01. Um patrulheiro, viajando em um carro dotado de radar a uma velocidade de 60 km/h,
em relação a um referencial fixo no solo, é
ultrapassado por outro automóvel que viaja
no mesmo sentido que ele. A velocidade
indicada pelo radar após a ultrapassagem é
de 30 km/h. A velocidade do outro automóvel em relação ao solo é igual a
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
30 km/h.
45 km/h.
60 km/h.
75 km/h.
90 km/h.
02. Um esquiador desce por uma pista de esqui
com aceleração constante. Partindo do repouso do ponto P, ele chega ao ponto T, a
100 m de P, com velocidade de 30 m/s. O
esquiador passa por um ponto Q, a 36 m de
P, com velocidade de
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
(A)
(B)
(C)
(D)
interrompe sua queda em direção ao solo.
inverte o sentido da sua velocidade.
continua caindo com velocidade crescente.
continua caindo, mas a velocidade é decrescente.
(E) continua caindo, mas a velocidade é constante.
04. A respeito das leis de Newton, são feitas três
afirmativas.
Física
Quais estão corretas?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
I, II e III.
Somente I.
I e II.
I e III.
II e III.
05. O coqueiro da figura tem 5m de altura em
relação ao chão, e a cabeça do macaco está
a 0,5m do solo. Cada coco, que se desprende do coqueiro, tem massa 200g e atinge a
cabeça do macaco com 7J de energia
cinética. A quantidade de energia mecânica
dissipada na queda é de
18 m/s.
15 m/s.
12 m/s.
10,8 m/s.
9,0 m/s.
03. À medida que cresce a velocidade de um objeto que cai em linha reta em direção ao solo,
cresce também a força de atrito com o ar,
até que, em determinado instante, torna-se
nula a força resultante sobre esse objeto. A
partir desse instante, o objeto
I.
II. Quando uma pessoa empurra uma mesa e
ela não se move, podemos concluir que a força
de ação é anulada pela força de reação.
III. Durante uma viagem espacial, podem-se
desligar os foguetes da nave que ela continuará a se mover. Esse fato pode ser explicado pela primeira lei de Newton.
A força resultante necessária para acelerar, uniformemente, um corpo de massa
4,0kg, de 10m/s para 20m/s, em uma trajetória retilínea, em 5,0s, tem módulo igual
a 8,0N.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
9 J.
7 J.
2 J.
9000 J.
2000 J.
06. Um carrinho de massa igual a 1,50kg está em
movimento retilíneo com velocidade de
2,0m/s quando fica submetido a uma força
resultante de intensidade 4,0N, na mesma direção e sentido do movimento, durante 6,0s.
Ao final dos 6,0s, a quantidade de movimento e a velocidade do carrinho têm valores, em
unidades do SI, respectivamente, iguais a
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
27 e 18.
24 e 18.
18 e 16.
6,0 e 16.
27 e 16.
3
07. A figura mostra o gráfico posição (x) em função do tempo (t) para o movimento de um
corpo. Em relação às energias cinéticas nos
pontos A, B e C, é correto afirmar que
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
1,2 . 106 joules.
9,0 . 105 joules.
4,5 . 105 joules.
– 4,5 . 105 joules.
– 9,0 . 105 joules.
10. Quantas calorias são necessárias para vaporizar 1,00 litro de água, se a sua temperatura é, inicialmente, igual a 10,0 ºC?
Dados: calor específico da água: 1,00 cal/gºC;
densidade da água: 1,00 g/cm3;
calor latente de vaporização da água: 540 cal/g.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
EA = EB e EC = 0
EA < EB e EC = 0
EA > EB e EC = 0
EA = EB = EC
EA < EB < EC
08. A Primeira Lei da Termodinâmica estabelece
que o aumento ∆U da energia interna de um
sistema é dado por ∆U = ∆Q – ∆W, em que
∆Q é o calor recebido pelo sistema, e ∆W é o
trabalho que esse sistema realiza.
Se um gás real sofre uma compressão adiabática, então
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
∆Q = ∆U.
∆Q = ∆W.
∆W = 0.
∆Q = 0.
∆U = 0.
09. Certa massa de gás perfeito realiza a transformação cíclica ABCA, representada no gráfico abaixo.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
5,40 × 104 cal
6,30 × 104 cal
9,54 × 104 cal
5,40 × 105 cal
6,30 × 105 cal
11. Assinale a alternativa correta.
(A) Quando alguém se vê diante de um espelho plano, a imagem que observa é real e
direita.
(B) A imagem formada sobre o filme, nas máquinas fotográficas, é virtual e invertida.
(C) A imagem que se vê quando se usa uma
lente convergente como “lente de aumento” (lupa) é virtual e direita.
(D) A imagem projetada sobre uma tela por um
projetor de slides é virtual e direita.
(E) A imagem de uma vela formada na retina
de um olho humano é virtual e invertida.
12. Um objeto real, colocado perpendicularmente ao eixo principal de um espelho esférico,
tem imagem como mostra a figura a seguir.
Pelas características da imagem, podemos
afirmar que o espelho é
O trabalho realizado pelo gás, em um ciclo, vale
4
Física
(A) convexo e sua imagem é virtual.
(B) convexo e sua imagem é real.
(C) côncavo e que a distância do objeto ao espelho é menor que o raio de curvatura do
espelho, mas maior que sua distância focal.
(D) côncavo e que a distância do objeto ao espelho é maior que seu raio de curvatura.
(E) côncavo e que a distância do objeto ao espelho é menor que a distância focal do espelho.
13.
Dois meios A e C estão separados por uma lâmina de faces paralelas (B). Um raio luminoso
I, propagando-se em A, penetra em B e sofre
reflexão total na face que separa B de C, conforme indica a figura anterior.
Sendo nA, nB e nC os índices de refração dos
meios A, B e C, teremos, respectivamente,
então
(A) nA > nB > nC.
(B) nA > nC > nB.
(C) nA < nB > nC.
(D) nB < nC > nA.
(E) nC > nB > nA.
14. Observe o diagrama.
A imagem A’B’ do objeto AB será
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
direita, real e menor do que o objeto.
direita, virtual e maior do que o objeto.
direita, virtual e menor do que o objeto.
invertida, real e maior do que o objeto.
invertida, virtual e maior do que o objeto.
15. As cargas Q1 = 9µC e Q3 = 25µC estão fixas nos
pontos A e B. Sabe-se que a carga Q2 = 2µC
está em equilíbrio sob a ação de forças elétricas somente na posição indicada. Nessas condições,
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
x
x
x
x
x
=
=
=
=
=
1
2
3
4
5
cm.
cm.
cm.
cm.
cm.
16. Um condutor de comprimento L e diâmetro
D possui resistência R1. Qual é a resistência
R2‚ de um outro condutor de mesmo material, mesmo comprimento e com dobro de diâmetro do condutor 1?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
R2 =
R2 =
R2 =
R2 =
R2 =
2R1
R1/2
R1/4
4R1
R1
17. O gráfico representa a curva característica
tensão-corrente para um determinado resistor.
Nesse diagrama, estão representados um objeto AB e uma lente convergente L. F1 e F2 são
focos dessa lente.
Física
5
Em relação ao resistor, é correto afirmar que
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
é ôhmico e que sua resistência vale 4,5 x 102Ω.
é ôhmico e que sua resistência vale 1,8 x 102Ω.
é ôhmico e que sua resistência vale 2,5 x 102Ω.
não é ôhmico e que sua resistência vale 0,40Ω.
não é ôhmico e que sua resistência vale 0,25Ω.
20. A figura abaixo representa um fio metálico
longo e retilíneo, conduzindo corrente elétrica i, perpendicularmente e para fora do
plano da figura. Um próton move-se com velocidade v, no plano da figura, conforme indicado.
18. No circuito a seguir, o amperímetro e o voltímetro são ideais.
É correto afirmar que esses aparelhos indicam
A força magnética que age sobre o próton é
(A) paralela ao plano da figura e para a direita.
(B) paralela ao plano da figura e para a esquerda.
(C) perpendicular ao plano da figura e para dentro.
(D) perpendicular ao plano da figura e para fora.
(E) nula.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
20 A e 84 V.
50 A e 100 V.
8,0 A e 84 V.
8,0 A e 100 V.
50 A e 8,4 V.
21. A figura abaixo ilustra as posições relativas
de um ímã e um anel condutor, ambos inicialmente em repouso. Por 1 e 2, indicam-se
possíveis sentidos das correntes elétricas
induzidas no anel.
19. Considere as afirmações a seguir, a respeito
de ímãs.
I.
Convencionou-se que o polo norte de um
ímã é aquela extremidade que, quando o
ímã pode girar livremente, aponta para o
Norte geográfico da Terra.
II. Polos magnéticos de mesmo nome se repelem, e polos magnéticos de nomes contrários se atraem.
III. Quando se quebra ao meio um ímã em forma de barra, obtêm-se dois novos ímãs,
cada um com apenas um polo magnético.
Quais estão corretas?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
6
Apenas I.
Apenas II.
Apenas III.
I e II.
II e III.
Julgue as proposições abaixo e assinale a verdadeira.
(A) Não haverá corrente elétrica induzida no
anel, qualquer que seja o movimento do ímã.
(B) Ao aproximarmos o ímã do anel, haverá
uma corrente elétrica induzida no anel com
sentido 1.
(C) Ao afastarmos o ímã do anel, haverá uma
corrente elétrica induzida no anel com sentido 1.
(D) Ao aproximarmos o ímã do anel, haverá
uma corrente elétrica induzida no anel com
sentido 2.
(E) Haverá corrente elétrica induzida no anel,
somente se o ímã for afastado do anel.
Física
22. Uma pessoa é capaz de ouvir a voz de outra,
situada atrás de um muro de concreto, mas
não pode vê-la. Isso se deve à
(A) difração, pois o comprimento de onda da
luz é comparável às dimensões do obstáculo, mas o do som não é.
(B) velocidade da luz ser muito maior que a do
som, não havendo tempo para que ela contorne o obstáculo, enquanto o som consegue fazê-lo.
(C) interferência entre as ondas provenientes
do emissor e sua reflexão no muro: construtiva para as ondas sonoras e destrutiva
para as luminosas.
(D) dispersão da luz, por se tratar de uma onda
eletromagnética, e não dispersão do som
por ser uma onda mecânica.
