Desenvolvimento e agrotransformação de endófitos expressando o gene repórter DsRed para ensaios de controle biológico de Phyllosticta citricarpa Juliana Bernardim Wobeto PIBIT/CNPq Chirlei Glienke/ Camila da Costa Senkiv De modo a esclarecer a epidemiologia da doença Mancha Preta dos Citrus e os processos pelo quais o fungo Phyllosticta citricarpa infecta plantas cítricas, pretende-se determinar os processos de infecção e colonização da P. citricarpa, e compará-lo com o realizado pelo fungo endofítico P. capitalensis, o qual coloniza de forma assintomática. Desenvolveu-se, portanto, método de agrotransformação para obtenção de endófitos contendo o gene DsRed e caracterizou-se linhagens transformadas com gfp, de P. capitalensis. A bactéria Agrobacterium tumefaciens, contendo o gene DsRed, foi mantida em co-cultivo com o fungo P. capitalensis. Transferidos para um meio seletivo, apenas os transformantes emergem do meio. Devese determinar a estabilidade mitótica destes transformantes, cultivando-os em meio seletivo por três gerações. Fez-se análise por microscopia de epifluorescência e crescimento micelial, bem como PCR para detecção do gene repórter. FIGUEIREDO, J. G.; GOULIN, E. H.; TANAKA, F.; KAVACORDEIRO, V.; GALLI-TERASAWA, L.; STAATS, C.; SCHARANK, A.; GLIENKE, C. Agrobacterium tumefaciens-mediated transformation of Guignardia citricarpa. Journal of Microbiology Methods. 80(2), p.143-147, 2010. Na determinação do protocolo de Agrotransformação, seguiu-se a metodologia descrita por Figueiredo et. al (2010). Avaliou-se diferentes variáveis quanto ao tempo e condições de co-cultivo bactéria + fungo, bem como melhores condições e tempo necessário para esporulação dos fungos. Quanto à caracterização dos transformantes de P. capitalensis, foram avaliadas 11 colônias fúngicas por PCR, quanto à presença do gene gfp, a fim de se obter a linhagem com características morfológicas e fisiológicas mais semelhantes à linhagem selvagem para os estudos futuros de controle biológico. Destas, apenas 4 ainda expressavam a proteína verde fluorescente. Quanto à avaliação morfológica, o crescimento inicial das linhagens foi semelhante, entretanto após 10 dias foi possível observar melhor crescimento do transformante LGMF02/T11. Fig. 1 - Microscopia de epifluorescência do transformante LGMF02/T11 Uma linhagem de P. capitalensis, transformada com o gene gfp – LGMF02/T11- foi determinada a mais próxima à selvagem quanto às características morfológicas e fisiológicas, sendo, portanto, a mais indicada para estudos de controle biológico. Como perspectiva para futuros trabalhos, pretende-se utilizar o protocolo de agrotransformação desenvolvido, e ao obter transformantes, permitir a distinção entre o processo de infecção e colonização de P. citricarpa e o endofítico.