais da saúde. Também é importante salientar que, na cooperativa, o médico
é ‘dono’, mas precisa participar preparado das
assembleias, para que seus direitos não sejam
maculados e angarie melhores condições.
É fato, contudo, que muitas vezes os princípios e finalidades da cooperativa têm sido
deturpados por pessoas que se aproveitam
desse modelo em benefício próprio ou de um
grupo, explorando o trabalho dos associados,
burlando a legislação e gerindo cooperativas
que servem apenas de fachada e não atendem, em sua organização e funcionamento,
ao fim que esse tipo societário visa.
Repasse de valores
aos profissionais
Quanto à questão do repasse de valores pagos
pelos procedimentos aos especialistas, tudo depende do contrato de prestação de serviços entre
as partes, isto é, entre o médico ou grupo de médicos, ou sócios da mesma empresa, com uma
instituição de saúde, que pode ser um hospital.
A título de exemplo, caso a empresa contratada pelo hospital tenha negociado que deverá
receber na íntegra duas vezes o valor do honorário previsto na última edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos
(CBHPM) e se ainda constar desse contrato que o
custo operacional dos equipamentos, de propriedade da empresa contratada, deverá ser a íntegra do que consta na última edição da CBHPM,
o combinado e contratado deverá ser cumprido.
Nada impede que a mesma empresa supracitada
faça contrato tendo como base remuneração muito melhor ou muito pior que o relatado. O grande problema até a presente data é que a imensa maioria dos contratos não está baseada na
CBHPM atualizada; quando não estão expressos
em reais (R$), estão ainda atrelados a um índice
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© SOBED / Arquivo
em ação
da AMB que não existe desde 1996 (o CH) e cuja
correção, quando há, depende da livre, boa e
espontânea vontade do contratante.
Por outro lado, o hospital tem um contrato de prestação de serviços com cada um
dos convênios. Um dos itens que faz parte da
negociação é o honorário médico, já que a
empresa médica, ressalvadas raras exceções,
não participa das negociações.
“As instituições hospitalares têm enorme
interesse na atualização dos valores das incontáveis taxas que seguramente têm suas razões
de ser. Negociar implica também ceder. Mesmo
que o hospital ou outra instituição de saúde cometa contratualmente a injustificada retenção
de honorário médico, a qualquer título, proponho uma reflexão de onde é mais vantajoso
ceder”, diz a presidente da Comissão de Ética e
Defesa Profissional da SOBED. Ainda aventando outra possibilidade, se a instituição recebe
o honorário do médico e/ou custo operacional
devido à empresa contratada médica por contrato e não repassa na íntegra, ela está se apropriando indevidamente de um valor que não
lhe pertence. “A meu ver, é direito da empresa
médica contratada ter acesso ao que lhe diz
respeito na negociação. A transparência é fundamental para um bom relacionamento e significa respeito pelo seu parceiro. Alguns já encontraram o caminho constituindo associações
fortes ou se associaram em cooperativas dentro
das instituições. Poucos, por vontade própria,
determinação, autoconfiança e/ou poder.”
Relação médico/paciente,
operadoras e instituição
De acordo com o chefe do Serviço de Endoscopia
do Hospital 9 de Julho, Artur Parada, que também é ex-presidente da SOBED, apesar de todos os percalços existentes quando o assunto é
‘dinheiro’, o endoscopista jamais deve esquecer
que tem uma prioridade, um foco: pessoas,
mais conhecidas como pacientes neste universo.
“Precisamos procurar ter uma boa relação
médico-paciente. Problemas teremos sempre, o
que não podemos é ter problema com o doente.
Os endoscopistas devem buscar um caminho
para não perder esse foco”, afirma.
julho/setembro 2014
“Precisamos procurar ter
uma boa relação médico-paciente. Problemas teremos sempre, o que não
podemos é ter problema
com o doente.
Os endoscopistas devem
buscar um caminho para
não perder esse foco”
Artur Parada, chefe do Serviço de
Endoscopia do Hospital 9 de Julho
e ex-presidente da SOBED
No caso do Hospital 9 de Julho, o Serviço de
Endoscopia é totalmente terceirizado e repassa
porcentagem dos seus ganhos à instituição onde
está instalado. Parada conta que são anos atuando na especialidade e considera o relacionamento dos profissionais com os hospitais e convênios
de extrema importância. “No meu caso, tenho
uma ótima relação com a instituição onde trabalho e sei quanto o convênio paga ao hospital
pelos procedimentos do meu serviço. Considero
essa transparência bem importante.”
De forma geral, ele afirma que existe o lado
do convênio que pressiona por preços mais baratos, mas tem o lado do médico que quer receber valores maiores também. O problema é
o quanto o profissional vale: “Devemos nos valorizar e mostrar qualidade para poder cobrar
também. Se não há qualidade, não tem como”.
Para Vera Mello, é necessário ressaltar que,
com foco no paciente, os serviços de endoscopia
precisam ter o máximo empenho para garantir
segurança e qualidade nos serviços prestados.
Para tanto, as bases encontram-se nas normas
publicadas, especialmente, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Conselho
Federal de Medicina (CFM).
REVISTA SOBED
33
a
Câncer colorretal
incidência de patologias diversas na sociedade, em uma análise abrangente, respeita alguns critérios. Há doenças que não
dependem de fatores ligados a raça, cor ou
região onde ocorrem. Porém, existem outras,
endêmicas, que estão presentes em maior
ou menor proporção em determinado país
devido a vários fatores, como a existência
– ou falta – de políticas de saúde pública,
saneamento básico e hábitos nutricionais.
Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), países em desenvolvimento,
como o Brasil, têm uma quantidade de novos
casos de câncer colorretal superior a países
desenvolvidos. As regiões mais populosas
desses países, por sua vez, concentram a
maior parte dos novos casos. Conforme estimativas apresentadas pelo Instituto Nacional
de Câncer (Inca), o câncer colorretal (CCR)
é o terceiro tumor mais comum em homens
e mulheres e a quarta causa mais frequente
de morte por câncer. Ainda segundo o Inca,
aproximadamente 27 mil novos casos serão
identificados em todo o território nacional,
11.500 só em São Paulo, até o final de 2014.
O professor associado de cirurgia do aparelho digestivo da Faculdade de Medicina
da USP (FMUSP) e coordenador cirúrgico
do Instituto do Câncer do Estado de São
Paulo (ICESP), Ulysses Ribeiro Júnior, relata
que mais de 50% dos pacientes com câncer
colorretal do ICESP são diagnosticados já
em estado avançado, estádio IV, com metástases a distância.
Sabe-se, porém, que a taxa de sobrevida
cresce proporcionalmente ao momento de
identificação da patologia. Ela é de 90%
quando a doença é diagnosticada ainda
localizada na parede intestinal, 68% quando
acomete linfonodos e apenas 10% quando
é metastática. Políticas públicas de prevenção são, portanto, a melhor maneira de
34
revista SOBED
Câncer
colorretal
e a importância do
diagnóstico precoce
identificar a doença em seu estado inicial, reduzindo, assim, a taxa de mortalidade. “Apesar de
estudos randomizados e observacionais terem
demonstrado redução de mortalidade por câncer
colorretal com a detecção da doença precoce e
com a polipectomia, o Sistema Único de Saúde
(SUS) carece de políticas para rastreamento
da doença”, afirma Ribeiro Júnior. “No Brasil,
a política de atenção oncológica indicada pelo
Ministério da Saúde (MS) preconiza o rastreamento do câncer apenas para os tumores de
colo uterino e mama feminina, estando a detecção precoce destes contemplada nos diversos
instrumentos de gestão pactuados entre as três
esferas de gestão do SUS”, completa.