(E) difração, pois o comprimento de onda do
som é comparável às dimensões do obstáculo, mas o da luz não é.
23. Quando uma ambulância se aproxima ou se
afasta de um observador, ele percebe uma
variação na altura do som emitido pela sirene
(o som percebido fica mais grave ou mais
agudo). Esse fenômeno é denominado Efeito
Doppler. Considerando o observador parado,
(A) o som percebido fica mais agudo à medida
que a ambulância se afasta.
(B) o som percebido fica mais agudo à medida
que a ambulância se aproxima.
(C) a frequência do som emitido aumenta à
medida que a ambulância se aproxima.
(D) o comprimento de onda do som percebido
aumenta à medida que a ambulância se
aproxima.
(E) o comprimento de onda do som percebido
é constante, quer a ambulância se aproxime ou se afaste do observador, mas a frequência do som emitido varia.
Física
24. O efeito fotoelétrico, explorado em sensores,
células fotoelétricas e outros detectores eletrônicos de luz, refere-se à capacidade da
luz de retirar elétrons da superfície de um
metal.
Quanto a esse efeito, pode-se afirmar que
(A) a energia dos elétrons ejetados depende
da intensidade da luz incidente.
(B) a energia dos elétrons ejetados é discreta,
correspondendo aos quanta de energia.
(C) a função trabalho depende do número de
elétrons ejetados.
(D) a velocidade dos elétrons ejetados depende da cor da luz incidente.
(E) o número de elétrons ejetados depende da
cor da luz incidente.
25. Analise as afirmativas a seguir.
I.
A força que mantém os prótons no núcleo
de um átomo é de natureza eletrostática.
II. No Sol, como em outras estrelas, ocorrem
reações de fusão nuclear.
III. Na fusão nuclear, núcleos fundem-se com
grande absorção de energia.
IV. Na fissão nuclear, núcleos são divididos, liberando energia.
Quais estão corretas?
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) I, III e IV.
(D) II e III.
(E) II e IV.
7
27. De acordo com o texto, é correto afirmar que
Instrução: responda às questões de número 26 a
33 de acordo com o texto abaixo.
TEXTO I
THE CITY OF BOOKS
Julian Earwaker
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
There aren’t many bookshops where you
need a map to find your way around, but it’s
easy to get lost in Powell’s City of Books, the
w orld’s largest independent bookstore,
w h i c h i s lo c ated i n Po rtland, O re go n.
Powell’s main bookshop on Burnside is a vast
Aladdin’s cave of books in every shape, size
and format. More than one million volumes
line the shelves of the different colored
ro o ms, e ac h o f w h i c h c o rre sp o nd s to
different themes. And, if you include the
f i v e w are h o use s and fi v e o th e r sto re
locations around the city, then Powell’s has
over four million books.
The responsibility for all this will soon
pass to 27-year-old Emily Pow ell, w hose
father, Michael, currently runs the business.
Back in 1979, Michael Powell left his Chicago
bookstore to join his father, Walter, i n
Portland and then bought the store from him
two years later. Emily is “Director of Used
Books.” Powell’s places new and used books,
hardback and paperback, next to each other
on the same shelf.
Fonte: http://www.speakup.com.br/stories_a/
index.shtml
26. O objetivo principal do autor do texto é
(A) tratar de uma troca de comando de uma
editora.
(B) descrever o funcionamento de uma pequena livraria em Portland.
(C) informar sobre uma empresa familiar.
(D) dar dicas sobre onde encontrar bons livros
em Portland.
(E) falar de uma das maiores livrarias independentes do mundo.
8
(A) há mais de quatro milhões de livros nas
prateleiras da loja.
(B) Emily Powell é a atual responsável pela
empresa.
(C) Walter Powell vendeu a empresa para seu
filho.
(D) livros novos e usados são dispostos em prateleiras diferentes.
(E) há cinco livrarias pertencentes à empresa
na cidade.
28. Da frase “There aren’t many bookshops where
you need a map to find your way around” (l.
01-02) podemos depreender que
(A) a maioria das livrarias são muito grandes.
(B) todas as livrarias são pequenas.
(C) um mapa pode servir de guia numa livraria
grande.
(D) não há muitas livrarias grandes.
(E) em livrarias pequenas, não é necessário um
mapa.
29. O pronome “him” (l. 20) refere-se a
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Walter.
Michael.
Emily.
Powel’s.
Store.
30. A expressão “currently” (l. 17) significa
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
actually.
presently.
principally
undoubtely.
primarely.
31. O verbo “runs” (l. 17) está sendo usado com
o mesmo sentido no texto e na alternativa
(A) He was the first person to run a mile in
under four minutes.
(B) Judith ran a fine race to take the gold
medal.
(C) She’s spent the whole morning running
around after the kids.
(D) Mr. Carmody runs five state industries.
(E) I can’t afford to run a car on my salary.
Inglês
32. Considere a frase abaixo.
“If you had included the five warehouses and
five other store locations around the city, then
Powell’s .......... over four million books.”
A forma verbal que melhor completa a lacuna é
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
will have.
would have had.
would have.
has.
had.
33. O caso genitivo em “Powell’s City of Books”
(l. 03) está sendo usado corretamente em todas as alternativas, exceto em
(A) Mr. Lewis’s dog barks all night.
(B) I’m reading a book on Henry the Eight’s
six wives.
(C) We had a nice time at Susan and Paul’s last
night.
(D) He worked as a Queen’s Messenger.
(E) Paul and John’s eyelashes are false.
Instrução: responda às questões de número 34 a
40 de acordo com o texto abaixo.
TEXTO II
01.
For presidents and celebrities as well as
02. ordinary people, cracking jokes can be risky
03. b usi ne s s t o d ay, p r o v o k i ng ang e r and
04. resentment instead of laughter.
05.
The problem is that humor, like beauty,
06. often is in the eye of the beholder.
07.
Consider a jest by President Clinton. At a
08. trade fair on the White House lawn, Clinton
09. and his cabinet came upon a three-foot-high
10. replica of the White House. With the 4-foot11. 10 inch secretary of labor, Robert Reich, at
12. his side, Clinton quipped, “Secretary Reich
13. could almost live in there.”
14.
Lighthearted ribbing between longtime
15. p a ls ? O r a r e mar k o f f e nsi v e t o t h o se
16. sensitive about their height?
17.
Experts who train people to use humor in
18. business and social relationships say it can
19. be an invaluable tool – but it must be used
20. with sensitivity.
21.
Of course, the line between laughing with
Inglês
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
Of course, the line between laughing with
someo ne and laughing at someo ne isn’t
always so clear.
So in today’s litigious and sensitive society
should w e all take the safest course and
avoid any attempts at humor? That would
make for a dull world, experts said. The
w ro ng ki nd o f h umo r, t h o ug h , c an b e
destructive. Jokes that attack often cause
p e o p le t o w i t h d r aw, o r w o r se , se e k
revenge.
Supervisors need to be especially careful.
Because o f the pow er they hold, their
attempts at humor demean an employee.
Of course, some people just can’t take a
joke. So what can you do?
“On the politically correct front, there
are certain people whose mission is to be
offended,” Langley said. “There’s not really
much you can do about them.”
Fragiadakis, H. & Maurer, M.
Sound Ideas, 1995. p.81.
34. Considere as afirmações abaixo.
I.
Supervisores correm o risco de humilhar
seus funcionários ao fazer uma piada, em
função do poder que detêm.
II. Entre celebridades, as piadas, muitas vezes, provocam ressentimento e raiva em
vez de riso.
III. O humor está na mente daqueles que o recebem.
Quais estão de acordo com o texto?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Apenas I e II.
Apenas II e III.
Apenas I e III.
I, II e III.
Apenas I.
35. Considere as afirmações abaixo.
I. Devemos evitar o humor na sociedade atual.
II. Pessoas expostas ao tipo inadequado de
humor podem procurar se vingar.
III. O autor afirma que Clinton não poderia
ter brincado, levianamente, com o velho
amigo.
9
Quais estão de acordo com o texto?
39. The –ing use in “Lighthearted ribbing …” (l.
14) is not the same in
(A) Apenas I.
(A) We hated all those useless arguing with
Peter.
(B) I hate packing suitcases.
(C) All the doctors suggested taking a long
holiday.
(D) She’s very good at solving problems.
(E) I love the noise of falling rain.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) I e III.
(E) II e III.
36. Considere a frase abaixo, extraída do texto.
“Of course, the line between laughing with
someone and laughing at someone isn’t always
so clear.” (6º parágrafo).
40. All words below have the same formation as
“beholder” (l. 06), except
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
As expressões sublinhadas são, respectivamente, sinônimas de
(A) having fun - kidding.
(B) making fun of - pulling someone’s leg.
Instrução: responda às questões de número 41 a
50 de acordo com o texto abaixo.
TEXTO III
(C) having fun with - making fun of.
(D) pulling someone’s leg - joking at someone.
(E) making fun of - having fun with.
37. Especialistas que preparam pessoas para fazer uso do humor consideram-no um tipo de
recurso
(A) desnecessário nas relações humanas.
(B) inútil e, quando utilizado, pode ferir a sensibilidade alheia.
(C) muito útil, mas ao qual se deve recorrer
com sensatez.
(D) sem qualquer valor nas relações humanas,
mas pode ser utilizado, desde que com
muita sensatez.
(E) que, apesar de ser, por vezes, útil, pode
ferir a sensibilidade alheia.
38. A expressão que melhor substitui a última
frase do texto (l. 39-40) é
(A) Who cares about them!
(B) You shouldn’t worry about trying to change
their minds!
(C) Don’t think about them!
(D) Just forget about them!
(E) They should mind their own businesses!
10
goer.
owner.
thinner.
undertaker.
computer.
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
Brazilians who insist on taking a “coffee
break,” eating “fast food” and spending
their time at the “shopping mall” looking for
“sales” could soon find themselves on the
wrong side of the law. A bill passed by the
lo w er h o use o f C o ngre ss and aw ai ti ng
debate later this year by the Senate would
make i lle g al th e use o f many E ngli sh language terms common here.
The proposal w as drafted by federal
deputy Aldo Rebelo, one of the driv ing
forces behind a movement to preserve what
he says is “the right of the Brazilian citizen
to co mmunicate i n hi s o w n language .”
