01. Um patrulheiro, viajando em um carro dotado de radar a uma velocidade de 60 km/h, em relação a um referencial fixo no solo, é ultrapassado por outro automóvel que viaja no mesmo sentido que ele. A velocidade indicada pelo radar após a ultrapassagem é de 30 km/h. A velocidade do outro automóvel em relação ao solo é igual a (A) (B) (C) (D) (E) 30 km/h. 45 km/h. 60 km/h. 75 km/h. 90 km/h. 02. Um esquiador desce por uma pista de esqui com aceleração constante. Partindo do repouso do ponto P, ele chega ao ponto T, a 100 m de P, com velocidade de 30 m/s. O esquiador passa por um ponto Q, a 36 m de P, com velocidade de (A) (B) (C) (D) (E) (A) (B) (C) (D) interrompe sua queda em direção ao solo. inverte o sentido da sua velocidade. continua caindo com velocidade crescente. continua caindo, mas a velocidade é decrescente. (E) continua caindo, mas a velocidade é constante. 04. A respeito das leis de Newton, são feitas três afirmativas. Física Quais estão corretas? (A) (B) (C) (D) (E) I, II e III. Somente I. I e II. I e III. II e III. 05. O coqueiro da figura tem 5m de altura em relação ao chão, e a cabeça do macaco está a 0,5m do solo. Cada coco, que se desprende do coqueiro, tem massa 200g e atinge a cabeça do macaco com 7J de energia cinética. A quantidade de energia mecânica dissipada na queda é de 18 m/s. 15 m/s. 12 m/s. 10,8 m/s. 9,0 m/s. 03. À medida que cresce a velocidade de um objeto que cai em linha reta em direção ao solo, cresce também a força de atrito com o ar, até que, em determinado instante, torna-se nula a força resultante sobre esse objeto. A partir desse instante, o objeto I. II. Quando uma pessoa empurra uma mesa e ela não se move, podemos concluir que a força de ação é anulada pela força de reação. III. Durante uma viagem espacial, podem-se desligar os foguetes da nave que ela continuará a se mover. Esse fato pode ser explicado pela primeira lei de Newton. A força resultante necessária para acelerar, uniformemente, um corpo de massa 4,0kg, de 10m/s para 20m/s, em uma trajetória retilínea, em 5,0s, tem módulo igual a 8,0N. (A) (B) (C) (D) (E) 9 J. 7 J. 2 J. 9000 J. 2000 J. 06. Um carrinho de massa igual a 1,50kg está em movimento retilíneo com velocidade de 2,0m/s quando fica submetido a uma força resultante de intensidade 4,0N, na mesma direção e sentido do movimento, durante 6,0s. Ao final dos 6,0s, a quantidade de movimento e a velocidade do carrinho têm valores, em unidades do SI, respectivamente, iguais a (A) (B) (C) (D) (E) 27 e 18. 24 e 18. 18 e 16. 6,0 e 16. 27 e 16. 3 07. A figura mostra o gráfico posição (x) em função do tempo (t) para o movimento de um corpo. Em relação às energias cinéticas nos pontos A, B e C, é correto afirmar que (A) (B) (C) (D) (E) 1,2 . 106 joules. 9,0 . 105 joules. 4,5 . 105 joules. – 4,5 . 105 joules. – 9,0 . 105 joules. 10. Quantas calorias são necessárias para vaporizar 1,00 litro de água, se a sua temperatura é, inicialmente, igual a 10,0 ºC? Dados: calor específico da água: 1,00 cal/gºC; densidade da água: 1,00 g/cm3; calor latente de vaporização da água: 540 cal/g. (A) (B) (C) (D) (E) EA = EB e EC = 0 EA < EB e EC = 0 EA > EB e EC = 0 EA = EB = EC EA < EB < EC 08. A Primeira Lei da Termodinâmica estabelece que o aumento ∆U da energia interna de um sistema é dado por ∆U = ∆Q – ∆W, em que ∆Q é o calor recebido pelo sistema, e ∆W é o trabalho que esse sistema realiza. Se um gás real sofre uma compressão adiabática, então (A) (B) (C) (D) (E) ∆Q = ∆U. ∆Q = ∆W. ∆W = 0. ∆Q = 0. ∆U = 0. 09. Certa massa de gás perfeito realiza a transformação cíclica ABCA, representada no gráfico abaixo. (A) (B) (C) (D) (E) 5,40 × 104 cal 6,30 × 104 cal 9,54 × 104 cal 5,40 × 105 cal 6,30 × 105 cal 11. Assinale a alternativa correta. (A) Quando alguém se vê diante de um espelho plano, a imagem que observa é real e direita. (B) A imagem formada sobre o filme, nas máquinas fotográficas, é virtual e invertida. (C) A imagem que se vê quando se usa uma lente convergente como “lente de aumento” (lupa) é virtual e direita. (D) A imagem projetada sobre uma tela por um projetor de slides é virtual e direita. (E) A imagem de uma vela formada na retina de um olho humano é virtual e invertida. 12. Um objeto real, colocado perpendicularmente ao eixo principal de um espelho esférico, tem imagem como mostra a figura a seguir. Pelas características da imagem, podemos afirmar que o espelho é O trabalho realizado pelo gás, em um ciclo, vale 4 Física (A) convexo e sua imagem é virtual. (B) convexo e sua imagem é real. (C) côncavo e que a distância do objeto ao espelho é menor que o raio de curvatura do espelho, mas maior que sua distância focal. (D) côncavo e que a distância do objeto ao espelho é maior que seu raio de curvatura. (E) côncavo e que a distância do objeto ao espelho é menor que a distância focal do espelho. 13. Dois meios A e C estão separados por uma lâmina de faces paralelas (B). Um raio luminoso I, propagando-se em A, penetra em B e sofre reflexão total na face que separa B de C, conforme indica a figura anterior. Sendo nA, nB e nC os índices de refração dos meios A, B e C, teremos, respectivamente, então (A) nA > nB > nC. (B) nA > nC > nB. (C) nA < nB > nC. (D) nB < nC > nA. (E) nC > nB > nA. 14. Observe o diagrama. A imagem A’B’ do objeto AB será (A) (B) (C) (D) (E) direita, real e menor do que o objeto. direita, virtual e maior do que o objeto. direita, virtual e menor do que o objeto. invertida, real e maior do que o objeto. invertida, virtual e maior do que o objeto. 15. As cargas Q1 = 9µC e Q3 = 25µC estão fixas nos pontos A e B. Sabe-se que a carga Q2 = 2µC está em equilíbrio sob a ação de forças elétricas somente na posição indicada. Nessas condições, (A) (B) (C) (D) (E) x x x x x = = = = = 1 2 3 4 5 cm. cm. cm. cm. cm. 16. Um condutor de comprimento L e diâmetro D possui resistência R1. Qual é a resistência R2‚ de um outro condutor de mesmo material, mesmo comprimento e com dobro de diâmetro do condutor 1? (A) (B) (C) (D) (E) R2 = R2 = R2 = R2 = R2 = 2R1 R1/2 R1/4 4R1 R1 17. O gráfico representa a curva característica tensão-corrente para um determinado resistor. Nesse diagrama, estão representados um objeto AB e uma lente convergente L. F1 e F2 são focos dessa lente. Física 5 Em relação ao resistor, é correto afirmar que (A) (B) (C) (D) (E) é ôhmico e que sua resistência vale 4,5 x 102Ω. é ôhmico e que sua resistência vale 1,8 x 102Ω. é ôhmico e que sua resistência vale 2,5 x 102Ω. não é ôhmico e que sua resistência vale 0,40Ω. não é ôhmico e que sua resistência vale 0,25Ω. 20. A figura abaixo representa um fio metálico longo e retilíneo, conduzindo corrente elétrica i, perpendicularmente e para fora do plano da figura. Um próton move-se com velocidade v, no plano da figura, conforme indicado. 18. No circuito a seguir, o amperímetro e o voltímetro são ideais. É correto afirmar que esses aparelhos indicam A força magnética que age sobre o próton é (A) paralela ao plano da figura e para a direita. (B) paralela ao plano da figura e para a esquerda. (C) perpendicular ao plano da figura e para dentro. (D) perpendicular ao plano da figura e para fora. (E) nula. (A) (B) (C) (D) (E) 20 A e 84 V. 50 A e 100 V. 8,0 A e 84 V. 8,0 A e 100 V. 50 A e 8,4 V. 21. A figura abaixo ilustra as posições relativas de um ímã e um anel condutor, ambos inicialmente em repouso. Por 1 e 2, indicam-se possíveis sentidos das correntes elétricas induzidas no anel. 19. Considere as afirmações a seguir, a respeito de ímãs. I. Convencionou-se que o polo norte de um ímã é aquela extremidade que, quando o ímã pode girar livremente, aponta para o Norte geográfico da Terra. II. Polos magnéticos de mesmo nome se repelem, e polos magnéticos de nomes contrários se atraem. III. Quando se quebra ao meio um ímã em forma de barra, obtêm-se dois novos ímãs, cada um com apenas um polo magnético. Quais estão corretas? (A) (B) (C) (D) (E) 6 Apenas I. Apenas II. Apenas III. I e II. II e III. Julgue as proposições abaixo e assinale a verdadeira. (A) Não haverá corrente elétrica induzida no anel, qualquer que seja o movimento do ímã. (B) Ao aproximarmos o ímã do anel, haverá uma corrente elétrica induzida no anel com sentido 1. (C) Ao afastarmos o ímã do anel, haverá uma corrente elétrica induzida no anel com sentido 1. (D) Ao aproximarmos o ímã do anel, haverá uma corrente elétrica induzida no anel com sentido 2. (E) Haverá corrente elétrica induzida no anel, somente se o ímã for afastado do anel. Física 22. Uma pessoa é capaz de ouvir a voz de outra, situada atrás de um muro de concreto, mas não pode vê-la. Isso se deve à (A) difração, pois o comprimento de onda da luz é comparável às dimensões do obstáculo, mas o do som não é. (B) velocidade da luz ser muito maior que a do som, não havendo tempo para que ela contorne o obstáculo, enquanto o som consegue fazê-lo. (C) interferência entre as ondas provenientes do emissor e sua reflexão no muro: construtiva para as ondas sonoras e destrutiva para as luminosas. (D) dispersão da luz, por se tratar de uma onda eletromagnética, e não dispersão do som por ser uma onda mecânica. (E) difração, pois o comprimento de onda do som é comparável às dimensões do obstáculo, mas o da luz não é. 23. Quando uma ambulância se aproxima ou se afasta de um observador, ele percebe uma variação na altura do som emitido pela sirene (o som percebido fica mais grave ou mais agudo). Esse fenômeno é denominado Efeito Doppler. Considerando o observador parado, (A) o som percebido fica mais agudo à medida que a ambulância se afasta. (B) o som percebido fica mais agudo à medida que a ambulância se aproxima. (C) a frequência do som emitido aumenta à medida que a ambulância se aproxima. (D) o comprimento de onda do som percebido aumenta à medida que a ambulância se aproxima. (E) o comprimento de onda do som percebido é constante, quer a ambulância se aproxime ou se afaste do observador, mas a frequência do som emitido varia. Física 24. O efeito fotoelétrico, explorado em sensores, células fotoelétricas e outros detectores eletrônicos de luz, refere-se à capacidade da luz de retirar elétrons da superfície de um metal. Quanto a esse efeito, pode-se afirmar que (A) a energia dos elétrons ejetados depende da intensidade da luz incidente. (B) a energia dos elétrons ejetados é discreta, correspondendo aos quanta de energia. (C) a função trabalho depende do número de elétrons ejetados. (D) a velocidade dos elétrons ejetados depende da cor da luz incidente. (E) o número de elétrons ejetados depende da cor da luz incidente. 