O diretor do Serviço de Cirurgia do Cólon e
Reto do Hospital das Clínicas da FMUSP, Prof.
Dr. Sérgio Nahas, também diretor do Hospital
Sírio-Libanês (HSL), explica que algumas medidas podem ser tomadas para detectar a doença
em seus estágios precoces. Uma delas é a pesquisa de sangue oculto nas fezes para os indivíduos a partir dos 50 anos de idade ou para
aqueles a partir dos 40 anos com casos de câncer na família. Para os casos positivos, a indicação é de colonoscopia de caráter diagnóstico e
terapêutico de acordo com o estado e a quantidade de pólipos encontrados durante o exame.
Políticas
públicas para
prevenção e
identificação
do câncer
colorretal
podem
aumentar a
sobrevida em
até 90%
Por Vinicius Peixoto
© Shutterstock
diagnóstico
julho/setembro 2014
julho/setembro 2014
REVISTA SOBED
35
Câncer colorretal
O desafio, no entanto, é grande. As barreiras
são, em sua maior parte, estruturais. “Leva-se
tempo para treinar um colega para fazer uma
colonoscopia de qualidade. Principalmente porque
não se pode fazer o procedimento várias vezes no
mesmo paciente. Sem contar a questão do custo
dos equipamentos e o fato de nem todas as unidades de saúde os terem disponíveis”, afirma Nahas.
Já o diretor do ICESP e do Centro de
Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, Paulo Hoff,
comenta que essa limitação não está somente
ligada ao sistema público de saúde. “Na medicina suplementar também é difícil encontrar
a população com indicação para investigação
da doença presente. Muitas vezes por falta de
informação, o paciente só vem fazer os exames
quando seu médico particular, muitas vezes em
uma consulta de rotina, lhe pede que os faça.”
Para Ribeiro Júnior, algumas medidas poderiam ajudar a identificação precoce e a redução da taxa de mortalidade para casos de
câncer colorretal: “O treinamento de pessoal
para o diagnóstico precoce das lesões, a difusão e disseminação dos métodos diagnósticos
- principalmente a colonoscopia entre a população mais carente -, a aplicação dos métodos
de rastreamento populacional e campanhas
de orientação e esclarecimento populacional
sobre o tema são algumas opções”.
O boletim Rastreamento de Câncer Colorretal: Um
Desafio a Ser Enfrentado, publicado em novembro de 2012 pela Coordenação de Epidemiologia
e Informação (CEInfo) da Secretaria Municipal de
Saúde de São Paulo, alerta que implementar um
programa de detecção precoce para o CCR é uma
ação complexa, que envolve uma série de aspectos críticos. Entre eles, o documento destaca:
•
Necessidade de treinamento adequado de
diferentes profissionais de saúde, como epidemiologistas, endoscopistas e patologistas.
• Rejeição ainda alta a alguns dos métodos utilizados, particularmente a colonoscopia.
• Recursos diagnósticos e terapêuticos ágeis
são exigidos para complementação diagnóstica e tratamento dos casos confirmados.
• Baixa conscientização dos profissionais de
saúde sobre a seriedade do CCR, principalmente os que atuam na Atenção Primária
à Saúde (APS).
36
revista SOBED
Prof. Dr. Sérgio
Nahas é diretor do
Serviço de Cirurgia
do Cólon e Reto do
HC-FMUSP
Panorama internacional
A União Europeia (UE) recomenda, desde 2003,
que seus estados-membros adotem a prática do
rastreamento populacional para o câncer colorretal. A orientação atualmente é para realização
de sangue oculto nas fezes na população assintomática entre 50 e 74 anos, seguida de colonoscopia nos casos positivos, com opção preferencial pelo rastreamento organizado ou de
base populacional. Até o final de 2007, 10 dos
27 estados-membros da UE estavam em processo
de implantação de programas de rastreamento
de base populacional, sete haviam optado por
programas oportunísticos e outros 10 avaliavam
a melhor forma de implantação do rastreamento.
De acordo com o boletim Rastreamento de
Câncer Colorretal: Um Desafio a Ser Enfrentado,
publicado em novembro de 2012 pela
julho/setembro 2014
© SOBED/ Arquivo
Aspectos críticos
© Departamento de Gastro HC-FMUSP / Divulgação
diagnóstico
Coordenação de Epidemiologia e Informação
(CEInfo) da Secretaria Municipal de Saúde de
São Paulo, após a realização de projeto-piloto
bem-sucedido na Austrália, foi implantado um
programa de abrangência nacional, tendo sido
escolhido como método de pesquisa de sangue oculto – método imunoquímico -, sendo a
população-alvo entre 55 e 65 anos. Nos Estados
Unidos, por meio de diferentes exames disponibilizados para o rastreamento e apesar da
não existência de um programa de abrangência nacional, pouco mais de 50% da população
com 50 anos ou mais estava com os exames realizados conforme os intervalos preconizados,
observando-se variações de cobertura entre os
diferentes estados. O sucesso alcançado pelo
programa de rastreamento norte-americano é
apontado como um dos principais fatores para
a queda das taxas de incidência e mortalidade
referentes ao CCR naquele país. No Canadá,
o programa é recomendado desde 2002, também com o rastreamento de base populacional implantado em várias províncias do país e
adotando-se como método para rastreamento o
teste de sangue oculto nas fezes. Algumas províncias optam por oferecer diferentes opções de
exame, conseguindo com isso elevada taxa de
cobertura populacional para o rastreamento.
Existe um consenso para várias entidades
em todo o mundo de que homens e mulheres acima de 50 anos devem ser rastreados,
explica o coordenador cirúrgico do Instituto
do Câncer do Estado de São Paulo. “O câncer
colorretal é particularmente adequado para
o rastreamento. A doença desenvolve-se na
grande maioria dos casos a partir de lesões
não malignas precursoras chamadas adenomas, de acordo com a sequência adenoma-carcinoma”, afirma Ribeiro Júnior. “Nos países
desenvolvidos, aproximadamente 40% a 50%
da população desenvolve um ou mais adenomas durante a vida, mas a maioria não evolui
para câncer. Apenas 5% a 6% da população
realmente desenvolve a doença.”
O rastreamento oportunístico ocorre quando
o profissional de saúde aproveita o momento
em que a pessoa procura o serviço de saúde por
algum outro motivo para rastrear alguma doença
ou fator de risco. O rastreamento organizado é
julho/setembro 2014
Acima, Dr. Paulo
Hoff, diretor do ICESP.
Abaixo, Dra. Adriana
Safatle-Ribeiro ao
lado do Dr. Ulysses
Ribeiro Jr.
sistematizado, de abrangência populacional, para
a detecção precoce de uma determinada doença.
No Brasil, avalia Ribeiro Júnior, de maneira
geral é realizado o rastreamento oportunístico.
Algumas instituições ou associações de saúde,
como a Associação Brasileira de Prevenção do
Câncer de Intestino (ABRAPRECI) e a Sociedade
Brasileira de Coloproctologia (SBCP), tentaram realizar campanhas de esclarecimento e
rastreamento, porém ainda sente-se a falta de
uma política nacional sobre o tema. “É importante salientar que quem faz o rastreamento
também tem a responsabilidade de prover a
todas as pessoas incluídas no programa a continuidade do processo diagnóstico até o tratamento do problema quando detectado. Não faz
sentido a implantação de um serviço de rastreamento se este não oferecer as condições de
diagnóstico definitivo e de tratamento para a
condição rastreada”, conclui.