Rebelo said the movement’s main goal is to
stop the proliferation of unnecessary foreign
words that are damaging to the Brazilian
cultural heritage. “Why should a person feel
stup i d o r i g no rant b e c ause h e c anno t
pronounce an English word?” he asked.
To guardians of Portuguese, like Rebelo,
the flood of foreign words in common usage
i s an i nv asi o n. Th e mo v e ment, c alle d
“v e r b al nati o nali sm, ” i s p ar t o f an
i nternati o nal campaign to co unte r th e
spread of English. Globalization and the
Internet .......... the proliferation of English
in Brazil, which has the largest computer and
Internet industry in Latin America. English
words such as “mouse”, “site”, “home page”
and “e-mail” are frequently encountered.
If th e p ro p o se d le gi slati o n p asse s,
Inglês
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
56.
57.
58.
59.
60.
61.
62.
63.
64.
65.
66.
67.
68.
69.
70.
71.
72.
73.
74.
75.
76.
77.
78.
79.
80.
81.
82.
83.
and “e-mail” are frequently encountered.
If th e p ro p o se d le gi slati o n p asse s,
Brazilians and foreigners who have lived in
the country for more than a year would be
expected to use Portuguese exclusively in
th e w o rk p lac e , i n sc h o o l and i n all
co mmuni cati o n fo r o ff i ci al and publi c
purposes. Excluded from these requirements
would be artistic, intellectual and scientific
expression; foreign words already in official
Po rtug ue se d i c ti o nari e s; and th e
c o mmuni cati o n o f Braz i l’ s i nd i ge no us
groups. Many linguists and legal experts say
the proposal is unenforceable.
Many Brazilians initially thought the
measure w as a joke. That w as until the
lower house of Congress passed it on March
29. “I don’t think any law will erase English
words from our vocabulary,” said a salesman
at a Rio computer store. “English is already
incorporated into our lives, especially with
computers,” he said. […]
Some linguists, however, point out that
the increasing use of English in Brazil is part
of a cultural shift in Latin America’s most
populous nation. While French at one time
was the foreign language most favored by
e d uc ate d B r az i li ans, no w ad ay s many
younger citizens are required in school to
learn English as a second language and are
se e n c h a t t i ng i n E ng li sh at t h e m a ll,
exercising their bilingual skills.
But Rebelo’s supporters have had some
success. They pressured two gov ernment
banks recently into dropping programs called
“Home Banking” and “Net Banking” and
r e p lac i ng t h e m w i th Po r tug ue se
descriptions.
“This makes no sense,” said Carlos Tannus,
dean of the Center of Letters and Arts at the
Federal University of Rio de Janeiro. “I don’t
think we can regulate the use of language by
law,” he said. Like many experts, Tannus
concedes that words come into and go out
of fashion much like the latest dance trends
or clothing fashions.
“In a globalized world, it is perfectly
normal for w ords from one language to
migrate to another,” said Tarcisio Padilha,
Pre si de nt o f th e Braz i li an Acade my o f
L e t t e r s . “ M a n y o f t h e s e w o r d s w i ll
disappear as quickly as they were born. We
have no reason to defend ourselves.”
By Patrice M. Jones. CHICAGO TRIBUNE,
July 15, 2001.
Inglês
41. The best verb tense to complete the blank in
the text (l. 27) is
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
accelerates.
has accelerated.
is accelerating.
have accelerated.
will accelerate.
42. Federal deputy Aldo Rebelo is
(A) a politician concerned with the correct
pronunciation of words.
(B) a strong supporter of globalization and the
Internet.
(C) a major leader of the “verbal nationalism”
movement.
(D) a defender of the increasing use of English
words in Brazil.
(E) the only linguist who fears the invasion of
foreign words.
43. Rebelo and his supporters feel that the
increasing use of English words by Brazilians
is
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
harmful and invasive.
unusual and illegal.
normal and justifiable.
wrong and unenforceable.
temporary and inoffensive.
44. Mark the only incorrect statement.
(A) The word “here” (line 09) refers to Brazil.
(B) The language mentioned in line 14 (“his
own language”) is English.
(C) In line 34, the “country” mentioned is
Brazil.
(D) In line 49, “our vocabulary” refers to
Portuguese vocabulary.
(E) By “Latin America’s most populous nation”
(lines 55-56) the author means Brazil.
45. The sentence “While French at one time was
the foreign language ... exercising their bilingual
skills.” (lines 56-62) expresses an idea of
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
addition.
result.
definition.
conclusion.
contrast.
11
46. All the word pairs below are synonymous,
except
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
“trends” (line 75) - tendencies.
“stupid” (line 19) - foolish.
“experts” (line 73) - specialists.
“concedes” (line 74) - accepts.
“chatting” (line 61) - shouting.
47. Where in the passage does the author mention
an argument against the proliferation of
English words in Brazil?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Lines
Lines
Lines
Lines
Lines
77-79.
29-31.
50-52.
69-73.
21-23.
48. Tarcisio Padilha affirms that “We have no
reason to defend ourselves” (lines 82-83)
because
(A) the English language will disappear if the
proposed legislation passes.
(B) the migration of words is a common
phenomenon in the new world economy.
12
(C) Brazilian politicians aren’t capable of
fighting the invasion of foreign terms.
(D) there are many ways of preventing the
proliferation of the English language.
(E) new words in Portuguese shall be created
by the Brazilian Academy of Letters.
49. The word “into” (l.74) is correctly used in
all alternatives but
(A)
(B)
(C)
(D)
She translated that text into Portuguese.
They dived into the water.
He turned and walked off into the night.
They remained into the room until the lights
were turned off.
(E) Could you cut the paper into strips, please?
50. The passage is primarily concerned with
(A) encouraging the use of Portuguese in
official communications.
(B) expressing the author’s opinion on a legal
matter.
(C) criticizing a law approved by the Brazilian
Senate.
(D) resolving the conflict between legislators
and linguists.
(E) presenting opposing points of view on the
same issue.
Inglês
Instrução: leia o texto para responder às questões
de 26 a 33.
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
Iban por los caminos del oeste sin prisa y
sin rumbo obligatorio, cambiando la ruta de
acuerdo al capricho de un instante, al signo
premonitorio de una bandada de pájaros, a la
tentación de un nombre desconocido. Los
Reeves interrumpían su errático peregrinaje
d o nd e lo s so r p r e nd i e r a e l c ansanc i o o
encontraban a alguien dispuesto a comprar su
intangible mercadería. Vendían esperanza. Así
r e c o r r i e r o n e l d e s i e r t o e n un a y o t r a
d i re c ci ó n, c ruz aro n las mo ntañas y una
madrugada vieron aparecer el día en una playa
del Pacífico. Cuarenta y tantos años más tarde,
durante una larga confesión en la que pasó
revista a su existencia y sacó cuentas de sus
e rro re s y ac i e rto s, G re go ry Re e v e s me
describió su recuerdo más antiguo: un niño de
cuatro años, él mismo, orinando sobre una
colina al atardecer, el horizonte teñido de
rojo y ámbar por los últimos rayos del sol, a su
espalda los picachos de los cerros y, más
abajo, una extensa planicie donde su vista se
pierde. El líquido caliente se escurre como
algo esencial de su cuerpo y de su espíritu,
cada gota, al hundirse en la tierra, marca el
territorio con su firma. Demora el placer,
juega con el chorro, trazando un círculo de
color topacio sobre el polvo, percibe la paz
intacta de la tarde, lo conmueve la intensidad
del mundo con un sentimiento de euforia,
porque él es parte de ese paisaje limpio y
pleno de marav illas, una inconmesurable
geografía a explorar.
A poca distancia lo aguarda su familia. Todo
está bien, por primera vez tiene conciencia
de la felicidad: es un momento que jamás
olvidará. A lo largo de su vida Gregory Reeves
sintió varias ocasiones ese deslumbramiento
ante las sorpresas del mundo, esa sensación de
pertenecer a un lugar espléndido donde todo
es posible y cada cosa, desde lo más sublime
hasta lo más horrendo, tiene una razón de ser,
nada sucede por azar, nada es inútil, como
predicaba a gritos su padre, ardiendo de
f e r v o r m e s i á ni c o , c o n u na s e r p i e nt e
enroscada a sus pies. Y cada vez que tuvo ese
chispazo de comprensión recordaba aquella
Espanhol
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
56.
57.
58.
59.
60.
61.
62.
63.
64.
chispazo de comprensión recordaba aquella
puesta de sol en la colina. Su niñez fue una
épo ca demasi ado larga de confusi ones y
penumbras, excepto esos años viajando con su
familia. Su padre, Charles Reeves, guiaba a la
pequeña tribu con severidad y reglas claras,
todos juntos, cada uno cumpliendo con sus
deberes, premio y castigo, causa y efecto,
disciplina basada en una escala de v alores
inmutable. El padre vigilaba a todos como el
ojo de Dios. Los viajes determinaban la suerte
de los Reev es sin alterarles la estabilidad,
porque las rutinas y las normas eran precisas.
Ése fue el único periódo en que Gregory se
sintió seguro. La rabia empezó más tarde,
cuando despareció el padre y la realidad
c o me nz ó a d e te ri o rarse d e mane r a
irreparable.
ALLENDE, Isabel. El plan infinito
2 edición. Buenos Aires, 2006.
26. Podemos afirmar, segundo o texto, que
I.
os Reeves eram uma família que vivia de
uma maneira errática.
II. Gregory Reeves era uma criança feliz.
III. Gregory Reeves tornou-se um adulto feliz.
Quais estão corretas?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Apenas I.
Apenas II.
I e II.
II e III.
I, II e III.
27. Segundo o texto, Charles Reeves era um homem
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
de negócios.
um tipo de pregador religioso.
um vendedor de cobras.
um motorista.
o líder de uma tribo.
28. Marque V se a afirmativa for verdadeira e F
se a afirmativa for falsa.
( ) Os Reeves peregrinavam de uma forma planejada e sem sobressaltos.
( ) Gregory Reeves teve uma infância feliz, até
a morte de seu pai.
( ) Os Reeves vendiam bugigangas.
( ) Charles Reeves utilizava uma serpente em
seus cultos.
( ) Charles Reeves tratava a todos com pulso
firme.
13
Marque a alternativa que apresenta o preenchimento correto dos parênteses, de cima para
baixo.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
V – V – F – F - F.