25. Analise as afirmativas a seguir. I. A força que mantém os prótons no núcleo de um átomo é de natureza eletrostática. II. No Sol, como em outras estrelas, ocorrem reações de fusão nuclear. III. Na fusão nuclear, núcleos fundem-se com grande absorção de energia. IV. Na fissão nuclear, núcleos são divididos, liberando energia. Quais estão corretas? (A) I e II. (B) I e III. (C) I, III e IV. (D) II e III. (E) II e IV. 7 27. De acordo com o texto, é correto afirmar que Instrução: responda às questões de número 26 a 33 de acordo com o texto abaixo. TEXTO I THE CITY OF BOOKS Julian Earwaker 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. There aren’t many bookshops where you need a map to find your way around, but it’s easy to get lost in Powell’s City of Books, the w orld’s largest independent bookstore, w h i c h i s lo c ated i n Po rtland, O re go n. Powell’s main bookshop on Burnside is a vast Aladdin’s cave of books in every shape, size and format. More than one million volumes line the shelves of the different colored ro o ms, e ac h o f w h i c h c o rre sp o nd s to different themes. And, if you include the f i v e w are h o use s and fi v e o th e r sto re locations around the city, then Powell’s has over four million books. The responsibility for all this will soon pass to 27-year-old Emily Pow ell, w hose father, Michael, currently runs the business. Back in 1979, Michael Powell left his Chicago bookstore to join his father, Walter, i n Portland and then bought the store from him two years later. Emily is “Director of Used Books.” Powell’s places new and used books, hardback and paperback, next to each other on the same shelf. Fonte: http://www.speakup.com.br/stories_a/ index.shtml 26. O objetivo principal do autor do texto é (A) tratar de uma troca de comando de uma editora. (B) descrever o funcionamento de uma pequena livraria em Portland. (C) informar sobre uma empresa familiar. (D) dar dicas sobre onde encontrar bons livros em Portland. (E) falar de uma das maiores livrarias independentes do mundo. 8 (A) há mais de quatro milhões de livros nas prateleiras da loja. (B) Emily Powell é a atual responsável pela empresa. (C) Walter Powell vendeu a empresa para seu filho. (D) livros novos e usados são dispostos em prateleiras diferentes. (E) há cinco livrarias pertencentes à empresa na cidade. 28. Da frase “There aren’t many bookshops where you need a map to find your way around” (l. 01-02) podemos depreender que (A) a maioria das livrarias são muito grandes. (B) todas as livrarias são pequenas. (C) um mapa pode servir de guia numa livraria grande. (D) não há muitas livrarias grandes. (E) em livrarias pequenas, não é necessário um mapa. 29. O pronome “him” (l. 20) refere-se a (A) (B) (C) (D) (E) Walter. Michael. Emily. Powel’s. Store. 30. A expressão “currently” (l. 17) significa (A) (B) (C) (D) (E) actually. presently. principally undoubtely. primarely. 31. O verbo “runs” (l. 17) está sendo usado com o mesmo sentido no texto e na alternativa (A) He was the first person to run a mile in under four minutes. (B) Judith ran a fine race to take the gold medal. (C) She’s spent the whole morning running around after the kids. (D) Mr. Carmody runs five state industries. (E) I can’t afford to run a car on my salary. Inglês 32. Considere a frase abaixo. “If you had included the five warehouses and five other store locations around the city, then Powell’s .......... over four million books.” A forma verbal que melhor completa a lacuna é (A) (B) (C) (D) (E) will have. would have had. would have. has. had. 33. O caso genitivo em “Powell’s City of Books” (l. 03) está sendo usado corretamente em todas as alternativas, exceto em (A) Mr. Lewis’s dog barks all night. (B) I’m reading a book on Henry the Eight’s six wives. (C) We had a nice time at Susan and Paul’s last night. (D) He worked as a Queen’s Messenger. (E) Paul and John’s eyelashes are false. Instrução: responda às questões de número 34 a 40 de acordo com o texto abaixo. TEXTO II 01. For presidents and celebrities as well as 02. ordinary people, cracking jokes can be risky 03. b usi ne s s t o d ay, p r o v o k i ng ang e r and 04. resentment instead of laughter. 05. The problem is that humor, like beauty, 06. often is in the eye of the beholder. 07. Consider a jest by President Clinton. At a 08. trade fair on the White House lawn, Clinton 09. and his cabinet came upon a three-foot-high 10. replica of the White House. With the 4-foot11. 10 inch secretary of labor, Robert Reich, at 12. his side, Clinton quipped, “Secretary Reich 13. could almost live in there.” 14. Lighthearted ribbing between longtime 15. p a ls ? O r a r e mar k o f f e nsi v e t o t h o se 16. sensitive about their height? 17. Experts who train people to use humor in 18. business and social relationships say it can 19. be an invaluable tool – but it must be used 20. with sensitivity. 21. Of course, the line between laughing with Inglês 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. Of course, the line between laughing with someo ne and laughing at someo ne isn’t always so clear. So in today’s litigious and sensitive society should w e all take the safest course and avoid any attempts at humor? That would make for a dull world, experts said. The w ro ng ki nd o f h umo r, t h o ug h , c an b e destructive. Jokes that attack often cause p e o p le t o w i t h d r aw, o r w o r se , se e k revenge. Supervisors need to be especially careful. Because o f the pow er they hold, their attempts at humor demean an employee. Of course, some people just can’t take a joke. So what can you do? “On the politically correct front, there are certain people whose mission is to be offended,” Langley said. “There’s not really much you can do about them.” Fragiadakis, H. & Maurer, M. Sound Ideas, 1995. p.81. 34. Considere as afirmações abaixo. I. Supervisores correm o risco de humilhar seus funcionários ao fazer uma piada, em função do poder que detêm. II. Entre celebridades, as piadas, muitas vezes, provocam ressentimento e raiva em vez de riso. III. O humor está na mente daqueles que o recebem. Quais estão de acordo com o texto? (A) (B) (C) (D) (E) Apenas I e II. Apenas II e III. Apenas I e III. I, II e III. Apenas I. 35. Considere as afirmações abaixo. I. Devemos evitar o humor na sociedade atual. II. Pessoas expostas ao tipo inadequado de humor podem procurar se vingar. III. O autor afirma que Clinton não poderia ter brincado, levianamente, com o velho amigo. 9 Quais estão de acordo com o texto? 39. The –ing use in “Lighthearted ribbing …” (l. 14) is not the same in (A) Apenas I. (A) We hated all those useless arguing with Peter. (B) I hate packing suitcases. (C) All the doctors suggested taking a long holiday. (D) She’s very good at solving problems. (E) I love the noise of falling rain. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) I e III. (E) II e III. 36. Considere a frase abaixo, extraída do texto. “Of course, the line between laughing with someone and laughing at someone isn’t always so clear.” (6º parágrafo). 40. All words below have the same formation as “beholder” (l. 06), except (A) (B) (C) (D) (E) As expressões sublinhadas são, respectivamente, sinônimas de (A) having fun - kidding. (B) making fun of - pulling someone’s leg. Instrução: responda às questões de número 41 a 50 de acordo com o texto abaixo. TEXTO III (C) having fun with - making fun of. (D) pulling someone’s leg - joking at someone. (E) making fun of - having fun with. 37. Especialistas que preparam pessoas para fazer uso do humor consideram-no um tipo de recurso (A) desnecessário nas relações humanas. (B) inútil e, quando utilizado, pode ferir a sensibilidade alheia. (C) muito útil, mas ao qual se deve recorrer com sensatez. (D) sem qualquer valor nas relações humanas, mas pode ser utilizado, desde que com muita sensatez. (E) que, apesar de ser, por vezes, útil, pode ferir a sensibilidade alheia. 38. A expressão que melhor substitui a última frase do texto (l. 39-40) é (A) Who cares about them! (B) You shouldn’t worry about trying to change their minds! (C) Don’t think about them! (D) Just forget about them! (E) They should mind their own businesses! 10 goer. owner. thinner. undertaker. computer. 