REVISTA SOBED
37
amb
Associação Médica Brasileira
O
Brasil viveu um momento diferente, com
destaque para a Copa do Mundo em nossas terras (12 sedes, claro, um exagero!) e
o crescente envolvimento das pessoas, inclusive a
classe médica, nas eleições que se avizinham.
Nossa torcida foi para que nossa seleção fosse vitoriosa. O futebol, claro, encanta
nosso povo e às vezes é um ópio. Nosso povo
merece alegrias, mas é fundamental que saibamos diferençar valores e possamos seguir
nosso rumo fazendo as melhores escolhas.
Que vença o melhor!
Assim, importa-nos demasiadamente as
eleições para presidente, senadores e deputados. Precisamos escolher os melhores candidatos, que pensam no que favorece a população
e com bons projetos. Faz-se necessária uma
profunda análise: passado, presente, atitudes,
38
revista SOBED
compromissos assumidos e cumpridos etc. O
mundo político eleitoral, o Congresso Nacional
e as Assembleias Legislativas exercem forte
influência em nossas vidas e no destino do
nosso Brasil amado.
Os médicos, pelo respeito e credibilidade
que possuem, precisam conversar cada vez
mais com as pessoas, com nossos estimados
pacientes, e mostrar com clareza opiniões
e percepções, mais dedicadamente mostrando a atual situação da saúde de nosso
País, do descaso que tem ocorrido com as
pessoas, notadamente aquelas que dependem exclusivamente do Sistema Único de
Saúde (SUS). Não podemos deixar de reconhecer avanços nesses 25 anos, mas estamos muito aquém do mínimo que muitos
precisam – a propaganda governamental é
bastante diferente da realidade. Ainda convivemos com longas filas para consultas,
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© Shuttertstock
Mudanças importantes
exames e cirurgias, e pacientes se avolumam em grandes emergências, com mortes evitáveis ocorrendo.
A Associação Médica Brasileira (AMB)
estará sempre aberta às sugestões e contribuições que visem a melhorias para a
saúde, para juntarmos forças e conseguirmos vitórias. Jamais nos desviaremos dos
princípios éticos, da qualidade e da transparência. Queremos, sim, mais acesso,
porém com qualidade. Queremos, sim, mais
médicos, mais profissionais de saúde, trabalhando em condições adequadas, com
equipamentos, materiais, medicamentos.
Continuaremos na busca por melhorias
no financiamento, qualificação da gestão
e rigoroso combate à corrupção.
Buscaremos a excelência na assistência,
ensino e pesquisa. A formação médica, na
graduação e pós-graduação, como a residência médica, não pode desviar-se da qualidade, pois lidamos com vidas e isso para
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nós é sagrado. O título de especialista da
AMB e nossas sociedades de especialidades
serão sempre valorizados e com qualidade.
A pesquisa no Brasil precisa dar o salto que
merecemos e não ficarmos mais a reboque da
burocracia, lentidão e retrabalho, que tanto
nos atrasa e prejudica nosso País e nossos
pacientes, que perdem, às vezes, oportunidades para tratamento.
Vamos adiante, juntos, humildemente, pensar o Brasil do futuro, com mais saúde, mais
educação, mais inteligência. Estaremos sempre prontos a contribuir na busca de soluções
melhores para nossa saúde.
Florentino Cardoso
é presidente da Associação Médica Brasileira (AMB).
Graduado em medicina pela Universidade Federal do Ceará
(UFC), fez residência médica em cirurgia geral e cirurgia
oncológica e especialização em capacitação gerencial de
dirigentes hospitalares. É mestre em cirurgia pela Faculdade
de Medicina da UFC e atua como superintendente dos
Hospitais Universitários da UFC.
REVISTA SOBED
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ética
Conquista importante
A
lei que obriga os planos
de saúde a substituir imediatamente médicos, laboratórios e
hospitais que se descredenciarem e que
também garante reajustes anuais aos
profissionais que prestam serviços às
operadoras foi publicada sem vetos no
Diário Oficial da União de 25 de junho. A
Lei 13.003/2014 garante a conquista de
uma das reivindicações mais antigas da
categoria e, a partir de dezembro, trará
mudanças profundas no setor. Uma das
exigências da nova lei é a existência de
contratos escritos entre as operadoras
de planos de saúde e os profissionais de
saúde, com previsão de índice e periodicidade anuais para reajuste dos valores
dos serviços prestados.
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revista SOBED
O presidente do Conselho Federal de
Medicina (CFM), Roberto Luiz d’Avila, celebra a sanção da lei, que, segundo ele, beneficiará os mais de 50 milhões de pacientes
atendidos por planos de saúde em todo o
País. “Trata-se de uma das grandes vitórias
da atual gestão do CFM, que contou com o
empenho de todos os conselheiros federais e
regionais, além do esforço das demais entidades da categoria e seus representantes.
Agora, além dos médicos, milhares de profissionais de outras categorias – como psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e dentistas – que prestam serviços às operadoras
serão beneficiados com os avanços dessa lei,
cuja finalidade maior é melhorar a assistência aos usuários de planos”, afirma.
Além de prever a fixação de índices de reajuste e a periodicidade de sua aplicação para
os honorários médicos, a Lei obriga os planos
de saúde a substituírem o profissional descredenciado por outro equivalente e determina
que o consumidor seja avisado da mudança
com 30 dias de antecedência. “As mudanças
previstas trarão maior conforto ao paciente,
mais segurança jurídica aos profissionais e um
sentimento de satisfação para toda a sociedade”, comemorou o 1º vice-presidente do
CFM, Carlos Vital Corrêa Lima.
Até o momento, não existia no arcabouço
geral da legislação nenhum instrumento
que garantisse aos profissionais que prestam serviço às operadoras o índice anual
de seus honorários. “Isso tornava o médico
fragilizado dentro do poder econômico.
julho/setembro 2014
© Shutterstock
Sancionada lei que
garante reajuste para
médicos de planos
de saúde
Nossas conquistas até agora só têm sido
alcançadas com mobilização da categoria”, explica o coordenador da Comissão
Nacional de Saúde Suplementar (Comsu),
Aloísio Tibiriçá. Para ele, a lei resgata condições mínimas para o início de um processo
civilizatório nas relações de trabalho entre
médicos e operadoras.
Luta histórica
A aprovação no Congresso Nacional e sanção presidencial só foram possíveis graças à
mobilização de médicos e lideranças de todo
o País e com a articulação política das entidades nacionais. Apresentado originalmente
em 2004 (PLS 276/04) pela senadora Lúcia
Vânia (PSDB/GO), o texto passou por diversos debates e modificações até receber um
de seus pontos principais: o estabelecimento
de critérios para a adequada contratualização na relação entre operadoras e profissionais da saúde que atuam na área da saúde
suplementar. Após quase seis anos em tramitação no Senado, foi aprovado em fevereiro
de 2010 pela Comissão de Assuntos Sociais.
No mesmo ano, foi enviado à Câmara dos
Deputados (PL 6.964), onde foi aprovado
nas Comissões de Defesa do Consumidor,
de Seguridade Social e Família e, em caráter
terminativo, na Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania (CCJC). “Esse projeto
é um divisor de águas na relação com as operadoras de planos de saúde, e por isso foi
preciso uma forte articulação política sobre
ele”, lembra o coordenador da Comissão de
Assuntos Políticos (CAP) das entidades médicas, Alceu Pimentel.