V – F – V – V - V.
F – F – V – V - F.
F – V – F – V – V.
F – V – V – F – V.
29. De acordo com o texto, podemos afirmar que
Charles Reeves era um homem
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
extremamente severo e cruel.
complacente com as artes dos filhos.
injusto com os demais.
injusto com os membros de sua família.
severo, porém justo.
30. No trecho “... nada sucede por azar...” (l. 43)
a palavra “azar” pode ser traduzida ao português como
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
sorte.
azar.
maneira.
acaso.
frequentemente.
31. Marque a alternativa em que há uma palavra
do mesmo gênero que “peregrinaje” (l. 06)
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
“mercadería” (l. 09)
“espíritu” (l. 24)
“gota” (l. 25)
“sorpresas” (l. 39)
“niñez” (l. 48)
32. Considere o enunciado abaixo e as quatro propostas para completá-lo.
Se, no texto, fosse utilizado o tempo presente, seria necessário substituir, entre outras, a
forma verbal
I.
II.
III.
IV.
“Iban” (l. 01) por Van.
“recorrieron” (l. 10) por recorrían.
“tuvo” (l. 46) por tiene.
“comenzó” (l. 63) por comenzara.
Quais propostas estão corretas?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
14
I e II.
I, II e IV.
I e III.
II e IV.
I, II , III e IV.
33. Marque a alternativa que possui a mesma categoria gramatical que “mesiánico” (l. 45).
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
“errático” (l. 06)
“montañas” (l. 11)
“más” (l. 21)
“disciplina” (l. 55)
“rabia” (l. 61)
Instrução: leia o texto para responder às questões
de 34 a 42.
EL ÚLTIMO PEDAZO DE LA II REPÚBLICA
20.000 perdedores de la contienda se
concentraron en el puerto de Alicante para huir
de Franco - Sólo 3.000 lo lograron, y una
docena optaron por suicidarse
01.
De todas las historias que pueden contar los
02. que sobrevivieron y de todos los relatos que
03. han podido reconstruir las familias de los que
04. no lo hicieron, hay una capaz de concentrar
05. todo el horror de 32 meses de Guerra Civil y
06. anticipar todo el que continuó en la paz de los
07. vencedores. Ocurrió en Alicante hace 70 años.
08. “Se rebanó el cuello delante de mí. Nunca
09. olvidaré el grito de su hija”
10.
Franco ha ganado la guerra y la mitad de
11. España trata de escapar de sus garras por la
12. única salida que queda: el puerto de Alicante.
13. Algunos han logrado irse en barcos durante los
14. primeros 15 días de marzo. Pero los vencidos
15. de última hora, los que más tiempo han tardado
16. e n asumi r la d e rro ta, se e nco ntrarán e n
17. Alicante. Cerca de 20.000 hombres, mujeres y
18. niños deshechos extienden una alfombra tupida
19. de hambre y miedo sobre el puerto. No cabe
20. un alfiler, no se ve un trozo de suelo. Confían
21. en esos barcos que la República ha apalabrado
22. con Francia y Reino Unido para evacuarles. Pero
23. para entonces, ya han empezado a reconocer
24. al Gobierno de Burgos y las palabras se las ha
25. llevado el viento. El único barco que saldrá de
26. Alicante será el Stanbrook, un viejo carbonero
27. inglés co n capacidad para 24 tri pulantes
28. pilotado por un galés desobediente que se
29. convertirá en un héroe. Iba a recoger naranjas,
30. tabaco y azafrán, pero zarpó rumbo a la colonia
31. francesa de Orán (Argelia) con cerca de 3.000
32. republicanos a bordo. La mayoría, con las
33. manos vacías.
34.
“La cola para embarcar era impresionante,
35. había miles de personas. Pasaban las horas y
Espanhol
36. temíamos no poder subi r. Mi padre había
37. estado en el frente así que para nosotros huir
38. era cuestión de v ida o muerte. Recuerdo
39. perfectamente cómo después de muchas horas
40. de espera el capitán Dickson me cogió por fin
41. en brazos y me aupó al barco”, relata Helia
42. González, una de las afortunadas niñas del
43. Stanbrook. Tenía cuatro años, “pero hay cosas
44. que son imposibles de olvidar”. “El capitán le
45. daba la mano a cada pasaj e ro al sub i r”,
46. recuerda Helia, que pasó las 24 ho ras de
47. travesía sin soltar la de su padre -”me daba
48. pavor perderme entre aquella masa de gente”- ,
49. pegada a su madre, a su hermana, y al único
50. equipaje que llevaban para su otra vida: “Un
51. maletín de 40x30 centímetros en el que mi
52. madre había metido una muda de ropa interior,
53. una sábana, pañales para mi hermana y unos
54. cubiertos de plata que, por supuesto, no vendió
55. a nadie porque nadie pudo comprarlos”.
56.
“Nada más salir cayeron bombas en el lugar
57. donde había estado el barco”, recuerda. “Al oír
58. la explosión, el hombre que viajaba a nuestro
59. lado se asustó tanto que se tiró al mar. Su bota
60. golpeó a mi madre al caer. Fue terrible”.
61.
Las tro pas i tali anas y las franq ui stas
62. co me nz aban a ocupar tambié n Ali cante.
63. Mi entras, mi les de re publi cano s seguí an
64. llegando al puerto, conv ertido ya en una
65. ratonera. Entre ellos, Carmen Arrojo, que
66. entonces tenía 20 años. Había llegado allí con
67. su padre, su hermano y su novio desde Madrid.
68. No sabían a qué país conducían aquellos barcos
69. que esperaban, ni les importaba. Pero el único
70. q ue v e r í an lo e nv i a b a Fr anc o . “Po r un
71. megáfono nos dijeron que tiráramos nuestras
72. armas y que, o nos rendíamos a las cinco, o nos
73. ametrallarían. Cuando fui a tirar mi pistola al
74. m a r, v i a u n h o m b r e c o r r i e nd o a t o d a
75. v elocidad hacia mí. No sabía lo que iba a
76. hacer, pero se tiró al agua. No pudimos hacer
77. nada”, recuerda Carmen.
78.
Había llegado al puerto pocas horas después
79. de que zarpara el Stanbrook. “Era un hervidero
80 . - de caras chupadas por el hambre y el cansancio.
81. En una esquina se reunían los de la UGT, en otra
82. las mujeres antifascistas... A las dos de la tarde
83. llegó el barco de Franco”. A sus 90 años, Carmen
84. confiesa que aún escucha los sonidos del horror
85. que invadió aquella alfombra humana durante
86. las tres horas que siguieron hasta agotar el plazo
87. de los vencedores. “Delante de mí, un hombre
88. se rebanó el cuello con una navaja. No olvidaré
89. nunca aquel grito espantoso de una de sus hijas.
Espanhol
89.
90.
91.
92.
93.
94.
95.
96.
97.
98.
99.
100.
101.
102.
103.
104.
105.
106.
107.
108.
109.
110.
111.
112.
113.
114.
115.
116.
117.
118.
119.
120.
121.
122.
123.
124.
nunca aquel grito espantoso de una de sus hijas.
Tuvieron que dejarle allí. La niña se tiró por el
hueco de la escalera en cuanto llegó a la
cárcel”.
“Hay un parte del general Gambara que
habla de 66 suicidios, aunque otro posterior,
los reduce a 12. Se apuntaban unos a otros,
contaban hasta tres, y disparaban”, asegura
Enrique Cerdán Tato, escritor que ha dedicado
casi 40 años a estudiar aquel episodio. Un
barco semivacío, el Marítima, había partido
de Gandía pocas horas antes. Su capitán,
obediente, sólo había permitido subir a unas
40 autoridades políticas.
En Orán, las autoridades impidieron a los
pasajeros abandonar la embarcación. Dickson
logró que dejasen salir a las mujeres y los
niños. El padre de Helia logrará reunirse con
ellas después de que intercedieran por él unos
familiares. El resto acabará en un campo de
trabajo cerca de Marruecos y muchos morirán
construyendo el ferrocarril transahariano. La
familia se ganará la v ida sustituyendo a la
mitad de la compañía de teatro español, que
se había ido a la España de Franco.
A los miles de republicanos que aguardaban
en el puerto de Alicante los llevarán a campos de
concentración. Al novio de Carmen lo fusilarán.
Ella tardará muchos años en recomponer su vida
y con 90 publicará: Lo que no se debe perder.
Memorias de una republicana.
Y la Asociación Cívica de Alicante tendrá
que dev olver una subv ención del Gobierno
p ara le v antar un mo nume nto a aq ue llas
víctimas porque el Ayuntamiento (PP) se negó
a colocarlo. Siguen negociando.
NATALIA JUNQUERA
Madrid - 01/04/2009 elpais.com
34. Podemos afirmar, pela leitura do texto, que
(A) Helia González era favorável à doutrina
franquista.
(B) Helia González era uma das fugitivas no
Stanbrook.
(C) Helia González teve seu noivo morto durante a fuga.
(D) Helia González teve seus pais mortos durante a fuga.
(E) Helia González é fundadora da Asociación
Cívica de Alicante.
15
35. Assinale com V, para verdadeira, ou F, para
falsa, as expressões abaixo, conforme elas
estejam ou não expressas no texto.
( ) O Stanbrook partiu do porto de Alicante com
3.000 republicanos foragidos.
( ) O capitão do Stanbrook seguiu cumprindo
suas ordens.
( ) O porto de Alicante foi tomado, mas não
chegou a ser bombardeado.
( ) O governo espanhol nega os fatos acontecidos no porto de Alicante.
Marque a alternativa que contém a sequência
correta nos parênteses, de cima para baixo.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
V – F – V – V.
V - V - F – V.
V – V – V – F.
F – F – F – V.
F – V – V – V.
36. A palavra “Mientras” (l. 63) introduz na oração uma ideia de
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
condição.
oposição.
adição.
simultaneidade.
concessão.
37. No trecho da linhas 18-19, “... una alfombra
tupida de hambre y miedo sobre el puerto.”, a
palavra sublinhada pode ser substituída, sem
prejuizo ao sentido original do texto, por
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
sucia.
pequeña.
grande.
limpia.
copada.
38. Considere las siguientes afirmaciones sobre
la relación de algunos pronombres del texto
y los segmentos que respectan.