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. Brazilians who insist on taking a “coffee break,” eating “fast food” and spending their time at the “shopping mall” looking for “sales” could soon find themselves on the wrong side of the law. A bill passed by the lo w er h o use o f C o ngre ss and aw ai ti ng debate later this year by the Senate would make i lle g al th e use o f many E ngli sh language terms common here. The proposal w as drafted by federal deputy Aldo Rebelo, one of the driv ing forces behind a movement to preserve what he says is “the right of the Brazilian citizen to co mmunicate i n hi s o w n language .” Rebelo said the movement’s main goal is to stop the proliferation of unnecessary foreign words that are damaging to the Brazilian cultural heritage. “Why should a person feel stup i d o r i g no rant b e c ause h e c anno t pronounce an English word?” he asked. To guardians of Portuguese, like Rebelo, the flood of foreign words in common usage i s an i nv asi o n. Th e mo v e ment, c alle d “v e r b al nati o nali sm, ” i s p ar t o f an i nternati o nal campaign to co unte r th e spread of English. Globalization and the Internet .......... the proliferation of English in Brazil, which has the largest computer and Internet industry in Latin America. English words such as “mouse”, “site”, “home page” and “e-mail” are frequently encountered. If th e p ro p o se d le gi slati o n p asse s, Inglês 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64. 65. 66. 67. 68. 69. 70. 71. 72. 73. 74. 75. 76. 77. 78. 79. 80. 81. 82. 83. and “e-mail” are frequently encountered. If th e p ro p o se d le gi slati o n p asse s, Brazilians and foreigners who have lived in the country for more than a year would be expected to use Portuguese exclusively in th e w o rk p lac e , i n sc h o o l and i n all co mmuni cati o n fo r o ff i ci al and publi c purposes. Excluded from these requirements would be artistic, intellectual and scientific expression; foreign words already in official Po rtug ue se d i c ti o nari e s; and th e c o mmuni cati o n o f Braz i l’ s i nd i ge no us groups. Many linguists and legal experts say the proposal is unenforceable. Many Brazilians initially thought the measure w as a joke. That w as until the lower house of Congress passed it on March 29. “I don’t think any law will erase English words from our vocabulary,” said a salesman at a Rio computer store. “English is already incorporated into our lives, especially with computers,” he said. […] Some linguists, however, point out that the increasing use of English in Brazil is part of a cultural shift in Latin America’s most populous nation. While French at one time was the foreign language most favored by e d uc ate d B r az i li ans, no w ad ay s many younger citizens are required in school to learn English as a second language and are se e n c h a t t i ng i n E ng li sh at t h e m a ll, exercising their bilingual skills. But Rebelo’s supporters have had some success. They pressured two gov ernment banks recently into dropping programs called “Home Banking” and “Net Banking” and r e p lac i ng t h e m w i th Po r tug ue se descriptions. “This makes no sense,” said Carlos Tannus, dean of the Center of Letters and Arts at the Federal University of Rio de Janeiro. “I don’t think we can regulate the use of language by law,” he said. Like many experts, Tannus concedes that words come into and go out of fashion much like the latest dance trends or clothing fashions. “In a globalized world, it is perfectly normal for w ords from one language to migrate to another,” said Tarcisio Padilha, Pre si de nt o f th e Braz i li an Acade my o f L e t t e r s . “ M a n y o f t h e s e w o r d s w i ll disappear as quickly as they were born. We have no reason to defend ourselves.” By Patrice M. Jones. CHICAGO TRIBUNE, July 15, 2001. Inglês 41. The best verb tense to complete the blank in the text (l. 27) is (A) (B) (C) (D) (E) accelerates. has accelerated. is accelerating. have accelerated. will accelerate. 42. Federal deputy Aldo Rebelo is (A) a politician concerned with the correct pronunciation of words. (B) a strong supporter of globalization and the Internet. (C) a major leader of the “verbal nationalism” movement. (D) a defender of the increasing use of English words in Brazil. (E) the only linguist who fears the invasion of foreign words. 43. Rebelo and his supporters feel that the increasing use of English words by Brazilians is (A) (B) (C) (D) (E) harmful and invasive. unusual and illegal. normal and justifiable. wrong and unenforceable. temporary and inoffensive. 44. Mark the only incorrect statement. (A) The word “here” (line 09) refers to Brazil. (B) The language mentioned in line 14 (“his own language”) is English. (C) In line 34, the “country” mentioned is Brazil. (D) In line 49, “our vocabulary” refers to Portuguese vocabulary. (E) By “Latin America’s most populous nation” (lines 55-56) the author means Brazil. 45. The sentence “While French at one time was the foreign language ... exercising their bilingual skills.” (lines 56-62) expresses an idea of (A) (B) (C) (D) (E) addition. result. definition. conclusion. contrast. 11 46. All the word pairs below are synonymous, except (A) (B) (C) (D) (E) “trends” (line 75) - tendencies. “stupid” (line 19) - foolish. “experts” (line 73) - specialists. “concedes” (line 74) - accepts. “chatting” (line 61) - shouting. 47. Where in the passage does the author mention an argument against the proliferation of English words in Brazil? (A) (B) (C) (D) (E) Lines Lines Lines Lines Lines 77-79. 29-31. 50-52. 69-73. 21-23. 48. Tarcisio Padilha affirms that “We have no reason to defend ourselves” (lines 82-83) because (A) the English language will disappear if the proposed legislation passes. (B) the migration of words is a common phenomenon in the new world economy. 12 (C) Brazilian politicians aren’t capable of fighting the invasion of foreign terms. (D) there are many ways of preventing the proliferation of the English language. (E) new words in Portuguese shall be created by the Brazilian Academy of Letters. 49. The word “into” (l.74) is correctly used in all alternatives but (A) (B) (C) (D) She translated that text into Portuguese. They dived into the water. He turned and walked off into the night. They remained into the room until the lights were turned off. (E) Could you cut the paper into strips, please? 50. The passage is primarily concerned with (A) encouraging the use of Portuguese in official communications. (B) expressing the author’s opinion on a legal matter. (C) criticizing a law approved by the Brazilian Senate. (D) resolving the conflict between legislators and linguists. (E) presenting opposing points of view on the same issue. Inglês Instrução: leia o texto para responder às questões de 26 a 33. 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. Iban por los caminos del oeste sin prisa y sin rumbo obligatorio, cambiando la ruta de acuerdo al capricho de un instante, al signo premonitorio de una bandada de pájaros, a la tentación de un nombre desconocido. Los Reeves interrumpían su errático peregrinaje d o nd e lo s so r p r e nd i e r a e l c ansanc i o o encontraban a alguien dispuesto a comprar su intangible mercadería. Vendían esperanza. Así r e c o r r i e r o n e l d e s i e r t o e n un a y o t r a d i re c ci ó n, c ruz aro n las mo ntañas y una madrugada vieron aparecer el día en una playa del Pacífico. Cuarenta y tantos años más tarde, durante una larga confesión en la que pasó revista a su existencia y sacó cuentas de sus e rro re s y ac i e rto s, G re go ry Re e v e s me describió su recuerdo más antiguo: un niño de cuatro años, él mismo, orinando sobre una colina al atardecer, el horizonte teñido de rojo y ámbar por los últimos rayos del sol, a su espalda los picachos de los cerros y, más abajo, una extensa planicie donde su vista se pierde. El líquido caliente se escurre como algo esencial de su cuerpo y de su espíritu, cada gota, al hundirse en la tierra, marca el territorio con su firma. Demora el placer, juega con el chorro, trazando un círculo de color topacio sobre el polvo, percibe la paz intacta de la tarde, lo conmueve la intensidad del mundo con un sentimiento de euforia, porque él es parte de ese paisaje limpio y pleno de marav illas, una inconmesurable geografía a explorar. A poca distancia lo aguarda su familia. Todo está bien, por primera vez tiene conciencia de la felicidad: es un momento que jamás olvidará. A lo largo de su vida Gregory Reeves sintió varias ocasiones ese deslumbramiento ante las sorpresas del mundo, esa sensación de pertenecer a un lugar espléndido donde todo es posible y cada cosa, desde lo más sublime hasta lo más horrendo, tiene una razón de ser, nada sucede por azar, nada es inútil, como predicaba a gritos su padre, ardiendo de f e r v o r m e s i á ni c o , c o n u na s e r p i e nt e enroscada a sus pies. Y cada vez que tuvo ese chispazo de comprensión recordaba aquella Espanhol 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64. chispazo de comprensión recordaba aquella puesta de sol en la colina. Su niñez fue una épo ca demasi ado larga de confusi ones y penumbras, excepto esos años viajando con su familia. Su padre, Charles Reeves, guiaba a la pequeña tribu con severidad y reglas claras, todos juntos, cada uno cumpliendo con sus deberes, premio y castigo, causa y efecto, disciplina basada en una escala de v alores inmutable. El padre vigilaba a todos como el ojo de Dios. Los viajes determinaban la suerte de los Reev es sin alterarles la estabilidad, porque las rutinas y las normas eran precisas. Ése fue el único periódo en que Gregory se sintió seguro. La rabia empezó más tarde, cuando despareció el padre y la realidad c o me nz ó a d e te ri o rarse d e mane r a irreparable. ALLENDE, Isabel. El plan infinito 2 edición. Buenos Aires, 2006. 26. Podemos afirmar, segundo o texto, que I. os Reeves eram uma família que vivia de uma maneira errática. II. Gregory Reeves era uma criança feliz. III. Gregory Reeves tornou-se um adulto feliz. Quais estão corretas? (A) (B) (C) (D) (E) Apenas I. Apenas II. I e II. II e III. I, II e III. 27. Segundo o texto, Charles Reeves era um homem (A) (B) (C) (D) (E) de negócios. um tipo de pregador religioso. um vendedor de cobras. um motorista. o líder de uma tribo. 