Embate político
A aprovação da proposta veio na esteira do
protesto nacional que teve início em 7 de abril
deste ano e que tinha o PL 6.469/10 como
prioridade. “Após a aprovação do texto do
projeto da Câmara, 72 deputados assinaram
um requerimento que pretendia emperrar o
projeto e impediu o envio imediato à sanção
julho/setembro 2014
presidencial, submetendo-o à aprovação prévia
do Plenário da Casa. Médicos de todo o País
atenderam ao chamado das lideranças nacionais e reagiram prontamente à manobra que
tentou barrar o projeto – supostamente influenciada pelas operadoras de planos com o apoio
da Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS)”, esclarece o diretor de Comunicação
do CFM, Desiré Callegari.
Além da articulação das entidades médicas nacionais e regionais, um grupo orientado
pela CAP e pela Comsu percorreu os corredores do Congresso Nacional e conseguiu sensibilizar parte desses parlamentares para que
assinassem um novo documento pedindo a
derrubada do recurso.
O que muda na relação
com as operadoras
• A periodicidade do reajuste deverá ser
anual e realizada no prazo improrrogável
de 90 dias, contados do início de cada
ano. Caso não haja negociação entre as
partes, o índice de reajuste será definido
pela ANS.
• O contrato deve estabelecer claramente
as condições de execução, expressas em
cláusulas que definam direitos, obrigações e responsabilidades. Deverão incluir
também, obrigatoriamente, seu objeto
e natureza, com descrição de todos os
serviços contratados.
• Os planos serão obrigados a preencher
as vagas abertas pelos médicos que se
descredenciarem, o que será um ganho
para os pacientes.
• As condições de prestação de serviços
serão reguladas por contrato escrito,
estipulado entre a operadora do plano
e o prestador de serviço. A regra vale
para médicos e demais prestadores de
serviço em prática liberal privada, além
de estabelecimentos de saúde.
Conselho Federal de Medicina (CFM)
REVISTA SOBED
41
Por dentro
Aparelho digestivo e saúde em destaque
Governo gasta
R$ 3,05 ao dia na
saúde de cada habitante
O Hospital das Clínicas de São Paulo inaugurou em 1° de
julho a nova ala do Centro de Referência em Cirurgia Bariátrica
e Metabólica, para pré e pós-operatório de pacientes com obesidade mórbida ou síndrome metabólica. Agora há 16 novos
leitos capazes de suportar até 400 kg, e os banheiros e quartos
foram adaptados com reforços na estrutura e medidas adequadas. Para a nova ala foram investidos R$ 2,5 milhões e a
meta do HC é, considerando o pré-operatório ideal de dois
anos, que todos os pacientes sejam operados no período de até
três anos. O HC tem uma fila de espera de 1,8 mil pacientes,
e, com a mudança, o serviço espera realizar até 400 cirurgias
por ano. “É um dos hospitais públicos que mais realizam esse
tipo de cirurgia no País”, enfatiza o coordenador da Unidade
de Cirurgia Bariátrica, Marco Aurélio Santo.
EUA estudam
aprovar
estimulação
elétrica contra
obesidade
42
revista SOBED
O órgão regulatório dos Estados Unidos Food and Drug Administration (FDA) discute a possibilidade de aprovar implante que emite estímulos elétricos para tratamento de obesidade. O dispositivo, que recebeu o nome de Maestro Rechargeable
System, fabricado pelo laboratório Entero Medics, emite impulsos elétricos diretamente no estômago do paciente. A indicação é para casos em que a redução de
peso por métodos tradicionais, como dieta e medicamentos, não tiveram sucesso e
para pessoas que não querem, ou não podem, ser submetidas à cirurgia bariátrica.
O produto tem aprovação apenas na Austrália.
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© Senador Cidinho Santos / Divulgação
Hospital das Clínicas
de SP inaugura ala
para cirurgia bariátrica
© HC / Divulgação
Centro de Referência foi inaugurado em junho de 2014
De acordo com levantamento do
Conselho Federal de Medicina (CFM), o
gasto médio por pessoa em saúde pública
não passou de R$ 3,05 ao dia, em 2013.
O valor, abaixo dos parâmetros internacionais, corresponde à metade do que
gastaram os beneficiários de planos de
saúde do País no mesmo período. O montante de R$ 220,9 bilhões reuniu as despesas destinadas à cobertura das ações
de aperfeiçoamento do sistema público
de saúde em que parte desse dinheiro é
usada também para o pagamento de funcionários. A pesquisa comparou os dados
dos maiores municípios de cada um dos
10 estados mais populosos e mostrou que
em geral os valores não são suficientes
para melhorar os indicadores de saúde
localmente. O estudo também cruzou
as despesas em saúde com o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), oferta
de leitos para cada grupo de 800 habitantes e taxas de incidência de tuberculose e
dengue, além da cobertura populacional
de Agentes Comunitários de Saúde (ACS)
e Equipes de Saúde da Família.
Retirada a PLS que
criava multas para
atrasos em consultas
Senador
Cidinho Santos
(PR-MT),
criador do
projeto que
multaria
médicos por
atrasos em
consultas
O Projeto de Lei do Senado n° 179/2014, que
alteraria o Código de Defesa do Consumidor, multando médicos por atrasos em consultas, foi retirado de votação. Durante reunião com membros do
Conselho Federal de Medicina (CFM), foi explicado
ao criador da proposta, o senador Cidinho Santos
(PR-MT), que o projeto, se aprovado, traria forte
impacto negativo para a relação médico/paciente.
Na avaliação dos conselheiros, esse contato não
pode estar submetido a uma regra para regular a
compra de mercadorias e atrelada às leis de oferta
e de procura. “O CFM considera de extrema relevância esse diálogo com os deputados e senadores
para o devido esclarecimento de aspectos relacionados às propostas em tramitação”, afirmou o
1° vice-presidente do CFM, Carlos Vital.
Por dentro
Aparelho digestivo e saúde em destaque
Proteína pode
impedir desenvolvimento
do câncer de
pâncreas
Pesquisadores do Instituto Hospital
do Mar de Pesquisas Médicas (IMIM), de
Barcelona (Espanha), identificaram uma
proteína que poderá impedir o crescimento do câncer de pâncreas, aumentando assim a sobrevida dos pacientes
em 20%. Em parceria com o Serviço de
Anatomia Patológica do Hospital do Mar,
foram realizados estudos em duas fases:
análise dos tumores pancreáticos de ratos com altos níveis de galectina-1 e após
a eliminação da proteína. Os pesquisadores notaram que os tumores sem a pro-
Hormônio pode agir contra a obesidade
teína mostravam menos proliferação e
imunológicos. A proteína galectina-1 deverá ser adotada como uma possibilidade
de tratamento desse tipo de tumor, sem
efeitos adversos aos pacientes.
Terapia com leptina é
aposta no combate a
obesidade e diabetes
Nova descoberta da Universidade de Yale, nos Estados
Unidos, sobre o hormônio leptina, pode ser a solução contra desordens metabólicas como diabetes e obesidade.
