Tema: Fraternidade
e defesa da vida.
Lema: Escolhe, pois, a vida.
(Dt 30,19)
ESCOLHE, pois, a vida.
AUTONOMIA
 LIBERDADE
 DISCERNIMENTO (pensar / refletir )

Autonomia
autonomia . [Do gr. autonomía.] S. f. 1. Faculdade de se governar por
si mesmo. 2. Direito ou faculdade de se reger (uma nação) por leis
próprias. 3. Liberdade ou independência moral ou intelectual. 4.
Distância máxima que um veículo, um avião ou um navio pode
percorrer sem se reabastecer de combustível. 5. Ét. Condição pela
qual o homem pretende poder escolher as leis que regem sua
conduta. [Cf., nesta acepç., autodeterminação (2), heteronomia (2) e
liberdade (11)].
Dicionário Aurélio
Autonomia

Base Moral

Base Intelectual

Base Emocional
Jean Piaget

O florescer do pensamento
autônomo e lógico operatório é
paralelo ao surgimento da
capacidade de estabelecer relações
cooperativas.
Jean Piaget
Ser autônomo significa estar
apto a cooperativamente
construir o sistema de regras
morais e operatórias necessárias
à manutenção de relações
permeadas pelo respeito mútuo.
Jean Piaget

O
princípio
de
autonomia
desenvolve
juntamente
com
processo de desenvolvimento
autoconsciência.
se
o
da
Jean Piaget




Consciência centrada
no EU
Inteligência calcada
em Ativ. Motoras
Relação egocêntrica
“de si para si”
Anomia
Desenvolvimento
Ações mais complexas
Reconhecimento do outro
Necessidade de regras



Regra exterior ao
indivíduo
Controle centrado no
outro
Deslocamento do eixo
das relações “ de si para
o outro”
A consciência é tomada
emprestada do outro.
Jean Piaget

Não é possível uma autonomia intelectual
sem uma autonomia moral, pois ambas se
sustentam no respeito mútuo, o qual, por sua
vez, se sustenta no respeito a si próprio e
reconhecimento do outro como ele mesmo.
Os adultos reforçam a heteronomia natural da
criança quando usam da recompensa e punição.
Resultados:



Cálculo de riscos
Conformidade cega
Revolta
As crianças que praticam uma ação para
receber algo em troca são governadas por outras
pessoas tanto quanto as crianças que são boas
somente para não receberem uma punição.
A essência da
autonomia é que as
crianças tornem-se
capazes de tomar
decisões por elas
mesmas.
Autonomia não é a mesma coisa que
liberdade total. Significa ser capaz de
considerar fatores relevantes para
decidir o melhor caminho da ação.
Não há moralidade quando o indivíduo considera apenas
o seu ponto de vista.
Quando consideramos o ponto de vista das outras
pessoas, percebemos que não somos livres para mentir,
quebrar promessas ou agir irrefletidamente.
Ser autônomo no campo da
intectualidade significa não seguir
aleatoriamente a opinião do outro.
As crianças aceitam sim as
explicações
dos
adultos,
mas
buscam relacioná-las com as coisas
que sabem.
AUTONOMIA INTELECTUAL
VERDADEIRO X FALSO
AUTONOMIA MORAL
CERTO X ERRADO
A autonomia se constitui a partir de:
→ múltiplas experiências
→ decisões tomadas e que implicam em
responsabilidades
Ninguém é autônomo primeiro, para depois
aprender a decidir.
Decidindo, se aprende a decidir.
Tomar decisões também significa estar
consciente das conseqüências do ato de
decidir.
Toda decisão leva a um efeito esperado ou
não.
O ato de decidir está sempre relacionado a um
processo responsável.
Não temos que decidir por nossos
alunos.
Temos que ajudá-los na análise dos
prováveis efeitos que se seguirão a
partir da decisão tomada.
Pensamento autônomo... compreende a
sua liberdade e, mais do que isso, “ as
liberdades” dos demais envolvidos na
sua tomada de decisão.
CRITÉRIOS PARA AGIR COM
LIBERDADE:






RESPONSABILIDADE
REFLEXÃO
DISCERNIMENTO
ESPONTANEIDADE
ÉTICA
TRANSCENDÊNCIA / ESTABELECER
RELAÇÕES
Donald W. Winnicott
Processos emocionais do
desenvolvimento da autonomia
 Maternagem como função indispensável
ao desenvolvimento humano