28. Marque V se a afirmativa for verdadeira e F se a afirmativa for falsa. ( ) Os Reeves peregrinavam de uma forma planejada e sem sobressaltos. ( ) Gregory Reeves teve uma infância feliz, até a morte de seu pai. ( ) Os Reeves vendiam bugigangas. ( ) Charles Reeves utilizava uma serpente em seus cultos. ( ) Charles Reeves tratava a todos com pulso firme. 13 Marque a alternativa que apresenta o preenchimento correto dos parênteses, de cima para baixo. (A) (B) (C) (D) (E) V – V – F – F - F. V – F – V – V - V. F – F – V – V - F. F – V – F – V – V. F – V – V – F – V. 29. De acordo com o texto, podemos afirmar que Charles Reeves era um homem (A) (B) (C) (D) (E) extremamente severo e cruel. complacente com as artes dos filhos. injusto com os demais. injusto com os membros de sua família. severo, porém justo. 30. No trecho “... nada sucede por azar...” (l. 43) a palavra “azar” pode ser traduzida ao português como (A) (B) (C) (D) (E) sorte. azar. maneira. acaso. frequentemente. 31. Marque a alternativa em que há uma palavra do mesmo gênero que “peregrinaje” (l. 06) (A) (B) (C) (D) (E) “mercadería” (l. 09) “espíritu” (l. 24) “gota” (l. 25) “sorpresas” (l. 39) “niñez” (l. 48) 32. Considere o enunciado abaixo e as quatro propostas para completá-lo. Se, no texto, fosse utilizado o tempo presente, seria necessário substituir, entre outras, a forma verbal I. II. III. IV. “Iban” (l. 01) por Van. “recorrieron” (l. 10) por recorrían. “tuvo” (l. 46) por tiene. “comenzó” (l. 63) por comenzara. Quais propostas estão corretas? (A) (B) (C) (D) (E) 14 I e II. I, II e IV. I e III. II e IV. I, II , III e IV. 33. Marque a alternativa que possui a mesma categoria gramatical que “mesiánico” (l. 45). (A) (B) (C) (D) (E) “errático” (l. 06) “montañas” (l. 11) “más” (l. 21) “disciplina” (l. 55) “rabia” (l. 61) Instrução: leia o texto para responder às questões de 34 a 42. EL ÚLTIMO PEDAZO DE LA II REPÚBLICA 20.000 perdedores de la contienda se concentraron en el puerto de Alicante para huir de Franco - Sólo 3.000 lo lograron, y una docena optaron por suicidarse 01. De todas las historias que pueden contar los 02. que sobrevivieron y de todos los relatos que 03. han podido reconstruir las familias de los que 04. no lo hicieron, hay una capaz de concentrar 05. todo el horror de 32 meses de Guerra Civil y 06. anticipar todo el que continuó en la paz de los 07. vencedores. Ocurrió en Alicante hace 70 años. 08. “Se rebanó el cuello delante de mí. Nunca 09. olvidaré el grito de su hija” 10. Franco ha ganado la guerra y la mitad de 11. España trata de escapar de sus garras por la 12. única salida que queda: el puerto de Alicante. 13. Algunos han logrado irse en barcos durante los 14. primeros 15 días de marzo. Pero los vencidos 15. de última hora, los que más tiempo han tardado 16. e n asumi r la d e rro ta, se e nco ntrarán e n 17. Alicante. Cerca de 20.000 hombres, mujeres y 18. niños deshechos extienden una alfombra tupida 19. de hambre y miedo sobre el puerto. No cabe 20. un alfiler, no se ve un trozo de suelo. Confían 21. en esos barcos que la República ha apalabrado 22. con Francia y Reino Unido para evacuarles. Pero 23. para entonces, ya han empezado a reconocer 24. al Gobierno de Burgos y las palabras se las ha 25. llevado el viento. El único barco que saldrá de 26. Alicante será el Stanbrook, un viejo carbonero 27. inglés co n capacidad para 24 tri pulantes 28. pilotado por un galés desobediente que se 29. convertirá en un héroe. Iba a recoger naranjas, 30. tabaco y azafrán, pero zarpó rumbo a la colonia 31. francesa de Orán (Argelia) con cerca de 3.000 32. republicanos a bordo. La mayoría, con las 33. manos vacías. 34. “La cola para embarcar era impresionante, 35. había miles de personas. Pasaban las horas y Espanhol 36. temíamos no poder subi r. Mi padre había 37. estado en el frente así que para nosotros huir 38. era cuestión de v ida o muerte. Recuerdo 39. perfectamente cómo después de muchas horas 40. de espera el capitán Dickson me cogió por fin 41. en brazos y me aupó al barco”, relata Helia 42. González, una de las afortunadas niñas del 43. Stanbrook. Tenía cuatro años, “pero hay cosas 44. que son imposibles de olvidar”. “El capitán le 45. daba la mano a cada pasaj e ro al sub i r”, 46. recuerda Helia, que pasó las 24 ho ras de 47. travesía sin soltar la de su padre -”me daba 48. pavor perderme entre aquella masa de gente”- , 49. pegada a su madre, a su hermana, y al único 50. equipaje que llevaban para su otra vida: “Un 51. maletín de 40x30 centímetros en el que mi 52. madre había metido una muda de ropa interior, 53. una sábana, pañales para mi hermana y unos 54. cubiertos de plata que, por supuesto, no vendió 55. a nadie porque nadie pudo comprarlos”. 56. “Nada más salir cayeron bombas en el lugar 57. donde había estado el barco”, recuerda. “Al oír 58. la explosión, el hombre que viajaba a nuestro 59. lado se asustó tanto que se tiró al mar. Su bota 60. golpeó a mi madre al caer. Fue terrible”. 61. Las tro pas i tali anas y las franq ui stas 62. co me nz aban a ocupar tambié n Ali cante. 63. Mi entras, mi les de re publi cano s seguí an 64. llegando al puerto, conv ertido ya en una 65. ratonera. Entre ellos, Carmen Arrojo, que 66. entonces tenía 20 años. Había llegado allí con 67. su padre, su hermano y su novio desde Madrid. 68. No sabían a qué país conducían aquellos barcos 69. que esperaban, ni les importaba. Pero el único 70. q ue v e r í an lo e nv i a b a Fr anc o . “Po r un 71. megáfono nos dijeron que tiráramos nuestras 72. armas y que, o nos rendíamos a las cinco, o nos 73. ametrallarían. Cuando fui a tirar mi pistola al 74. m a r, v i a u n h o m b r e c o r r i e nd o a t o d a 75. v elocidad hacia mí. No sabía lo que iba a 76. hacer, pero se tiró al agua. No pudimos hacer 77. nada”, recuerda Carmen. 78. Había llegado al puerto pocas horas después 79. de que zarpara el Stanbrook. “Era un hervidero 80 . - de caras chupadas por el hambre y el cansancio. 81. En una esquina se reunían los de la UGT, en otra 82. las mujeres antifascistas... A las dos de la tarde 83. llegó el barco de Franco”. A sus 90 años, Carmen 84. confiesa que aún escucha los sonidos del horror 85. que invadió aquella alfombra humana durante 86. las tres horas que siguieron hasta agotar el plazo 87. de los vencedores. “Delante de mí, un hombre 88. se rebanó el cuello con una navaja. No olvidaré 89. nunca aquel grito espantoso de una de sus hijas. Espanhol 89. 90. 91. 92. 93. 94. 95. 96. 97. 98. 99. 100. 101. 102. 103. 104. 105. 106. 107. 108. 109. 110. 111. 112. 113. 114. 115. 116. 117. 118. 119. 120. 121. 122. 123. 124. nunca aquel grito espantoso de una de sus hijas. Tuvieron que dejarle allí. La niña se tiró por el hueco de la escalera en cuanto llegó a la cárcel”. “Hay un parte del general Gambara que habla de 66 suicidios, aunque otro posterior, los reduce a 12. Se apuntaban unos a otros, contaban hasta tres, y disparaban”, asegura Enrique Cerdán Tato, escritor que ha dedicado casi 40 años a estudiar aquel episodio. Un barco semivacío, el Marítima, había partido de Gandía pocas horas antes. Su capitán, obediente, sólo había permitido subir a unas 40 autoridades políticas. En Orán, las autoridades impidieron a los pasajeros abandonar la embarcación. Dickson logró que dejasen salir a las mujeres y los niños. El padre de Helia logrará reunirse con ellas después de que intercedieran por él unos familiares. El resto acabará en un campo de trabajo cerca de Marruecos y muchos morirán construyendo el ferrocarril transahariano. La familia se ganará la v ida sustituyendo a la mitad de la compañía de teatro español, que se había ido a la España de Franco. A los miles de republicanos que aguardaban en el puerto de Alicante los llevarán a campos de concentración. Al novio de Carmen lo fusilarán. Ella tardará muchos años en recomponer su vida y con 90 publicará: Lo que no se debe perder. Memorias de una republicana. Y la Asociación Cívica de Alicante tendrá que dev olver una subv ención del Gobierno p ara le v antar un mo nume nto a aq ue llas víctimas porque el Ayuntamiento (PP) se negó a colocarlo. Siguen negociando. NATALIA JUNQUERA Madrid - 01/04/2009 elpais.com 34. Podemos afirmar, pela leitura do texto, que (A) Helia González era favorável à doutrina franquista. (B) Helia González era uma das fugitivas no Stanbrook. (C) Helia González teve seu noivo morto durante a fuga. (D) Helia González teve seus pais mortos durante a fuga. (E) Helia González é fundadora da Asociación Cívica de Alicante. 15 35. Assinale com V, para verdadeira, ou F, para falsa, as expressões abaixo, conforme elas estejam ou não expressas no texto. ( ) O Stanbrook partiu do porto de Alicante com 3.000 republicanos foragidos. ( ) O capitão do Stanbrook seguiu cumprindo suas ordens. ( ) O porto de Alicante foi tomado, mas não chegou a ser bombardeado. ( ) O governo espanhol nega os fatos acontecidos no porto de Alicante. Marque a alternativa que contém a sequência correta nos parênteses, de cima para baixo. (A) (B) (C) (D) (E) V – F – V – V. V - V - F – V. V – V – V – F. F – F – F – V. F – V – V – V. 36. A palavra “Mientras” (l. 63) introduz na oração uma ideia de (A) (B) (C) (D) (E) condição. oposição. adição. simultaneidade. concessão. 37. No trecho da linhas 18-19, “... una alfombra tupida de hambre y miedo sobre el puerto.”, a palavra sublinhada pode ser substituída, sem prejuizo ao sentido original do texto, por (A) (B) (C) (D) (E) sucia. pequeña. grande. limpia. copada. 