En la linea 13, en la palabra “irse”, el
pronombre se se refiere a algunos.
II. En la lineas 44-45, en la parte “... El capitán
le daba la mano a cada pasajero...”, el
pronombre le se refiere a mano.
III. En la linea 76, el pronombre “se” se refiere
a Carmen.
¿Cuáles están correctas?
(A) Sólo I.
(B) I y II.
(C) I y III.
(D) II y III.
(E) I, II y III.
39. En la lineas 87-89, la frase “Delante de mí,
un hombre se rebanó el cuello con una navaja.
No olvidaré nunca el grito espantoso de una de
sus hijas”. La palabra que puede reemplazar
“rebanó” sin perjuicio al sentido de la frase
es
(A) ahogó.
(B) tiró.
(C) apretó.
(D) quitó.
(E) decepó.
40. La palabra “aunque” (l. 94) puede ser sustituída, sin perjuicio al sentido del texto, por
(A) mientras.
(B) si bien que.
(C) todavía.
(D) sin embargo.
(E) entretanto.
41. La palabra que tiene el mismo género de
“hambre” (l .19) está en la alternativa
(A) “grito” (l. 09).
(B) “suelo” (l. 20).
(C) “alfombra” (l. 18).
(D) “equipaje” (l. 50).
(E) “megáfono” (l. 71).
42. En la linea 10, la expresión “ha ganado la guerra” puede ser traducida al portugués como
I.
16
(A) tem ganho a guerra.
(B) tinha ganho a guerra.
(C) havia ganho a guerra.
(D) ganhara a guerra.
(E) ganhou a guerra.
Espanhol
Instrução: leia o texto para responder às questões
de 43 a 50.
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
Un nuevo estudio científico confirma los
efec to s benefic io so s de la risa , que ha
demostrado ser una eficaz terapia contra la
diabetes, el colesterol, los ataques cardíacos
y la hipertensión, además de mejo rar la
respuesta del sistema inmune. Los detalles se
darán a conocer en la conferencia científica
Experimental Biology 2009, que tendrá lugar a
parti r del pró xi mo 18 de abri l en Nue v a
Orleans (EEUU).
En un estudio con 20 pacientes diabéticos
de alto riesgo, el inv estigador Lee Berks,
especialista psiconeuroinmunólogo, aplicó una
t e r a p i a c o n m e d i c a m e n t o s c o nt r a la
diabetes, la hipertensión y el colesterol.
Además, a una decena de los v oluntarios
fueron so meti do s si multáne ame nte a un
tratamiento de risoterapia consistente en 30
m i nut o s d i ar i o s d e h um o r te le v i si v o ,
seleccionados a gusto de cada paciente. El
experimento demostró que reír a diario
reducía la epinefrina y la norepinefrina, y
por tanto los niveles de estrés. Además, la risa
incrementaba en los pacientes el “colesterol
b ue no ” y r e d uc í a lo s i nd i c ad o r e s d e
inflamación. En concreto, tras un año de
tratamiento, los niveles de colesterol bueno
habían incrementado un 26% en los pacientes
sometidos a risoterapia, frente a sólo un 3% en
el grupo tratado con medicamentos. Y la
proteína C-Reactiva, considerada factor de
riesgo para la hipertensión y otras formas de
enfermedad cardiovascular, se redujo en un
66% en quienes practicaban la risa (frente a un
26% en el resto de pacientes). Según Berks, su
estudio proporciona evidencias para algo que
todos los buenos profesionales de la medicina
ya saben, y es que las emociones positivas, ”
la risa sana, el optimismo y la esperanza tienen
efectos positivos sobre nuestra fisiología”.
Viernes, 17 de Abril de 2009.
43. Considere las siguientes afirmaciones sobre
el texto.
I.
La risa se ha demostrado un sistema eficiente contra todas la enfermedades.
II. El experimento de la risa demostró que
puede eliminar el estrés de nuestras vidas.
Espanhol
III. La risa disminuye los riesgos de
hipertensión arterial, ataques cardíacos,
diabetes y el colesterol.
¿Cuáles están incorrectas?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Sólo I.
Sólo II.
I y II.
II y III.
Sólo III.
44. El mejor título para este texto sería
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Hay que reír siempre para salvarte la vida.
Quien ríe más, vive mejor.
Quien se rie vivirá para siempre.
Lo malo es llorar.
Ríete: es la fuente de la vida eterna.
45. En la frase “Un nuevo estudio científico...”
(l. 01) hay una secuencia estructural entre
las palabras en negrita. Marque la alternativa en que hay una secuencia de palabras de
la misma clase gramatical que las palabras
subrayadas.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
“efectos beneficiosos” (l. 02)
“la hipertensión” (l. 15)
“risa incrementaba” (l. 23-24)
“buenos profesionales” (l.37)
“nuestra fisiología” (l. 40)
46. La palabra “Además” (l. 23) introduce en la
oración una idea de
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
alternancia.
tiempo.
modo.
adición.
lugar.
47. La palabra “especialista” (l. 13) puede ser
reemplazada correctamente por
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
listo.
esperto.
necio.
experto.
vivo.
17
48. La palabra “tras” (l. 26) puede traducirse al
portugués como
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
atrás.
detrás.
além de.
de acordo com.
depois de.
49. Marque la alternativa en que todas las palabras
se acentúan de acuerdo a la misma regla.
(A) reír (l. 21) – reducía (l. 22) – hipertensión
(l. 32)
(B) Además (l. 23) – hipertensión (l. 32) – estrés
(l. 23)
18
(C) estrés (l. 23) – reducía (l. 22) – reír (l. 21)
(D) Según (l. 35) – reducía (l. 22) – estrés (l.
23)
(E) habián (l. 28) – reducía (l. 22) – hipertensión
(l. 32)
50. La grafia correcta para la fecha “2009” (l.
08) es
(A) dos mil y nueve.
(B) dos y mil nueve.
(C) dos mil nueve.
(D) dos mil nove.
(E) dos mil y nove.
Espanhol
As meninas da gare
Oswald de Andrade
51. Considere as seguintes afirmações acerca da
Literatura Portuguesa.
I.
Em “Cantar de Amor”, Manuel Bandeira,
em pleno século XX, mobiliza as principais
características das cantigas de amor medievais, o que se percebe no título do poema e no excerto que segue: Quer’eu en
maneyra de proençal / Fazer agora hum
cantar d’ amor ... / D. Dinis / [...] / E pois
tal coita non mereci, / Moir’eu logo, se
deus mi perdon. / Mha senhor, ai meu
lum’e meu bem / Meu coraçon non sei o
que tem.
II. No Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, dois barcos esperam as almas. O Anjo
conduz o barco que vai para o paraíso, e o
diabo conduz o que vai para o inferno.
III. Os versos Ó mar salgado, quanto do teu
sal / São lágrimas de Portugal! / Por te
cruzarmos, quantas mães choraram, /
Quantos filhos em vão rezaram! / Quantas
noivas ficaram por casar / Para que fosses
nosso, ó mar! / Valeu a pena? Tudo vale a
pena / Se a alma não é pequena., de Fernando Pessoa, aparentam ser um contraponto ao discurso do Velho de Restelo – figura proeminente de Os Lusíadas, de Camões –, que se posiciona contrariamente
às grandes navegações portuguesas.
Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha.
I.
Oswald de Andrade, poeta da 1ª fase modernista, recria poeticamente, em “As
meninas da gare”, a “Carta de Caminha”.
O quereres
Caetano Veloso
Onde queres revólver sou coqueiro, onde queres
dinheiro sou paixão
Onde queres descanso sou desejo, e onde sou só
desejo queres não
E onde não queres nada, nada falta, e onde voas
bem alto eu sou o chão
E onde pisas no chão minha alma salta, e ganha
liberdade na amplidão
II. Caetano Veloso, com essa música, retoma
um dos princípios básicos da literatura barroca, a saber, o culto do contraste, do conflito, da contradição, que se expressa pela
frequência das antíteses e dos paradoxos,
também observados na obra de Gregório
de Matos, a exemplo de “Depois da luz se
segue a noite escura / Em tristes sombras
morre a formosura / Em contínuas tristezas a alegria.”
Quais estão corretas?
Romance XX – Romanceiro da Inconfidência
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Apenas I.
Apenas II.
Apenas I e II.
Apenas I e III.
I, II e III.
52. A era colonial da Literatura Brasileira abrange os primeiros três séculos de existência do
País, sob a condição de colônia portuguesa.
Assim, não se pode falar numa literatura propriamente brasileira nesse período. Contudo, as temáticas desenvolvidas nos escritos
de tal momento encontram espaço em autores contemporâneos. Desse modo, considere
as afirmações que seguem.
Literatura
Cecília Meireles
O país da Arcádia,
súbito, escurece,
em nuvem de lágrimas.
Acabou-se a alegre
pastoral dourada:
pelas nuvens baixas,
a tormenta cresce.
III. Cecília Meirelles, poetisa contemporânea,
no excerto acima, retoma o tema desenvolvido por Tomás Antônio Gonzaga, na
Lira I da Segunda Parte de Marília de Dirceu, quando o eu lírico, novamente nos bra-
19
ços da amada após tenebroso exílio, declara-lhe que “Já não cinjo de loiro a minha
testa, / Nem sonoras Canções o Deus me
inspira: / Ah! Que me resta / Uma já quebrada, / Mal sonora Lira!”
Quais estão corretas?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Apenas I.
Apenas II.
Apenas III.
I e II.
II e III.
53. Leia o poema abaixo, de Gregório de Matos
Guerra, que faz parte da poesia lírica barroca, com temática religiosa.
A Jesus Cristo Nosso Senhor
Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Porque quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido;
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na sacra história,
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
Perder na nossa ovelha a vossa glória.
(C) nele se percebe a preocupação com a forma característica ao período barroco, em
que o poeta faz uso de muitos processos
técnicos e expressivos, entre eles a rima
bem marcada dos versos e o uso frequente
de antíteses e de inversões sintáticas.
(D) se estrutura como uma evocação lírico-religiosa, em que o eu lírico confessa ser um
pecador, no início do poema, para, a seguir, estabelecer um confronto de ideias
entre a culpa do pecador e a clemência de
Jesus; somente no final, como último apelo, nomeia-se uma “ovelha desgarrada”,
evocando o perdão divino.