A equipe da Escola de Medicina da Universidade desvendou, após 20 anos, que a leptina também atua sobre
outros tipos de células, além dos neurônios. Estudos feitos com ratos mostraram que esse hormônio pode controlar o comportamento de outras células, como as gliais
(ou astrócitos). “Essas células também proporcionam
uma barreira-chave entre o corpo e o cérebro. Atingir os
sinais de leptina nessas células pode causar alteração no
controle central do metabolismo, sem que seja necessário
administrar a ingestão de um produto químico destinado
ao cérebro”, afirma o coordenador e autor do estudo,
Tamas Horvath, professor de medicina comparativa da
Escola de Medicina de Yale.
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revista SOBED
julho/setembro 2014
© SIAC / Reprodução
inflamação e aumento de componentes
© Shutterstock
vasos sanguíneos, além da redução da
Acidentes de consumo
podem ser notificados
por profissionais da saúde
O profissional de saúde que atender um paciente com
lesões decorrentes de falhas em produtos ou serviços pode
informar o acidente no Sistema de Informações de Acidente
de Consumo (SIAC), mantido pelos Ministérios da Justiça
e da Saúde. Para fazer a notificação, o profissional da
saúde deve acessar o site siac.justica.gov.br, onde encontrará o modelo da ficha de notificação e as instruções para
seu preenchimento. Um produto ou serviço é considerado
defeituoso quando não fornece a segurança esperada –
verifica-se, nesses casos, a presença de um risco, que não
é previsível. Qualquer tipo de produto pode causar um
acidente de consumo, desde brinquedos e alimentos até
automóveis. Podem ser notificados no SIAC as seguintes
lesões decorrentes de produtos ou serviços: fratura, esmagamento, intoxicação, afogamento, sufocamento, lesão de
órgãos internos, queimadura de média e grande gravidade,
lesão de vasos, tendões e nervos.
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REVISTA SOBED
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Por dentro
Aparelho digestivo e saúde em destaque
CFM e CRMs pedem fortalecimento
de fiscalização do SUS
Cirurgia
bariátrica
para combater
o diabetes
O Conselho Federal de Medicina (CFM) e os Conselhos
Regionais de Medicina (CRMs) cobraram do Ministério
da Saúde o fortalecimento das estruturas de fiscalização,
controle e avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS),
bem como medidas urgentes que garantam e evitem a
incompetência administrativa, os abusos e a corrupção
na saúde pública. O pedido foi feito publicamente em 30
de maio, quando o CFM avaliou as recentes denúncias no
setor, exibidas pela mídia. Em nota, a entidade criticou
a omissão do Estado em oferecer à população acesso à
assistência médica com qualidade e informou que, com
o apoio dos CRMs, serão realizadas novas fiscalizações
em caráter de urgência nas unidades citadas nas reportagens. Para o Conselho Regional de Medicina do Estado
de São Paulo (Cremesp) e os demais CRMs, este e outros
esforços estão alinhados com o engajamento das entidades
médicas na identificação de gargalos que afetam o atendimento oferecido pelo SUS à população e na cobrança
de respostas efetivas dos gestores.
Recente estudo publicado pela revista científica do Reino Unido The Lancet
aponta que cerca de 2,1 bilhões de pessoas em todo o mundo estão acima do
peso. Por isso, o país quer que a cirurgia
bariátrica seja autorizada em pacientes
Pâncreas biônico demonstra
eficiência contra o diabetes
(IMC) maior que 30 e diabetes tipo 2.
A medida considerou o crescimento de
casos de diabetes nos últimos 10 anos
no país. “A cirurgia bariátrica é uma excelente opção não só para o diabetes,
mas para as outras doenças associadas
e para a síndrome metabólica. Já avançamos muito em pesquisas e estudos
que comprovam essa eficácia e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica (SBCBM) está empenhada
em regulamentar essa possibilidade
aqui no Brasil”, declara o presidente da
SBCBM, Almino Ramos.
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revista SOBED
Um iPhone® adaptado com sensor e conectado a uma
agulha inserida no paciente mostrou-se eficaz em controlar os níveis de açúcar em pessoas com diabetes tipo 1, de
acordo com estudo publicado na revista norte-americana
The New England Journal of Medicine. O aparelho injeta
insulina e glucagon com pouca intervenção do paciente.
Os pesquisadores constataram uma redução de 37% das
intervenções para corrigir taxas baixas de açúcar em comparação às realizadas com a prática tradicional. No grupo
de adolescentes que usou o pâncreas biônico, a redução
da hipoglicemia foi mais que o dobro. “O pâncreas biônico
reduz o nível médio de glicose no sangue a ponto de reduzir fortemente o risco de complicações diabéticas”, afirma
um dos coautores do estudo, Steven Russell, professor
adjunto de medicina no Hospital Geral de Massachusetts.
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que tenham Índice de Massa Corporal
Por dentro
Diretorias nacionais
• diretoria nacional (2012-2014)
Presidente: João Carlos Andreoli (SP)
Vice-presidente: Ramiro Robson F. Mascarenhas (BA)
1º Secretário: Jairo Silva Alves (MG)
2º Secretário: Silvana Dagostin (SC)
1º Tesoureiro: Dalton Marques Chaves (SP)
2º Tesoureiro: Luis Fernando Tullio (PR)
Sede SOBED
Ricardo Anuar Dib (SP)
Thiago Festa Secchi (SP)
Conselho Fiscal
Alice Mendes de Souza Cairo (BA)
Rodrigo José Felipe (BA)
Carlos Alberto da Silva Barros (MG)
Cleber Vargas (RJ)
Artur Adolfo Parada (SP)
Carlos Alberto Cappellanes (SP)
• diretoria eleita (2015-2016)
Presidente: Ramiro Robson Fernandes Mascarenhas (BA)
Vice-presidente: Admar Borges da Costa Junior (PE)