38. Considere las siguientes afirmaciones sobre la relación de algunos pronombres del texto y los segmentos que respectan. En la linea 13, en la palabra “irse”, el pronombre se se refiere a algunos. II. En la lineas 44-45, en la parte “... El capitán le daba la mano a cada pasajero...”, el pronombre le se refiere a mano. III. En la linea 76, el pronombre “se” se refiere a Carmen. ¿Cuáles están correctas? (A) Sólo I. (B) I y II. (C) I y III. (D) II y III. (E) I, II y III. 39. En la lineas 87-89, la frase “Delante de mí, un hombre se rebanó el cuello con una navaja. No olvidaré nunca el grito espantoso de una de sus hijas”. La palabra que puede reemplazar “rebanó” sin perjuicio al sentido de la frase es (A) ahogó. (B) tiró. (C) apretó. (D) quitó. (E) decepó. 40. La palabra “aunque” (l. 94) puede ser sustituída, sin perjuicio al sentido del texto, por (A) mientras. (B) si bien que. (C) todavía. (D) sin embargo. (E) entretanto. 41. La palabra que tiene el mismo género de “hambre” (l .19) está en la alternativa (A) “grito” (l. 09). (B) “suelo” (l. 20). (C) “alfombra” (l. 18). (D) “equipaje” (l. 50). (E) “megáfono” (l. 71). 42. En la linea 10, la expresión “ha ganado la guerra” puede ser traducida al portugués como I. 16 (A) tem ganho a guerra. (B) tinha ganho a guerra. (C) havia ganho a guerra. (D) ganhara a guerra. (E) ganhou a guerra. Espanhol Instrução: leia o texto para responder às questões de 43 a 50. 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. Un nuevo estudio científico confirma los efec to s benefic io so s de la risa , que ha demostrado ser una eficaz terapia contra la diabetes, el colesterol, los ataques cardíacos y la hipertensión, además de mejo rar la respuesta del sistema inmune. Los detalles se darán a conocer en la conferencia científica Experimental Biology 2009, que tendrá lugar a parti r del pró xi mo 18 de abri l en Nue v a Orleans (EEUU). En un estudio con 20 pacientes diabéticos de alto riesgo, el inv estigador Lee Berks, especialista psiconeuroinmunólogo, aplicó una t e r a p i a c o n m e d i c a m e n t o s c o nt r a la diabetes, la hipertensión y el colesterol. Además, a una decena de los v oluntarios fueron so meti do s si multáne ame nte a un tratamiento de risoterapia consistente en 30 m i nut o s d i ar i o s d e h um o r te le v i si v o , seleccionados a gusto de cada paciente. El experimento demostró que reír a diario reducía la epinefrina y la norepinefrina, y por tanto los niveles de estrés. Además, la risa incrementaba en los pacientes el “colesterol b ue no ” y r e d uc í a lo s i nd i c ad o r e s d e inflamación. En concreto, tras un año de tratamiento, los niveles de colesterol bueno habían incrementado un 26% en los pacientes sometidos a risoterapia, frente a sólo un 3% en el grupo tratado con medicamentos. Y la proteína C-Reactiva, considerada factor de riesgo para la hipertensión y otras formas de enfermedad cardiovascular, se redujo en un 66% en quienes practicaban la risa (frente a un 26% en el resto de pacientes). Según Berks, su estudio proporciona evidencias para algo que todos los buenos profesionales de la medicina ya saben, y es que las emociones positivas, ” la risa sana, el optimismo y la esperanza tienen efectos positivos sobre nuestra fisiología”. Viernes, 17 de Abril de 2009. 43. Considere las siguientes afirmaciones sobre el texto. I. La risa se ha demostrado un sistema eficiente contra todas la enfermedades. II. El experimento de la risa demostró que puede eliminar el estrés de nuestras vidas. Espanhol III. La risa disminuye los riesgos de hipertensión arterial, ataques cardíacos, diabetes y el colesterol. ¿Cuáles están incorrectas? (A) (B) (C) (D) (E) Sólo I. Sólo II. I y II. II y III. Sólo III. 44. El mejor título para este texto sería (A) (B) (C) (D) (E) Hay que reír siempre para salvarte la vida. Quien ríe más, vive mejor. Quien se rie vivirá para siempre. Lo malo es llorar. Ríete: es la fuente de la vida eterna. 45. En la frase “Un nuevo estudio científico...” (l. 01) hay una secuencia estructural entre las palabras en negrita. Marque la alternativa en que hay una secuencia de palabras de la misma clase gramatical que las palabras subrayadas. (A) (B) (C) (D) (E) “efectos beneficiosos” (l. 02) “la hipertensión” (l. 15) “risa incrementaba” (l. 23-24) “buenos profesionales” (l.37) “nuestra fisiología” (l. 40) 46. La palabra “Además” (l. 23) introduce en la oración una idea de (A) (B) (C) (D) (E) alternancia. tiempo. modo. adición. lugar. 47. La palabra “especialista” (l. 13) puede ser reemplazada correctamente por (A) (B) (C) (D) (E) listo. esperto. necio. experto. vivo. 17 48. La palabra “tras” (l. 26) puede traducirse al portugués como (A) (B) (C) (D) (E) atrás. detrás. além de. de acordo com. depois de. 49. Marque la alternativa en que todas las palabras se acentúan de acuerdo a la misma regla. (A) reír (l. 21) – reducía (l. 22) – hipertensión (l. 32) (B) Además (l. 23) – hipertensión (l. 32) – estrés (l. 23) 18 (C) estrés (l. 23) – reducía (l. 22) – reír (l. 21) (D) Según (l. 35) – reducía (l. 22) – estrés (l. 23) (E) habián (l. 28) – reducía (l. 22) – hipertensión (l. 32) 50. La grafia correcta para la fecha “2009” (l. 08) es (A) dos mil y nueve. (B) dos y mil nueve. (C) dos mil nueve. (D) dos mil nove. (E) dos mil y nove. Espanhol As meninas da gare Oswald de Andrade 51. Considere as seguintes afirmações acerca da Literatura Portuguesa. I. Em “Cantar de Amor”, Manuel Bandeira, em pleno século XX, mobiliza as principais características das cantigas de amor medievais, o que se percebe no título do poema e no excerto que segue: Quer’eu en maneyra de proençal / Fazer agora hum cantar d’ amor ... / D. Dinis / [...] / E pois tal coita non mereci, / Moir’eu logo, se deus mi perdon. / Mha senhor, ai meu lum’e meu bem / Meu coraçon non sei o que tem. II. No Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, dois barcos esperam as almas. O Anjo conduz o barco que vai para o paraíso, e o diabo conduz o que vai para o inferno. III. Os versos Ó mar salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal! / Por te cruzarmos, quantas mães choraram, / Quantos filhos em vão rezaram! / Quantas noivas ficaram por casar / Para que fosses nosso, ó mar! / Valeu a pena? Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena., de Fernando Pessoa, aparentam ser um contraponto ao discurso do Velho de Restelo – figura proeminente de Os Lusíadas, de Camões –, que se posiciona contrariamente às grandes navegações portuguesas. Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis Com cabelos mui pretos pelas espáduas E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas Que de nós as muito bem olharmos Não tínhamos nenhuma vergonha. I. Oswald de Andrade, poeta da 1ª fase modernista, recria poeticamente, em “As meninas da gare”, a “Carta de Caminha”. O quereres Caetano Veloso Onde queres revólver sou coqueiro, onde queres dinheiro sou paixão Onde queres descanso sou desejo, e onde sou só desejo queres não E onde não queres nada, nada falta, e onde voas bem alto eu sou o chão E onde pisas no chão minha alma salta, e ganha liberdade na amplidão II. Caetano Veloso, com essa música, retoma um dos princípios básicos da literatura barroca, a saber, o culto do contraste, do conflito, da contradição, que se expressa pela frequência das antíteses e dos paradoxos, também observados na obra de Gregório de Matos, a exemplo de “Depois da luz se segue a noite escura / Em tristes sombras morre a formosura / Em contínuas tristezas a alegria.” Quais estão corretas? Romance XX – Romanceiro da Inconfidência (A) (B) (C) (D) (E) Apenas I. Apenas II. Apenas I e II. Apenas I e III. I, II e III. 52. A era colonial da Literatura Brasileira abrange os primeiros três séculos de existência do País, sob a condição de colônia portuguesa. Assim, não se pode falar numa literatura propriamente brasileira nesse período. Contudo, as temáticas desenvolvidas nos escritos de tal momento encontram espaço em autores contemporâneos. Desse modo, considere as afirmações que seguem. Literatura Cecília Meireles O país da Arcádia, súbito, escurece, em nuvem de lágrimas. Acabou-se a alegre pastoral dourada: pelas nuvens baixas, a tormenta cresce. III. Cecília Meirelles, poetisa contemporânea, no excerto acima, retoma o tema desenvolvido por Tomás Antônio Gonzaga, na Lira I da Segunda Parte de Marília de Dirceu, quando o eu lírico, novamente nos bra- 19 ços da amada após tenebroso exílio, declara-lhe que “Já não cinjo de loiro a minha testa, / Nem sonoras Canções o Deus me inspira: / Ah! Que me resta / Uma já quebrada, / Mal sonora Lira!” Quais estão corretas? (A) (B) (C) (D) (E) Apenas I. Apenas II. Apenas III. I e II. II e III. 53. Leia o poema abaixo, de Gregório de Matos Guerra, que faz parte da poesia lírica barroca, com temática religiosa. A Jesus Cristo Nosso Senhor Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, Da vossa alta clemência me despido; Porque quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido; Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, Cobrai-a; e não queirais, pastor divino, Perder na nossa ovelha a vossa glória. (C) nele se percebe a preocupação com a forma característica ao período barroco, em que o poeta faz uso de muitos processos técnicos e expressivos, entre eles a rima bem marcada dos versos e o uso frequente de antíteses e de inversões sintáticas. (D) se estrutura como uma evocação lírico-religiosa, em que o eu lírico confessa ser um pecador, no início do poema, para, a seguir, estabelecer um confronto de ideias entre a culpa do pecador e a clemência de Jesus; somente no final, como último apelo, nomeia-se uma “ovelha desgarrada”, evocando o perdão divino. (E) apresenta ideais divergentes entre o humano e o divino em decorrência da oposição que havia, na época, entre a mentalidade pagã da burguesia portuguesa e a religiosidade católica da sociedade brasileira. 