COMO SE MODIFICA GENETICAMENTE UMA PLANTA COMO SE MODIFICA GENETICAMENTE UMA PLANTA As estratégias mais utilizadas de transferência de DNA para plantas: Estratégia 1. global: - Célula vegetal N Alvos possíveis de transformação genética: Identificar o objectivo de melhoramento Vector biológico: Agrobacterium (uma bactéria do solo com duas espécies importantes: A. tumefaciens e A. rhizogenes) Identificar e isolar o(s) gene(s) de interesse Núcleo (N) Plastos (P) (resistência a herbicidas do tipo triazina) Mitocôndrias (M) (cms - "cytoplasmic male sterility") P M Vector não biológico: Bombardeamento Clonar o(s) gene(s) num vector apropriado com micropartículas, de ouro ou tungsténio (com cerca de 1 mm de diâmetro) Transferir o(s) gene(s) de interesse à planta Transferência directa: O DNA entra através da membrana celular permeabilizada por choques eléctricos ou agentes permeabilizantes (como o polietilenoglicol) Avaliar a integração e o comportamento do(s) gene(s) na planta Utilização laboratorial do Agrobacterium: Avaliar o comportamento da planta transgénica no terreno Cultura in vitro do material vegetal (plântulas micropropagadas e germinantes) Representação esquemática do processo de infecção: Situação que ocorre na natureza: H 3CO Colonização genética das plantas por infecção por Agrobacterium tumefaciens Bactéria com o Ti -plasmídio OH OCH 3 H 3CO A Receptor membranar vir Infecção de plantas feridas e transferência do DNA para as células OH OCH 3 A vir Infecção dos explantes com a suspensão bacteriana (Acetosseringona - ou outros compostos produzidos pelas células vegetais feridas) COCH 3 COCH 3 COCH 3 Ferimento do material vegetal (seccionamento) H 3CO OH Leitura da absorvência a 600 nm OCH 3 Aplicação sobre a zona de ferida (24-48h) A vir vir G* (Molécula que vai activar vir G Incubação numa solução diluída de bactérias (durante alguns segundos a alguns minutos) e transferência dos explantes para meio fresco para cocultura com as bactérias Agrobacterium a região de virulência) F A Plasmídio Ti B G C D E Cultura em meio líquido com agitação (adição ou não de acetosseringona) Região de virulência Ti -plasmídio (responsável pela virulência) D Região excisada e transferida à planta, por informação vinda da região de virulência D T-DNA Indução pelo T-DNA de: Plasmídio Ti 1 - crescimento independente de hormonas, 2 - síntese de opinas (compostos de carbono e azoto dos quais a bactéria se alimenta Indução de rebentos transformados em meio de cultura selectivo (por ex. com antibióticos de selecção) e na presença dos fitorreguladores adequados Após a cocultura: - transferência dos explantes para meio de cultura fresco (com ou sem prévia lavagem em água ou meio cultura, ou secagem sobre papel de filtro estéril) - o meio fresco deve conter antibióticos para eliminar o Agrobacterium Agrobacterium desarmado A. rhizogenes Formação de raízes no material infectado. As raízes excisadas crescem e ramificam em meio de cultura sem hormonas Cromossoma bacteriano Planta com agrobactérias vivendo em "crown gall" ESTRATÉGIAS E PROBLEMAS DA ENGENHARIA GENÉTICA DE PLANTAS EXEMPLOS DE ALGUNS PROBLEMAS ACTUAIS SOLUCIONÁVEIS POR ENGENHARIA GENÉTICA – 900 milhões de pessoas passam fome (este número cresce Identificação, isolamento e manipulação in vitro dos genes Transferência dos genes manipulados para as células vegetais anualmente em 95 milhões) – Os oceanos e os terrenos de cultura são explorados aos seus limites – A quantidade de terra arável por pessoa diminui continuamente – As perdas de culturas por pestes, doenças e ervas daninhas atinge os 40-60% – As perdas anuais de arroz são superiores a 200 milhões de metros cúbicos, o equivalente a alimento para 1000 milhões de pessoas – 1/3 da produção de trigo perde-se devido a: Ervas daninhas Pragas Doenças (resistência a herbicidas, pragas, doenças?...) – As quantidades de arroz que se perdem anualmente devido a infecções com o vírus Tungro davam para alimentar 15.000.000 de pessoas (introdução de resistência à virose?) Cultura das células para obter plantas trans- génicas ou linhas de células transgénicas, mantidas in vitro como callus, suspensões ou raízes Diferenciação de rebentos adventícios a partir de folhas em meio de cultura OBJECTIVOS DA ENGENHARIA GENÉTICA DE PLANTAS Resistência a insectos Resistência a herbicidas Resistência a doenças (vírus, fungos, bactérias) Expressão de proteínas importantes do ponto de vista farmacológico (i.e.: antigéneos) Plantas regeneradas de folhas transformadas, à esquerda uma plântula resistente ao antibiótico de selecção (canamicina) e à direita uma planta sensível (não transformada) Inibição do amadurecimento de frutos Criação de esterilidade masculina Manipulação do metabolismo do carbono ou fósforo –Anualmente 2.000.000 de crianças ficam cegas por falta de pró-vit. A (melhoramento do potencial nutritivo do arroz com enriquecimento em pró-vitamina A por introdução de genes da via biossintética dos carotenos, ß-caroteno?) Plantas micropropagadas (amendoeira) utilizadas como fonte de material para regeneração adventícia e transformação genética Melhoramento da absorção de ferro …… Monitorização da presença de um gene de referência introduzido por transformação. Por incubação num substracto adequado, a enzima codificada pelo gene dá origem a um produto de cor azul que permite identificar as células/plantas transformadas (à esquerda duas plantas transformadas e à direita 3 plantas controlo)