EDIÇÃO BRASILEIRA O líder eficaz Gerenciar pessoas exige posturas diferentes, conforme o perfil do subordinado. Essa flexibilidade gera resultados, reduz o turnover e aumenta os lucros. N Treinamento, Apoio e Delegação – que devem ser aplicados conforme o grau de competência (conhecimento, experiência e habilidade) e empenho (motivação e autoconfiança) do colaborador para efetuar uma determinada tarefa. Os estilos variam na quantidade de comportamento diretivo e de apoio do líder, além do grau de participação dos subordinados na tomada de decisões (veja quadro). Para o “principiante empolgado”, que não sabe fazer o trabalho, mas está muito motivado, o líder deve optar pelo estilo de Direção, ou seja, dar instruções específicas sobre as atribuições e metas a serem cumpridas, além de supervisioná-lo atentamente. Já o “aprendiz decepcionado”, que tem baixo grau de competência, recomenda-se o estilo Treinamento, em que o líder explica suas decisões, pede sugestões, elogia quando o subordinado acerta, mas ainda dirige o cumprimento das tarefas. O “colaborador relutante” que apresenta grau médio a alto de competência, com empenho variável, exige o estilo Apoio (o líder e o subordinado tomam as decisões juntos). E, por fim, para o profissional de desempenho superior – altamente competente e motivado – o estilo adequado é o da Delegação: o líder transfere ao subordinado a responsabilidade pelas decisões e cumprimento das tarefas. “Cabe ao chefe diagnosticar a situação e optar pelo estilo através do qual conseguirá ajudar o subordinado”, esclarece Peter Barth, ressaltando: “Quando o estilo não é adequado, o líder supervisiona excessiva ou insuficientemente, o que frustra o funcionário, inibe os resultados e prejudica a empresa”. Ele alerta que o estilo de liderança depende também do trabalho executado. “A cada nova tarefa, é preciso repensar o estilo, uma decisão que deve ser tomada em parceria com o colaborador”, finaliza. a era da globalização, o capital humano passou a ser o grande diferencial das empresas. E quantas vezes um talento profissional é desperdiçado por que foi mal gerenciado? Imaginemos a rotina de uma loja de fotografia: o gerente mantém o mesmo comportamento e atitudes com um balconista, que já sabe fazer o trabalho, e com o laboratorista que ainda está aprendendo a operar o minilab digital. Certamente, o resultado, com um dos subordinados, será negativo. Se o gerente for do tipo que só delega, o laboratorista terá dificuldades para realizar o trabalho, enquanto o balconista dará conta do recado. Por outro lado, se tiver uma postura controladora e acompanhar passo-a-passo todas as atividades da loja, o laboratorista se sentirá amparado, mas o balconista, muito desmotivado, com o chefe que “não larga do seu pé”. Esse exemplo ilustra o quanto as pessoas são diferentes e, portanto, devem ser tratadas de formas diferentes. Isso significa que nem o líder que delega tarefas ou aquele que controla pessoalmente as atividades do seu departamento tem, necessariamente, o comportamento correto. É preciso ser flexível para utilizar o estilo de liderança adequado ao nível de desenvolvimento de cada colaborador em determinada situação. Segundo Peter Barth, presidente da Intercultural, licenciada exclusiva no Brasil da consultoria norte-americana The Ken Blanchard Companies, criadora da teoria da Liderança Situacional® II, a função do líder é contribuir para o sucesso de seus colaboradores e influenciá-los para atingirem juntos os objetivos da empresa. “Nos dias de hoje, o líder eficaz aproximase do nosso ideal de técnico esportivo: ora dirige, ora corrige, ora escuta os problemas dos jogadores, ora os estimula, ora os encoraja a superar suas dificuldades. Ele jamais perde de vista o objetivo final, ou seja, ganhar o campeonato, e cria condições para isso”. Em outras palavras, o consultor reforça: “É necessário variar os estilos de liderança em resposta às necessidades das pessoas, dirigindo-as e supervisionando-as atentamente em certas situações, oferecendo apoio e estímulo em outras, ou deixando os subordinados trabalharem a seu modo”. Para ele, as empresas que não investirem em seus colaboradores irão perder a corrida da globalização. “Olhar o lado humano não significa caridade; é uma postura que gera resultados, reduz o turnover e aumenta os lucros”, justifica. Liderança Situacional® II A teoria da Liderança Situacional® II, explorada por Peter Barth em seminários que já foram ministrados no Brasil para mais de 35 mil profissionais de mais de 400 empresas, descreve quatro estilos básicos de liderança – Direção, ABRIL 2001 l PHOTO MARKETING l l l l l l Informações pelo telefone 0800 026 2422 ou pelo e-mail [email protected]. l l l l l l l l l l l l A