54. O Romantismo no Brasil tem, didaticamente, os seguintes limites cronológicos: de 1836 a 1881. A longa duração possibilitou a essa escola diversidade temática na prosa, na poesia e no teatro. No entanto, tal variedade não impediu que a abordagem de certos assuntos fosse bastante semelhante. É o que se observa na poesia de Álvares de Azevedo, no romance de transição de Manuel Antônio de Almeida e no teatro de Martins Pena. Portanto, leia os textos que seguem, a fim de assinalar a afirmação incorreta. Texto 1 [...] Ora! E forcem um’alma qual a minha Que no altar sacrifica ao Deus-Preguiça A cantar ladainha eternamente E por mil anos ajudar à missa! Álvares de Azevedo Sobre o poema, é incorreto afirmar que (A) se apresenta em forma de soneto, com uma linguagem plena de artifícios de versificação, o que faz ressaltar o conteúdo temático, que é o arrependimento do eu lírico de seus pecados, em busca do perdão de Jesus Cristo. (B) a forma de expressão poética do eu lírico, nesse poema, é marcada pela tensão e reflete os conflitos do homem do período barroco, que vivia as contradições entre o teocentrismo medieval e o antropocentrismo clássico. 20 Texto 2 “Como sempre acontece a quem tem muito onde escolher, o pequeno [Leonardo], a quem o padrinho queria fazer clérigo mandando-o a Coimbra, a quem a madrinha queria fazer artista metendo-o na Conceição, a quem D. Maria queria fazer rábula arranjando-o em algum cartório [...] escolheu a pior possível: [...] constituiu-se um completo vadio, vadio-mestre, vadio-tipo.” Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Literatura Texto 3 “FABIANA, arrepelando-se de raiva - Hum! Ora, eis aí está para que se casou meu filho, e trouxe a mulher para minha casa. É isto constantemente. Não sabe o senhor meu filho que quem casa quer casa... Já não posso, não posso, não posso! (Batendo com o pé) Um dia arrebento, e então veremos! (Tocam dentro rabeca.) Ai, que lá está o outro com a maldita rabeca... É o que se vê: casa-se meu filho e traz a mulher para minha casa... É uma desavergonhada, que se não pode aturar. Casa-se minha filha, e vem seu marido da mesma sorte morar comigo... É um preguiçoso, um indolente, que para nada serve. Depois que ouviu no teatro tocar rabeca, deu-lhe a mania para aí, e leva todo o santo dia - vum,vum,vim,vim! Já tenho a alma esfalfada. (Gritando para a direita:) Ó homem, não deixarás essa maldita sanfona? Nada! (Chamando:) Olaia! (Gritando:) Olaia!” Quem casa quer casa, de Martins Pena. (A) No Texto 1, observa-se uma das contribuições de Álvares de Azevedo à Literatura Brasileira, isto é, a incorporação do humor. (B) No Texto 2, surge a figura (assim considerada pela crítica literária) do primeiro malandro nacional, denunciando-se, assim, as mazelas de uma sociedade caracterizada pela risonha hipocrisia e pelo “jeitinho”. (C) Um dos assuntos comum aos três textos são as mazelas habitacionais de um país que dava início à sua organização social. (D) O Texto 3 reafirma que foram matéria do comediógrafo múltiplos flagrantes dos problemas do País. (E) A temática do malandro é retomada por Chico Buarque de Holanda em O malandro / Tá na greta / Na sarjeta / Do país / E quem passa / Acha graça / Na desgraça / Do infeliz / O malandro / Tá de coma / Hematoma / No nariz / E rasgando / Sua bunda / Um funda / Cicatriz.; entretanto, segundo a visão atual, tal figura é digna de pena, mesmo que ainda desperte o riso. 55. Analise a charge e o texto que seguem. (Álvares de Azevedo & Gê. Mal dos séculos. São Paulo, Melhoramentos. p. 20). Eu deixo a vida como deixa o tédio Do deserto o poento caminheiro - Como as horas de um longo pesadelo Que se desfaz ao dobre de um mineiro Álvares de Azevedo Ambos exemplificam uma das características mais marcantes do Ultrarromantismo brasileiro, a saber: (A) (B) (C) (D) (E) a visão dualista da realidade. a culpa provocada pela inadaptação ao mundo. o pessimismo diante da realidade circundante. a frustração oriunda da consciência da não realização de projetos pessoais. o sentimento de abandono e de solidão. Literatura 21 Instrução: a questão de número 56 refere-se ao poema que segue. Uma noite, eu me lembro... Ela dormia Numa rede encostada molemente... Quase aberto o roupão... solto o cabelo E o pé descalço do tapete rente. (...) De um jasmineiro os galhos encurvados, Indiscretos entravam pela sala, E de leve oscilando ao tom das auras, Iam na face trêmulos – beijá-la. Era um quadro celeste!... A cada afago Mesmo em sonhos a moça estremecia... Quando ela serenava... a flor beijava-a... Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia... (...) Castro Alves 56. Considere as afirmações que seguem acerca do poema. I. O poema é exemplo da poesia lírico-amorosa do poeta, percebendo-se no texto o tom erótico e sensual que caracterizou esse grande nome da poesia brasileira do terceiro momento do Romantismo. II. O singelo erotismo de Castro Alves evidencia-se na presença de galhos e ramos que assediam amorosamente a jovem que dorme em uma rede. III. A exemplo dos poetas árcades, a poesia de Castro Alves, da qual “Adormecida” é um exemplo extraído de Espumas Flutuantes, idealiza a natureza como local de refúgio das agruras do cotidiano citadino, como se comprova no último verso. Quais estão corretas? (A) (B) (C) (D) (E) Apenas I. I e III. II e III. I e II. Apenas III. 57. A figura do índio percorre a Literatura Brasileira, marcando-a de forma singular. Tal temática encontra em José de Alencar um de seus melhores tradutores. Com Iracema – um de seus textos indianistas –, o escritor romântico dá ao público seu romance mais bem-estruturado sob o ponto de vista estético. O Modernismo não abriu mão de retratar o indígena, que, por meio de lendas, encontra-se 22 presente em Macunaíma, de Mario de Andrade. Desse modo, leia os trechos que seguem, a fim de assinalar a afirmação correta. Texto 1 “Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.” Iracema, de José de Alencar. Texto 2 “No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava: – Ai! que preguiça!...” Macunaíma, de Mário de Andrade. (A) A adjetivação, mais abundante no Texto 1, torna flagrante a idealização das personagens em ambos os textos. (B) O romance Iracema é inspirado numa lenda (Lenda do Ceará), narrando, em prosa poética – conforme é possível comprovar por meio do Texto 1 –, a história de amor entre a filha de Araquém e o colonizador branco Martim. (C) Tanto no Texto 1 quanto no Texto 2, é possível perceber a grandeza de caráter que norteia as ações de ambos os protagonistas. (D) Tanto no Texto 1 quanto no Texto 2, a natureza tem papel secundário, não estando relacionada às ações das personagens. (E) A linguagem utilizada em ambos os textos é a tentativa de oficializar, no Brasil, a língua indígena. Literatura 58. O trecho abaixo pertence ao romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. 59. Assinale a afirmativa incorreta, considerando o texto acima e a obra Quincas Borba em sua totalidade. Era a sobrinha de Dona Maria já muito desenvolvida, porém que, tendo perdido as graças de menina, ainda não tinha adquirido a beleza de moça: era alta, magra, pálida; andava com o queixo enterrado no peito, trazia as pálpebras sempre baixas, e olhava a furto; tinha os braços finos e compridos; o cabelo, cortado, dava-lhe apenas até o pescoço, e como andava mal penteada e trazia a cabeça sempre baixa, uma grande porção lhe caía sobre a testa e olhos, como uma viseira. (A) Ao mostrar Rubião e sua trajetória social, Machado de Assis destaca a capacidade desse personagem para entender as engrenagens da vida em sociedade no Rio de Janeiro da Segunda metade do século XIX. (B) Na frase “Ao vencedor...”, o personagem remonta à parábola com que Quincas Borba ilustra sua teoria do Humanitismo, que prega cinicamente a lei do mais forte, visando não à sobrevivência do indivíduo, mas à da espécie. (C) No texto acima, exemplifica-se a grande ironia de Machado de Assis ao mostrar a redução do personagem que, optando pelo lema “Ao vencedor as batatas”, escolhe também o lado no qual deseja manter-se a qualquer preço. Mas, ao final, na luta pelo “campo de batatas”, ele é o menos hábil. (D) Ao repetir a palavra “nada”, o narrador visa a caracterizar o delírio de Rubião e a enfatizar, admiravelmente, o nada em que o personagem mergulhou. (E) Rubião chega ao termo de sua vida dividido entre a loucura e a lucidez, alternando períodos de crise, em que assume outra identidade, e períodos de serenidade, em que volta a ser ele próprio. Dele pode afirmar-se que (A) confirma o padrão romântico da descrição da personagem feminina, representada nessa obra por Luisinha. (B) exemplifica a afirmação de que o referido romance estava em descompasso com os padrões e o tom do Romantismo. (C) não fere o estilo romântico de descrever e de narrar, pois se justifica por seu caráter de transição da estética romântica para a naturalista. (D) justifica, dentro do Romantismo, a caracterização sempre idealizada do perfil feminino de suas personagens. (E) insere-se na estética romântica, apesar das características negativas da personagem, que fazem dela legítima representante da dialética da malandragem. Instrução: o trecho abaixo refere-se à questão 59. “Antes de principiar a agonia, pôs a coroa na cabeça, uma coroa que não era, ao menos, um chapéu velho ou uma bacia onde os espectadores palpassem a ilusão. Não, senhor; ele pegou em nada, levantou nada e cingiu nada; só ele via a insígnia imperial, pesada de ouro, rútila de brilhantes e outras pedras preciosas. O esforço que fizera para erguer meio corpo não durou muito; o corpo caiu outra vez; o rosto conservou porventura uma expressão gloriosa. - Guardem minha coroa. Ao vencedor... A cara ficou séria, porque a morte é séria; dois minutos de agonia, um trejeito horrível, e estava assinada a abdicação.” Machado de Assis. Quincas Borba. Literatura 60. O trecho abaixo faz parte da obra Esaú e Jacó, de Machado de Assis. Neste diálogo, Custódio expõe a Aires o problema do novo nome a ser dado a sua confeitaria. “ - Já há governo? Penso que já; mas diga-me: Vossa Excelência ouviu alguém acusar-me jamais de atacar o governo? Ninguém. Entretanto... Uma falsidade! Venha em meu socorro, Excelentíssimo. Ajude-me a sair desse embaraço. A tabuleta está pronta, o nome todo pintado – “Confeitaria do Império”, a tinta é viva e bonita. O pintor teima em que lhe pague o trabalho, para então fazer outro.” A preocupação de Custódio se deve à seguinte mudança política: (A) (B) (C) (D) (E) Proclamação da República. Inconfidência Mineira. Queda da República. Proclamação da Independência. Abolição da Escravatura. 