1º Secretário: Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)
2º Secretário: Julio Cesar Souza Lobo (PR)
1º Tesoureiro: José Celso Ardengh (SP)
2º Tesoureiro: Maria Elizabeth Cardoso de Castro (RJ)
• comissões estatutárias
Eleitoral, de Estatutos, Regimentos e Regulamentos
Presidente: Carlos Marcelo Dotti (MS)
Carlos Eugenio Gantois (PE)
Eli Kahan Foigel (SP)
Geraldo Ferreira Lima Junior (MG)
Laercio Tenório Ribeiro (AL)
Admissão e Sindicância
Presidente: Antonio Gentil Neto
José Olympio Meirelles dos Santos (SP)
Juarez Alves Sampaio (CE)
Científica e Editorial
Presidente: Igelmar Barreto Paes (BA)
Adriana Vaz Safatle-Ribeiro (SP)
Angelo Paulo Ferrari Junior (SP)
Claudio Rolim Teixeira (RS)
Dalton Marques Chaves (SP)
Edivaldo Fraga Moreira (MG)
Fauze Maluf Filho (SP)
Gilberto Reynaldo Mansur (RJ)
José Celso Ardengh (SP)
Lucio Giovanni Battista Rossini (SP)
Marcelo Averbach (SP)
Marcos Clarencio Batista Silva (BA)
Vitor Nunes Arantes (MG)
Walton Albuquerque (MG)
Simpósio Internacional
Presidente: Adriana Vaz Safatle Ribeiro (SP)
Angelo Paulo Ferrari Junior (SP)
Claudio Rolim Teixeira (RS)
Dalton Marques Chaves (SP)
Fauze Maluf Filho (SP)
Vitor Nunes Arantes (MG)
Consultor internacional: René Lambert (França)
Curso ao Vivo
Presidente: Marcos Bastos da Silva (ES)
Coordenador-geral: Gustavo Andrade de Paulo (SP)
Esteban Sadovsky (ES)
Herbeth José Toledo Silva (AL)
Luiz Fernando Ferreira Campos (ES)
Viriato João Leal da Cunha (SC)
Ética e Defesa Profissional
Presidente: Vera Helena A. F. de Mello (SP)
Tomazo Antonio Prince Franzini (SP)
Lincoln Eduardo V. V.de C. Ferreira (MG)
Adriane Graicer Pelosof (SP)
Claudia Zitron (SP)
Oswaldo Luiz Pavan Junior (ES)
Avaliação e Credenciamentos de Centros de Ensino e Treinamento
Presidente: Admar Borges da Costa Junior (PE)
Afonso Celso da Silva Paredes (RJ)
Daniel Moribe (SP)
Eduardo G. Houneaux de Moura (SP)
julho/setembro 2014
Eloá Marussi Morsoletto Machado (PR)
Fabio Marioni (SP)
Giovani Antonio Bemvenuti (RS)
José Eduardo Brunaldi (SP)
José Flávio Ernesto Coelho (RJ)
Ismael Maguilnik (RS)
José Flávio Ernesto Coelho
Julio Carlos Pereira Lima (RS)
Luciana Rodrigues Leal da Silva (BA)
Luis Masuo Maruta (SP)
Luiz Cláudio Miranda da Rocha (MG)
Luiz Sérgio Emery Ferreira (ES)
TÍTULO DE ESPECIALISTA E SUA ATUALIZAÇÃO
Presidente: Flavio Hayato Ejima (DF)
Afonso Celso da Silva Paredes (RJ)
Antonio Carlos Coelho Conrado (PE)
Beatriz Monica Sugai (SP)
Daniela Medeiros Milhomem Cardoso (GO)
Fabio Marioni (SP)
Guilherme Becker Sander (RS)
Jimi Izaques Bifi Scarparo (SP)
José Luiz Sebba de Souza (SP)
Marco Aurélio D’Assunção (SP)
Luis Fernando Túlio (PR)
Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)
Ricardo Anuar Dib (SP)
Ricardo Rangel de Paula Pessoa (CE)
Rodrigo José Felipe (BA)
Sérgio Eiji Matuguma (SP)
Fabio Segal (RS)
Júlio César Souza Lobo (PR)
Gerônimo Franco de Almeida (PB)
Thiago Festa Secchi (SP)
Thiago Andrade Tatagiba (RJ)
• comissões não estatutárias
formação e Treinamento em Técnicas Endoscópicas – Centro de Treinamento
Coordenador: Carlos Alberto Cappellanes (SP)
Ricardo Anuar Dib (SP)
Rodrigo Roda Rodrigues da Silva (MG)
Ciro Garcia Montes (SP)
Relações Internacionais
Coordenador-geral: Glaciomar Machado (RJ)
Coord. América do Sul: Everson Luiz de A. Artifon (SP)
José Celso Ardengh (SP)
Julio Carlos Pereira Lima (RS)
Paulo Sakai (SP)
Coord. Europa: Adriana Vaz Safatle (SP)
René Lambert (FRANÇA)
Sérgio Luiz Bizinelli (PR)
Walton Albuquerque (MG)
Coord. EUA: Angelo Paulo Ferrari Junior (SP)
Dalton Marques Chaves (MG)
Eduardo G. Houneaux de Moura (SP)
Luiz Leite Luna (RJ)
Ricardo Anuar Dib (SP)
Coord. Japão: Cláudio Rolim Teixeira (RS)
Paulo Sakai (SP)
Vitor Nunes Arantes (MG)
ASSESSORIA À PRESIDÊNCIA
Artur Adolfo Parada (SP)
Igelmar Barreto Paes (BA)
Luiz Felipe Paula Soares (PR)
COMUNICAÇãO (Revista SOBED + site + rede SOBED + SOBED em Casa)
Coordenador: Gustavo Andrade de Paulo (SP)
Alexandre de Souza Carlos (SP)
Atanagildo Cortes Junior (MG)
Flávio Braguim (SP)
José Luiz Paccos (SP)
Marcelo Simas de Lima (SP)
Ricardo Leite Ganc (SP)
DIRETRIZES E PROTOCOLOS
Coordenador: Claudio Lyioiti Hashimoto (SP)
Adorisio Bonadiman (PR)
Alexandre de Sousa Carlos (SP)
Caio Cesar Furtado Freire (SP)
Cristina Flores (RS)
Cyrla Zaltman (RJ)
Fernando Pavinato Marson (SP)
Gustavo Andrade de Paulo (SP)
Huang Ling Fang (RJ)
Juliana Dantas Ramos Brito (PB)
Lix Alfredo Reis de Oliveira (SP)
Luana Vilarinho Borges (SP)
Luiza Maria Filomena Romanello (SP)
Maria das Graças Pimenta Sanna (MG)
Marcelo Soares Neves (RJ)
Marcela Paes Rosado Terra (SP)
Paulo Roberto Alves de Pinho (RJ)
Rafael Gonzaga Nahoum (SP)
Ricardo Teles Schulz (SC)
Rodrigo de Rezende Zago (SP)
Simone Guaraldi da Silva (RJ)
Tadayoshi Akiba (SP)
Wladimir Campos de Araújo (BA)
REPRESENTANTE NAS REVISTAS:
GED e Arquivos Brasileiros de Gastroenterologia
Alexandre de Souza Carlos (SP)
Marcelo Simas de Lima (SP)
Paulo Roberto Arruda Alves (SP)
REPRESENTANTES EM INSTITUIÇÕES CFM E CNRM
Coordernador: Flavio Hayato Ejima (DF)
Zuleica Barrio Bortoli (DF)
anvisa
Coordenador: Vera Helena A. F. de Mello (SP)
Carlos Alberto da Silva Barros (MG)
Flávio Hayato Ejima (DF)
Francisco José Medina Pereira Caldas (RJ)
Tadayoshi Akiba (SP)
AMB
Coordenador: Maria das Graças Pimenta Sanna (MG)
Carlos Alberto Cappellanes (SP)
Rodrigo José Felipe (BA)
Órteses e Próteses: Wagner Colaiacovo (SP)
COMISSÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO (CNA)
Coordenador: Renato Baracat (SP)
Carlos Alberto da Silva Barros (MG)
• núcleos
Ecoendoscopia
Coordenador: Simone Guaraldi da Silva (RJ)
Fauze Maluf Filho (SP)
José Celso Ardengh (SP)
Lucio Giovanni Batista Rossini (SP)
Marco Aurélio D’Assunção (SP)
