MASTITE BOVINA NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ: PREVALÊNCIA, FATORES DE RISCO, AGENTES ETIOLÓGICOS DETERMINANTES E SUSCEPTIBILIDADE BACTERIANA AOS ANTIMICROBIANOS Thais Maiara Lovera - PIBIC / UFPR-TN Orientadora: Profa. Dra. Geane Maciel Pagliosa Colaboradora: Profa Dra. Edna Teresa de Lima Objetivo: A região Oeste possui significativa participação na produção leiteira no Paraná, mas são escassas as informações a respeito da situação da mastite bovina e agentes etiológicos envolvidos. O objetivo da presente pesquisa foi determinar os agentes etiológicos e os fatores de risco relacionados a mastite subclínica. Materiais e Métodos: O leite de 136 amostras com reação ao teste CMT (Califórnia Mastitis Test) foi submetido à cultura e antibiograma. As amostras foram provenientes de 11 propriedades dos municípios de Marechal Candido Rondon, Nova Santa Rosa e Toledo. Para correlacionar os fatores de risco, foram utilizados dados obtidos das propriedades referentes ao exame clínico individual das vacas, aos procedimentos de manejo e cuidados higiênicos durante a ordenha e à higiene e idade do equipamento de ordenha. Referências: BLOWNEY, R.; EDMONDSON, P. Mastitis control in dairy herds. 2ed. Oxfordshire: CABI, 2010. 266p. Resultados e Discussões: A análise microbiológica isolou Staphylococcus aureus em 57,4%, Escherichia coli em 16,9% e Streptococcus agalactiae em 5,2% das amostras. A resistência bacteriana ocorreu para penicilina G, ampilicina e cefalexina. Os fatores de risco relacionados e coeficientes de correlação (odds-ratio – OR) correspondentes foram: ordenhadeira desregulada (2,10); sobreordenha (1,95); não desprezo dos três primeiros jatos de leite antes da ordenha (1,75); uso de panos coletivos na higienização dos tetos e úbere (1,54); claudicação (1,43) altura de úbere abaixo do jarrete (1,32) e fase de lactação (0,98). A ordenha mal regulada é um fator importante como agente disseminador da mastite contagiosa (Blowey e Edmondosn, 2010). Nas propriedades visitadas era frequente o tratamento de mastite com os antimicrobianos que apresentaram resistência, usados amplamente no mercado nacional, muitas vezes sem a orientação de um médico veterinário. Além da resistência bacteriana, essa prática pode auxiliar na disseminação da mastite entre os animais (Blowney e Edmondson, 2010) Conclusões: Segundo a metodologia empregada nessa pesquisa, concluiu-se que a prevalência de microorganismos de mastite contagiosa é alta e que, entre os fatores de risco mais correlacionados, está o manejo de ordenha inadequado e ordenhadeiras mecânicas desreguladas.