23 Instrução: para responder à questão 61, leia o texto que segue. Texto 2 Cárcere das almas O reggae Letra: Renato Russo Ainda me lembro aos três anos de idade O meu primeiro contato com as grades O meu primeiro dia na escola Como eu senti vontade de ir embora Fazia tudo que eles quisessem Acreditava em tudo que eles me dissessem Me pediram para ter paciência Falhei Então gritaram: - Cresça e apareça! 61. A letra dessa música contemporânea resgata o tema central desenvolvido em um romance de destaque na Literatura brasileira, ao referir-se, de forma pouco elogiosa, à instituição escolar. Assinale a alternativa em que estão listados correta e respectivamente o nome da obra em questão e seu autor. (A) O Cortiço – Aluísio Azevedo. (B) Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis. (C) O Mulato – Aluísio de Azevedo. (D) A Escrava Isaura – Bernardo Guimarães. (E) O Ateneu – Raul Pompeia. Instrução: a questão de número 62 refere-se aos textos que seguem. Texto 1 As pombas Vai-se a primeira pomba despertada ... Vai-se outra mais... mais outra ... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada. E à tarde, quando a rígida nortada Sopra, aos pombais de novo elas, serenas Ruflando as asas, sacudindo as penas Voltam em bando e em revoada. Também, dos corações onde abotoam Os sonhos, um por um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais, No azul da adolescência as asas soltam Fogem, mas aos pombais as pombas voltam E eles aos corações não voltam mais ... 24 Oh! Toda alma num cárcere anda presa Soluçando nas trevas, entre as grades Do calabouço olhando imensidades, Mares, estrelas, tardes, natureza. Tudo se veste de uma igual grandeza Quando a alma entre grilhões as liberdades Sonha e sonhando, as imortalidades Rasga no etéreo Espaço da Pureza. Ó almas presas, mudas e fechadas Nas prisões colossais e abandonadas, Da Dor no calabouço atroz, funéreo! Nesses silêncios solitários, graves, Que chaveiro do Céu possui as chaves Para abrir-vos as portas do Mistério?! 62. Assinale a alternativa que reúne informações corretas a respeito dos Textos 1 e 2. (A) Os dois sonetos são representantes do Simbolismo: sugerem muito mais do que definem, garantindo uma atmosfera de incerteza própria do período de fim de século XIX e início do século XX. (B) O primeiro soneto é representante da estética parnasiana, ainda que marcado por certo transcendentalismo, enquanto o segundo texto poético é caracteristicamente simbolista pela imprecisão angustiada com que o tema é tratado. (C) “As pombas” caracteriza-se como poema da primeira fase romântica devido à presença de antíteses, enquanto “Cárcere das almas” pertence à segunda, tendo em vista a subjetividade por meio da qual a realidade é retratada. (D) Ambos os textos poéticos são exemplares do Parnasianismo: apresentam preocupação rígida com a forma – daí serem sonetos – e uma visão objetiva mesmo diante de temas mais filosóficos. (E) A principal diferença entre os dois sonetos reside no fato de que o primeiro pontua a incerteza da vida – atitude tipicamente simbolista; o segundo, adotando uma posição mais objetiva, caracteriza-se como Parnasiano. Literatura 63. Leia os seguintes fragmentos, extraídos de contos de Simões Lopes Neto. I. II. III. IV. V. “Eh-pucha! Patrício, eu sou mui rude, a gente vê caras, não vê corações; pois o meu, dentro do peito, naquela hora, estava como um espinilho ao sol, num descampado, no pino do meio-dia: era luz de Deus por todos os lados!...” (“Trezentas Onças”). “Pois é ali o manantial que virou sepultura naquele dia brabo (...) a roseira baguala lá está! Roseira que nasceu do talo da rosa que ficou boiando no lodaçal no dia daquele cardume de estropícios...” (“No Manantial”). “O peão puxou da faca e dum golpe enterrou-a até o cabo, no sangradouro do boi manso; quando retirou a mão, já veio nela a golfada espumenta do sangue do coração...” (“O Boi Velho”). “Sem querer fiquei vendo as forças que iamse movendo e se distanciando... E num tirão, quando ia montar de novo sem saber pra quê... foi que vi que estava sozinho, abandonado, gaudério e gaúcho, sem ninguém para me cuidar!...” (“O Anjo da Vitória”). “Era um chinocão de agalhas!... Seiúda, enquartada, de boas cores, olhos terneiros... e com uma trança macota, ondeada, negra, lustrosa, que caía meio desfeita, pelas costas, até o garrão!...” (“Os Cabelos da China”). Associe adequadamente as cinco afirmações abaixo aos cinco fragmentos transcritos acima. ( ) O narrador Blau relata, nesse conto, os horrores da guerra sob a perspectiva do então menino que acompanhava o capitão, seu padrinho e protetor. ( ) Esse conto pode ser sintetizado por meio da palavra “honestidade”. ( ) Nesse conto, Blau esclarece a história de certo cabresto e buçalete, em verdade o mote desse trágico relato. ( ) Nesse conto, Simões Lopes Neto atribui a um guasca calejado nas lides campeiras – Blau Nunes – intensa sensibilidade e capacidade de conceber o homem como um ser cruel. ( ) Esse conto relata a triste história de Maria Altina, uma bela moça enamorada do furriel André e cobiçada por Chicão. Literatura A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é (A) (B) (C) (D) (E) IV – II – V – III – I. IV – I – V – II – III. IV – I – V – III – II. V – I – IV – III – II. III – IV – II – I – V. 64. Considere os excertos que seguem, extraídos de O Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro, um dos heterônimos de Fernando Pessoa. I. Não desejei senão estar ao sol ou à chuva — Ao sol quando havia sol E à chuva quando estava chovendo (E nunca a outra cousa), Sentir calor e frio e vento, E não ir mais longe. No excerto, o heterônimo pessoano Caeiro comprova que seu projeto de vida vai de encontro à metafísica, orientando-se em conformidade com as leis naturais. II. Aquela senhora tem um piano Que é agradável mas não é o correr dos rios Nem o murmúrio que as árvores fazem ... Para que é preciso ter um piano? O melhor é ter ouvidos E amar a Natureza Segundo o poema, o piano, objeto feito pelo homem, assume papel superior ao dos sons produzidos pela natureza. III. Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la E comer um fruto é saber-lhe o sentido. Segundo o professor Álvaro Cardoso Gomes, em Alberto Caeiro, “a Natureza não é meramente decorativa, (...) porque ela é determinante. O homem só tem existência a partir da Natureza. Descobre-se como ser, nela.”, teoria que pode ser aplicada ao excerto anterior. Quais estão corretas? (A) (B) (C) (D) (E) Apenas I. Apenas II. Apenas III. I e III. I, II e III. 25 Instrução: a questão de número 65 refere-se aos textos que seguem. Neologismo Manuel Bandeira Beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavras Que traduzem a ternura mais funda E mais cotidiana. Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. Intransitivo: Teadoro, Teodora. Madrigal Meu amor é simples, Dora, Como a água e o pão. Como o céu refletido Nas pupilas de um cão. 65. Preencha os parênteses com V (verdadeira) ou F (falsa) considerando a leitura realizada. Após, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. ( ) Como são declarações de amor, os poemas acima fogem às regras da elaboração poética, sendo impossível caracterizar as posturas estéticas que eles representam. ( ) O poema de José Paulo Paes é fortemente marcado pelo discurso amoroso, ao contrário do de Manuel Bandeira, em que esse tema praticamente não aparece. ( ) A rima entre “pão” e “cão”, em “Madrigal”, constrói-se sobre uma simplicidade vocabular que confere ao poema um registro coloquial; em “Neologismo”, esse registro é proporcionado, por exemplo, pela leveza bem-humorada do verso “Teadoro, Teodora”. ( ) A tradução de “ternura mais funda” em um neologismo como “teadorar”, no poema de Manuel Bandeira, e a comparação do amor com elementos prosaicos como “a água e o pão”, no poema de José Paulo Paes, exemplificam a reação moderna à expressão cerimoniosa do sentimento amoroso. 26 F – F – V – V. F – V – V – V. F – V – F – V. V – F – F – F. V – V – F – F. (A) Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada, / Com o teu passo leve, / Com esses teus cabelos... Mario Quintana (B) Anjos longiformes / De faces rosadas / E pernas enormes / Quem vos acompanha? Vinícius de Moraes José Paulo Paes (A) (B) (C) (D) (E) 66. Na literatura, a visão romântica representativa da mulher é a de uma figura idealizada, frágil, inatingível. Assinale a alternativa em que a visão da mulher não se enquadra nessa característica. (C) Anjo no nome, Angélica na cara! / Isso é ser flor, e Anjo juntamente: / Ser Angélica flor, e anjo florente, / Em quem, senão em vós se uniformara. Gregório de Matos (D) Mulher. Mulher e pombos. / Mulher entre sonhos. / Nuvens nos seus olhos? / Nuvens sobre seus cabelos. João Cabral de Melo Neto (E) Minha mãe cozinhava exatamente: / arroz, feijão-roxinho, molho de batatinhas. / Mas cantava. Adélia Prado Instrução: a questão 67 refere-se à figura e ao texto que seguem. Candido Portinari, Retirantes, 1944. “Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam reLiteratura pousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da caatinga rala.” Graciliano Ramos. Vidas secas. 