Vitor Nunes Arantes (MG)
Walton Albuquerque (MG)
Pediatria
Coordenador: Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)
Cristina Helena Targa Ferreira (RS)
Paula Bechara Poletti (SP)
Silvia Regina Cardoso (SP)
NOTES
Ângelo Paulo Ferrari Junior (SP)
Marco Aurélio D’Assunção (SP)
Pablo Rodrigo de Siqueira (SP)
Paulo Sakai (SP)
Núcleo de Tabagismo
Everton Ricardo de Abreu Netto (AM)
patologia endoscópica
Coordenador: Filadelfio Euclides Venco (SP)
Elisa Ryoka Baba (SP)
COMISSÃO DE IMPLANTAÇÃO DE HONORÁRIOS MÉDICOS
E COOPERATIVAS NAS UNIDADES ESTADUAIS
Coordenador-geral: Lincoln Eduardo V. V. de
Castro Ferreira (MG)
Artur Adolfo Parada (SP)
Edson Luiz Doncatto (RS)
Francisco das Chagas Gonçalves de Oliveira (CE)
Francisco Paulo Ponte Prado Júnior (CE)
José Edmilson Ferreira da Silva (RJ)
Julio César Souza Lobo (PR)
Julio Pereira Lima (RS)
Luiz Fernando Tullio (PR)
Luiz Paulo Reis Galvão (PE)
Marcus Valerius Saboia Rattacaso (CE)
Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)
Sandra Teixeira (PR)
Sérgio Luiz Bizinelli (PR)
Vera Helena de Aguiar Freire de Mello (SP)
Viriato João Leal da Cunha (SC)
CONSELHO EDITORIAL (LIVROS)
Artur Adolfo Parada (SP)
João Carlos Andreoli (SP)
Luiz Leite Luna (RJ)
Marcelo Averbach (SP)
REVISTA SOBED
47
Por dentro
Diretorias estaduais
• ALAGOAS *
Rua Carlos Povina Cavalcanti, 49 - Apto 302 – Maceió
CEP: 57036-411 | (82)9631-2000 | [email protected]
Presidente: José Wenceslau da Costa Neto
Vice-presidente: Herberth José Toledo Silva
1ª Secretária: Maria Marta Braga de Albuquerque
2º Secretário: Gilson de França dos Santos
1º Tesoureiro: José Nobre Pires
2º Tesoureiro: Francisco Milton Lucio Melo
• AMAZONAS
Rua do Congresso, 90 – Manaus
CEP: 69010-970 | (92) 9152-9119 | [email protected]
Presidente: Jeanne Monique Guimarães Pimentel
Vice-presidente: Déborah Nadir Cruz Ferreira
1º Secretário: Ricardo Paes Barreto Ferreira
2º Secretário: Alinne Lais Bessa Maia
1º Tesoureiro: Jorge Luis Bastos Arana
2º Tesoureiro: Lourenço Candido Neves
• BAHIA
R. Baependi, 162, sala 3 - Ondina – Salvador
CEP: 40170-070 | (71) 9338-0220 | [email protected]
Presidente: Sylon Ribeiro de Britto Junior
Vice-presidente: Luciano Magalhães Oliveira
1º Secretário: Durval Gonçalves Rosa Neto
2º Secretário: Wladimir Campos de Araújo
1º Tesoureiro: Alcione Prates Leite
2º Tesoureiro: Luciana Rodrigues Leal da Silva
• CEARÁ
Avenida Santos Dumont, 1168 – Sala 301 – Centro – Fortaleza
CEP: 60150-160 | (85) 9996-0281
Presidente: José Rúver Lima Herculano Junior
Vice-presidente: Luiz Helder de Alencar Moreno
1° Secretário: Ricardo Rangel de Paula Pessoa
2° Secretário: Marcellus Henrique Loiola P. de Souza
1º Tesoureiro: Raphael Felipe Bezerra de Aragão
2º Tesoureiro: João Paulo Aguiar Ribeiro
• goiás
Avenida Portugal, 1052 – Setor Marista – Goiânia
CEP: 74150-030 | (62) 3251-7208 |
[email protected]
Presidente: Marcelo Barbosa Silva
Vice-presidente: Fernando Henrique Porto Barbosa Ramos
1º Secretário: Daniela Medeiros Milhomem Cardoso
2º Secretário: Marcus Vinicius da Silva Ney
1º Tesoureiro: Américo de Oliveira Silvério
2º Tesoureiro: Eduardo Aguiar Silva Neto
• maranhão*
R. Carutapera 2, Quadra 37 B - Jd. Renascença – São Luís
CEP: 65075-690 | (98) 8141-1116 | [email protected]
Presidente: Djalma dos Santos
Vice-presidente: Nailton J.F. Lyra
1ª Secretária: Keila Regina M. Cantanhede
2º Secretário: George Hermes R. de Oliveira
1º Tesoureiro: Milko Abrantes de Oliveira
2ª Tesoureira: Jerusa Santos dos Reis
• mato grosso*
Rua 25 de Agosto, 33 - Apto 1801 - Edificio Maison Du Park – Cuiabá
CEP: 78043-382 | (65) 9983-1701 | [email protected]
Presidente: Roberto Carlos Fraife Barreto
Vice-presidente: Carlos Eduardo Miranda de Barros
1º Secretário: Benedito Borges Almeida Filho
2º Secretário: José Geraldo Favalesso
1º Tesoureiro: Elton Hugo Maia Teixeira
2º Tesoureiro: Ubirajarbas Miranda Vinagre
• mato grosso do sul
Rua Goiás, 405 - sala 01 - Jd. dos Estados – Campo Grande
CEP: 79020-101 | (67) 3325-6040 | [email protected]
Presidente: Rogerio Nascimento Martins
Vice-presidente: Marcelo de Souza Cury
1º Secretário: Geraldo Vinicius Ferreira Hemerly Elias
2º Secretário: Adriano Fernandes da Silva
1º Tesoureiro: Eduarda Nassar Tebet Ajeje
2º Tesoureiro: Thiago Alonso
• DISTRITO FEDERAL
SGAS, 910, Bloco A, sala 224, Asa Sul – Brasília
CEP: 70390-100 | (61) 3242-9203 |
[email protected]
Presidente: Eduardo Aires Coelho Marques
Vice-presidente: Francisco Machado da Silva
1º Secretário: Luciana Machado Nonino
2º Secretário: Carmem Alves Pereira
1º Tesoureiro: Fabio Santana Bolinja Rodrigues
2º Tesoureiro: Hermes Gonçalves Aguiar Junior
• espírito santo
R. Francisco Rubim, 395 - Bento Ferreira – Vitória
CEP: 29050-680 | (27) 3324-1333 |
[email protected]
Presidente: Flavia Emília Lima de Oliveirao
Vice-presidente: Roseane Valeria Bicalho Ferreira Assis
1º Secretário: Giovana Pereira Nogueira da Gama
2º Secretário: Edorio de Souza Ribeiro
1º Tesoureiro: Márcio Demoner Brandão
2º Tesoureiro: Luiz Fernando Ferreira Campos
48
revista SOBED
• minas gerais *
Av. João Pinheiro, 161 - Centro – Belo Horizonte
CEP: 30130-180 | (31) 3247-1647 | [email protected]
Presidente: Christiane Soares Poncinelli
Vice-presidente: Elmar José Moreira Lima
1ª Secretária: Patrícia Fraga Moreira
2ª Secretária: Karen Orsini de Magalhães Brescia
1º Tesoureiro: Rodrigo Roda Rodrigues da Silva
2º Tesoureiro: Geraldo Henrique Gouvêa de Miranda
• pará
Cidade Nova -VI Travessa WE 69, nº302 – Belém
CEP: 67140-120 | (91) 3263-7693 | maué[email protected]
Presidente: Erivaldo de Araujo Maues
Vice-presidente: Zacarias Pereira de Almeida Neto
1º Secretário: Monica Barauna Assunção
2º Secretário: Lilian Costa de Almeida