(E) apresenta ideais divergentes entre o humano e o divino em decorrência da oposição
que havia, na época, entre a mentalidade
pagã da burguesia portuguesa e a religiosidade católica da sociedade brasileira.
54. O Romantismo no Brasil tem, didaticamente,
os seguintes limites cronológicos: de 1836 a
1881. A longa duração possibilitou a essa
escola diversidade temática na prosa, na
poesia e no teatro. No entanto, tal variedade
não impediu que a abordagem de certos assuntos fosse bastante semelhante. É o que
se observa na poesia de Álvares de Azevedo,
no romance de transição de Manuel Antônio
de Almeida e no teatro de Martins Pena. Portanto, leia os textos que seguem, a fim de
assinalar a afirmação incorreta.
Texto 1
[...]
Ora! E forcem um’alma qual a minha
Que no altar sacrifica ao Deus-Preguiça
A cantar ladainha eternamente
E por mil anos ajudar à missa!
Álvares de Azevedo
Sobre o poema, é incorreto afirmar que
(A) se apresenta em forma de soneto, com
uma linguagem plena de artifícios de versificação, o que faz ressaltar o conteúdo
temático, que é o arrependimento do eu
lírico de seus pecados, em busca do perdão de Jesus Cristo.
(B) a forma de expressão poética do eu lírico,
nesse poema, é marcada pela tensão e reflete os conflitos do homem do período
barroco, que vivia as contradições entre o
teocentrismo medieval e o antropocentrismo clássico.
20
Texto 2
“Como sempre acontece a quem tem muito
onde escolher, o pequeno [Leonardo], a quem
o padrinho queria fazer clérigo mandando-o a
Coimbra, a quem a madrinha queria fazer artista metendo-o na Conceição, a quem D. Maria queria fazer rábula arranjando-o em algum
cartório [...] escolheu a pior possível: [...]
constituiu-se um completo vadio, vadio-mestre, vadio-tipo.”
Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida.
Literatura
Texto 3
“FABIANA, arrepelando-se de raiva - Hum! Ora,
eis aí está para que se casou meu filho, e trouxe a mulher para minha casa. É isto constantemente.
Não sabe o senhor meu filho que quem casa
quer casa... Já não posso, não posso, não posso! (Batendo com o pé) Um dia arrebento, e
então veremos! (Tocam dentro rabeca.) Ai, que
lá está o outro com a maldita rabeca... É o que
se vê: casa-se meu filho e traz a mulher para
minha casa... É uma desavergonhada, que se
não pode aturar. Casa-se minha filha, e vem
seu marido da mesma sorte morar comigo... É
um preguiçoso, um indolente, que para nada
serve. Depois que ouviu no teatro tocar rabeca, deu-lhe a mania para aí, e leva todo o santo dia - vum,vum,vim,vim! Já tenho a alma
esfalfada. (Gritando para a direita:) Ó homem,
não deixarás essa maldita sanfona? Nada! (Chamando:) Olaia! (Gritando:) Olaia!”
Quem casa quer casa, de Martins Pena.
(A) No Texto 1, observa-se uma das contribuições
de Álvares de Azevedo à Literatura Brasileira,
isto é, a incorporação do humor.
(B) No Texto 2, surge a figura (assim considerada
pela crítica literária) do primeiro malandro nacional, denunciando-se, assim, as mazelas de
uma sociedade caracterizada pela risonha hipocrisia e pelo “jeitinho”.
(C) Um dos assuntos comum aos três textos são as
mazelas habitacionais de um país que dava início à sua organização social.
(D) O Texto 3 reafirma que foram matéria do comediógrafo múltiplos flagrantes dos problemas do
País.
(E) A temática do malandro é retomada por Chico
Buarque de Holanda em O malandro / Tá na greta / Na sarjeta / Do país / E quem passa / Acha
graça / Na desgraça / Do infeliz / O malandro /
Tá de coma / Hematoma / No nariz / E rasgando / Sua bunda / Um funda / Cicatriz.; entretanto, segundo a visão atual, tal figura é digna
de pena, mesmo que ainda desperte o riso.
55. Analise a charge e o texto que seguem.
(Álvares de Azevedo & Gê. Mal dos séculos. São Paulo, Melhoramentos. p. 20).
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto o poento caminheiro
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um mineiro
Álvares de Azevedo
Ambos exemplificam uma das características mais marcantes do Ultrarromantismo brasileiro, a saber:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
a visão dualista da realidade.
a culpa provocada pela inadaptação ao mundo.
o pessimismo diante da realidade circundante.
a frustração oriunda da consciência da não realização de projetos pessoais.
o sentimento de abandono e de solidão.
Literatura
21
Instrução: a questão de número 56 refere-se ao
poema que segue.
Uma noite, eu me lembro... Ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço do tapete rente. (...)
De um jasmineiro os galhos encurvados,
Indiscretos entravam pela sala,
E de leve oscilando ao tom das auras,
Iam na face trêmulos – beijá-la.
Era um quadro celeste!... A cada afago
Mesmo em sonhos a moça estremecia...
Quando ela serenava... a flor beijava-a...
Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia... (...)
Castro Alves
56. Considere as afirmações que seguem acerca
do poema.
I.
O poema é exemplo da poesia lírico-amorosa do poeta, percebendo-se no texto o
tom erótico e sensual que caracterizou esse
grande nome da poesia brasileira do terceiro momento do Romantismo.
II. O singelo erotismo de Castro Alves evidencia-se na presença de galhos e ramos que
assediam amorosamente a jovem que dorme em uma rede.
III. A exemplo dos poetas árcades, a poesia de
Castro Alves, da qual “Adormecida” é um
exemplo extraído de Espumas Flutuantes,
idealiza a natureza como local de refúgio
das agruras do cotidiano citadino, como se
comprova no último verso.
Quais estão corretas?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Apenas I.
I e III.
II e III.
I e II.
Apenas III.
57. A figura do índio percorre a Literatura Brasileira, marcando-a de forma singular. Tal temática encontra em José de Alencar um de
seus melhores tradutores. Com Iracema – um
de seus textos indianistas –, o escritor romântico dá ao público seu romance mais bem-estruturado sob o ponto de vista estético. O
Modernismo não abriu mão de retratar o indígena, que, por meio de lendas, encontra-se
22
presente em Macunaíma, de Mario de Andrade. Desse modo, leia os trechos que seguem,
a fim de assinalar a afirmação correta.
Texto 1
“Além, muito além daquela serra, que ainda
azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema,
a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais
longos que seu talhe de palmeira. O favo da
jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a
morena virgem corria o sertão e as matas do
Ipu, onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a
terra com as primeiras águas.”
Iracema, de José de Alencar.
Texto 2
“No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma,
herói de nossa gente. Era preto retinto e filho
do medo da noite. Houve um momento em que
o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas
pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma.
Já na meninice fez coisas de sarapantar. De
primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava:
– Ai! que preguiça!...”
Macunaíma, de Mário de Andrade.
(A) A adjetivação, mais abundante no Texto 1,
torna flagrante a idealização das personagens em ambos os textos.
(B) O romance Iracema é inspirado numa lenda (Lenda do Ceará), narrando, em prosa
poética – conforme é possível comprovar
por meio do Texto 1 –, a história de amor
entre a filha de Araquém e o colonizador
branco Martim.
(C) Tanto no Texto 1 quanto no Texto 2, é possível perceber a grandeza de caráter que norteia as ações de ambos os protagonistas.
(D) Tanto no Texto 1 quanto no Texto 2, a natureza tem papel secundário, não estando
relacionada às ações das personagens.
(E) A linguagem utilizada em ambos os textos
é a tentativa de oficializar, no Brasil, a língua indígena.
Literatura
58. O trecho abaixo pertence ao romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel
Antônio de Almeida.
59. Assinale a afirmativa incorreta, considerando o texto acima e a obra Quincas Borba em
sua totalidade.
Era a sobrinha de Dona Maria já muito desenvolvida, porém que, tendo perdido as graças
de menina, ainda não tinha adquirido a beleza
de moça: era alta, magra, pálida; andava com
o queixo enterrado no peito, trazia as pálpebras sempre baixas, e olhava a furto; tinha os
braços finos e compridos; o cabelo, cortado,
dava-lhe apenas até o pescoço, e como andava
mal penteada e trazia a cabeça sempre baixa,
uma grande porção lhe caía sobre a testa e
olhos, como uma viseira.
(A) Ao mostrar Rubião e sua trajetória social,
Machado de Assis destaca a capacidade
desse personagem para entender as engrenagens da vida em sociedade no Rio de
Janeiro da Segunda metade do século XIX.
(B) Na frase “Ao vencedor...”, o personagem
remonta à parábola com que Quincas Borba ilustra sua teoria do Humanitismo, que
prega cinicamente a lei do mais forte, visando não à sobrevivência do indivíduo,
mas à da espécie.
(C) No texto acima, exemplifica-se a grande
ironia de Machado de Assis ao mostrar a
redução do personagem que, optando pelo
lema “Ao vencedor as batatas”, escolhe
também o lado no qual deseja manter-se a
qualquer preço. Mas, ao final, na luta pelo
“campo de batatas”, ele é o menos hábil.
(D) Ao repetir a palavra “nada”, o narrador visa
a caracterizar o delírio de Rubião e a enfatizar, admiravelmente, o nada em que o
personagem mergulhou.
(E) Rubião chega ao termo de sua vida dividido entre a loucura e a lucidez, alternando
períodos de crise, em que assume outra
identidade, e períodos de serenidade, em
que volta a ser ele próprio.
Dele pode afirmar-se que
(A) confirma o padrão romântico da descrição
da personagem feminina, representada
nessa obra por Luisinha.
(B) exemplifica a afirmação de que o referido
romance estava em descompasso com os
padrões e o tom do Romantismo.
(C) não fere o estilo romântico de descrever e
de narrar, pois se justifica por seu caráter
de transição da estética romântica para a
naturalista.
(D) justifica, dentro do Romantismo, a caracterização sempre idealizada do perfil feminino de suas personagens.
(E) insere-se na estética romântica, apesar das
características negativas da personagem,
que fazem dela legítima representante da
dialética da malandragem.
Instrução: o trecho abaixo refere-se à questão 59.