Donald W. Winnicott
O ambiente (mãe) faz
com que o eu da
criança se torne viável.
Donald W. Winnicott
“... não existe isso que chamam de bebê. O
que quero dizer, naturalmente, é que
sempre que vemos um bebê, vemos
também um cuidado materno, e sem o
cuidado materno não haveria bebê...”
Donald W. Winnicott
Para ser capaz de suprir as diversas
necessidades de seu filho, a mãe precisa
sentir-se segura, sentir-se amada por sua
família e sentir-se aceita nos círculos
sociais que a rodeiam.
Donald W. Winnicott

Essa capacidade de oferecer condições
suficientemente boas e de sentir-se, de certo
modo, “suprema” no cuidado com o filho, não se
constitui num conhecimento formal. É algo que
provém de uma atitude sensível, adquirida no
decorrer da gravidez, e que depois é perdida à
medida que a criança se desenvolve e se afasta
da mãe.
E NA ESCOLA??

No ambiente “escola”, quem seria
responsável por oferecer condições
suficientemente boas para zelar, para
garantir a PRESERVAÇÃO DA VIDA?

Quem poderia viabilizar a ESCOLHA?
“ESCOLHE, POIS, A VIDA!”
Donald W. Winnicott
Na segurança de um cuidado suficientemente
bom, a criança começa a viver uma vida
pessoal e individual.
Donald W. Winnicott
Ao longo dos anos, as crianças têm sempre a
necessidade de verificar se ainda podem
confiar em seus pais.
Carregam um sentido de segurança que é
reforçado a todo momento pelos testes que
aplicam aos seus pais e, posteriormente, aos
seus professores, amigos etc.
Desejam verificar se os controles
externos permanecem.
Não basta que cada um acumule no começo da
vida uma determinada quantidade de
conhecimentos de que possa abastecer-se
indefinidamente. É necessário aproveitar e
explorar, do começo ao fim da vida, todas as
ocasiões de atualizar, aprofundar e enriquecer
estes primeiros conhecimentos, e de se adaptar
a um mundo em constante mudança.
“À educação cabe fornecer, de algum modo,
os mapas de um mundo complexo e
constantemente agitado e, ao mesmo tempo,
a bússola que permita navegar através dele”.
Relatório Jacques Delors / 1996
A educação deve organizar-se em torno de quatro
aprendizagens fundamentais que, ao longo de
toda vida, serão de algum modo, para cada
indivíduo, os pilares do conhecimento




aprender a conhecer: adquirir
os instrumentos da
compreensão;
aprender a fazer: agir sobre o
meio envolvente;
aprender a viver juntos:
participar e cooperar
aprender a ser:
desenvolvimento total.
REFERÊNCIA ESTÁVEL
O crescimento verdadeiro confere à criança ou
adolescente um sentido adulto de responsabilidade,
que lhe foi devidamente conferido pelas condições
adequadas de segurança.
“...Tanto no espaço como no tempo, o
ser humano jamais é absolutamente
autônomo...”
Françoise Dolto
“Um mal aluno”
“Não gosto de pensar que tenha sido uma criança
atrasada nos estudos, mas o fato é que eu era muito
lento.
Por não entender o que o professor dizia, achava um
jeito de me entreter. E então, minha mesa e cadeira
foram colocadas distante das outras crianças, e eu
terminei por receber um tratamento especial(...). Por
algum motivo, quando ouvia a palavra atenção, não
somente assumia uma postura rija, mas prendia a
respiração.
Posteriormente, eu me via deitado em um leito da clínica
médica da escola(...) estou ficando emocionado mas é
porque aos sete anos de vida, o isolamento e a vida
terrível na escola me marcaram de maneira tão penosa
que, inconscientemente, eu me vejo escrevendo na
defesa de crianças em situações semelhantes.”
Akira Kurosawa
“ O nascimento do pensamento é igual ao
nascimento de uma criança: tudo começa com
um ato de amor. Uma semente há de ser
depositada no ventre vazio. E a semente do
pensamento é o sonho. Por isso os
educadores, antes de serem especialistas em
ferramentas do saber, deveriam ser
especialistas em amor: intérpretes de sonhos”.
Rubem Alves
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2008

Oficina para 3º e 4º anos

Profª. Andrea Costanza, Profª. Cláudia Salgado
e Prof. Jorge Bonacif
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Donald W. Winnicott