1º Tesoureiro: Marcos Moreno Domingues
2º Tesoureiro: Aida Lopes Sirotheau Correa
julho/setembro 2014
• PARAÍBA
Rua Sílvio Almeida, 620 - Expedicionários – João Pessoa
CEP: 58041-020 | (83) 3244-8080 | [email protected]
Presidente: Pedro Duques de Amorim
Vice-presidente: Francisco de Sales Moreira Pinto
1º Secretário: Paulo Duques de Amorim
2º Secretário: Tarcisio Carneiro da Costa
1º Tesoureiro: Fábio da Silva Delgado
2º Tesoureiro: Daniel Chaves Mendes
• PARANÁ *
R. Candido Xavier, 575 - São Rafael – Curitiba
CEP: 80240-280 | (41) 3342-3282 |
[email protected]
Presidente: Flávio Heuta Ivano
Vice-presidente: Marco Aurelio D’Assunção
1ª Secretária: Camila Leticia Leiner
2º Secretário: Eduardo Aimoré Bonin
1º Tesoureiro: Ricardo Taqueiyoshi Sugisawa
2º Tesoureiro: Luciano Okawa
• PERNAMBUCO
R. Sen. José Henrique, 141, 1º andar, Ilha do Leite – Recife
CEP: 52050-020 | (81) 3221-6959 | [email protected]
Presidente: Júlia Corrêa de Araújo
Vice-presidente: Admar Borges da Costa Junior
1º Secretário: Carlos Eugênio Gantois
2º Secretário: Eduardo Carvalho Gonçalves de Azevedo
1º Tesoureiro: Antônio Carlos Coelho Conrado
2º Tesoureiro: José Julio Viana
• PIAUÍ
Rua Aviador Irapuan Rocha, 1430, Ed. Medical Leste (3º andar)
Jóquei – Teresina
CEP: 64049-518 | (86) 3221-5968 |
[email protected]
Presidente: Antonio Moreira Mendes Filho
Vice-presidente: Carlos Dimas Carvalho Souza
1º Secretário: Valdeci Ribeiro de Carvalho
2º Secretário: Adelmar Neiva de Sousa Sobrinho
1º Tesoureiro: Wilson Ferreira Almino de Lima
2º Tesoureiro: Artur Pereira e Silva
• RIO DE JANEIRO*
R. da Lapa, 120, sl. 309 - Centro – Rio de Janeiro
CEP: 20021-180 | (21) 2507-1243 |
[email protected]
Presidente: Ronaldo Taam
Vice-presidente: Luiz Armando Rodrigues Velloso
1º Tesoureiro: Flávio Abby
2º Tesoureiro: João Carlos de Almeida Soares
1ª Secretária: Lílian Machado Silva
2ª Secretária: Paula Perruzi Elia
• RIO GRANDE DO NORTE *
R. Maria Auxiliadora, 804 - Tirol – Natal
CEP: 59014-500 | (84) 3198-1900 |
[email protected]
Presidente: Verônica de Souza Vale
Vice-presidente: Conceição Lins da Costa Marinho
Tesoureira: Licia Villas Boas Moura
• RIO GRANDE DO SUL*
Av. Ipiranga, 5.311, sl. 207 - Azenha – Porto Alegre
CEP: 90610-001 | (51) 3014-2072 | [email protected]
Presidente: Carlos Eduardo Oliveira dos Santos
Vice-Presidente: Alexandro Vaesken Alves
1º Secretário: Ari Ben-Hur Stefani Leão
1º Tesoureiro: Cesar Vivian Lopes
• RONDÔNIA
Rua Campos Salles, 2245 - Nova União 03 – Porto Velho
CEP: 76801-081 | (69) 9981-5375 | [email protected]
Presidente: Adriana Silva Assis
Vice-presidente: Marcelo Pereira da Silva
1° Secretário: Edson Aleotti
2° Secretário: Márcia Coelho de Mello Bach
1° Tesoureiro: Victor Hugo Pereira Marques
2° Tesoureiro: Domingos Montaldi Lopes
• SANTA CATARINA*
Rodovia SC 401, nº 3854, Km 04 - Saco Grande – Florianópolis
CEP: 88032-005 | (48) 3231-0324 |
[email protected]
Presidente: Odemari Miranda Ferrari
Vice-presidente: Amilton Carniel Guimarães
1º Tesoureiro: Jolnei Antonio Hawerroth
2º Tesoureiro: Juliano Coelho Ludvig
1º Secretário: Francisco José Salfer do Amaral
2º Secretário: Luiz Carlos Bianchi
• SÃO PAULO*
R. Itapeva, 202, sl. 98 - Bela Vista – São Paulo
CEP: 01332-000 | (11) 3288-6883 |
[email protected]
Presidente: Dalton Marques Chaves
Vice Presidente: Gustavo Andrade de Paulo
1º Tesoureiro: Marcel Langer
2º Tesoureiro: Ricardo Anuar Dib
1ª Secretária: Renato Luz Carvalho
2º Secretária: Regina Rie Imada
• SERGIPE
R. Guilhermino Rezende, 462, São José – Aracaju
CEP: 49020-270 | (79) 3246-2763 | [email protected]
Presidente: Simone Déda Lima Barreto
Vice-presidente: Kelly Menezio Oliveira Giardina
1º Secretário: Jilvan Pinto Monteiro
2º Secretário: Raul Andrade Mendonça Filho
1º Tesoureiro: Miraldo Nascimento da Silva Filho
2º Tesoureiro: Patricia Santos Rodrigues Costa
• TOCANTINS
Rua Engenheiro Bernardo Sayão, 770, Gurupi
CEP: 77402-060 | (63) 3312-0013 ou (63)8446-0113 |
[email protected]
Presidente: Zoroastro Henrique de Santana
Vice-presidente: Mery Tossa Nakamura
1º Secretário: Jorge Luiz de Matos Zeve
2º Secretário: Sebastião Geraldo de Melo
1º Tesoureiro: Eduardo Komka Filho
2º Tesoureiro: Haley Pandolfi Junior
* Diretorias estaduais atualizadas até o dia 15 de agosto de 2014.
julho/setembro 2014
REVISTA SOBED
49
Por dentro
Agenda
Confira na relação abaixo os principais eventos ligados
à gastroenterologia e à endoscopia digestiva dos
próximos meses. Saiba mais no site da SOBED
setembro
6 de setembro
Curso Teste seus Conhecimentos
Baseado em Evidências – SOBED
Local: Grand Mercure Ibirapuera
São Paulo (SP)
Inscrições: www.sobed.org.br
7 de setembro
Prova de Título de Especialista em Endoscopia –
Categoria Especial 2014 (Formandos até 2000)
Local: Grand Mercure Ibirapuera
São Paulo (SP)
Inscrições: www.sobed.org.br
outubro
6 de outubro
Sushi & Endoscopia
SOBED-PE
18h30 - 21h
Local: Restaurante Nirai
Recife (PE)
18 a 22 de outubro
UEG Week Vienna 2014
United European Gastroenterology (UEG)
Viena, Áustria
novembro
22 a 26 de novembro
XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD)
Local: Riocentro
Rio de Janeiro (RJ)
Informações: www.sobed.org.br
Inscrições: www.sbad.org.br
22 de novembro
Curso Teste seus Conhecimentos
Baseado em Evidências – SOBED
Curso Hands On
Curso Suporte Avançado de Vida
em Endoscopia (SAVE®)
Oficina de Balão Intragástrico da SOBED
Inscrições: www.oficinabalao.com.br
23 de novembro
Curso de Pós-Graduação SOBED/ASGE
26 de novembro
Prova de Título de Especialista em
Endoscopia e/ou Certificado de Área de
Atuação em Endoscopia Digestiva
50
revista SOBED
julho/setembro 2014
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