“Antes de principiar a agonia, pôs a coroa na
cabeça, uma coroa que não era, ao menos, um chapéu velho ou uma bacia onde os espectadores palpassem a ilusão. Não, senhor; ele pegou em nada,
levantou nada e cingiu nada; só ele via a insígnia
imperial, pesada de ouro, rútila de brilhantes e outras pedras preciosas. O esforço que fizera para erguer meio corpo não durou muito; o corpo caiu outra vez; o rosto conservou porventura uma expressão gloriosa.
- Guardem minha coroa. Ao vencedor...
A cara ficou séria, porque a morte é séria; dois
minutos de agonia, um trejeito horrível, e estava
assinada a abdicação.”
Machado de Assis. Quincas Borba.
Literatura
60. O trecho abaixo faz parte da obra Esaú e Jacó,
de Machado de Assis. Neste diálogo, Custódio expõe a Aires o problema do novo nome a
ser dado a sua confeitaria.
“ - Já há governo?
Penso que já; mas diga-me: Vossa Excelência ouviu alguém acusar-me jamais de atacar
o governo? Ninguém. Entretanto... Uma falsidade! Venha em meu socorro, Excelentíssimo.
Ajude-me a sair desse embaraço. A tabuleta
está pronta, o nome todo pintado – “Confeitaria do Império”, a tinta é viva e bonita. O
pintor teima em que lhe pague o trabalho, para
então fazer outro.”
A preocupação de Custódio se deve à seguinte
mudança política:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Proclamação da República.
Inconfidência Mineira.
Queda da República.
Proclamação da Independência.
Abolição da Escravatura.
23
Instrução: para responder à questão 61, leia o texto
que segue.
Texto 2
Cárcere das almas
O reggae
Letra: Renato Russo
Ainda me lembro aos três anos de idade
O meu primeiro contato com as grades
O meu primeiro dia na escola
Como eu senti vontade de ir embora
Fazia tudo que eles quisessem
Acreditava em tudo que eles me dissessem
Me pediram para ter paciência
Falhei
Então gritaram: - Cresça e apareça!
61. A letra dessa música contemporânea resgata
o tema central desenvolvido em um romance
de destaque na Literatura brasileira, ao referir-se, de forma pouco elogiosa, à instituição escolar. Assinale a alternativa em que
estão listados correta e respectivamente o
nome da obra em questão e seu autor.
(A) O Cortiço – Aluísio Azevedo.
(B) Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis.
(C) O Mulato – Aluísio de Azevedo.
(D) A Escrava Isaura – Bernardo Guimarães.
(E) O Ateneu – Raul Pompeia.
Instrução: a questão de número 62 refere-se aos
textos que seguem.
Texto 1
As pombas
Vai-se a primeira pomba despertada ...
Vai-se outra mais... mais outra ... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada.
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas
Ruflando as asas, sacudindo as penas
Voltam em bando e em revoada.
Também, dos corações onde abotoam
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais,
No azul da adolescência as asas soltam
Fogem, mas aos pombais as pombas voltam
E eles aos corações não voltam mais ...
24
Oh! Toda alma num cárcere anda presa
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
Que chaveiro do Céu possui as chaves
Para abrir-vos as portas do Mistério?!
62. Assinale a alternativa que reúne informações
corretas a respeito dos Textos 1 e 2.
(A) Os dois sonetos são representantes do Simbolismo: sugerem muito mais do que definem, garantindo uma atmosfera de incerteza própria do período de fim de século
XIX e início do século XX.
(B) O primeiro soneto é representante da estética parnasiana, ainda que marcado por
certo transcendentalismo, enquanto o segundo texto poético é caracteristicamente
simbolista pela imprecisão angustiada com
que o tema é tratado.
(C) “As pombas” caracteriza-se como poema
da primeira fase romântica devido à presença de antíteses, enquanto “Cárcere das
almas” pertence à segunda, tendo em vista a subjetividade por meio da qual a realidade é retratada.
(D) Ambos os textos poéticos são exemplares
do Parnasianismo: apresentam preocupação rígida com a forma – daí serem sonetos – e uma visão objetiva mesmo diante
de temas mais filosóficos.
(E) A principal diferença entre os dois sonetos
reside no fato de que o primeiro pontua a
incerteza da vida – atitude tipicamente
simbolista; o segundo, adotando uma posição mais objetiva, caracteriza-se como
Parnasiano.
Literatura
63. Leia os seguintes fragmentos, extraídos de
contos de Simões Lopes Neto.
I.
II.
III.
IV.
V.
“Eh-pucha! Patrício, eu sou mui rude, a gente vê caras, não vê corações; pois o meu,
dentro do peito, naquela hora, estava como
um espinilho ao sol, num descampado, no
pino do meio-dia: era luz de Deus por todos
os lados!...” (“Trezentas Onças”).
“Pois é ali o manantial que virou sepultura
naquele dia brabo (...) a roseira baguala
lá está! Roseira que nasceu do talo da rosa
que ficou boiando no lodaçal no dia daquele cardume de estropícios...” (“No Manantial”).
“O peão puxou da faca e dum golpe enterrou-a até o cabo, no sangradouro do boi
manso; quando retirou a mão, já veio nela
a golfada espumenta do sangue do coração...” (“O Boi Velho”).
“Sem querer fiquei vendo as forças que iamse movendo e se distanciando... E num tirão, quando ia montar de novo sem saber
pra quê... foi que vi que estava sozinho,
abandonado, gaudério e gaúcho, sem ninguém para me cuidar!...” (“O Anjo da Vitória”).
“Era um chinocão de agalhas!... Seiúda,
enquartada, de boas cores, olhos terneiros... e com uma trança macota, ondeada,
negra, lustrosa, que caía meio desfeita,
pelas costas, até o garrão!...” (“Os Cabelos da China”).
Associe adequadamente as cinco afirmações
abaixo aos cinco fragmentos transcritos acima.
( ) O narrador Blau relata, nesse conto, os
horrores da guerra sob a perspectiva do
então menino que acompanhava o capitão,
seu padrinho e protetor.
( ) Esse conto pode ser sintetizado por meio
da palavra “honestidade”.
( ) Nesse conto, Blau esclarece a história de
certo cabresto e buçalete, em verdade o
mote desse trágico relato.
( ) Nesse conto, Simões Lopes Neto atribui a
um guasca calejado nas lides campeiras –
Blau Nunes – intensa sensibilidade e capacidade de conceber o homem como um ser
cruel.
( ) Esse conto relata a triste história de Maria
Altina, uma bela moça enamorada do furriel
André e cobiçada por Chicão.
Literatura
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
IV – II – V – III – I.
IV – I – V – II – III.
IV – I – V – III – II.
V – I – IV – III – II.
III – IV – II – I – V.
64. Considere os excertos que seguem, extraídos de O Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro, um dos heterônimos de Fernando
Pessoa.
I.
Não desejei senão estar ao sol ou à chuva —
Ao sol quando havia sol
E à chuva quando estava chovendo (E nunca a outra cousa),
Sentir calor e frio e vento,
E não ir mais longe.
No excerto, o heterônimo pessoano Caeiro comprova que seu projeto de vida vai de encontro
à metafísica, orientando-se em conformidade
com as leis naturais.
II. Aquela senhora tem um piano
Que é agradável mas não é o correr dos rios Nem o murmúrio que as árvores fazem ... Para que é preciso ter um piano? O melhor é ter ouvidos E amar a Natureza Segundo o poema, o piano, objeto feito pelo
homem, assume papel superior ao dos sons
produzidos pela natureza.
III. Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido. Segundo o professor Álvaro Cardoso Gomes,
em Alberto Caeiro, “a Natureza não é meramente decorativa, (...) porque ela é determinante. O homem só tem existência a partir da
Natureza. Descobre-se como ser, nela.”, teoria que pode ser aplicada ao excerto anterior.
Quais estão corretas?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Apenas I.
Apenas II.
Apenas III.
I e III.
I, II e III.
25
Instrução: a questão de número 65 refere-se aos
textos que seguem.
Neologismo
Manuel Bandeira
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.
Madrigal
Meu amor é simples,
Dora,
Como a água e o pão.
Como o céu refletido
Nas pupilas de um cão.
65. Preencha os parênteses com V (verdadeira)
ou F (falsa) considerando a leitura realizada. Após, assinale a alternativa que apresenta
a sequência correta, de cima para baixo.
( ) Como são declarações de amor, os poemas
acima fogem às regras da elaboração poética, sendo impossível caracterizar as posturas estéticas que eles representam.
( ) O poema de José Paulo Paes é fortemente
marcado pelo discurso amoroso, ao contrário do de Manuel Bandeira, em que esse
tema praticamente não aparece.
( ) A rima entre “pão” e “cão”, em “Madrigal”, constrói-se sobre uma simplicidade
vocabular que confere ao poema um registro coloquial; em “Neologismo”, esse registro é proporcionado, por exemplo, pela
leveza bem-humorada do verso “Teadoro,
Teodora”.
( ) A tradução de “ternura mais funda” em um
neologismo como “teadorar”, no poema de
Manuel Bandeira, e a comparação do amor
com elementos prosaicos como “a água e
o pão”, no poema de José Paulo Paes,
exemplificam a reação moderna à expressão cerimoniosa do sentimento amoroso.
26
F – F – V – V.
F – V – V – V.
F – V – F – V.
V – F – F – F.
V – V – F – F.
(A) Mas tu apareceste com a tua boca fresca
de madrugada, / Com o teu passo leve, /
Com esses teus cabelos...
Mario Quintana
(B) Anjos longiformes / De faces rosadas / E
pernas enormes / Quem vos acompanha?
Vinícius de Moraes
José Paulo Paes
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
66. Na literatura, a visão romântica representativa da mulher é a de uma figura idealizada,
frágil, inatingível. Assinale a alternativa em
que a visão da mulher não se enquadra nessa característica.
(C) Anjo no nome, Angélica na cara! / Isso é
ser flor, e Anjo juntamente: / Ser Angélica
flor, e anjo florente, / Em quem, senão em
vós se uniformara.
Gregório de Matos
(D) Mulher. Mulher e pombos. / Mulher entre
sonhos. / Nuvens nos seus olhos? / Nuvens
sobre seus cabelos.
João Cabral de Melo Neto
(E) Minha mãe cozinhava exatamente: / arroz, feijão-roxinho, molho de batatinhas.
/ Mas cantava.