1938. 67. A partir das obras de Cândido Portinari e Graciliano Ramos, que figuram acima, é correto afirmar que (A) o texto de Graciliano Ramos, diferentemente da pintura de Portinari, retrata o mero pitoresco regional, destacando as situações folclóricas particulares da região nordeste, a qual, castigada pela seca, estimulava as migrações. (B) ambas refletem acerca do problema social presente no Nordeste brasileiro, denotando realismo, tanto na linguagem visual quanto no texto literário. (C) o problema explorado em ambas as obras relaciona-se à figura do retirante e denuncia a situação dos proletários urbanos, que, em virtude da exploração capitalista, sofriam com o desemprego. (D) em ambas as obras, a paisagem tem papel meramente decorativo. (E) tanto na escrita de Graciliano quanto no traço artístico de Portinari, é possível entrever a “secura” que emana do ambiente da caatinga bem como a opressão dos latifundiários em relação aos lavradores. 68. A novela de Guimarães Rosa “Uma estória de amor”, além de ser ela própria uma estória de vaqueiro, contém outras estórias de boi narradas pelas personagens. Uma delas é a de “Destemida e a vaquinha Cumbuquinha”, narrada por Joana Xaviel. Ao ouvirem a história, as pessoas presentes na festa de Manuelzão têm a seguinte reação: “Todos que ouviam estranhavam muito: estória desigual das outras, danada de diversa. Mas essa estória estava errada, não era toda! Ah, ela tinha deter outra parte – faltava a segunda parte? A Joana Xaviel dizia que não, que assim era que sabia, não havia doutra maneira. Mentira dela? A ver que sabia o restante, mas se esquecendo, escondendo. Mas – uma segunda parte, o final – tinha de ter! João Guimarães Rosa, “Uma estória de amor”, em Manuelzão e Miguilim. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p.181. Literatura Considere as afirmações que seguem. I. Os ouvintes têm a impressão de que a estória está inacabada porque eles esperam que a história termine de forma moralizadora como toda estória, com o mal sendo punido: esperam que Destemida pague por seus caprichos e por seu crime. II. Outra estória de boi é narrada dentro da novela: a história final narrada por Camilo, cujo núcleo temático trata das proezas do vaqueiro Menino, que consegue capturar um boi bravo e indomável com o auxílio de um cavalo encantado. Além da Décima de Camilo, a própria novela “Estória de amor”, estória de Manuelzão, pode ser considerada uma história de vaqueiro. III. A novela é narrada em discurso indireto livre, misturando as falas e pensamentos das personagens com a fala do narrador. Quais estão corretas? (A) (B) (C) (D) (E) Apenas I. Apenas II. Apenas III. I, II e III. Apenas I e II. Instrução: leia o seguinte poema de João Cabral de Meio Neto para responder à questão 69. Fábula de um arquiteto A arquitetura como construir portas, de abrir; ou como construir o aberto; construir, não como ilhar e prender, nem construir como fechar secretos; construir portas abertas, em portas; casas exclusivamente portas e teto. O arquiteto: o que abre para o homem (tudo se sanearia desde casas abertas) portas por-onde, jamais portas-contra; por onde, livres: ar luz razão certa. Até que, tantos livres o amedrontando, renegou dar a viver no claro e aberto. Onde vãos de abrir, ele foi amurando opacos de fechar; onde vidro, concreto; até refechar o homem: na capela útero, com confortos de matriz, outra vez feto. 27 69. Considere as seguintes afirmações sobre esse poema. I. Na primeira estrofe, o eu lírico recusa o aprisionamento e a segregação, e considera portas como vias de acesso, e não como impedimento, o que equivale a enunciar a arquitetura como forma de libertação. II. Na segunda estrofe, o arquiteto (ele, no 3º verso) renega a claridade e produz a opacidade de muros e de concreto, a qual se associa à noção de abrigo, expressa pelos termos “capela”, “útero” e “matriz”. III. A primeira e a segunda estrofes sugerem a segregação e o belicismo, os quais impedem a comunicação entre os homens e promovem o conflito. Em relação às assertivas I e II é correto afirmar que (A) em I, há a descrição de Rosa, mulher do personagem principal de O pagador de promessas. (B) em I e II, há a descrição da mesma mulher, Rosa, amante de Bonitão, o malandro cafetão. (C) em II, há a descrição de Rosa, amante de Bonitão, o malandro cafetão. (D) em II, há a descrição de Marli, mulher do personagem principal de O pagador de promessas. (E) em I e II, há a descrição da mesma mulher, Marli, mulher do personagem principal, Zédo-Burro. Quais estão corretas? (A) (B) (C) (D) (E) Apenas I. Apenas II. I e II. II e III. I, II e III. 70. Leia atentamente os excertos de rubricas retirados da peça O Pagador de Promessas, de Dias Gomes. I. “É uma bela mulher, embora seus traços sejam um tanto grosseiros, tal como suas maneiras. (...) É agressiva em seu “sexy”, revelando, logo à primeira vista, uma insatisfação sexual e uma ânsia recalcada de romper com o ambiente em que se sente sufocar. Veste-se como uma provinciana que vem à cidade, mas também como uma mulher que não deseja ocultar os encantos que possui”. II. “Ela tem, na realidade, vinte e oito anos, mas aparenta mais dez. Pinta-se com exagero, mas, mesmo assim, não consegue esconder a tez amarelo-esverdeada. Possui alguns traços de uma beleza doentia, uma beleza triste e suicida. Usa um vestido muito curto e decotado, já um tanto gasto e fora de moda, mas ainda de bom efeito visual. Seus gestos e atitudes refletem o conflito da mulher que quer libertarse de uma tirania que, no entanto, é necessária ao seu equilíbrio psíquico...”. 28 71. Assinale a alternativa incorreta sobre o romance História do Cerco de Lisboa, de José Saramago. (A) A História do Cerco de Lisboa divide-se na história real (cerco a Lisboa no ano de 1147, quando os portugueses, com ajuda dos cruzados, tomaram a cidade aos mouros) e na fictícia, que surge, aos poucos, na imaginação do revisor Raimundo Silva, depois de alterar injustificadamente certa frase nas provas de um livro, mudando a história com a simples força de um “não”. (B) Para além das decorrências dessa história, Raimundo Silva vai viver outra, com sua Maria Sara. Juntos, espelham uma história vivida por outro casal, há séculos, durante o cerco de Lisboa. (C) Em verdade, são três as histórias: a do autor que tem seu texto alterado por Raimundo; a do próprio Raimundo, que aceita o desafio de Maria Sara; e a do narrador do livro. (D) A história real narra o cerco, ocorrido em 1º de julho a 25 de outubro de 1147: foi o processo de Reconquista cristã da península ibérica, com o auxílio dos cruzados em trânsito para o Oriente Médio. (E) Na nova versão dos fatos, Almuadem destaca-se nas lutas, devido ao seu valor heroico e à sua habilidade de reinterpretar as ações: torna-se narrador da história que Raimundo escreve. Literatura 72. Considere as afirmações sobre a obra Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca. 75. Considere as afirmações que seguem. A respeito do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, é correto dizer que, desprezando a cultura religiosa das personagens que habitam seu cenário, tem um desfecho inverossímil e incompatível com o contexto que representa. II. Do trecho da música “Vai passar”, Chico Buarque e Francis Hime, depreende-se que a pátria encontrava-se em uma situação letárgica diante das “subtrações” ou “tenebrosas transações” de que era vítima. I. I. Conta com uma forte carga de realismo e, por meio deste, denuncia uma sociedade urbana desigual, injusta, hipócrita e individualista. II. A violência é uma das mais importantes temáticas abordadas pelo livro. III. Pereba e Zequinha são personagens do conto “Feliz Ano Novo”. Quais estão corretas? (A) (B) (C) (D) (E) Apenas I. Apenas II. Apenas III. Apenas I e II. I, II e III. 73. A obra O Centauro no Jardim, de Moacyr Scliar, é constituída por marcante divisão espaçotemporal. Abaixo, estão relacionados alguns espaços nos quais o enredo se desenrola. Assinale a alternativa em que se encontra a sequência correta da organização cronológica dos episódios. I. II. III. IV. V. VI. Condomínio horizontal Circo Casa no bairro Teresópolis em Porto Alegre Uma estância (RS) Distrito de Quatro Irmãos (RS) Marrocos (A) (B) (C) (D) (E) V – III – II – IV – VI – I. III – II – IV – V – VI – I. I – III – VI – II – V – IV. V – I – III – IV – II – VI. IV – V – II – I – III – VI. 74. Sobre a obra O Filho Eterno, de Cristóvão Tezza, só não é correto afirmar que Num tempo Página infeliz da nossa história Passagem desbotada na memória Das nossas novas gerações Dormia A nossa pátria mãe tão distraída Sem perceber que era subtraída Em tenebrosas transações III. Os contos, novelas e romances de Moacyr Scliar articulam-se em torno de alguns elementos comuns: a presença de temas da chamada literatura fantástica, expressos em situações absurdas, situações surreais, dentro de uma dimensão alegórica, revelando um cotidiano enigmático e insólito. IV. A obra de Dalton Trevisan é composta por contos e novelas, geralmente ambientados em Curitiba, que expõem a violência e a falta de perspectiva que impregnam o dia a dia de quem vive nos centros urbanos. Quais estão corretas? (A) (B) (C) (D) (E) I e IV. II e III. I, III e IV. II, III e IV. I e II. (A) nela, há a presença de flashbacks. (B) o foco narrativo, de forma inovadora, alterna-se entre 1ª x 3ª pessoa. (C) o narrador faz referências à Ditadura de Vargas. (D) são feitas referências aos romances anteriores do pai. (E) são feitas referências à relação de Felipe com a linguagem. Literatura 29