Adélia Prado
Instrução: a questão 67 refere-se à figura e ao
texto que seguem.
Candido Portinari, Retirantes, 1944.
“Na planície avermelhada os juazeiros alargavam
duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam reLiteratura
pousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu
longe, através dos galhos pelados da caatinga rala.”
Graciliano Ramos. Vidas secas. 1938.
67. A partir das obras de Cândido Portinari e
Graciliano Ramos, que figuram acima, é correto afirmar que
(A) o texto de Graciliano Ramos, diferentemente da pintura de Portinari, retrata o mero
pitoresco regional, destacando as situações
folclóricas particulares da região nordeste, a qual, castigada pela seca, estimulava
as migrações.
(B) ambas refletem acerca do problema social
presente no Nordeste brasileiro, denotando realismo, tanto na linguagem visual
quanto no texto literário.
(C) o problema explorado em ambas as obras
relaciona-se à figura do retirante e denuncia a situação dos proletários urbanos, que,
em virtude da exploração capitalista, sofriam com o desemprego.
(D) em ambas as obras, a paisagem tem papel
meramente decorativo.
(E) tanto na escrita de Graciliano quanto no
traço artístico de Portinari, é possível entrever a “secura” que emana do ambiente
da caatinga bem como a opressão dos latifundiários em relação aos lavradores.
68. A novela de Guimarães Rosa “Uma estória de
amor”, além de ser ela própria uma estória
de vaqueiro, contém outras estórias de boi
narradas pelas personagens. Uma delas é a
de “Destemida e a vaquinha Cumbuquinha”,
narrada por Joana Xaviel. Ao ouvirem a história, as pessoas presentes na festa de Manuelzão têm a seguinte reação:
“Todos que ouviam estranhavam muito: estória desigual das outras, danada de diversa. Mas
essa estória estava errada, não era toda! Ah,
ela tinha deter outra parte – faltava a segunda
parte? A Joana Xaviel dizia que não, que assim
era que sabia, não havia doutra maneira. Mentira dela? A ver que sabia o restante, mas se
esquecendo, escondendo. Mas – uma segunda
parte, o final – tinha de ter!
João Guimarães Rosa, “Uma estória de amor”,
em Manuelzão e Miguilim. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1984, p.181.
Literatura
Considere as afirmações que seguem.
I.
Os ouvintes têm a impressão de que a estória está inacabada porque eles esperam
que a história termine de forma moralizadora como toda estória, com o mal sendo
punido: esperam que Destemida pague por
seus caprichos e por seu crime.
II. Outra estória de boi é narrada dentro da
novela: a história final narrada por Camilo,
cujo núcleo temático trata das proezas do
vaqueiro Menino, que consegue capturar um
boi bravo e indomável com o auxílio de um
cavalo encantado. Além da Décima de
Camilo, a própria novela “Estória de amor”,
estória de Manuelzão, pode ser considerada uma história de vaqueiro.
III. A novela é narrada em discurso indireto livre, misturando as falas e pensamentos das
personagens com a fala do narrador.
Quais estão corretas?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Apenas I.
Apenas II.
Apenas III.
I, II e III.
Apenas I e II.
Instrução: leia o seguinte poema de João Cabral
de Meio Neto para responder à questão 69.
Fábula de um arquiteto
A arquitetura como construir portas,
de abrir; ou como construir o aberto;
construir, não como ilhar e prender,
nem construir como fechar secretos;
construir portas abertas, em portas;
casas exclusivamente portas e teto.
O arquiteto: o que abre para o homem
(tudo se sanearia desde casas abertas)
portas por-onde, jamais portas-contra;
por onde, livres: ar luz razão certa.
Até que, tantos livres o amedrontando,
renegou dar a viver no claro e aberto.
Onde vãos de abrir, ele foi amurando
opacos de fechar; onde vidro, concreto;
até refechar o homem: na capela útero,
com confortos de matriz, outra vez feto.
27
69. Considere as seguintes afirmações sobre esse
poema.
I.
Na primeira estrofe, o eu lírico recusa o
aprisionamento e a segregação, e considera portas como vias de acesso, e não como
impedimento, o que equivale a enunciar a
arquitetura como forma de libertação.
II. Na segunda estrofe, o arquiteto (ele, no 3º
verso) renega a claridade e produz a opacidade de muros e de concreto, a qual se
associa à noção de abrigo, expressa pelos
termos “capela”, “útero” e “matriz”.
III. A primeira e a segunda estrofes sugerem a
segregação e o belicismo, os quais impedem a comunicação entre os homens e promovem o conflito.
Em relação às assertivas I e II é correto afirmar que
(A) em I, há a descrição de Rosa, mulher do
personagem principal de O pagador de promessas.
(B) em I e II, há a descrição da mesma mulher,
Rosa, amante de Bonitão, o malandro cafetão.
(C) em II, há a descrição de Rosa, amante de
Bonitão, o malandro cafetão.
(D) em II, há a descrição de Marli, mulher do
personagem principal de O pagador de promessas.
(E) em I e II, há a descrição da mesma mulher,
Marli, mulher do personagem principal, Zédo-Burro.
Quais estão corretas?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Apenas I.
Apenas II.
I e II.
II e III.
I, II e III.
70. Leia atentamente os excertos de rubricas retirados da peça O Pagador de Promessas, de
Dias Gomes.
I.
“É uma bela mulher, embora seus traços
sejam um tanto grosseiros, tal como suas
maneiras. (...) É agressiva em seu “sexy”,
revelando, logo à primeira vista, uma insatisfação sexual e uma ânsia recalcada de
romper com o ambiente em que se sente
sufocar. Veste-se como uma provinciana
que vem à cidade, mas também como uma
mulher que não deseja ocultar os encantos
que possui”.
II. “Ela tem, na realidade, vinte e oito anos,
mas aparenta mais dez. Pinta-se com exagero, mas, mesmo assim, não consegue
esconder a tez amarelo-esverdeada. Possui alguns traços de uma beleza doentia,
uma beleza triste e suicida. Usa um vestido muito curto e decotado, já um tanto
gasto e fora de moda, mas ainda de bom
efeito visual. Seus gestos e atitudes refletem o conflito da mulher que quer libertarse de uma tirania que, no entanto, é necessária ao seu equilíbrio psíquico...”.
28
71. Assinale a alternativa incorreta sobre o romance História do Cerco de Lisboa, de José
Saramago.
(A) A História do Cerco de Lisboa divide-se na
história real (cerco a Lisboa no ano de 1147,
quando os portugueses, com ajuda dos cruzados, tomaram a cidade aos mouros) e na
fictícia, que surge, aos poucos, na imaginação do revisor Raimundo Silva, depois
de alterar injustificadamente certa frase
nas provas de um livro, mudando a história com a simples força de um “não”.
(B) Para além das decorrências dessa história,
Raimundo Silva vai viver outra, com sua
Maria Sara. Juntos, espelham uma história
vivida por outro casal, há séculos, durante
o cerco de Lisboa.
(C) Em verdade, são três as histórias: a do
autor que tem seu texto alterado por Raimundo; a do próprio Raimundo, que aceita
o desafio de Maria Sara; e a do narrador
do livro.
(D) A história real narra o cerco, ocorrido em
1º de julho a 25 de outubro de 1147: foi o
processo de Reconquista cristã da península ibérica, com o auxílio dos cruzados em
trânsito para o Oriente Médio.
(E) Na nova versão dos fatos, Almuadem destaca-se nas lutas, devido ao seu valor heroico e à sua habilidade de reinterpretar
as ações: torna-se narrador da história que
Raimundo escreve.
Literatura
72. Considere as afirmações sobre a obra Feliz
Ano Novo, de Rubem Fonseca.
75. Considere as afirmações que seguem.
A respeito do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, é correto dizer que, desprezando a cultura religiosa das personagens
que habitam seu cenário, tem um desfecho inverossímil e incompatível com o contexto que representa.
II. Do trecho da música “Vai passar”, Chico
Buarque e Francis Hime, depreende-se que
a pátria encontrava-se em uma situação letárgica diante das “subtrações” ou “tenebrosas transações” de que era vítima.
I.
I.
Conta com uma forte carga de realismo e,
por meio deste, denuncia uma sociedade
urbana desigual, injusta, hipócrita e individualista.
II. A violência é uma das mais importantes
temáticas abordadas pelo livro.
III. Pereba e Zequinha são personagens do conto
“Feliz Ano Novo”.
Quais estão corretas?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Apenas I.
Apenas II.
Apenas III.
Apenas I e II.
I, II e III.
73. A obra O Centauro no Jardim, de Moacyr Scliar,
é constituída por marcante divisão espaçotemporal. Abaixo, estão relacionados alguns
espaços nos quais o enredo se desenrola.
Assinale a alternativa em que se encontra a
sequência correta da organização cronológica
dos episódios.
I.
II.
III.
IV.
V.
VI.
Condomínio horizontal
Circo
Casa no bairro Teresópolis em Porto Alegre
Uma estância (RS)
Distrito de Quatro Irmãos (RS)
Marrocos
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
V – III – II – IV – VI – I.
III – II – IV – V – VI – I.
I – III – VI – II – V – IV.
V – I – III – IV – II – VI.
IV – V – II – I – III – VI.
74. Sobre a obra O Filho Eterno, de Cristóvão
Tezza, só não é correto afirmar que
Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
III. Os contos, novelas e romances de Moacyr
Scliar articulam-se em torno de alguns elementos comuns: a presença de temas da
chamada literatura fantástica, expressos
em situações absurdas, situações surreais,
dentro de uma dimensão alegórica, revelando um cotidiano enigmático e insólito.
IV. A obra de Dalton Trevisan é composta por
contos e novelas, geralmente ambientados
em Curitiba, que expõem a violência e a
falta de perspectiva que impregnam o dia
a dia de quem vive nos centros urbanos.
Quais estão corretas?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
I e IV.
II e III.
I, III e IV.
II, III e IV.
I e II.
(A) nela, há a presença de flashbacks.
(B) o foco narrativo, de forma inovadora, alterna-se entre 1ª x 3ª pessoa.
(C) o narrador faz referências à Ditadura de
Vargas.
(D) são feitas referências aos romances anteriores do pai.
(E) são feitas referências à relação de Felipe
com a linguagem.
Literatura
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Prova 1 | Física - Língua Estrangeira - Literatura